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Biologia

O NÚCLEO E AS DIVISÕES CELULARES

NÚCLEO CELULAR

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Importância do Núcleo
No final do século XIX, Balbiani executou com amebas
um processo conhecido por merotomia. Ao microscópio,
seccionava mecanicamente esses organismos unicelulares
em dois fragmentos, um nucleado e outro anucleado. O
fragmento anucleado tornava-se esférico, parava de se Como as proteínas têm papel catalítico ou estrutural,
locomover e de se alimentar, morrendo cerca de 20 dias o DNA nuclear controla o metabolismo e mantém a arqui-
depois. O fragmento nucleado vivia normalmente. Caso tetura celular.
dentro das primeiras horas após a merotomia o fragmen-
to anucleado recebesse o núcleo transplantado de uma Estrutura do Núcleo Interfásico
outra ameba, voltava a locomover-se e alimentar-se nor-
malmente e podia se reproduzir. Uma típica característica do núcleo é a variação que
sofre durante a vida celular. Quando não está em divisão,
é chamado núcleo interfásico. A divisão celular (mitose e
meiose) envolve profundas modificações nucleares, po-
dendo o núcleo ser caracterizado de mitótico, meiótico ou
interfásico.
núcleo
envelope
nuclear

A)
Essas observações sugeriam o papel do núcleo como
controlador da atividade celular.
Núcleos interfásicos isolados degradam glicose, sinte-
tizam ATP e proteínas. No nível do DNA nuclear, depositá- cromatina
rio de caracteres hereditários e controlador de atividade
nucléolo
celular, estão as informações genéticas da célula.
nucleoplasma
O núcleo tem atividade autossintética. Cada uma de
suas moléculas de DNA pode originar uma cópia idênti-
ca de si mesma, em um processo chamado replicação. As
informações do DNA são passadas para o citoplasma por poros
moléculas de RNA mensageiro, cuja produção é a trans- B)
envelope
crição, que emprega as moléculas de DNA como “molde”. nuclear
O RNA mensageiro dirige-se ao citoplasma, onde a sua
leitura pelos ribossomos determina a produção de prote- Esquema de uma célula eucariótica
ínas, na tradução. (A) e esquema do núcleo em destaque (B).

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Nos eucariotos, o núcleo interfásico apresenta os se-


guintes elementos:
• Envoltório nuclear: também chamado cario-
teca, membrana nuclear ou cariomembrana. É
formada por uma dupla membrana lipoproteica
porosa. Apresenta continuidade com o retículo cromatina condensada du-
rante a fase de divisão celular
endoplasmático o qual pode estar aderido a ri-
bossomos.
• Cariolinfa: também chamada nucleoplasma,
suco nuclear ou matriz nuclear. Refere-se ao co-
loide que preenche o interior do núcleo formado
por proteínas, RNA, fosfolipídeos, DNA, água e
sais minerais.
• Nucléolo: também conhecido como plasmosso-
cromatina descondensada
mo, é um corpúsculo intranuclear onde se for- durante a fase de intérfase
mam os ribossomos. Cada nucléolo é rico em
RNAr e proteínas, além de possuir um fragmento
de DNA responsável pela transcrição do RNAr. É
a união deste RNAr e proteínas que formam os
ribossomos.
• Cromatina: O complexo de DNA e de proteínas
histonas é denominado cromatina. O DNA carre- Micrografia de células da raiz de uma planta,
ga a informação genética; as proteínas organizam vistas ao microscópio óptico, evidenciando célula em
divisão celular e células com núcleo interfásico
fisicamente o cromossomo e regulam a atividade (aumento aproximado de 750 vezes e colorido artificial).
do DNA. A cromatina troca dramaticamente de
forma durante a mitose e a meiose. Durante a
interfase, a cromatina está desespiralizada e tão
“embolada” entre si e com as outras cromatinas dupla-hélice
que não pode ser vista no núcleo por microscó- do DNA
pio ótico. Durante a mitose e a meiose, as cro-
matinas começam a se espiralizar, passando a
ser chamadas de cromossomos. Mas durante a
maior parte da mitose e da meiose, a cromatina
está altamente compactada e os cromossomos
aparecem como objetos densos e volumosos.
Essas formas que se alternam estão relacionadas
à função da cromatina durante as diferentes fa- histona
ses do ciclo celular. Antes de cada mitose, o ma-
terial genético é replicado. Na mitose, o material
genético replicado é separado em dois novos
núcleos. Essa separação é fácil de ser alcançada
se o DNA estiver nitidamente arranjado em uni-
dades compactas e não todo emaranhado como
um “prato de espaguete”. Durante a interfase,
entretanto, o DNA deve dirigir as atividades da
célula. Tais funções necessitam que partes do
DNA estejam desenroladas e expostas para que 1400 nm
possam interagir com enzimas.
cromossomo
Quando observamos o núcleo interfásico, notamos
dois tipos de cromatina: a heterocromatina, com Representação do DNA de células eucarióticas associado
os filamentos condensados, e a eucromatina, com às proteínas histonas na organização da cromatina.
Os cromossomos, estado condensado da cromatina,
filamento menos condensados e com genes ativos.
só podem ser visualizados no núcleo da célula quando
Quando as cromatinas encontram-se no máximo esta se encontra em processo de divisão.
de condensação é chamado de cromossomo.

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mado por uma molécula fita dupla de DNA e proteínas)


enquanto que, na fase G2, a cromatina possui dois fila-
mentos unidos por uma constrição chamada centrômero.
heterocromatina Cada um destes filamentos que compõem a cromatina de-
nomina-se cromátide. Os dois filamentos de uma mesma
nucléolo cromatina dupla são cromátides-irmãs.
Fica subentendido, portanto, que é na fase S da intér-
eucromatina fase que ocorre o processo de duplicação das cromatinas,
o que envolve a síntese de uma nova molécula de DNA, e
citoplasma
portanto, na fase G1 são produzidos RNA e proteínas.

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Micrografia de corte do núcleo interfásico, mostrando heterocromatina
e eucromatina (microscopia eletrônica de transmissão; aumento
aproximado de 2 130 vezes e colorido artificial).

A     B      C      D       E


Esquema dos graus de compactação da cromatina, do menos compactado
(A) para o mais compactado (E). No núcleo interfásico, a cromatina que Cromossomos
apresenta maior grau de compactação é chamada de heterocromatina Como já foi visto, durante a intérfase, o DNA associa-
e encontra-se inativa; já a cromatina com menor grau de compactação do à proteínas encontra-se desespiralizado, recebendo o
recebe o nome de eucromatina e encontra-se em intensa atividade gênica.
nome de cromatina. Este formato se altera durante a mi-
A intérfase é subdivida em três fases: G1, S e G2. Na tose e a meiose, fases em que as cromatinas começam a
fase G1, a cromatina apresenta um único filamento (for- se compactar, passando a ser chamadas de cromossomos.
DNA fita dupla

Conjunto de oito
moléculas de histonas 2 nm
Uma molécula de DNA ligada com
histonas, formando um vasto número
DNA Histona H1 de nucleossomos.

Os nucleossomos
formam “contas”
na “fita” de DNA.

Os nucleossomos se empacotam em uma


espiral que gira em outra espiral maior, e
assim por diante, produzindo fibras de
cromatina superenroladas e condensadas.

30 nm As espirais se do-
bram para formar
alças.

As alças se espiralam ainda


mais, formando um cro- O DNA se empacota no
300 nm mossomo.
cromossomo mitótico. O
Cromossomos nucleossomo, formado
em metáfase pelo DNA e pelas histonas,
é a parte essencial desta
700 nm estrutura altamente
1.400 nm compactada.

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Classificação dos Cromossomos


Todo cromossomo apresenta uma região especial, centrômero, em geral localizada em um estrangulamento do cro-
mossomo condensado. É por meio dessa região que os cromossomos duplicados se prendem aos microtúbulos encarre-
gados de separar as cromátides durante as divisões celulares.
O centrômero divide o cromossomo em duas partes, que os cito-
logistas denominam braços cromossômicos. A posição do centrômero
(e, consequentemente, o tamanho relativo dos braços cromossômicos)

Braço
serve de critério para classificar os cromossomos em quatro tipos:
• (figura A) metacêntrico: o centrômero está no meio e os dois

Centrômero
braços têm, aproximadamente, o mesmo tamanho;
• (figura B) submetacêntrico: o centrômero é um pouco desloca-
do da região mediana e os braços têm tamanho desigual;

Braço
• (figura C) acrocêntrico: o centrômero localiza-se perto de uma
das extremidades e um dos braços é bem maior que o outro;
• (figura D) telocêntrico: o centrômero localiza-se junto a uma
das extremidades do cromossomo e há praticamente um só
A.      B.     C.     D.
braço.
Disponível em: http://2.bp.blogspot.com

Na espécie humana, cada célula apresenta 46 cromossomos, dos quais 44 são autossomos e os outros dois são os sexuais.
Autossomos são os tipos de cromossomos presentes tanto em células masculinas quanto em células feminina.
Cromossomos sexuais são os que variam entre os sexos e caracteriza células masculinas (um cromossomo X e um Y)
e femininas (dois cromossomos X).
Ao invés de dizer que cada célula humana tem 44 cromossomos autossomos, pode-se dizer que existem 22 partes de
cromossomos autossomos. Apesar de matematicamente as duas falas se referirem à mesma coisa, a segunda maneira
de se expressar implica que existem pares de cromossomos idênticos: cromossomos homólogos.
Assim, mulheres apresentam 22 pares de cromossomos autossômicos e um par de cromossomos X. Já os homens
apresentam 22 pares de cromossomos autossômicos, além de um cromossomo X e outro Y. Células deste tipo, com du-
plas de homólogos, são chamadas de diploides ou 2n (do grego diplos, duplo, dois). Em contrapartida, gametas como o
espermatozoide e o ovócito apresentam apenas um representante de cada par de cromossomos, sendo chamadas de
haploides ou n (do grego haplos, simples).

46 cromossomos XY
paternos (2n)

XX
46 cromossomos (23 de
Espermatozoide (n) origem paterna e 23 de
(23 cromossomos) origem materna)

Os genes de espécie humana distribuem-se em


24 tipos de cromossomos. Cada pessoa herda
XX dois conjuntos de 23 desses cromossomos, um
46 cromossomos Óvulo (n)
maternos (2n) proveniente da mãe e outro proveniente do pai.
(23 cromossomos)

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Cariótipo ocorre ao acaso e em uma fase do desenvolvimento na qual


O cariótipo representa o conjunto diploide (2n) de cro- o número de células é relativamente pequeno, é de se es-
perar que metade das células de uma mulher tenha ativo o
mossomos das células somáticas de um organismo.
X de origem paterna, enquanto que a outra metade tenha
Um cariótipo pode ser representado por meio de ima- o X de origem materna em funcionamento. Por isso, diz-se
gem dos cromossomos (cariograma) ou pela ordenação que as mulheres são “mosaicos”, pois quanto aos cromos-
de acordo com o tamanho dos cromossomos em esquema somos sexuais, apresentam dois tipos de células.
fotográfico (idiograma).
A determinação do sexo nuclear (presença do corpús-
culo de Barr) tem sido utilizada em jogos olímpicos, quan-
do há dúvidas quanto ao sexo do indivíduo.

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XX

Disponível em: http://www.brasilescola.com/upload/e/cariotipo.jpg


Imagem de células femininas.
Na espécie humana, as células somáticas possuem As setas apontam para a cromatina sexual.
46 cromossomos (2n = 46), agrupados em 23 pares, sendo
22 pares autossômicos e um par sexual, diferenciando o DIVISÃO CELULAR
gênero de um organismo em masculino e feminino.
Divisão Celular por Mitose
Cariótipo normal masculino → 46, XY ou 44A + XY (fi-
gura anterior); Uma célula só entra em divisão celular após duplicação
de seus DNAs e dos centríolos (centro celular), o que ocor-
Cariótipo normal feminino → 46, XX ou 44A + XX.
re na fase S da intérfase.
Mecanismo de Compensação de Dose Em seguida, iniciam-se as fases da mitose ou da meio-
se: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
Em 1949, o pesquisador inglês Murray Barr descobriu A separação final em duas células resultantes é chama-
que há uma diferença entre os núcleos interfásicos das da citocinese.
células masculinas e femininas: na periferia dos núcleos • prófase: fragmentação da carioteca e do nucléolo,
das células femininas dos mamíferos existe uma massa de migração dos centríolos para lados opostos da cé-
cromatina que não existe nas células masculinas. Essa cro- lula com formação dos fusos mitóticos e condensa-
matina possibilita identificar o sexo celular dos indivíduos ção dos cromossomos;
pelo simples exame dos núcleos interfásicos: a ela dá-se o • metáfase: nesta fase, já houve a desagregação da
nome de cromatina sexual ou corpúsculo de Barr. carioteca, o que libera os cromossomos, neste mo-
A partir da década de 1960, evidências permitiram que mento já altamente condensados. Os centríolos já
a pesquisadora inglesa Mary Lyon levantasse a hipótese se encontram em lados opostos da célula e, por
de que cada corpúsculo de Barr fosse um cromossomo X meio de seus fusos, organizam os cromossomos
que, na célula interfásica, se espirala e se torna inativo. alinhados no equador da célula (placa equatorial
Dessa forma, esse corpúsculo cora-se mais intensamente ou placa metafásica);
que todos os demais cromossomos, que se encontram ati- • anáfase: encurtamento dos fusos mitóticos levam
vos e na forma desespiralada de fios de cromatina. à separação das cromátides-irmãs, sendo puxadas
Segundo a hipótese de Lyon, a inativação atinge ao para lados opostos da célula;
acaso qualquer um dos dois cromossomos X da mulher, • telófase: reconstituição da célula para voltar para
seja o proveniente do espermatozoide ou do óvulo dos a G1 da intérfase, o que envolve a reorganização
progenitores. Alguns autores acreditam que a inativação da carioteca e do nucléolo e descondensação dos
de um cromossomo X da mulher seria uma forma de igua- cromossomos. Termina na citocinese, separação
lar a quantidade de genes nos dois sexos. A esse mecanis- do citoplasma, o que resulta na separação de duas
mo chamam de compensação de dose. Como a inativação células-filhas.

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Fibras do fuso
em formação
Centro celular

Carioteca

PRÓFASE Cromossomos
Nucléolo em duplicados em
desaparecimento condensação

Fragmentos da Cromátides-irmãs
carioteca
Fuso mitótico

METÁFASE
Fibras
cromossômicas
Cromossomos condensados
alinhados no equador
(placa metafásica)

ANÁFASE
Encurtamento das fibras
cromossômicas Cromossomos-irmãos
migrando para pólos
opostos

Reaparecimento Reorganização Cromossomos


dos núcléolos da carioteca simples em
descondensação

TELÓFASE

Divisão
citoplasmática
(citocinese)

De cima para baixo, sequência das fases da mitose. Os esquemas coloridos, à direita, são representações de fenômenos que puderam ser
descobertos apenas com o emprego da microscopia eletrônica e de técnicas especiais de coloração. À esquerda estão reproduzidos os desenhos
publicados em 1882, pelo citologista alemão Walter Flemming (1843-1905), considerado o descobridor da mitose.

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A mitose é representada pelo símbolo E!, sendo E a mossomos homólogos é chamado quiasma. Estes
inicial do termo equacional, que significa igualdade. Isso cromossomos trocam fragmentos de DNA, proces-
porque se a célula é diploide, ao sofrer mitose, origina so chamado crossing-over (permutação ou recom-
duas diploides. Se é haploide, a célula que sofre mitose, binação).
originará duas outra também haploides. • metáfase I: a linha equatorial é formada no entan-
Divisão Celular por Meiose e to com pareamento de homólogos, o que não ocor-
reu na metáfase da mitose.
Anomalias Cromossômicas • anáfase I: o encurtamento dos fusos dos centríolos se-
Diferente da mitose, a meiose é representada pela le- param os cromossomos de seus pares de homólogos.
tra R!, sendo R a inicial do termo reducional. Isso porque, • telófase I: há reorganização da célula, como ocorre na

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no final da meiose (a qual repete o ciclo duas vezes), as telófase da mitose. No entanto, os dois núcleos for-
quatro células filhas formadas apresentam a metade da mados apresentam metade dos números de cromos-
ploidia da célula-mãe. Assim, uma célula diploide formará somos presentes no núcleo original. Cada cromosso-
quatro haploides após ter completado a meiose. Isso im- mo, diferentemente da mitose, ainda está constituído
possibilita que a meiose ocorra em células-mãe haploides. por duas cromátides unidas pelo centrômero.
Os fenômenos ocorridos na prófase, metáfase, anáfase Após a citocinese, cada uma das duas células-filhas en-
e telófase da mitose se repetem na meiose, destacando-se tra na meiose II, na qual as fases prófase II, metáfase II,
diferenças na: anáfase II e telófase II não apresentam diferenças daque-
• prófase I: Na profáse I da meiose ocorre empare- las ocorridas durante a mitose.
lhamento dos cromossomos homólogos, os quais, Como a meiose I começa com células diploides e ter-
formando duplas pareadas, são chamados de té- mina com duas haploides, pode-se dizer que se trata de
trades ou bivalentes. Cromátides de um cromosso- uma meiose reducional. Já a meiose II começa com duas
mo encosta na cromátide do outro cromossomo; células haploides e termina com quatro também haploi-
este ponto de encontro entre cromátides de cro- des, e, por isso trata-se de uma meiose equacional.

Profase I

Metafase I

Anafase I

Profase II

Anafase II

Telofase II

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Quadro Comparativo entre Mitose e Meiose


Mitose (E!) Meiose (R!)
n  →  n  
n
Ocorrência e ploidia 2n →  n  
n n n
2n  → 2n 2n

Duplicação do DNA Uma vez, durante a intérfase Uma vez, durante a intérfase
Divisão celular Uma Duas
Emparelhamento de cromossomos homólogos Não Sim
Permutação Não Sim
Separação dos cromossomos homólogos Não Sim
Divisão do centrômero e separação das cromáti-
Ocorre durante a anáfase Ocorre durante a anáfase II
des irmãs
Número de células-filhas Duas Quatro
Variabilidade genética Não promove Promove
Reprodução de unicelulares eucario- Produção de gametas, esporos e de
Ocorrência
tos e crescimento de pluricelulares organismos haploides

Gametogênese Gametogênese Feminina (Ovogênese)


Gametogênese é o processo de formação e desenvol- Diferentemente do sexo masculino, a maturação do
vimento de células geradoras especializadas denominadas gameta feminino inicia-se ainda no período pré-natal e
gametas ou células germinativas. Durante a gametogêne- termina depois do fim da maturação sexual (puberdade).
se, o número de cromossomos é reduzido à metade e a • Maturação pré-natal
forma da célula é modificada.
No início da vida fetal, as ovogônias proliferam por di-
Essa redução se dá durante a meiose, um tipo de divi- visão mitótica e, ainda antes do nascimento, todas cres-
são celular que ocorre durante a gametogênese. Esse pro-
cem, formando os ovócitos primários, e iniciam a primeira
cesso de maturação é chamado de espermatogênese, nos
divisão meiótica. As células permanecem em prófase sus-
homens, e dá origem ao gameta masculino, denominado
espermatozoide. Nas mulheres, é chamado ovogênese e pensa da primeira divisão meiótica (dictióteno) até o início
dá origem ao gameta feminino, ou ovócito. dos períodos reprodutivos, na puberdade.
• Maturação pós-natal
Gametogênese Masculina (Espermatogênese)
Na puberdade, a cada período reprodutivo, vários ovó-
A espermatogênese compreende o processo pelo qual citos reiniciam a divisão meiótica, porém apenas um vai
as espermatogônias são transformadas em espermatozoi- ser eliminado a cada mês na ovulação.
des. Esse processo tem início com a puberdade.
O ovócito primário aumenta de tamanho e termina
As espermatogônias tipo A se dividem também por mi-
a primeira divisão meiótica pouco antes da ovulação (48
tose, mantendo assim a população de espermatogônias.
As espermatogônias do tipo B se dividem por meiose, a 72 horas antes), porém a divisão gera duas células de
originando os gametas. O processo da espermatogênese tamanhos desiguais: o ovócito secundário fica com quase
no homem é contínuo, não obedecendo a nenhum ciclo todo o citoplasma e a maioria das organelas, a outra cé-
específico, e continua até a velhice. lula, bem menor, é chamada de corpúsculo polar e logo
Etapas da espermatogênese: degenera. Durante o processo de ovulação (eliminação
do ovócito do ovário), o ovócito inicia a segunda divisão
1. Espermatogônias crescem e suas cromatinas se
meiótica, porém esta é novamente suspensa, desta vez na
condensam, transformando-se nos espermatóci-
tos primários. metáfase, e só será completada no momento da fecun-
dação, com a entrada do espermatozoide no interior da
2. Os espermatócitos primários sofrem, então, uma
célula. Ocorrendo a fecundação, antes da fusão dos dois
divisão reducional, a primeira divisão meiótica, ge-
pró-núcleos, o masculino e o feminino, o ovócito secundá-
rando dois espermatócitos secundários.
rio termina a segunda divisão meiótica, novamente elimi-
3. Cada espermatócito secundário passa pela segunda nando outro corpúsculo polar.
divisão meiótica, originando duas espermátides.
• Ovulação ou ovocitação
4. Cada espermátide transforma-se gradualmente em
um espermatozoide por meio de um processo de- É o processo de liberação do ovócito II do ovário em
nominado espermiogênese. direção à tuba uterina.

110 Extensivo
Biologia

Principais Diferenças entre os Processos da interrompido na andropausa, enquanto que a


Gametogênese Masculina e Feminina produção de gametas femininos cessa com a me-
1. A espermatogênese é um processo contínuo, en- nopausa.
quanto a ovogênese está relacionada ao ciclo re- 4. O espermatozoide é uma célula pequena e móvel,
produtivo da mulher; enquanto que o ovócito é uma célula grande e sem
2. Na espermatogênese, cada espermatogônia pro- mobilidade.
duz quatro espermatozoides. Na ovogênese, cada
5. Quanto à constituição cromossômica, existem dois
ovogônia dá origem a apenas um ovócito e células
tipo de espermatozoides: 23,X ou 23,Y. A mulher só
inviáveis denominadas corpúsculos polares.
produz um tipo de gameta quanto à constituição

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3. A produção de gametas masculinos é um pro-
cromossômica: 23,X.
cesso que continua até a velhice, podendo ser

Anomalias Cromossômicas alinhar aleatoriamente na metáfase I, justamente como


Um par de cromossomos homólogos pode ser defi- cromossomos durante a mitose, e existe 50% de chance
ciente na separação durante a meiose I, ou as cromáti- de que ambos irão para o mesmo pólo.
des-irmãs podem deixar de se separar durante a meiose Se, por exemplo, o par de cromossomos 21 deixar de
II ou durante a mitose. Esse fenômeno é chamado de se separar durante a formação do óvulo humano (e en-
não disjunção e resulta na produção de células aneu- tão ambos os membros do par forem para o mesmo pólo
ploides. durante a anáfase I), o ovócito resultante irá conter dois
A aneuploidia é uma condição em que um ou mais cromossomos 21 ou nenhum. Se o óvulo com os dois cro-
cromossomos ou pedaços de cromossomos encontram-se mossomos é fertilizado por um espermatozoide normal, o
ausentes ou presentes em excesso. zigoto resultante irá possuir três cópias do cromossomo:
Uma razão para a não disjunção pode ser a ausência ele será trissômico para o cromossomo 21. Uma criança
do quiasma. Relembre que essa estrutura, formada du- com um cromossomo 21 extra manifesta a síndrome de
rante a prófase I, mantém os dois cromossomos homólo- Down: inteligência prejudicada, anormalidades caracte-
gos juntos na metáfase I. Isso assegura que um homólogo rísticas das mãos, da língua e da linha dos olhos e uma
ficará de frente para um pólo e o outro homólogo para suscetibilidade aumentada a doenças cardíacas e doenças
o outro pólo. Sem essa “cola”, os dois homólogos podem como a leucemia.

Extensivo 111
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Incidência de Síndrome de Down em


Somente um par de A não disjunção ocorre se,
cromossomos homólogos durante a anáfase da meiose I, Fetos e Nativivos em Relação à Idade Materna
está representado. Em ambos os homólogos vão para o
humanos, há um total de mesmo pólo. Idade materna Na 16ª semana de Ao nascimento
22 outros pares.
(anos) gestação
15-19 — 1/1250
20-24 — 1/1400
Depois da meiose ... enquanto estes
possuem um cro-
33 1/420 1/625
II, estes gametas
perderam um mossomo extra. 37 1/150 1/225
cromossomo...
39 1/90 1/140
42 1/40 1/65
45 ou mais 1/20 1/25
THOMPSON & THOMPSON. Genética médica. 7 ed. Rio de Janeiro:
Elsevier. (Adaptado)

A diferença de incidência da síndrome de Down obser-


vada, com relação às mesmas idades maternas, na 16ª se-
mana de gestação e ao nascimento, se deve àqueles fetos
com esta síndrome que morrem durante este período.
Existe um procedimento, chamado amnioncentese, que
se realiza durante a gestação, permitindo saber se o neném
possui alguma anomalia como a síndrome de Down. A amnio-
centese é um método de diagnóstico pré-natal que consiste
na aspiração transabdominal duma pequena quantidade de
A fertilização com um gameta
um contendo um número
A fertilização com um ga- fluido amniótico da bolsa amniótica, que envolve o feto.
meta contendo um número
normal de cromossomos (23) normal de cromossomos (23) Este procedimento pode ser realizado logo que exis-
resulta em um indivíduo com
um cromossomo a menos
resulta em um indivíduo com ta quantidade suficiente de fluido (líquido amniótico) em
um cromossomo extra.
(monossomia) volta do feto, para que possa ser recolhida uma amostra
com segurança – em alguns casos chega a fazer-se a cerca
Não disjunção gera aneuploidias. de 13 semanas de gestação, embora o período mais co-
A não disjunção ocorre se cromossomos homólogos mum seja entre as 15 e 20 semanas. As amostras demo-
deixam de separar durante a meiose I. ram geralmente duas semanas a produzir resultados. Este
O resultado é aneuploidia: um ou mais cromossomos método implica alguns riscos e a recolha de líquido amni-
estão faltando ou presentes em excesso.
ótico deverá ser feita apenas por técnicos especializados.

Fluído amniótico com


células do feto
Agulha da seringa

São retirados mais ou


menos 20 mL de líquido

Líquido amniótico

Células
do feto

Células
As células são sepa-
   O DNA radas do fluído por
é analisado pa- centrifugação
ra verificar
mutações As células crescem em
meio de cultura
Faz-se o cariótipo para
verificação de anomalias
cromossômicas As células são analisadas para
verificar problemas metabólicos

Amnioncentese.

112 Extensivo
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Atenção:
Síndromes cromossômicas não são doenças genéticas,
logo, não apresentam caráter hereditário. São prove-
nientes de erros da segregação cromossômica durante
a meiose.
A representação do cariótipo de uma menina com sín-
drome de Down é: 45A + XX (21) ou 47, XX (21).
Existem outras anomalias cromossômicas:

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Síndrome de Turner (44A + X0). Sempre mulheres.
Imagem destaca o pescoço alado e ausência de cromatina
Síndrome de Edwards ou trissomia do 18 (45A + XY sexual mesmo sendo do sexo feminino.
(18)), como na imagem. Quando for uma menina (45A +
Existem também a síndrome do triplo X ou síndrome
XX (18)). Imagem destaca que o crânio é muito alongado
da super fêmea (44A + XXX) e síndrome do duplo Y ou sín-
na região occipital.
drome do super macho (44A + XYY).

1. O núcleo celular foi descoberto pelo pesquisador es-


cocês Robert Brown, que o reconheceu como com-
ponente fundamental das células. O nome escolhido
Síndrome de Patau ou trissomia do 13 (45A + XY (13)), para essa organela expressa bem essa ideia: a palavra
como na imagem. Quando for uma menina (45A + XX). “núcleo”, de acordo com o dicionário brasileiro, signi-
Imagem destaca o lábio leporino e a fenda palatina. fica centro ou parte central. A respeito da constitui-
ção e função do núcleo celular, julgue as afirmativas,
como falsas ou verdadeiras:
I. O núcleo só é encontrado em células eucariontes,
portanto as bactérias não apresentam essa organela.
I. Existem células eucariontes com um único nú-
cleo, células com vários núcleos e outras células
anucleadas.
III. O núcleo abriga o material genético das células,
uma vez que dentro dele se encontram os cro-
mossomos que contêm a informação genética.
IV. A carioteca é o envoltório nuclear, que impede a
troca de qualquer tipo de material entre o núcleo
e o restante da célula.
(A) V – V – F – F (D) V – V – V – F
Síndrome de Klinefelter (44A + XXY). Sempre homens.
Imagem destaca a ginecomastia. E a presença de cromati- (B) F – F – F – V (E) V – F – V – V
na sexual mesmo sendo do sexo masculino (C) V – F – V – F

Extensivo 113
Biologia

2. Analise a figura 5. Quando afirmamos que o metabolismo da célula é


controlado pelo núcleo celular, isso significa que
(A) todas as reações metabólicas são catalisadas por
moléculas e componentes nucleares.
(B) o núcleo produz moléculas que, no citoplasma,
promovem a síntese de enzimas catalisadoras das
reações metabólicas.
(C) o núcleo produz e envia, para todas as partes da célu-
la, moléculas que catalisam as reações metabólicas.
A figura representa um cromossomo em metáfase mi-
(D) dentro do núcleo, moléculas sintetizam enzimas
tótica. Portanto, os números I e II correspondem a
catalisadoras das reações metabólicas.
(A) cromossomos emparelhados na meiose, cada um (E) o conteúdo do núcleo passa para o citoplasma e
com uma molécula diferente de DNA. atua diretamente nas funções celulares, catali-
(B) cromátides não-irmãs, cada uma com uma molé- sando as reações metabólicas.
cula idêntica de DNA.
6. O núcleo de uma célula é formado por cromossomos
(C) cromátides-irmãs, cada uma com duas moléculas
de diversas formas e tamanhos, podendo, às vezes,
diferentes de DNA.
apresentar um ou mais cromossomos de cada tipo. A
(D) cromátides-irmãs, com duas moléculas idênticas ploidia de um ser vivo cuja célula é 2n = 2 está repre-
de DNA. sentada em:
(E) cromossomos duplicados, com duas moléculas
(A)  (C)
diferentes de DNA.
3. Com relação às várias estruturas presentes no núcleo
das células eucariotas, afirma-se:
I. O nucléolo é constituído, principalmente, de áci-
do desoxirribonucleico (DNA).
(B)  (D)
II. A carioteca apresenta duas membranas lipopro-
teicas.
III. Na fase G1 são produzidos RNA e proteínas.
IV. A cromatina e os cromossomos ocorrem, simulta-
neamente, na fase G1 da intérfase.
São corretas apenas as afirmativas 7. A ilustração representa o cariótipo humano que permi-
te determinar o número e a forma dos cromossomos.
(A) I e III. (C) II e III.
(B) I e IV. (D) II e IV.
4. Em relação ao núcleo das células e seus constituintes,
é correto afirmar que
(A) no núcleo eucariótico, o conjunto haploide de
cromossomos é denominado cariótipo, enquanto
o número, a forma e o tamanho dos cromosso-
mos são denominados de genoma.
(B) o núcleo interfásico de células vegetais apresenta
uma carioteca, cuja estrutura não permite a co-
municação com o citoplasma.
(C) o nucléolo é uma estrutura intranuclear.
(D) em células procariontes, existem proteínas res- Analisando-se a figura, é correto concluir que se refe-
ponsáveis pela condensação das fitas de DNA, re a um indivíduo portador da síndrome de
denominadas histonas.
(A) Klinefelter. (C) Turner.
(E) a cromatina é uma estrutura presente, tanto no ci-
toplasma, como no núcleo de células eucarióticas. (B) Patau. (D) Down.

114 Extensivo
Biologia

8. Um cientista, examinando ao microscópio células so- Estão corretas


máticas de um organismo diploide 2n = 14, observa (A) I, II, III, IV e V.   (D) apenas II, III, IV e V.
nos núcleos que se encontram na fase G1 da intérfase
um emaranhado de fios, a cromatina. Se fosse pos- (B) apenas I, II, III e IV.    (E) apenas II, III e IV.
sível desemaranhar os fios de um desses núcleos, o (C) apenas I, II, III e V.
cientista encontraria quantas moléculas de DNA?
11. Os cromossomos das células somáticas de um dado ani-
(A) 14.   (C) 1.  (E) 2.
mal foram esquematizados como mostra a figura a seguir:
(B) 7.   (D) 28.
A partir desse esquema, foram feitas as seguintes de-
9. Analisando o desenho esquemático que representa o duções sobre esse animal:
núcleo de uma célula animal qualquer, podemos iden-
tificar que o componente responsável pela síntese de
RNA que forma o ribossomo é assinalado pelo número:

(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 4. I. Suas células diploides possuem 2n = 16 cromos-
somos.
(E) 5.
II. Suas células haploides apresentam n = 8 cromos-
10. A ilustração procura representar experimentos reali- somos.
zados em amebas e que demonstram a importância III. Seu cariótipo é formado por quato cromossomos
do núcleo no controle das atividades celulares. metacêntricos, dois cromossomos submetacên-
tricos e dois cromossomos acrocêntricos.
Dessas afirmações,
(A) apenas I é verdadeira.
(B) apenas II é verdadeira.
(C) apenas III é verdadeira.
(D) apenas I e II são verdadeiras.
(E) I, II e III são verdadeiras.
12. A análise citogenética realizada em várias células de
um mamífero permitiu elaborar o seguinte esquema:
Ele representa

Analise as afirmativas:
I. Uma ameba, com núcleo transplantado, é incapaz
de se dividir.
II. O transplante do núcleo para o fragmento de uma
ameba anucleada regenera as funções vitais da
ameba.
III. A porção nucleada da ameba cresce e vive nor- (A) o fenótipo do organismo.
malmente. (B) o genoma de uma célula haploide.
IV. A porção nucleada da ameba é capaz de se dividir (C) o genoma de uma célula diploide.
normalmente.
V. A porção anucleada de uma ameba seccionada (D) os cromossomos de uma célula haploide.
degenera. (E) os cromossomos de uma célula diploide.

Extensivo 115
Biologia

13. Assinale o gráfico que representa corretamente a 15.


quantidade de DNA no núcleo de uma célula de ma-
mífero durante as fases da meiose. Considere MI = 1ª
divisão e MII = 2ª divisão.

Quantidade de DNA
(A)   (D) 

por célula
Fases do ciclo celular

A imagem representa a variação da quantidade de DNA


ao longo do ciclo celular de uma célula eucariótica.
Em relação aos eventos que caracterizam as mudan-
(B)   (E)  ças observadas na imagem, pode-se afirmar:
(A) A duplicação do DNA ocorre a partir da etapa G1,
finalizando na G2.
(B) A redução do número cromossômico é concreti-
zada pela separação dos cromossomos homólo-
gos na etapa M.
(C) A divisão equacional da etapa M é justificada a partir
dos eventos de replicação que ocorrem na etapa S.
(C) (D) A condensação do material genético é essencial
para que o processo de replicação seja plenamen-
te completado na etapa M.
(E) A expressão da informação genética é garantida
a partir dos eventos realizados exclusivamente
na etapa S.
16. O processo de mitose é essencial para o desenvolvimen-
to e o crescimento de todos os organismos eucariotos.
14. Observe a figura que ilustra uma célula em determi-
nada etapa de um processo de divisão celular.

(KLUG, Willian et al. Conceitos de Genética. 9. ed. Porto Alegre: Artemed, 2010. p. 24.)

Com base na figura e nos conhecimentos sobre o ciclo


celular, é correto afirmar:
Sendo 2n o número diploide de cromossomos, é cor- (A) O período durante o qual ocorre a síntese do DNA
reto afirmar que tal célula encontra-se em anáfase da é maior que o período em que não ocorre síntese
alguma de DNA.
mitose de uma célula-mãe
(B) Ao final de um ciclo celular, a quantidade de ma-
(A) 2n = 8, ou anáfase I da meiose de uma célula-mãe terial genético, nos núcleos de cada célula-filha,
2n = 8. equivale ao dobro da célula parental.
(B) 2n = 16, ou anáfase II da meiose de uma célula- (C) O tempo gasto para o pareamento cromossômico
-mãe 2n = 8. na placa equatorial equivale ao tempo gasto para
(C) 2n = 4, ou anáfase I da meiose de uma célula-mãe síntese de DNA.
2n = 8. (D) Em mais da metade do tempo da mitose, as cro-
mátides estão duplicadas, separadas longitudinal-
(D) 2n = 8, ou anáfase II da meiose de uma célula- mente, exceto no centrômero.
-mãe 2n = 16.
(E) Durante a fase mais longa da mitose, as cromá-
(E) 2n = 4, ou anáfase II da meiose de uma célula- tides-irmãs se separam uma da outra e migram
-mãe 2n = 8. para as extremidades opostas da célula.

116 Extensivo
Biologia

17. Um pesquisador analisou células em divisão das gôna- 19. Considere os eventos abaixo, que podem ocorrer na
das e do trato digestório de um macho de uma nova mitose ou na meiose:
espécie de mosca. A partir de suas observações, fez as I. Emparelhamento dos cromossomos homólogos
seguintes anotações: duplicados.
Nas células do tecido I, em uma das fases da divisão II. Alinhamento dos cromossomos no plano equato-
celular, veem-se oito cromossomos, cada um deles rial da célula.
com uma única cromátide, quatro deles migrando
III. Permutação de segmentos entre cromossomos
para um dos polos da célula e os outros quatro mi-
homólogos.
grando para o pólo oposto.
IV. Divisão dos centrômeros, resultando na separa-
Nas células do tecido II, em uma das fases da divisão
ção das cromátides irmãs.
celular, veem-se quatro cromossomos, cada um deles
com duas cromátides, dois deles migrando para um No processo de multiplicação celular para reparação
dos pólos da célula e os outros dois migrando para o de tecidos, os eventos relacionados à distribuição
pólo oposto. equitativa do material genético entre as células resul-
tantes estão indicados em
Pode-se afirmar que as células do tecido I e as células
(A) I e III, apenas. (D) I e IV, apenas.
do tecido II são, respectivamente,
(B) II e IV, apenas. (E) I, II, III e IV.
(A) da gônada e do trato digestório. Essa nova espé-
(C) II e III, apenas.
cie de mosca tem 2n = 2.
(B) da gônada e do trato digestório. Essa nova espé- 20. Os gráficos a seguir representam processos de divisão
cie de mosca tem 2n = 4. celular, em que X é o número haploide de material
genético.
(C) do trato digestório e da gônada. Essa nova espé-
cie de mosca tem 2n = 8.
(D) do trato digestório e da gônada. Essa nova espé-
cie de mosca tem 2n = 2.
(E) do trato digestório e da gônada. Essa nova espé-
cie de mosca tem 2n = 4. É incorreto afirmar que o processo
(A) I permite o crescimento de plantas.
18. Após uma aula sobre divisão celular, em células euca-
(B) II ocorre nos testículos e ovários.
riontes, o professor projeta a imagem de uma célula
2n = 4, que representa uma das etapas estudadas, e (C) I pode ocorrer em hemácias maduras.
pergunta a seus alunos qual fase e divisão celular es- (D) II está ligado à variabilidade genética.
tão sendo representadas.
21. Responder à questão com base no cariótipo (conjunto
Observe a imagem da representação projetada e assi- de cromossomos) humano representado abaixo.
nale, das alternativas abaixo, qual a resposta correta
para a questão proposta pelo professor.

O cariótipo é de um indivíduo do sexo ___________


com síndrome de __________.
(A) Metáfase da Mitose.
(A) feminino - Klinefelter
(B) Anáfase da Mitose.
(B) masculino - Klinefelter
(C) Anáfase I da Meiose.
(C) masculino - Down
(D) Metáfase II da Meiose. (D) feminino - Turner
(E) Anáfase II da Meiose. (E) masculino - Turner

Extensivo 117
Biologia

22. Abaixo estão representados cinco núcleos de células (D) A redução no número de cromossomos ocorre
somáticas e cada ponto escuro corresponde à croma- durante a etapa 3.
tina sexual. Qual destes núcleos poderia, com mais
(E) A separação das cromátides-irmãs ocorre durante
probabilidade, ser encontrado em um indivíduo por- a etapa 1.
tador da Síndrome de Turner?
25. O trecho a seguir foi extraído do artigo Desencontros
sexuais, de Drauzio Varella, publicado na “Folha de S.
Paulo”, em 25 de agosto de 2005.
Nas mulheres, em obediência a uma ordem que parte
de uma área cerebral chamada hipotálamo, a hipófise
libera o hormônio FSH (hormônio folículo estimulan-
(A) I te), que agirá sobre os folículos ovarianos, estimulan-
do-os a produzir estrogênios, encarregados de ama-
(B) II durecer um óvulo a cada mês.
(C) III FSH e estrogênios dominam os primeiros 15 dias do
ciclo menstrual com a finalidade de tornar a mulher
(D) IV fértil, isto é, de preparar para a fecundação uma das
350 mil células germinativas com as quais nasceu.
(E) C
O trecho faz referência a um grupo de células que a
mulher apresenta ao nascer. Essas células são
23. Durante a ovulogênese na espécie humana, nem sem-
pre se observa a fase de óvulo. Quando observado, (A) ovogônias em início de meiose, presentes no
este tipo celular será encontrado interior dos folículos ovarianos e apresentam
23 cromossomos.
(A) no ovário de uma recém-nascida.
(B) ovócitos em início de meiose, presentes no inte-
(B) na tuba uterina. rior dos folículos ovarianos e apresentam 46 cro-
mossomos.
(C) no ovário após a segunda divisão meiótica.
(C) ovócitos em fase final de meiose, presentes no
(D) na mucosa uterina. interior de folículos ovarianos e apresentam
23 cromossomos.
24. O esquema a seguir representa etapas do processo de (D) óvulos originados por meiose, presentes na tuba
gametogênese no homem. uterina e apresentam 23 cromossomos.
(E) ovogônias em início de meiose, presentes na tuba
uterina e apresentam 46 cromossomos.

1. D 8. A 15. C 22. A

2. D 9. C 16. D 23. B
Sobre esse processo, assinale a alternativa correta.
3. C 10. D 17. E 24. A
(A) A célula A é diploide e as células B, C e D são ha-
ploides. 4. C 11. C 18. C 25. B

(B) A separação dos homólogos ocorre durante a eta- 5. B 12. E 19. B


pa 2.
6. B 13. B 20. C
(C) As células A e B são diploides e as células C e D são
haploides. 7. D 14. E 21. B

118 Extensivo
Biologia

Considere as afirmativas abaixo:


I. A célula 4 apresentará as características genéticas
da célula 5.
II. Pode-se concluir que, por serem anucleadas, as
hemácias são células que vivem pouco tempo.
1. Para se descobrir a função das estruturas celulares, III. Entre outras funções, o núcleo é responsável pela
uma via experimental usada pelos cientistas é a remo- reprodução.
ção da estrutura celular que se quer estudar e a poste-
Assinale
rior verificação do que acontece à célula na ausência
da estrutura. O uso de organismos mutantes é uma al- (A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
ternativa para a obtenção dessas células modificadas.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
Embriões de sapos compostos de células sem nucléo-
los (anucleoladas) foram comparados a embriões nor- (C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
mais. O desenvolvimento a partir do zigoto acontece de (D) se somente a afirmativa III estiver correta.
forma semelhante nos dois casos, mas, no momento
da eclosão do girino, os mutantes anucleolados mor- (E) se somente a afirmativa II estiver correta.
rem. Paralelamente a isso, a principal alteração obser-
vada nas células de indivíduos normais foi um aumento 3. Uma célula em crescimento passa por um ciclo celu-
significativo na concentração de ribossomos no cito- lar que compreende essencialmente dois períodos: a
plasma, o que não ocorreu nos mutantes anucleolados. intérfase e a divisão. Por muitos anos, os citologis-
Com base nessas informações e nos conhecimentos de tas preocuparam-se primordialmente com o período
Biologia Celular, considere as seguintes afirmativas: de divisão, durante o qual profundas alterações cro-
1. Nos indivíduos mutantes anucleolados, a eclosão mossômicas eram vistas ao microscópio óptico, en-
do girino não acontece, por falta de alimentação quanto a intérfase era considerada como uma fase
adequada do embrião, o que leva à sua morte. de “repouso”. Observou-se, entretanto, que as célu-
2. O nucléolo é o responsável pela produção dos ri- las passam a maior parte de sua vida em intérfase,
bossomos, por sua vez responsáveis pela síntese que é um período de atividade biossintética intensa,
das proteínas necessárias ao processo de eclosão durante o qual a célula dobra de tamanho e duplica
dos girinos. o seu complemento cromossômico.
3. A eclosão do girino só acontece na presença de
uma grande quantidade de energia, na forma de
ATP, que é obtida por meio dos ribossomos.
4. Os indivíduos mutantes anucleolados sobrevive-
ram à fase embrionária por já contarem com ri-
bossomos prontos, presentes no óvulo.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
(B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. Observando o gráfico acima, que representa a varia-
(E) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. ção da quantidade de DNA no núcleo de uma célula
em função do tempo durante a intérfase, podemos
2. O esquema abaixo representa um experimento reali- afirmar que
zado em amebas.
(A) se trata seguramente de uma célula em mitose.
(B) A, B e C representam todas as etapas do ciclo celular.
(C) ao sofrer mitose, a quantidade de DNA nas célu-
las-filhas será igual à metade da quantidade pre-
sente inicialmente.
(D) no período representado em B surgem as cromá-
tides-irmãs.
(E) o período A é conhecido como intérfase.

Extensivo 119
Biologia

4. O esquema a seguir apresenta um experimento reali- por X e Y. Sendo assim, uma célula somática do corpo
zado com uma alga unicelular. de uma mulher apresenta
(A) 22 autossomos + Y.
(B) 22 autossomos + XX.
(C) 22 autossomos + XY.
(D) 44 autossomos + X.
(E) 44 autossomos + XX.

6. Observe os cromossomos a seguir esquematizados.

(Adaptado de LOPES, Sônia. Bio 1. São Paulo: Saraiva, 1997. p. 200)

Esse e outros experimentos semelhantes levaram à


conclusão de que o núcleo comanda e coordena todas
as funções nas células, sendo indispensável à manu-
tenção da vida.
A partir dessa conclusão, pode-se inferir que o resul-
tado do experimento foi o seguinte:
(A) I regenerou uma porção igual a ela, o mesmo
acontecendo com II, formando-se duas algas dife-
rentes. As figuras que representam, respectivamente, um
(B) I regenerou a porção II, formando-se uma alga conjunto diploide e o conjunto haploide correspon-
igual à que foi cortada, e II morreu. dente são
(C) II regenerou a porção I, formando-se uma alga (A) I e III.
igual à que foi cortada, e I morreu.
(B) I e IV.
(D) I e II regeneraram as porções perdidas, formando-
-se duas algas iguais à que foi cortada. (C) II e III.
(E) I e II morreram. (D) II e IV.
5. (E) V e I.

7. Os gatos possuem 38 cromossomos, com o sistema


XX/XY de determinação sexual. No desenvolvimento
embrionário de fêmeas, um dos cromossomos X é
inativado aleatoriamente em todas as células do orga-
nismo. Em gatos domésticos, a pelagem de cor preta
(dominante) e amarela (recessiva) são determinadas
9 por alelos de um gene localizado no cromossomo X.
8 10 11 12
7 Fêmeas heterozigóticas para cor da pelagem são man-
3 6
4 5 chadas de amarelo e preto. Um geneticista colocou
1
2 um anúncio oferecendo recompensa por gatos ma-
chos manchados de amarelo e preto. A constituição
cromossômica desses gatos é
Y (A) 37, YO.
19 20 21 22
16 17 18 (B) 37, XO.
15
13 14 X
(C) 38, XX.
A figura anterior representa os diferentes tipos de cro- (D) 39, XXY.
mossomos humanos. Os autossomos estão numera-
dos de 1 a 22, e os cromossomos sexuais, designados (E) 39, XXX.

120 Extensivo
Biologia

8. Notícia de algum jornal do futuro... 9. Considerando que a ilustração a seguir, referente à


divisão de uma célula somática hipotética, apresenta
Iniciada a campanha nacional de vacinação contra um erro, assinale a alternativa que apresenta a situa-
sarampo e tuberculose ção que tornaria o desenho correto.
O destaque da campanha de vacinação, neste ano, é a
utilização de cerejas coloridas, sem sementes. Segundo
a bióloga Josefa da Silva, responsável pela equipe que
desenvolveu os novos frutos, técnicas especiais de
cruzamento foram aplicadas em dois tipos de cerejei-
ras transgênicas, resultando na obtenção de plantas
triploides (3n = 72), incapazes de produzir sementes.
Apesar de passar por todas as etapas do ciclo reprodu-
tivo, não há a formação de endosperma, e o processo
cessa nas primeiras divisões celulares do zigoto. As no-
vas cores (amarela, verde, roxa e branca) haviam sido
obtidas, anteriormente, por mutação no gene respon-
sável pela produção de pigmento na casca do fruto. As
formas mutantes para esse loco, diz a pesquisadora,
não interferem na eficiência das plantas transgênicas
como produtoras de vacinas. Elas continuam apresen- (A) A célula-mãe deveria ter apenas 2 cromossomos e
tando, nos frutos, as substâncias que, depois de libera- as células-filhas deveriam ter 4 cromossomos, pois
das pela digestão, ligam-se à membrana plasmática dos têm origem após a duplicação dos cromossomos.
linfócitos e sofrem endocitose, determinando o desen- (B) A célula-mãe deveria ter 4 cromossomos e as
volvimento da resposta imunológica. células-filhas deveriam ter 2 cromossomos, pois
Outra inovação dessas cerejas é a resistência às mos- foram originadas por mitose.
cas Anastrepha fraterculus que, nos últimos anos, (C) A célula-mãe deveria ter 4 cromossomos e as célu-
estabeleceram-se como pragas importantes do cul- las-filhas deveriam ser 4 e ter cada uma 2 cromos-
tivo de cerejas-vacina. Da mesma forma, as plantas somos, pois seriam o resultado de uma meiose.
apresentam resistência aos nematoides que atacavam (D) A célula-mãe deveria ter 4 cromossomos e cada
a raiz principal do sistema axial desses vegetais. Com célula-filha 4 cromossomos, pois seriam o resul-
o cultivo das novas variedades de cerejas resistentes, tado de uma mitose.
espera-se que essas pragas mantenham-se afastadas (E) A célula-mãe deveria ter 2 cromossomos e as cé-
dos pomares de vacinas, por algum tempo. lulas-filhas 2 cromossomos, pois seriam o resulta-
do de uma meiose.
Se as plantas desenvolvidas para serem produtoras de
vacina são triploides (3n = 72), então 10. Bioquímicos, médicos, biólogos, químicos, entre ou-
tros, podem trabalhar em pesquisa e descobrir subs-
(A) o número cromossômico das células gaméticas
tâncias que podem interferir em algum mecanismo
dessas plantas será sempre igual a 24. celular e, com isso, auxiliar na saúde humana. Entre
(B) as células somáticas, durante a mitose, formarão elas, está a vinblastina, alcaloide que impede a forma-
36 pares de cromossomos homólogos. ção das proteínas chamadas microtúbulos, presentes
(C) as células somáticas terão três grupos ou conjun- nas fibras do fuso. Ela pode
tos de cromossomos homólogos, cada um com 24 (A) inibir divisões mitóticas, impedindo, assim, o
cromossomos. crescimento de um tumor.
(D) na metáfase da meiose II, será possível observar (B) inibir divisões meióticas, impedindo, assim, a for-
18 grupos de cromossomos, cada um formado mação de células somáticas.
por quatro cromossomos homólogos. (C) reduzir a digestão lipídica, favorecendo a perda
de massa corpórea.
(E) durante a anáfase da mitose, os cromossomos
(D) facilitar a perda de proteínas durante a digestão,
serão divididos de modo desigual, e as células-
favorecendo o emagrecimento.
-filhas terão números cromossômicos diferentes
(E) estimular a divisão citoplasmática do final da mi-
do original.
tose, estimulando o crescimento.

Extensivo 121
Biologia

11. Câncer é o termo genérico para descrever uma co- (C) mitose e tem participação dos centríolos.
leção de cerca de 150 doenças diferentes, caracte- (D) cromossômico e origina duas células diploides.
rizadas por uma rápida e anormal divisão celular do
(E) mitose celular e origina células haploides.
tecido e pela migração de células cancerígenas para
partes do corpo distantes da origem. Com a rápida e 13. Leia a placa informativa presente em uma churrascaria.
desnecessária divisão celular, logo se forma um exces-
so de tecido, conhecido como tumor.
Adaptado de http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb

A primeira observação de que alguns medicamentos ou


produtos químicos poderiam atuar em tumores acon-
teceu na Segunda Guerra Mundial. Após vazamento de
gás mostarda, pessoas com tumores que ficaram ex-
postas ao gás, tiveram redução nesses tumores. Sendo
assim, a quimioterapia é um tratamento que utiliza Porcos e javalis são subespécies de uma mesma es-
medicações específicas, as quais têm propriedade de pécie, Sus scrofa. A referência ao número de cromos-
atuar “inativando” ou “destruindo” as células tumorais. somos justifica-se pelo fato de que são considerados
Disponível em: http://www.saudenainternet.co.br javalis puros apenas os indivíduos com 36 cromosso-
mos. Os porcos domésticos possuem 38 cromosso-
O agente quimioterápico ideal mataria as células can- mos e podem cruzar com javalis.
cerígenas e seria inofensivo às células sadias. Nenhum
Desse modo, é correto afirmar que
agente quimioterápico, por enquanto, atende a estes
critérios, e os efetivos são também os mais tóxicos para (A) os animais com 37 cromossomos serão filhos de
os humanos e, portanto, precisam ser cuidadosamente um leitão ou de uma leitoa, mas não de um casal
controlados quando ministrados aos pacientes. de javalis.
Disponível em: http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb (B) um híbrido de porco e javali, conhecido como ja-
vaporco, terá 74 cromossomos, tendo herdado o
Uma pessoa com câncer foi submetida a um trata- material genético de ambas as subespécies.
mento quimioterápico, após o qual não houve forma-
ção de novas células tumorais. (C) do cruzamento de uma leitoa com um javali de-
vem resultar híbridos fêmeas com 38 cromosso-
A partir das informações contidas nos textos apresen- mos e híbridos machos com 36 cromossomos.
tados, é possível considerar que os agentes quimiote-
rápicos atuam sobre (D) os animais não puros terão o mesmo número de
cromossomos do porco doméstico, mas não o nú-
(A) a membrana plasmática, criando o encapsula-
mero cromossômico do javali.
mento do tumor.
(B) a circulação sanguínea, impedindo o tráfego da (E) os animais puros, aos quais o restaurante se re-
doença. fere, são filhos de casais em que pelo menos um
dos animais paternos tem 36 cromossomos.
(C) os peroxíssomos, bloqueando a produção de ca-
talase. 14. Uma maneira de se obter um clone de ovelha é trans-
(D) algumas mitocôndrias, impedindo a respiração ferir o núcleo de uma célula somática de uma ovelha
aeróbica. adulta A para um óvulo de uma outra ovelha B do qual
(E) algum ponto do ciclo celular, fazendo cessar as foi previamente eliminado o núcleo. O embrião resul-
mitoses. tante é implantado no útero de uma terceira ovelha C,
onde origina um novo indivíduo. Acerca do material
12. Quando ocorre a divisão celular descontrolada das cé- genético desse novo indivíduo, pode-se afirmar que
lulas de determinada região do organismo, pode ocor-
(A) o DNA nuclear e o mitocondrial são iguais aos da
rer a formação de um tumor. Nos tumores benignos,
as células permanecem no local, prejudicando apenas ovelha A.
o órgão onde se originou o tumor ou os tecidos vizi- (B) o DNA nuclear e o mitocondrial são iguais aos da
nhos. O câncer é um tumor maligno prejudicial que se ovelha B.
espalha para outras regiões do corpo. (C) o DNA nuclear é igual ao da ovelha B, mas o DNA
O processo celular envolvido nessa desobediência ge- mitocondrial é igual ao da ovelha A.
nética é chamado de (D) o DNA nuclear é igual ao da ovelha A, mas o DNA
(A) meiose e origina células haploides. mitocondrial é igual ao da ovelha B.
(B) fissão e ocorre nas células eucarióticas dos ani- (E) o DNA nuclear é igual ao da ovelha A, mas o DNA
mais evoluídos. mitocondrial é igual ao da ovelha C.

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Biologia

15. O número dos cromossomos nas células do cavalo (C) o número de cromossomos encontrados no ga-
(Equus caballus) é 64 e no trigo (Triticum aestivum) é 42. meta seja 23.
Quando esses organismos passam pelos processos de (D) um cromossomo de cada par seja direcionado
mitose e meiose, respectivamente, como serão os nú- para uma célula-filha.
meros cromossômicos de: (E) um gameta raramente terá o número correto de
cromossomos da espécie.
(I) Cavalo
(II) Trigo 18. Sob condições experimentais adequadas, é possível
fazer com que certos tipos celulares se dividam por
(A) (I) 32 e 64, (II) 42 e 21. mitose. Para isso, tais células são colocadas em fras-
cos contendo meio de cultura e outras drogas neces-
(B) (I) 128 e 32, (II) 84 e 21.
sárias à indução da divisão celular.
(C) (I) 64 e 32, (II) 42 e 21. Com o objetivo de obter células para observar a mito-
(D) (I) 32 e 16, (II) 42 e 21. se, um laboratorista adotou o seguinte procedimento:
colocou uma amostra de sangue humano tratado com
(E) O número de cromossomos não sofre modifica- anticoagulante em um tubo de ensaio e, em seguida,
ções. centrifugou o tubo para precipitar os elementos mais
16. O ciclo de vida dos animais é caracterizado pelo cresci- pesados. Ao final do processo, observou-se o conteú-
mento, reprodução e morte dos indivíduos. Sabendo do do tubo e verificou-se a existência de três frações
que o crescimento ocorre a partir de sucessivas divi- bem distintas. As hemácias, mais pesadas, ocupavam
sões celulares e a reprodução, pela formação dos ga- a fração 1 do tubo. Acima destas, uma fina camada de
metas e consequente fecundação com um gameta de linfócitos formava a fração 2. A fração 3 era constituí-
outro indivíduo da mesma espécie, qual das alternati- da pelo plasma sanguíneo.
vas abaixo indica, respectivamente, o tipo de divisão Para observar células em divisão, o laboratorista de-
celular envolvido nos processos de crescimento do verá adicionar aos frascos de cultura
organismo e formação dos gametas?
(A) apenas a fração 1.
(A) Fissão binária e meiose. (B) apenas a fração 2.
(B) Meiose e mitose. (C) apenas a fração 3.
(C) Mitose e fissão binária. (D) a fração 1 mais a fração 3.
(D) Mitose e meiose. (E) qualquer uma das três frações.
(E) Fissão binária e mitose.
19. A síndrome de Down ocorre quando o indivíduo pos-
17. Quando adquirimos frutas no comércio, observamos sui no núcleo de suas células três cópias do cromosso-
com mais frequência frutas sem ou com poucas se- mo 21 em vez de duas. É uma anomalia cromossômica
mentes. Essas frutas têm grande apelo comercial e com prevalência de 1 em cada 691 nascimentos. No
são preferidas por uma parcela cada vez maior da po- Brasil, há pelo menos 300 mil pessoas com síndrome
pulação. Em plantas que normalmente são diploides, de Down. Pela análise dos cromossomos, é possível
isto é, apresentam dois cromossomos de cada par, detectar a anomalia que caracteriza a síndrome de
uma das maneiras de produzir frutas sem sementes Down. O esquema a seguir apresenta quatro eventos
é gerar plantas com uma ploidia diferente de dois, da divisão celular.
geralmente triploide. Uma das técnicas de produção Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/bioconexoes/
dessas plantas triploides é a geração de uma planta normal-e-ser-diferente

tetraploide (com quatro conjuntos de cromossomos),


que produz gametas diploides e promove a reprodu-
ção dessa planta com uma planta diploide normal.
A planta triploide oriunda desse cruzamento apresen-
tará uma grande dificuldade de gerar gametas viáveis,
pois, como a segregação dos cromossomos homólogos
na meiose I é aleatória e independente, espera-se que
(A) os gametas gerados sejam diploides.
(B) as cromátides-irmãs sejam separadas ao final
desse evento.

Extensivo 123
Biologia

Os eventos possíveis da meiose que levam à síndrome


de Down são os de número
(A) 1 e 4.
(B) 1 e 3.
(C) 2 e 3.
(D) 2 e 4.
(E) 3 e 4.

20. Com relação ao início do período reprodutivo, as mu-


lheres são, de forma geral, mais “precoces” que os ho-
mens. Isso ocorre porque a produção dos hormônios
gonadotróficos hipofisários começa um pouco mais
cedo no sexo feminino. Com relação à gametogênese,
tal fato também é verificado, porém com uma preco-
cidade ainda maior, pois
(A) a formação meiótica dos gametas se inicia logo
após o nascimento, sendo maturados e liberados
a partir da puberdade.
(B) por volta dos sete anos de idade se iniciam as
meioses que formarão os folículos ovarianos.
(C) cerca de três anos antes da puberdade as mulhe-
res iniciam a meiose em células ovarianas para
que ocorram as ovulações mensais.
(D) as mulheres já nascem com os gametas prontos
para serem fecundados, bastando serem libera-
dos na ovulação a partir da puberdade.
(E) ainda no útero materno células ovarianas precur-
soras dos gametas iniciam, porém não finalizam,
a divisão meiótica.

1. C 11. E
2. A 12. C
3. D 13. A
4. C 14. D
5. E 15. C
6. B 16. D
7. D 17. E
8. C 18. B
9. D 19. C
10. A 20. E

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