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Núcleo

Característica da célula eucariótica onde está armazenado a quase totalidade


do DNA da célula.

A maioria das células possuem somente um núcleo, mas há exceções.

O formato, posição e tamanho do núcleo varia de acordo com cada tipo celular.

O núcleo possui diferentes características na intérfase e na mitose.

Os componentes do núcleo são: envoltório nuclear, cromatina, nucléolos e


nucleoplasma.

Envoltório Nuclear

Composto por duas unidades de membrana com um espaço entre elas, o


espaço perinuclear que contém proteínas. As duas membranas se fundem
em algumas regiões para formar os poros nucleares.

Os complexos de poros são agregados proteicos que preenchem os poros


e regulam o trânsito de moléculas entre o núcleo e o citoplasma.

Os poros possuem dois anéis octogonais: um na porção


citoplasmática e um na porção nuclear que formam o canal central.

Entre esses anéis se formam emaranhados proteicos.

De cada anel, saem 8 filamentos proteicos que formam, somente na


porção nuclear, uma estrutura similar a uma cesta de basquete.

A POM121 e a gp210 são proteínas que ancoram os poros nas


camadas do envoltório nuclear.

Os complexos de poros são formados pelas nucleoporinas (nup) que


são divididas em dois grupos: o grupo que contém fenilalanina e glicina
(FG) na sua composição são responsáveis pelo transporte de
moléculas, enquanto as que não possuem, realizam a função estrutural.

O transporte pelo envoltório nuclear pode ser por difusão, transporte


passivo ou transporte ativo com uso de GTP.

O processo de importação de proteínas do citoplasma corre através da


ligação das proteínas importinas com a molécula proteica que possui
uma sinalização nuclea . A importina é reconhecida pelo FG da nup e

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leva a molécula até o nucleoplasma, onde se desprende após a ligação
da proteína ranGTP e retorna ao citoplasma. No citoplasma, a enzima
GAP hidrolisa a ranGTP em ranGDP e libera a importina para ser
reutilizada.

O processo de exportação ocorre da mesma forma, entretanto com as


proteínas exportinas, já ligadas à ranGTP, levando moléculas de RNA.
Logo, o grupo ran que controla a direção de importação ou exportação.

A composição dessas membranas é de lipídios e glicoproteínas.

A face nucleoplasmática está associada a uma rede de filamentos que


constituem a lâmina nuclear. Além disso, possuem proteínas intrínsecas
próprias.

A face citoplasmática contém ribossomos e continuidade com o RER e até


possuem proteínas comuns. Entretanto, também possui proteínas próprias
como as nesprinas que interagem com o citoesqueleto para fixar a posição
do núcleo.

Lâmina Nuclear

É um estrutura que se forma por proteínas laminas e se fixa à membrana


interna formando estruturas similares aos filamentos intermediários.

Existem 7 tipos de proteínas do tipo lamina e todas a células contém uma


lamina tipo B, enquanto os outros tipos ocorrem de acordo com o tipo
celular.

São fixadas ao envoltório nuclear pelas proteínas LAP 1 e 2, emerina e


LBR.

Possuem a função de garantir suporte estrutural ao envoltório nuclear, mas


também liga as fibras cromatínicas a ele, participa dos processos de
replicação do DNA e sua transcrição, na expressão gênica e na
manutenção do citoesqueleto.

Mutações nos genes que transcrevem as proteínas que formam a lâmina


nuclear estão relacionadas a doenças graves como a distrofia muscular de
Emery-Dreifuss (EDMD).

Cromatina

É toda a região do núcleo que se cora, com exceção dos nucléolos, e é


visível ao microscópio de luz.

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É composta por DNA associado a proteínas e pode estar compactada ou
descompactada. O nível de compactação da cromatina é muito variável e
depende de vários fatores como: tipo celular, grau de diferenciação da
célula, fase do ciclo celular, etc.

A principal proteína que se associa com o DNA para formar a cromatina são
as proteínas básicas chamadas histonas, que interagem do seu radical
amina com o radical fosfato do DNA. Contudo, nem todos os radicais
fosfatos são neutralizados, logo, a cromatina em geral é basofílica.

As demais proteínas existentes no núcleo são proteínas ácidas que podem


estar associadas ao DNA ou livres no nucleoplasma são classificadas em
três grupos: proteínas que formam os cromossomos (condensina),
proteínas que realizam a replicação e o reparo do DNA (DNA
polimerase) e proteínas relacionadas com ativação e repressão gênica
(HMG).

A quantidade de DNA presente na cromatina é variável de acordo com a


espécie e é medido em pares de bases (pb). A quantidade total de pb é
chamado de valor C. As células somáticas possuem 2C enquanto as
reprodutivas possuem somente C.

3% da cromatina é formada por RNA nascente, ou seja, RNA que está


finalizando o processo de transcrição.

Nucleossomo

É a unidade estrutural básica da cromatina. Composto por 200 pb de


DNA associados (enrolados) a um octâmero de histonas (2 moléculas
de cada um dos 4 tipos, exceto a H1), o que caracteriza o menor estado
de condensação da cromatina (10).

O DNA de ligação conecta um núcleo do nucleossomo ao outro. Nesse


ponto, a histona do tipo H1 pode de ligar e condensar o DNA (30).

Existem estágios mais condensados do DNA, mas que são pouco


compreendidos. 10% da cromatina é formada pela heterocromatina,
um estágio muito avançado de condensação.

Gene

Área do DNA que codifica uma proteína, ou seja, está disponível para
transcrever RNA. Entre os genes, está a cromatina condensada, que
não está disponível para ser transcrita.

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Dentro de um mesmo gene pode haver áreas de condensação e
descondensação. Os éxons são as áreas pouco condensadas que são
transcritas, enquanto os íntrons são as áreas condensadas que ficam
entre os éxons.

A expressão de um gene inicia-se com a RNA-polimerase que se liga a


região promotor da fita de DNA, que está associado com fatores de
transcrição que regulam a expressão gênica. Esses fatores de
transcrição podem ser modulados por potenciadores que se ligam a
ele também auxiliam na regulação da expressão gênica.

A partir daí, essa enzima vai adicionando os nucleotídeos


complementares à fita que está sendo transcrita substituindo os de
timina pelos de uracila e desce pela fita de DNA, sempre no sentido 5’ -
3’ até chegar na porção de término, ela se desprende e libera o RNA
no nucleoplasma para ser processado.

Após a transcrição, o RNA precisa sofrer o processo de splicing, ou


seja, as regiões de íntrons são cortadas dos éxons por ribozimas e os
éxons são ligados para formar uma molécula de RNA funcional.

Os genes podem apresentar várias cópias. Alguns genes possuem


pouquíssimas cópias, enquanto outros possuem milhares.

As células podem criar cópias dos seus genes de acordo com a


necessidade, mas esse não é um processo comum.

Estados da Cromatina

Eucromatina- é a porção do DNA que não está em um estado máximo


de condensação. A eucromatina ativa é totalmente disponível para ser
transcrita. Já a eucromatina inativa está em um estado moderado de
condensação que pode ser alterado e permitir a transcrição dessa
região.

Heterocromatina- é a porção de maior condensação da cromatina. A


heterocromatina constitutiva é a porção que é condensada em todas
as células. A cromatina facultativa é a porção que, em algumas
células é condensadas, mas em outras não.

Um dos cromossomos X nas fêmeas sofre um processo de total


condensação e se torna afuncional. Como é um processo aleatório, elas
possuem células com o cromossomo X paterno funcional e outras com
o cromossomo X materno.

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Cromossomos Metafásicos

Os cromossomos são resultantes da condensação da cromatina que


ocorre durante a mitose e a meiose e o grau máximo de condensação
ocorre na metáfase.

Os cromossomos são formado por duas moléculas de DNA, cada uma


formando uma cromátide que estão ligadas pelo centrômero ou
constricção primária.

A condensina é a proteína responsável por condensar esses


cromossomos, enquanto a coesina une as cromátides no centrômero.

A posição do centrômero classifica o cromossomo:

Metacêntrico- o centrômero divide o cromossomo no meio em dois


braços de tamanho iguais.

Submetacêntrico- o centrômero divide o cromossomo em braços


desiguais.

Acrocêntrico- o centrômero se apresenta subterminal em uma das


extremidades, ou seja, um braço extremamente pequeno e outro
extremamente grande.

Telocêntrico- o centrômero é terminal

Constrição secundária- é uma região de estreitamento que aparece


sempre no mesmo lugar de cada cromossomo e é utilizada para
identificá-los. A NOR geralmente ocorre nesse local dos cromossomos.

Telômeros- são as regiões de extremidade dos cromossomos que


possuem DNA especial por conter uma sequência de nucleotídeos que
impede a adesão com outros cromossomos. Essa região é manipulada
pela enzima telomerase.

Cariótipo- é a representação de todos os cromossomos de uma


espécie de acordo com seu número e formato.

Cromossomos Homólogos- nos eucariontes os cromossomos vêm em


pares: um herdado da mãe e outro do pai. Assim, eles são idênticos em
forma e tamanho.

O número de cromossomos de uma espécie é constante e mantido


através dos ciclos celulares. As células somáticas são diploides
possuem todos os cromossomos em pares (2n), enquanto os gametas

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são haploides e possuem apenas uma de cada cromossomo homólogo
(n).

Cromossomos Gigantes

São cromossomos gigantes que podem ser vistos até no


microscópio óptico. ocorrem somente em alguns organismo
podendo ser politênicos ou plumosos. Estão relacionados com
uma intensa síntese de RNA em algum período específico do ciclo
celular em que estão presentes (pupação de insetos e meiose de
ovócitos de alguns vertebrados).

Nucléolo

É uma estrutura nuclear de forma e tamanho variáveis, não envolvida por


membrana e visível ao microscópio óptico.

Quanto maior a atividade de síntese proteica da célula, maior o nucléolo.

O nucléolo possui bastante rRNA, além de proteínas estruturais e proteínas


importantes na formação desse RNA. logo, contém uma pequena porção do
DNA ribossômico, a molécula de DNA que transcreve rRNA.

Possui 3 regiões: centro fibrilar, onde há o rDNA e as enzimas


transcricionais; o componente fibrilar denso, onde inicia-se o processo
pós-transcricional; e o componente granular, onde há o processamento
final do RNA.

A formação dos ribossomos ocorre nos nucléolos. O rDNA é transcrito em


uma molécula chamada pré-RNA, e à medida que a transcrição ocorre,
proteína são adicionadas a essa molécula . Essa molécula é clivada para
produzir as moléculas finais de rRNA: 28S, 18S e 5,8S.

O rRNA 5 S é transcrito e clivado fora do nucléolo e, posteriormente, dirigido


a ele para se juntar com outras moléculas que irão compor as subunidades
robossômicas.

A formação das subunidades ribossômicas ocorre pela junção dessas


moléculas e suas proteínas: a subunidade menor é formada pelo rRNA
18S e proteínas, enquanto a subunidade maior é formada pelos rRNA 5S,
5,8S e 28S e proteínas.

Nucleoplasma

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É uma solução aquosa constituída por proteínas, íons, RNA, nucleotídeos e
nucleotídeos, onde estão mergulhados o nucléolo e a cromatina. Existem
proteossomos no nucleoplasma.

Existe grande possibilidade do núcleo conter um endoesqueleto formado


pela matriz nuclear, composta por vários tipos proteicos como as laminas e
até mesmo actina e miosina.

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