Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. NÚCLEO
comprimento. Essa alga vive no mar e sua única célula possui uma base dilatada fixada
ao fundo, onde fica o núcleo, e uma extremidade livre em forma de guarda-chuva, a
umbela. Se esta for cortada e removida a alga regenera facilmente outra umbela
idêntica.
Estrutura do núcleo
Durante a divisão celular, o núcleo passa por intensas modificações, perdendo
a individualidade logo no início do processo e se reorganizando no final da divisão.
Quando a célula não está em divisão, dizemos que ela está em interfase. Nessa fase, o
núcleo apresenta sua estrutura organizada e em condições de ser estudada. Falamos,
então, em núcleo interfásico, formado por carioteca, nucleoplasma, nucléolo e
cromatina.
CARIOTECA
O termo tecaé muito usado em Biologia no sentido de casca, envoltório,
receptáculo e outras acepções semelhantes. Aqui, o que melhor se aplica é o de
envoltório. Como cariosignifica núcleo, cariotecasignifica envoltório do núcleo, ou
envelope nuclear.
A cariotecaou envelope nuclear é uma membrana dupla, com uma parte
interna e outra externa, separadas pelo espaço perinuclear. Apesar de separar o
material nuclear do citoplasma, apresenta diversos poros, que permitem a passagem
controlada de certas moléculas entre núcleo e citoplasma. Quanto à composição, tanto
a membrana externa quanto a interna são lipoproteicas, semelhantes, portanto, à
membrana plasmática e à que forma as organelas membranosas do citoplasma. Existe
uma continuação morfológica entre a carioteca e o retículo endoplasmático granuloso.
A membrana mais interna da carioteca tem continuidade com as membranas
do retículo endoplasmático e apresenta ribossomos aderidos à superfície em contato
com o citoplasma. A membrana mais interna da carioteca tem constituição química
ligeiramente diferente da membrana externa.
Lamina nuclear, aderida internamente à carioteca, é constituida por uma rede
de filamentos intermediários de proteína; sua função é dar suporte à carioteca
2
Elaborado pelo Biólogo Félix Panzo
mantendo a sua forma. Além disso, a lâmina nuclear fornece pontos de ancoragem aos
cromossomos, organizando-os no interior do núcleo.
A carioteca permite que o conteúdo nuclear seja quimicamente diferenciado do
meio citoplasmático; apenas pequenas moléculas apolares têm passagem livre, por
difusão, através das membranas fosfolipídicas da carioteca. Outros tipos de
substâncias, como moléculas polares, proteínas, RNA etc., só podem entrar ou sair do
núcleo passando pelos poros.
Organização do poro nuclear
Os poros nucleares são mais que simples aberturas; em cada um deles há uma
complexa estrutura proteica, denominada complexo do poro, que funciona como uma
válvula, abrindo-se para dar passagem a determinados materiais,, fechando-se em
seguida. O complexo do poro é formado por dezenas de tipos diferentes de proteína,
que selecionam ativamente o que entra e o que sai do núcleo.
Hoje sabemos que as proteínas que atuam no núcleo como as enzimas
envolvidas na produção de DNA e de RNA, apresentam uma curta sequência de
aminoácidos, denominada sinal de reconhecimento nuclear, que as identificam. Ao
reconhecer esse sinal, o complexo do poro se abre e permite que a proteína entre no
núcleo, onde atuará.
Substâncias produzidas no núcleo e que devem atuar no citoplasma também
apresentam sinais identificadores, que fazem o poro abrir para deixá-las sair. Falhas no
reconhecimento desses sinais pelo complexo do poro podem ter consequências graves
à saúde.
Nucleoplasma e Nucléolo
Cromatina
Para observar o núcleo de uma célula ao microscópio óptico, utilizam- se
corantes básicos que têm afinidade com os ácidos nucleicos. Na interfase, ou seja,
quando a célula não está se dividindo, cada molécula de DNA presente no núcleo está
com a forma de um longo filamento, muito fino, formado pela dupla-hélice associada,
em vários pontos, com proteínas histonas. Na observação ao microscópio, verifica-se
3
Elaborado pelo Biólogo Félix Panzo
que o interior do núcleo é praticamente todo preenchido por uma mancha fracamente
corada. Nessa fase e com esse aspecto, o DNA associado com proteínas histonas é
chamado cromatina. É possível observar que a cromatina apresenta alguns pontos
mais corados chamados heterocromatina. O motivo da melhor fixação do corante e da
visualização da heterocromatina é que, nesses pontos, o DNA está condensado, ou
seja, enrolado sobre si mesmo. O restante do DNA não está condensado e é chamado
eucromatina. No decurso da divisão celular, esses filamentos condensam-se muito,
ficando mais curtos e mais espessos, podendo ser visualizados e estudados mais
facilmente ao microscópio: são os cromossomos.
Cromossoma e Cariótopo
2. DIVISÃO CELULA
4
Elaborado pelo Biólogo Félix Panzo
os genes. Os genes distribuem-se ao longo de toda a molécula de DNA, sendo que cada
gene ocupa um determinado lugar, denominado loco gênico. As células que formam o
corpo de um indivíduo são chamadas células somáticas (soma = corpo).
O número de cromossomos é sempre idêntico nas células somáticas dos indivíduos de
uma mesma espécie. Na espécie humana, por exemplo, esse número é igual a 46.
que significa que existem dois de cada tipo. Os cromossomos idênticos, ou seja,
que possuem os mesmos locos gênicos, são chamados homólogos. Entre os 23 pares
de cromossomos presentes nas células humanas, há um par que é responsável pela
determinação do sexo. Na mulher, o par responsável pelo sexo é formado por dois
cromossomos X e no homem é formado por um cromossomo X e um Y. Os
cromossomos X e Y são chamados cromossomos sexuais, sendo os demais chamados
autossomos, pois não estão relacionados com a determinação do sexo. No corpo dos
animais, as células produzidas pelo organismo e que se destinam à reprodução
sexuada são denominadas gametas. O gameta masculino é o espermatozóide e o
gameta feminino é o óvulo.
5
Elaborado pelo Biólogo Félix Panzo
células haploides. A meiose ocorre por duas divisões celulares sucessivas e é o tipo de
divisão que ocorre na formação dos gâmetas.
INTÉRFASE
6
Elaborado pelo Biólogo Félix Panzo
com frequência encontram-se, segundo os cientistas em G0, esta fase é definida como
uma variante da fase G1, à qual a célula pode retornar, retomando seu ciclo normal
MITOSE:
A mitose é o tipo de divisão em que uma célula dá origem a duas células-filhas com o
mesmo número de cromossomos da célula inicial. As fases da Mitose são Prófase,
Metáfase, Anáfase e Telófase.
I) Prófase:
- Início da condensação dos cromossomos.
- Fragmentação da carioteca.
- Desintegração do nucléolo.
- Migração dos pares de centríolos para os pólos.
- Formação do fuso de divisão e do áster pelos microtúbulos ( fibras protéicas ao redor
do centríolo) do citoesqueleto.
- Os cromossomos, antes desordenados, unem-se às fibrilas do fuso pelos centrômeros
e deslocam-se para a região central da célula.
II) Metáfase:
- Os cromossomos alinham-se na região equatorial da célula, onde se ligam às fibras do
fuso.
- Os cromossomos atingem o grau máximo de espiralização.
III) Anáfase:
7
Elaborado pelo Biólogo Félix Panzo
MEIOSE:
Tipo de divisão em que uma célula origina quatro células-filhas com a metade do
número de cromossomos da célula inicial. A meiose é, portanto, um processo
importantíssimo para a manutenção da carga genética das espécies e ocorre na
formação dos gametas.
8
Elaborado pelo Biólogo Félix Panzo
Através deste processo, células diplóides podem originar células haplóides, o que se
faz através de duas divisões sucessivas. A primeira delas, uma divisão reducional, pela
qual uma célula diplóide origina duas células haplóides (com redução dos
cromossomos) e a outra, uma divisão equacional, em que cada uma das células
haplóides resultantes da primeira divisão origina duas outras, porém com mesmo
número de cromossomos.
MEIOSE I
Genética Animal – Divisão celular 4
I) Prófase I:
- Possui 5 subfases:
▪ Leptóteno: Os cromossomos individualizam-se como filamentos finos. Cada
cromossomo, no leptóteno, é formado por duas cromátides. Os cromossomos iniciam
a sua condensação.
▪ Zigóteno: Nesta etapa há duplicação do centríolo e a formação do fuso a
condensação dos cromossomos progride. Além disso, inicia-se o pareamento visível
dos cromossomos homólogos, num processo denominado sinapse. Durante o
pareamento, os cromossomos homólogos unem-se ao longo dos seus comprimentos
graças ao complexo sinaptonêmico, estrutura formada por proteínas.
▪ Paquíteno: Completa-se o pareamento dos homólogos e cada par forma uma
bivalente, com quatro cromátides formando uma tétrade. É nesta fase que ocorre a
permuta ou crossing-over. É um fenômeno durante o qual as cromátides homólogas se
entrelaçam, sofrem quebras e fazem a permuta de segmentos cromossômicos. Há
troca de genes. Esse mecanismo aumenta a variabilidade genética das espécies.
▪ Diplóteno: Nesta etapa os cromossomos começam a se separar, mas permanecem
unidos nos pontos pontos de contato das cromátides em que ocorreu o crossing-over.
Em cada um desses pontos surge o quiasma.
▪ Diacinese: Nesta etapa os centríolos atingem os pólos da célula e os cromossomos
homólogos, ainda unidos parcialmente, desfazem os quiasmas. Os cromossomos,
então, separam-se e a membrana nuclear se desfaz, liberando os cromossomos no
citoplasma.
II) Metáfase I:
- Fuso de divisão completamente formado.
- Cromossomos homólogos pareados no equador celular.
- Cromossomos ainda desfazem os últimos quiasmas.
III) Anáfase I:
- Deslocamento dos cromossomos (com duas cromátides cada) para pólos opostos da
células.
9
Elaborado pelo Biólogo Félix Panzo
IV)Telófase I:
-Os cromossomos se descondensam, os nucléolos reaparecem, a carioteca se
reorganiza surgindo dois novos núcleos.
- O fuso se desfaz.
- Ocorre a citocinese.
- Segue-se um período de duração variável, geralmente curto, antes da divisão II,
chamado intercinese.
MEIOSE II
- Formação do fuso.
IV) Telófase:
10