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Objetivos da Unidade:
ʪ Material Teórico
ʪ Material Complementar
ʪ Referências
1 /3
ʪ Material Teórico
Introdução
Feche os olhos e imagine uma parede de tijolos, bem-organizada, de forma retilínea e sem
nenhum defeito aparente. Embora, quando pronta, a parede pareça impassível, se você parar e
analisar, qual é o bloco de construção básico para a formação dessa parede? Um único tijolo, é
claro. Como uma parede de tijolos, seu corpo também é composto por blocos de construção
básicos, e esses blocos de construção são as células.
Os tijolos que compõem essa estrutura são geralmente retangulares, todos iguais, o que difere
muito quando comparado à estrutura fisiológica do nosso corpo, nossas células podem variar de
formatos, podem migrar de lugar, e se você quebrar um tijolo no meio você encontrará apenas
mais tijolo. No entanto, se você dividir uma célula ao meio, você encontrará um intrincado e
lindo arranjo de estruturas especializadas, que ajudam a célula a desempenhar sua função. Sim,
células são como blocos de construção, mas elas são os blocos mais incríveis do mundo.
As células desempenham um grande número de diferentes funções dentro do seu corpo. Por
exemplo, células epiteliais protegem a superfície do seu corpo, fazendo parte da sua pele e da
cobertura dos órgãos e de suas cavidades. Células ósseas compõem os ossos, os quais sustentam
seu corpo. Células do sistema imune lutam contra bactérias invasoras. Sangue e células
sanguíneas levam nutrientes e oxigênio a todo o corpo, enquanto removem o dióxido de
carbono. Cada um desses tipos celulares têm um papel vital para o crescimento, o
desenvolvimento e a manutenção diária do organismo.
Células Procariotas
Existem alguns componentes-chave que uma célula precisa ter para ser classificada como
célula, independentemente de ela ser procarionte ou eucarionte. Todas as células compartilham
quatro componentes principais:
A membrana plasmática ou o revestimento externo, que separa
o interior da célula do ambiente ao seu redor;
Assim, a maioria do DNA procarionte é encontrada na região central da célula, que é chamada de
nucleoide. O DNA, nesse caso, consiste de uma única alça grande chamada de cromossomo
circular. O nucleoide e algumas outras características frequentemente vistas nos procariontes.
A estrutura fisiológica dos indivíduos procariotos permite sua classificação em três grupos:
Os procariotos são divididos em dois domínios, o domínio Archaea e o domínio Bacteria e têm
DNA não envolto por uma membrana, portanto, o material genético fica posicionado no
citoplasma. Os procariontes também não têm citoesqueleto, as células têm formato esférico ou
de bastões, e essa estrutura é sustentada pela parede extracelular, com características de rigidez
e função de proteção.
Tamanho Celular
Células procariontes típicas variam de 0,1 a 5,0 micrômetros (μm) de diâmetro e são
significativamente menores que as células eucariontes, que normalmente têm o diâmetro
variando entre 10 e 100 μm.
Figura 3 – Gráfico mostrando os tamanhos relativos (em
ordem) de átomos para proteínas, para vírus, para
bactérias, para células animais, para ovos de galinha e para
seres humanos
Fonte: Adaptada de khanacademy.org | Getty Images
Para o tamanho da célula e sua relação com função e estrutura fisiológica, conforme as células
se tornam maiores, fica cada vez mais difícil a troca de nutrientes e resíduos com o ambiente
através da membrana, nas quantidades necessárias que garantem sua sobrevivência. Se cada
porção de membrana pode trocar apenas determinada quantidade de dada substância em dado
período de tempo, porque contém em sua estrutura um número limitado de canais, se a célula
cresce demais, sua membrana não terá capacidade de troca suficiente para suportar as taxas de
trocas requeridas por sua atividade metabólica.
As células eucariontes são maiores que as procariontes devido à sua organização interna e às
suas características estruturais e metabólicas. Células grandes são normalmente alongadas e
estreitas para diminuir os caminhos que devem ser percorridos pelos nutrientes e resíduos
durante as trocas realizadas entre o meio intracelular e extracelular através da membrana.
Células Eucariotas
O domínio taxonômico dos eucariontes pode ser referido como: Eukarya, Eukariota, Eukaria,
Eukaryota, também referenciado como eucariotas. Esse domínio abrange todos os seres vivos
com células de características eucarióticas, assim sendo, com um núcleo celular contornado por
uma membrana, dentro do qual há DNA compartimentado, ou seja, separado do citoplasma, e
com várias organelas. Esse núcleo contém o material genético (DNA ou ADN) em sua maior
parcela, enquanto uma parte menor está contida nas mitocôndrias. Portanto, pode-se afirmar
que os eucariotas são organismos vivos unicelulares ou pluricelulares constituídos por células
dotadas de núcleo, diferenciando-o dos procariontes, os quais têm células desprovidas de um
núcleo bem definido.
Todo o domínio Eukariota é composto por 5 reinos, segundo o biólogo inglês Cavalier-Smith, os
Reinos sãos: Animalia, Plantae, Fungi, Protista e Chromista. Assim, como o objetivo, nesse
momento, é abordar os microrganismos eucariontes, os reinos Animalia e Plantae e
organismos de maior porte não serão tratados.
A característica que define o termo eucarioto e, portanto, compartilhada por todos os seres
assim classificados, é a presença de um núcleo organizado, diferentemente dos organismos
procariontes que tem seu material genético espalhado pelo citoplasma. Na célula eucarionte, o
material genético é envolto por duas membranas próprias que, juntas, são conhecidas como
envelope celular. A membrana interna, que interage com o nucleoplasma, e a membrana externa
interage com o citoplasma. Ambas as membranas são ligadas por poros que fazem o transporte
de substâncias que entram e saem do núcleo. No centro do núcleo, há o nucléolo, onde o RNA
ribossomal (RNAr) é sintetizado. O RNAr atua no ciclo de montagem dos ribossomos.
Figura 4 – Célula eucariótica
Fonte: Adaptada de Getty Images
Outras estruturas que estão presentes na maioria das células eucariotas são organelas
responsáveis pelo metabolismo celular. A primeira é chamada de mitocôndria e está presente
nas células eucariotas aeróbias, enquanto os organismos eucariontes anaeróbios utilizam uma
organela semelhante à mitocôndria, mas que está adaptada ao estilo de vida anaeróbio desses
seres, chamada de hidrogenossomo. Por fim, os cloroplastos estão presentes em eucariotos
fototróficos, no qual são as organelas que contêm a clorofila responsável pela fotossíntese.
Existem outras organelas que estão presentes em uma grande quantidade de eucariotos, como o
retículo endoplasmático rugoso, responsável pela produção de glicoproteínas, o retículo
endoplasmático liso, que atua na síntese de lipídeos, o aparelho de Golgi que modifica, secreta
ou armazena os produtos do retículo endoplasmático, os lisossomos que participam na digestão
celular e, por fim, algumas células eucariontes que utilizam flagelos e cílios para locomoção.
As células eucarióticas são muito mais complicadas do que as procarióticas. Elas têm variedade
de estruturas subcelulares, que desempenham papéis importantes no equilíbrio energético,
metabolismo e expressão gênica.
Figura 5 – Comparação entre células Eucarióticas e
Procarióticas
Fonte: Adaptada de Getty Images
Vídeo
Células Eucariontes e Procariontes – Diferenças
É
CÉLULAS EUCARIONTES E PROCARIONTES - DIFERENÇAS | Biolo…
Água
Micromoléculas
São moléculas de peso molecular entre 100 e 1000 e contém até trinta ou mais átomos de
carbono. Normalmente, são encontradas livres em solução, em que algumas delas formam um
conjunto de intermediárias a partir das quais as macromoléculas são formadas. As quatro
micromoléculas principais são: os açúcares simples, os ácidos graxos, os aminoácidos e os
nucleotídeos.
Açúcares
São as mais abundantes moléculas orgânicas na natureza e são primariamente moléculas que
reservam energias na maioria dos organismos vivos.
Os açúcares mais simples são chamados de monossacarídeos, tais como, ribose, glicose,
frutose, que são formados com uma molécula de açúcar e têm fórmula molecular mais simples e
menor. Os dissacarídeos são formados por dois açúcares, ligados covalentemente por ligações
glicosídicas, por exemplo, a maltose (açúcar da cana) e a lactose (açúcar do leite).
Ácidos Graxos
São as gorduras, os óleos, os fosfolipídios, a cutina, a suberina, as ceras e os esteroides. É um
composto que tem um ácido carboxílico ligado a uma longa cadeia de hidrocarbonetos. São
fontes valiosas de alimento, vez que eles podem ser quebrados para produzir o dobro de energia
utilizável. Eles são estocados no citoplasma de muitas células na forma de gotas de moléculas de
triglicérides (gorduras animais conhecidas da experiência diária). A função mais importante dos
ácidos graxos está na construção das membranas celulares, que envolvem as células e suas
organelas, que são compostas de fosfolipídios.
Nucleotídeos
São moléculas complexas, constituídas por um grupo fosfato, uma base nitrogenada e um
açúcar de cinco átomos de carbono pentose. Eles são blocos constitutivos dos ácidos nucleicos,
o ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA), que transmitem e traduzem a
informação genética. Os nucleotídeos podem atuar como moléculas carregadoras de energia
química, como, por exemplo, o éster trifosfato e adenina (ATP), que participa das transferências
de energia em centenas de reações celulares individuais.
Macromoléculas
Apresentam peso molecular entre 10.000 e 1 milhão. São construídas a partir de subunidades de
baixo peso molecular (micromoléculas), que são repetidamente adicionadas para formar um
longo polímero em cadeia, como, por exemplo, os aminoácidos ligados a outros aminoácidos
para formar as proteínas.
A sua formação é mantida por ligações covalentes, que são fortes o suficiente para preservar a
sequência de subunidades por longos períodos de tempo. Para realizar a sua função, as
macromoléculas dependem de ligação não covalente, muito mais fraca, que se formam entre as
partes distintas da mesma e entre diferentes macromoléculas.
Proteínas
É um polímero linear de aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Sua estrutura é formada
por uma variedade de 20 aminoácidos diferentes, chamados de essenciais, que permitem à
proteína uma variedade de formas e funções. A função da proteína é determinada por sua
estrutura tridimensional e da capacidade de ligarem-se covalentemente a outras moléculas
(ligantes).
Enzimas
São proteínas catalisadoras que permitem a aceleração das reações celulares aumentando a sua
velocidade. São altamente específicas para seus substratos, em que eles se ligam ao sítio ativo,
ocorre a catálise formando um complexo enzima-substrato.
Membrana Plasmática
É uma película delgada de 6 a 10nm de espessura, lipoproteica (bicamada de fosfolipídios e
proteínas).
Funções: controla a entrada e a saída de substâncias do
interior do citosol (é dita semipermeável), coordena a síntese e
a montagem da parede celular, dá suporte físico para a célula e
traduz sinais do ambiente.
Transporte Passivo
Transporte Ativo
Nesse tipo de transporte, ocorre um gasto de energia, que é fornecida para a célula pelo processo
de respiração celular. Diferentemente dos outros processos, uma substância corre contra o
gradiente de concentração. Como substâncias que podem ser transportadas dessa forma,
destacam-se os íons sódio e potássio, que garantem o impulso nervoso.
A área de superfície da membrana plasmática limita a troca de materiais entre a célula e seu
ambiente. Algumas células são especializadas na troca de resíduos ou nutrientes e têm
modificações para aumentar a área da membrana plasmática. Por exemplo, as membranas de
algumas células de absorção de nutrientes são dobradas em projeções parecidas com dedos
chamadas de microvilosidade no singular e microvilosidades (Figura 10) no plural. Células com
microvilosidades cobrem a superfície interior do intestino delgado, o órgão que absorve
nutrientes de alimentos digeridos. As microvilosidades ajudam as células intestinais a
maximizar sua absorção de nutrientes da comida por aumentar a área de superfície da
membrana plasmática.
Leitura
Difusão Simples e Facilitada
ACESSE
O Citoplasma
A parte da célula chamada de citoplasma é um pouco diferente em eucariontes e procariontes.
Em células eucarióticas, que têm um núcleo, o citoplasma é tudo entre a membrana plasmática e
o envelope nuclear. Em procariontes, que não têm núcleo, o citoplasma significa simplesmente
tudo que é encontrado dentro da membrana plasmática.
Apesar de o citosol ser em grande parte água, tem uma consistência quase sólida, como gel, por
conta das várias proteínas nele suspensas. O citosol contém um rico caldo de macromoléculas e
pequenas moléculas orgânicas, incluindo glicose e outros açúcares simples, polissacarídeos,
aminoácidos, ácidos nucleicos e ácidos graxos. Íons de sódio, potássio, cálcio e outros
elementos também são encontrados no citosol. Muitas reações metabólicas, incluindo a síntese
proteica, acontecem nessa parte da célula.
Em sua face externa, são encontrados ribossomos associados à membrana, assim como a
porção granular do retículo endoplasmático, sendo, portanto, responsável por uma parcela da
produção proteica da célula. Sua face interna é revestida por uma rede de proteínas formada por
uma classe de filamentos intermediários (presentes, em geral, no citoesqueleto citoplasmático)
denominada lâmina nuclear.
Essa estrutura dá suporte ao envoltório nuclear e interage com os cromossomos que estão no
interior do núcleo, determinando, assim, seu posicionamento. A comunicação entre o interior
do núcleo e o citoplasma ocorre por intermédio dos chamados complexos poro nucleares
(Figura 12).
Leitura
Morfologia Nuclear (Cromatina, Envoltório Nuclear – Carioteca,
Lâmina Nuclear, Complexo do Poro Nuclear, Nucléolo)
ACESSE
Figura 12 – Esquema mostrando um detalhe da face interna
do envoltório nuclear
Fonte: Adaptada de ALBERTS et al., 2006
Essa estrutura dá suporte ao envoltório nuclear e interage com os cromossomos que estão no
interior do núcleo, determinando, assim, seu posicionamento. A comunicação entre o interior
do núcleo e o citoplasma ocorre por intermédio dos chamados complexos poro nucleares
(Figura 13).
Figura 13 – Visão geral esquemática de um envoltório
nuclear (A) e detalhe da arquitetura dos complexos poro
nucleares (B). Imagem de microscopia eletrônica da região
dos complexos poro nucleares (C)
Fonte: Adaptada de ALBERTS et al., 2006
Tais complexos são formados por diversas subunidades e filamentos proteicos que garantem
controle rígido de entrada e saída de macromoléculas do núcleo. Moléculas solúveis e de
pequeno porte são capazes de passar livremente pelo canal do complexo. Contudo, moléculas de
grande porte, como as várias formas de RNAs, dos quais falaremos mais adiante, têm seu
transporte mediado a partir de sinais específicos encontrados na própria molécula a ser
transportada e que são reconhecidos pelo complexo.
Uma vez reconhecidos esses sinais, ocorre uma alteração estrutural no canal do complexo que
resulta no aumento do seu diâmetro permitindo, assim, a passagem de moléculas de grande
porte entre o núcleo e o citoplasma, incluindo, por exemplo, a exportação das subunidades
ribossômicas.
Cromossomos e DNA
A maior parte do DNA de um organismo encontra-se organizada em um ou mais cromossomos,
cada um sendo uma longa fita ou um laço circular de DNA. Um único cromossomo pode carregar
muitos genes diferentes.
Os cromossomos são visíveis como estruturas distintas apenas quando a célula está se
preparando para a divisão celular. Fora isso, quando a célula está nas fases de crescimento ou
manutenção de seu ciclo de vida, os cromossomos assemelham-se a um monte de fios
frouxamente emaranhados. Nessa forma, o DNA fica acessível às enzimas que o transcrevem em
RNA, permitindo que a informação genética seja utilizada (expressa).
Tanto em sua forma afrouxada ou compactada, as fitas de DNA dos cromossomos estão ligadas
a proteínas estruturais, incluindo uma família de proteínas chamadas de histonas (veja a Figura
a seguir). Essas proteínas associadas ao DNA organizam-no e o auxiliam a se acomodar dentro
do núcleo, e também têm importância na determinação de quais genes estão ativos ou inativos.
O complexo formado pelo DNA e suas proteínas de suporte é conhecido como cromatina.
Leitura
Cromossomos
Você pode aprender mais sobre o DNA, cromatina, e cromossomos no
artigo a seguir.
ACESSE
Figura 14
Fonte: Adaptada de khanacademy.org
Para ter uma noção da importância da compactação do DNA, considere que o DNA de uma célula
humana típica teria aproximadamente 222 metros de comprimento se fosse estendido em uma
linha reta. Todos os 2 metros daquele DNA estão compactados em um pequeno núcleo com um
diâmetro de apenas 006 mm. É uma façanha “geometricamente equivalente a colocar 40 km (24
milhas) de uma linha extremamente fina em uma bola de tênis”.
Ribossomos
Os ribossomos são as máquinas moleculares responsáveis pela síntese proteica. Um ribossomo
é feito de RNA e proteínas, e cada ribossomo consiste de dois conjuntos de RNA-proteína
distintos, conhecidos como as subunidades menor e maior. A subunidade maior fica em cima da
subunidade menor, com uma molécula de RNA mensageiro entre elas, formando um
“sanduíche”. (Um ribossomo se parece um pouco com um hambúrguer, com um pão
arredondado em cima e um “recheio” de RNA espalhado).
Nos eucariontes, os ribossomos recebem suas instruções do núcleo para a síntese proteica, em
que pedaços de DNA (genes) são transcritos para fazer RNAs mensageiros (RNAms). Um RNAm
viaja até o ribossomo, que utiliza a informação que ele contém para construir uma proteína com
uma sequência específica de aminoácidos. Esse processo é chamado de tradução. Os
procariontes não têm núcleo e, assim, seus RNAms são transcritos no citoplasma e podem ser
traduzidos pelos ribossomos imediatamente.
Figura 15 – Imagem de um ribossomo com as subunidades
maior e menor, com um RNAm ligado e uma cadeia
polipeptídica sendo formada
Fonte: Adaptada de pt.khanacademy.org
Saiba Mais
Como um testemunho da importância do ribossomo, o Prêmio Nobel
de Química de 2009 foi entregue a três pesquisadores que mapearam
sua estrutura e movimentos até o nível atômico, usando uma técnica
conhecida como cristalografia de raios X.
As Divisões Celulares
Mitose e meiose fazem parte dos processos de reprodução celular que ocorrem nos seres vivos.
Elas criam células que servirão para os mais diferentes objetivos biológicos. Na mitose, as
células são idênticas à sua célula mãe. Já na meiose, quatro células-filhas são criadas com
metade do material genético vindo da célula-mãe.
A divisão celular faz parte do ciclo celular. Consiste num processo responsável pela reprodução
das células e pela manutenção da vida. A maioria dos tecidos está em constante renovação para a
substituição das células que morrem, com exceção de poucas células, como os neurônios e o
miocárdio.
Na mitose, as células filhas têm a mesma quantidade de cromossomos que a célula mãe. É
responsável pelo crescimento e pela regeneração de tecidos, cicatrização e divisões que ocorrem
no zigoto durante seu desenvolvimento embrionário até a completa formação fetal.
A meiose é a principal responsável pela manutenção da espécie, vez que é por meio desse
processo que os gametas serão formados.
Para se dividir, uma célula deve completar várias tarefas importantes: ela precisa crescer, copiar
seu material genético (DNA) e se dividir fisicamente em duas células-filhas. As células realizam
essas tarefas em uma série de etapas previsíveis e organizadas, que constituem o ciclo celular. O
ciclo celular é um ciclo e não um caminho linear, porque, ao final de cada um, as duas células-
filhas podem começar novamente mesmo processo, a partir do início.
Em células eucarióticas, ou células com núcleo, os estágios do ciclo celular são divididos em
duas fases principais: interfase e a fase mitótica (M).
Interfase
Vamos entrar no ciclo celular assim que uma célula se forma, pela divisão de sua célula-mãe. O
que esta célula recém-nascida deve fazer, em seguida, para crescer e se dividir? A preparação
para a divisão acontece em três etapas:
As fases G2, juntas, são chamadas de interfase. O prefixo inter significa entre, refletindo que a
interfase ocorre entre uma fase mitótica (M) e a próxima.
Fase M
Durante a fase mitótica (M), a célula divide seu DNA duplicado e o citoplasma para formar duas
novas células. A fase M envolve dois processos distintos relacionados à divisão: mitose e
citocinesis.
Mitose
Mitose é um tipo de divisão celular em que uma célula (a célula-mãe) se divide para produzir
duas novas células (as filhas) que são geneticamente idênticas a ela. No contexto do ciclo
celular, a mitose é a parte do processo de divisão em que o DNA do núcleo das células é dividido
em dois conjuntos iguais de cromossomos.
A grande maioria das divisões celulares que ocorrem no nosso corpo envolvem a mitose.
Durante o desenvolvimento e o crescimento, a mitose preenche o corpo do organismo com
células e, ao longo da vida de um organismo, substitui células velhas e desgastadas por novas.
Para eucariontes unicelulares como a levedura, as divisões mitóticas são, na verdade, a sua
forma de reprodução, adicionando novos indivíduos à população.
Em todos esses casos, o “objetivo” da mitose é assegurar que cada célula-filha receba um
conjunto inteiro e perfeito de cromossomos. Células com quantidade excessiva ou insuficiente
de cromossomos não costumam funcionar direito e podem, inclusive, não sobreviver ou até
mesmo causar câncer. Então, quando as células sofrem mitose, elas não dividem seu DNA
aleatoriamente e jogam-no em pilhas para as células-filhas. Em vez disso, elas separam seus
cromossomos duplicados em uma série de etapas cuidadosamente organizadas.
Vale ressaltar que o processo da divisão celular mitótica é contínuo, mas convencionou sua
divisão em 4 etapas para fins didáticos: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Ao fim de cada
etapa, ocorre a verificação de vários pontos para evitar que erros divisionais ocorram e causem
mutações.
Fases da Mitose
Vamos começar observando uma célula um pouco antes de ela começar a mitose. Essa célula
está na interfase (fase G2) e já copiou o seu DNA, de modo que cada cromossomo no núcleo
consiste em duas cópias conectadas, chamadas cromátides irmãs. Você não consegue ver os
cromossomos muito claramente nesse ponto porque eles ainda estão em sua forma longa,
fibrosa e descondensada.
Essa célula animal também fez uma cópia de seus centrômeros, uma organela que irá
desempenhar um papel chave em orquestrar a mitose, então há dois centrômeros (as células
das plantas geralmente não têm centrossomos com centríolos, mas têm um tipo diferente de
centro organizador de microtúbulos que tem um papel similar).
A Meiose I é a etapa mais longa e mais complexa. É precedida de uma Interfase I completa, ou
seja, com um período S, no qual o material genético interfásico (2n2C), com cada molécula de
DNA formada por uma fita dupla de nucleotídeos, é duplicado sem a separação das cópias,
denominadas cromátides-irmãs, que se preservam unidas pela região do centrômero. Assim, ao
se concluir a fase S, o genoma é melhor definido por 2n4C.
Meiose I
A Anáfase I é iniciada com a despolimerização progressiva das fibras polares do fuso que, ao
encurtarem, iniciam a tração de cada cromossomo homólogo do par bivalente para polos
distintos, deslizando lentamente os quiasmas que os mantinham unidos para as extremidades
das cromátides homólogas até sua total separação. Ao final da Anáfase I, diz-se que ocorreu uma
redução cromossômica, pois cada conjunto de moléculas de DNA que migrou para os polos da
célula-mãe, levou consigo apenas metade do número de moléculas do genoma original. Embora
ainda estejam duplicadas e recombinadas, suas cópias formam conjuntos haploides definidos
por 1n2C, e por essa característica, a Meiose I é definida como reducional.
Segue-se uma Interfase II incompleta, em que não há um período S, portanto, não ocorre
duplicação do material genético, que se preserva 1n2C. As poucas regiões das cromátides-irmãs
que mostram descondensação respondem pela transcrição destinada à síntese de novos
componentes do citoplasma, como organelas e citoesqueleto. Com a retomada da transcrição de
RNA pela descondensação dos organizadores nucleolares, os nucléolos voltam a ser visualizados
Meiose II
Vídeo
Mitose e Meiose – Diferenças
ACESSE
Em Síntese
As células procariontes se distinguem das eucariontes por sua estrutura. Enquanto as células
eucariontes têm estruturas complexas, formadas por membranas internas, citoesqueleto e um
núcleo, as células procariontes não contém núcleo e outras organelas ligadas à membrana.
ACESSE
Decorre, geralmente, como forma de uma divisão celular homeotípica, que tem a função de
transmitir às células filhas a informação genética dos cromossomos do núcleo, sem qualquer
alteração quantitativa ou qualitativa, no que se diferencia da meiose.
A mitose e a meiose são processos agregados ao ciclo celular, ou ciclo de divisão celular, que
engloba fases importantes e decisivas dentro de cada divisão.
Na interfase, o período entre duas divisões nucleares, tem lugar a duplicação dos cromossomos
e a replicação idêntica do DNA. A mitose pode se efetuar em poucos minutos ou levar várias
horas.
Normalmente, uma divisão celular é seguida por outra divisão celular. Pode aparecer uma
multiplicação do número de cromossomos quando tem lugar uma divisão longitudinal, repetida
nos cromossomos, sem que no seguimento se efetue uma distribuição de cromossomos filhos e
uma formação de núcleos filhos (endomitose). Esse tipo de núcleo com cromossomos múltiplos
se chama poliploides.
2/3
ʪ Material Complementar
Livros
ACESSE
ACESSE
ACESSE
3/3
ʪ Referências
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da biologia celular. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ALBERTS, B. et al. Biology of the Cell. 5. ed. New York: Garland, 2008.
KUNZLER, A. et al. Citologia, histologia e genética. São Paulo: Sagah Educação, 2018.
PAPINI, S.; FRANÇA, M. H. S. Manual de citologia e histologia para o estudante da área da saúde.
São Paulo: Atheneu, 2003.