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Eugenia Gallardo
Módulo II – Núcleo
O núcleo
‐ É constituído por:
Invólucro nuclear
Cromatina
Matriz nuclear
Nucléolos
Nucleoplasma
‐ Matriz Nuclear
Rede de fibras do núcleo das células (análogo ao citoesqueleto no citoplasma).
Consiste de uma porção morfológica e bioquimicamente distinta, por apresentar uma estrutura proteica
fibrogranular, distinguindo‐se dos da cromatina e pode estar até 80% associada ao DNA genómico.
Juntamente com a cromatina, a matriz nuclear define a forma e o tamanho do núcleo, fornecendo suporte
estrutural para vários processos do metabolismo interfásico.
‐ Nucléolo(s)
Corpo denso localizado no interior do núcleo e não delimitado por
membrana.
Normalmente há 1 por célula, mas podem haver 2 ou mais.
‐ Nucleoplasma
Cariolinfa.
Meio homogéneo que ocupa os espaços que envolvem os diversos constituintes do núcleo.
Módulo II – Núcleo
‐ Cromatina
Estrutura fibrosa constituída pelo DNA associado a uma quantidade igual de
proteínas básicas, as histonas (5 tipos de histonas), e proteínas não histónicas.
‐ Cromatina
Módulo II – Núcleo
Funções da heterocromatina:
Protecção da eucromatina contra quebras e rearranjos.
Regulação do emparelhamento dos cromossomas.
Controlo do mecanismo de transporte ao nível dos poros nucleares.
Estabilização de certas regiões cromossómicas (centrómeros e
telómeros).
Contribuição para a especiação e evolução, devido à facilidade com
que se dão rearranjos cromossómicos nestas zonas que
conduzem à evolução dos cariótipos.
Notas:
A heterocromatina constitutiva pode encontrar‐se nas regiões do genoma que
contêm curtas sequências repetitivas de DNA, os DNA satélites.
Módulo II
Histonas
Pequenas proteínas básicas (5 tipos): elevado conteúdo de aa básicos (arginina e lisina).
H2A, H2B, H3 e H4 são muito semelhantes entre espécies e encontram‐se 2 moléculas de cada uma para
cada 200 pares de bases de DNA.
H1 não se conservou inter e intra espécies (1 molécula por cada 200 pares de bases de DNA). Esta, intervém
na manutenção do pragueamento da cromatina.
As histonas formam um complexo juntamente com os grupos fosfatados do DNA carregados negativamente.
Módulo II
DNA
Todas as espécies têm uma quantidade de DNA característica e fixa entre indivíduos dessa espécie – Valor C.
Nos eucariotas, a quantidade é muito maior que nos procariotas e, nos eucariotas superiores, geralmente, é
maior que nos eucariotas inferiores.
Paradoxo do Valor C: Existe pouca relação entre a complexidade morfológica dos organismos eucarióticos e
o seu conteúdo em DNA.
A maior parte do DNA nos genomas eucarióticos é DNA repetitivo e não codificante, ou seja, não codifica
mRNAs ou qualquer outro tipo de RNA necessário ao organismo, não tendo qualquer função regulatória ou
estrutural.
Estas regiões não codificantes do DNA constituem mais de 95% do DNA cromossomal humano.
Módulo II
Estrutura da Cromatina:
Módulo II
Estrutura da Cromatina :
Ao ME, a cromatina, sob a forma estendida, apresenta uma estrutura repetitiva em forma de contas de rosário de 10nm
de diâmetro, ligadas umas às outras por um filamento de DNA.
No entanto, esta não é a verdadeira estrutura do DNA (está relacionado com a técnica de preparação da amostra).
Na realidade, o DNA observado ao ME apresenta‐se na forma de uma fibra de 10nm, com as contas encostadas umas às
outras.
Na cromatina, existe uma unidade repetitiva, o nucleossoma ‐ repetições de 200 (ou múltiplos) pares de
bases de DNA, enrolado em duas voltas, na parte exterior a 8 moléculas de H2A, H2B, H3 e H4 (2 de cada
tipo de histona), formando um octâmero, estabilizadas através de 1 molécula da histona H1.
Os octâmeros estão em íntimo contacto uns com os outros (constituindo a fibra de 10nm).
Estrutura da Cromatina :
Nucleossoma (Cont.):
Esta estrutura é estabilizada por interacções entre moléculas H1 de nucleossomas vizinhos, que podem
interagir umas com as outras (localizam‐se no “buraco” central do solenoide) (não histónicas)
Módulo II – Núcleo
Cromossomas:
No momento da divisão celular, a cromatina condensa‐se nos cromossomas (MO).
Classificam‐se em 4 tipos, de acordo com a sua forma que, por sua vez, é
determinada pela posição do centrómero (ponto de ligação ao fuso
mitótico):
‐Cromossomas telocêntricos (centrómero numa das extremidades)
‐Cromossomas acrocêntricos (braço muito curto ou mesmo
imperceptível)
‐Cromossomas submetacêntricos (braços de comprimentos
desigual)
‐ Cromossomas metacêntricos (braços iguais ou quase iguais)
Módulo II – Núcleo
Cromossomas:
Nomenclatura Cromossómica:
Centrómero ou cinetocoro: Região do cromossoma pela qual ele se liga ao fuso mitótico, localizada na
constrição primária do cromossoma. Tem uma estrutura discóide, trilaminar, com uma camada externa
densa proteica, uma camada mediana de baixa densidade e uma camada interna intimamente ligada ao DNA
centromérico. (A maioria dos cromossomas tem apenas 1, mas podem ter vários e difusos)
Cromatídeo: Na metáfase, cada cromossoma é constituído por 2 cromatídeos simétricos, cada um dos quais
contendo uma molécula de DNA. Encontram‐se ligados um ao outro apenas na região do centrómero e
separam‐se no início da anafase, quando migram para pólos opostos. Cada cromatídeo representa uma
única molécula de DNA.
Cromómeros: Acumulações de material cromatínico que, por vezes, se vê ao longo dos cromossomas
interfásicos.
Módulo II – Núcleo
Cromossomas:
Nomenclatura Cromossómica (Cont.):
Satélites: Corpo arredondado separado do resto do cromossoma por uma constrição secundária. Não são o
mesmo que o DNA satélite.
Contrição Secundária: Constrições morfológicas dos cromossomas, com posição e tamanho constantes
numa espécie.
Módulo IV – Citosqueleto
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Módulo IV – Citosqueleto
Citosqueleto (ou Citoesqueleto)
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Módulo IV – Citosqueleto
Citosqueleto (Cont.)
‐ Morfologicamente:
‐ Microtúbulos
‐ Filamentos intermédios
‐ Microfilamentos
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Módulo IV – Citosqueleto
‐ Microtúbulos
2 tipos:
‐Estáveis ‐ com um tempo de vida longo (células
diferenciadas);
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Módulo IV – Citosqueleto
‐ Microtúbulos (Cont.)
A polimerização dos dímeros de tubulina é realizada em 3 fases.
Vídeo 1: https://www.youtube.com/watch?v=E54iViZJgYU
Vídeo 2: https://www.youtube.com/watch?v=ZWXPj9U46cg
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Módulo IV – Citosqueleto
‐ Microtúbulos (Cont.)
Funções:
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Módulo IV – Citosqueleto
As que estabilizam os
microtúbulos…
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Módulo IV – Citosqueleto
‐ Microtúbulos (Cont.) O papel da cinesina e da dineina na mobilidade celular
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Módulo IV – Citosqueleto
‐ Microtúbulos (Cont.) Participação das proteínas motoras dos microtúbulos na
profase
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Módulo IV – Citosqueleto
Apesar das variações estruturais serem pequenas, cada isoforma desempenha uma função distinta:
α‐actina – associada a estruturas contrácteis
β‐actina – está na frente de células que se movem, envolvida na polimerização dos filamentos de
actina
ƴ‐actina– stress fibers
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Módulo IV –
‐ Microfilamentos (Cont.) Citosqueleto
A F‐actina é que está associada à mobilidade e contracção celular durante a divisão celular
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Módulo IV –
Citosqueleto
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Módulo IV –
Citosqueleto
‐ São enzimas mecanoquímicas (convertem energia química em energia mecânica) ‐ proteína motora.
‐ A miosina I tem uma estrutura monomérica (sítio de ligação à membrana e sítio de ligação à actina).
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Módulo IV – Citosqueleto
Miosina – Proteína
Motora
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Módulo IV –
Citosqueleto
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Módulo IV – Citosqueleto
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Módulo IV – Citosqueleto
Contracção
Muscular
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Módulo IV – Citosqueleto
‐ Filamentos intermédios
Encontrados em quase todos os animais, mas não em fungos e plantas.
Associação com as membranas nucleares e citoplasmática (a sua principal função é estrutural). Distribuem as
forças de tensão pelas diferentes células de um tecido.
Têm uma organização celular semelhante à dos microfilamentos de actina: Ambos estão associados à
membrana.
Os filamentos intermédios não contribuem para a mobilidade celular (Não se conhecem movimentos celulares
dependentes destes filamentos, nem proteínas motoras que se desloquem ao longo destes filamentos).
São extremamente estáveis (mesmo após a extracção com soluções contendo detergentes e altas concentrações
salinas, a maior parte destes filamentos mantém‐se intacto (os microfilamentos e os microtúbulos despolimerizam).
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Módulo IV – Citosqueleto
‐ Filamentos intermédios (Cont.)
São formados por hélices α flanqueados por domínios C e N terminais globulares. A sua
formação não envolve a hidrólise de ATP ou GTP, ao contrário do que acontece com a
polimerização de actina e tubulina.
Agrupam‐se em 4 grupos (de acordo com a homologia das sequências, o padrão de expressão nas células e o
peso molecular ‐ ver tabela slide seguinte).
O grupo mais ubíquo de filamentos intermédios são as lâminas, que se encontram exclusivamente no
núcleo.
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‐ Filamentos intermédios (Cont.) Módulo IV – Citosqueleto
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Módulo IV – Citosqueleto
‐ Filamentos intermédios (Cont.)
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Módulo IV –
‐ Filamentos intermédios (Cont.) Citosqueleto
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