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Módulo III – Núcleo

Eugenia Gallardo
Módulo II – Núcleo

O núcleo
‐ É constituído por:
Invólucro nuclear
Cromatina
Matriz nuclear
Nucléolos
Nucleoplasma

‐ Ao contrário dos compartimentos citoplasmáticos, os nucleares não se


encontram delimitados por membranas
Módulo II – Núcleo

‐ Invólucro Nuclear (carioteca)

Cisterna especial do sistema endomembranoso da célula (cisterna


perinuclear), delimitada por 2 membranas nucleares lipoproteicas
paralelas que separam o núcleo (que contém o material genético) do
citoplasma.
Actua como barreira: impede que os iões, solutos e macromoléculas
passem livremente do núcleo para o citoplasma e vice‐versa.

A membrana externa contém inúmeros ribossomas.

Na superfície interior do invólucro nuclear acumula‐se uma rede de


filamentos proteicos bastante densa (lâmina nuclear) que serve de
suporte mecânico e de suporte de fixação das fibras de cromatina.
Presença de poros nucleares, resultantes da fusão das duas
membranas.
Módulo II – Núcleo

‐ Invólucro Nuclear (Cont.)


Tem uma organização estrutural complexa que sofre modificações ao longo do ciclo celular.
A sua superfície aumenta durante a interfase, em particular ao longo da fase S, de modo a adaptar‐se ao
volume de DNA sintetizado.
Durante a fase M da mitose ocorrem as modificações mais evidentes do invólucro nuclear
(fosforilação/desfosforilação).
Estruturalmente, é semelhante à bicamada das outras membranas biológicas.
Invólucro nuclear Módulo II – Núcleo

Fosforilação de resíduos de serina provoca a


despolimerização do envelope nuclear durante a profase da
mitose
Módulo II – Núcleo

‐ Invólucro Nuclear (Cont.)


Lâmina Nuclear ou Fibrosa
Superfície interior do invólucro nuclear que separa a
heterocromatina periférica da membrana nuclear interna.
Rede de proteínas filamentosas (superfamília de polipéptidos
dos filamentos intermédios).
Serve de suporte mecânico e de local de fixação das fibras de
cromatina.
Desempenha um papel importante na estruturação do núcleo
interfásico.

Na interfase, as fibras encontram‐se polimerizadas e, no início da profase, começam a


despolimerizar‐se e a aparecer no citoplasma. No decorrer da mitose, as lâminas
distribuem‐se por todo a célula e na telofase repolimerizam à volta da periferia nuclear.
Módulo II – Núcleo

‐ Invólucro Nuclear (Cont.)


Poro Nuclear

Não é um canal aberto (preenchido por um material electrodenso).


Permite a troca de substâncias (RNA e proteínas) em ambas as
direcções entre o núcleo e o citoplasma (Barreira de difusão selectiva).
A duplicação e transcrição do material genético, no núcleo, depende de proteínas
sintetizadas no citoplasma e que têm de ser transportadas através do invólucro nuclear.

mRNA e tRNA são produzidos no núcleo e são transportados para o citoplasma.

É uma estrutura complexa que juntamente com as estruturas circulares


(annuli) forma o designado Complexo do Poro Nuclear (CPN)
(relativamente grandes: 80nm de diâmetro).

O número de poros nucleares é proporcional à necessidade de trânsito


entre citoplasma e núcleo e pode variar durante o ciclo de vida da célula.
Módulo II – Núcleo

‐ Invólucro Nuclear (Cont.)


Complexo do Poro Nuclear
• Cada poro é constituído por 2 anéis co‐axiais com 120 nm de
diâmetro, um voltado para a superfície citoplasmática e outro
para a superfície nucleoplásmica (canais do nucleoplasma) –
simetria octagonal.
• Os anéis estão ligados um ao outro e à membrana do poro por
subestruturas que conferem ao conjunto uma simetria octagonal.
• Na porção central do poro nuclear encontra‐se o grânulo central.
• Filamentos projectam‐se a partir do anel citoplasmático em
direcção ao citoplasma.
• Filamentos de outro tipo conectam o anel nucleoplásmico com
um anel intranuclear de menor diâmetro formando, no seu
conjunto uma estrutura em cesto.
Módulo II – Núcleo

‐ Invólucro Nuclear (Cont.)


Complexo do Poro Nuclear
• Complexo supramolecular com 30‐50 ou mais proteínas
diferentes (nucleoporinas).

• Permite a passagem de solutos de baixo peso molecular


(incluindo proteínas até 40 kDa), que penetram no núcleo por
difusão passiva através deste complexo.

• Permite a passagem de aminoácidos com sequência sinal de


localização nuclear (NLS) e aminoácidos com carga positiva no
C‐terminal (a substituição de um aa nesta sequência impede a
entrada da molécula no núcleo).
Módulo II – Núcleo

‐ Matriz Nuclear
Rede de fibras do núcleo das células (análogo ao citoesqueleto no citoplasma).

Consiste de uma porção morfológica e bioquimicamente distinta, por apresentar uma estrutura proteica
fibrogranular, distinguindo‐se dos da cromatina e pode estar até 80% associada ao DNA genómico.

As principais proteínas da matriz são as matrinas e as metaloproteínas (garantem a integridade estrutural


da matriz nuclear sem impedir as relações entre os componentes da matriz e os da cromatina).
As glicoproteínas também têm tido grande importância na matriz nuclear (transporte e reconhecimento de
sinais na matriz nuclear).
O RNA é o segundo componente mais abundante na matriz.

Juntamente com a cromatina, a matriz nuclear define a forma e o tamanho do núcleo, fornecendo suporte
estrutural para vários processos do metabolismo interfásico.

É a maior responsável pela compartimentalização funcional do núcleo interfásico.


Módulo II – Núcleo

‐ Nucléolo(s)
Corpo denso localizado no interior do núcleo e não delimitado por
membrana.
Normalmente há 1 por célula, mas podem haver 2 ou mais.

Local de intensa produção de RNAr (ácido ribonucleico ribossómico), que


após ser sintetizado, dá origem a ribonucleoproteínas (unidades
precursoras dos ribossomas) que, saem do núcleo para o citoplasma e
resultam nos ribossomas.

Muitas células tumorais apresentam vários nucléolos (proliferação).

‐ Nucleoplasma
Cariolinfa.
Meio homogéneo que ocupa os espaços que envolvem os diversos constituintes do núcleo.
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‐ Cromatina
Estrutura fibrosa constituída pelo DNA associado a uma quantidade igual de
proteínas básicas, as histonas (5 tipos de histonas), e proteínas não histónicas.

Num núcleo em interfase a eucromatina (cromatina activa – verdadeira


cromatina) é a zona activa do genoma. A sua estrutura está mais
descondensada e o seu estado de condensação altera‐se no decorrer do ciclo
celular.

A heterocromatina corresponde às regiões inactivas do genoma, tem uma


estrutura condensada e mantém o seu grau de condensação durante todo o
ciclo celular (forma os cromocentros). Não é transcrita.
A heterocromatina pode ser:
‐ facultativa (ex. Cromossoma X nas mulheres)
‐ constitutiva (posições idênticas nos cromossomas homólogos).
Módulo II – Núcleo

‐ Cromatina
Módulo II – Núcleo

Funções da heterocromatina:
Protecção da eucromatina contra quebras e rearranjos.
Regulação do emparelhamento dos cromossomas.
Controlo do mecanismo de transporte ao nível dos poros nucleares.
Estabilização de certas regiões cromossómicas (centrómeros e
telómeros).
Contribuição para a especiação e evolução, devido à facilidade com
que se dão rearranjos cromossómicos nestas zonas que
conduzem à evolução dos cariótipos.

Notas:
A heterocromatina constitutiva pode encontrar‐se nas regiões do genoma que
contêm curtas sequências repetitivas de DNA, os DNA satélites.
Módulo II

Histonas
Pequenas proteínas básicas (5 tipos): elevado conteúdo de aa básicos (arginina e lisina).

Ligam‐se intimamente ao DNA que é ácido.

H2A, H2B, H3 e H4 são muito semelhantes entre espécies e encontram‐se 2 moléculas de cada uma para
cada 200 pares de bases de DNA.
H1 não se conservou inter e intra espécies (1 molécula por cada 200 pares de bases de DNA). Esta, intervém
na manutenção do pragueamento da cromatina.

As histonas formam um complexo juntamente com os grupos fosfatados do DNA carregados negativamente.
Módulo II

DNA
Todas as espécies têm uma quantidade de DNA característica e fixa entre indivíduos dessa espécie – Valor C.

Nos eucariotas, a quantidade é muito maior que nos procariotas e, nos eucariotas superiores, geralmente, é
maior que nos eucariotas inferiores.

Paradoxo do Valor C: Existe pouca relação entre a complexidade morfológica dos organismos eucarióticos e
o seu conteúdo em DNA.

A maior parte do DNA nos genomas eucarióticos é DNA repetitivo e não codificante, ou seja, não codifica
mRNAs ou qualquer outro tipo de RNA necessário ao organismo, não tendo qualquer função regulatória ou
estrutural.

Estas regiões não codificantes do DNA constituem mais de 95% do DNA cromossomal humano.
Módulo II

Estrutura da Cromatina:
Módulo II

Estrutura da Cromatina :
Ao ME, a cromatina, sob a forma estendida, apresenta uma estrutura repetitiva em forma de contas de rosário de 10nm
de diâmetro, ligadas umas às outras por um filamento de DNA.

No entanto, esta não é a verdadeira estrutura do DNA (está relacionado com a técnica de preparação da amostra).

Na realidade, o DNA observado ao ME apresenta‐se na forma de uma fibra de 10nm, com as contas encostadas umas às
outras.

Na cromatina, existe uma unidade repetitiva, o nucleossoma ‐ repetições de 200 (ou múltiplos) pares de
bases de DNA, enrolado em duas voltas, na parte exterior a 8 moléculas de H2A, H2B, H3 e H4 (2 de cada
tipo de histona), formando um octâmero, estabilizadas através de 1 molécula da histona H1.

Os octâmeros estão em íntimo contacto uns com os outros (constituindo a fibra de 10nm).

A união entre nucleossomas dá‐se através de DNA de conexão.


Módulo II

Estrutura da Cromatina :
Nucleossoma (Cont.):

Partícula achatada em forma de disco.

O estudo estrutural detalhado mostra que que cada


nucleossoma é composto por um esqueleto central
proteico, constituído pelo octâmero de histonas 2x
(H2A, H2B, H3 e H4) em torno do qual o DNA se
enrola duas vezes.
Este duplo enrolamento é estabilizado por outra
histona (H1).
Módulo II

Estrutura da Cromatina (Cont.):


Quando os nucleossomas se encontram estreitamente compactados, formam a fibra de 30nm que se
origina, provavelmente, pelo pragueamento da cadeia de nucleossomas numa estrutura solenoidal com
cerca de 6 nucleossomas por volta.

Esta estrutura é estabilizada por interacções entre moléculas H1 de nucleossomas vizinhos, que podem
interagir umas com as outras (localizam‐se no “buraco” central do solenoide) (não histónicas)
Módulo II – Núcleo

Cromossomas:
No momento da divisão celular, a cromatina condensa‐se nos cromossomas (MO).

O conjunto de características dos cromossomas que caracterizam uma dada espécie


designa‐se por Cariótipo (nº, tamanho, posição do centrómero, comprimento dos
braços, constrições secundárias e satélites).

Classificam‐se em 4 tipos, de acordo com a sua forma que, por sua vez, é
determinada pela posição do centrómero (ponto de ligação ao fuso
mitótico):
‐Cromossomas telocêntricos (centrómero numa das extremidades)
‐Cromossomas acrocêntricos (braço muito curto ou mesmo
imperceptível)
‐Cromossomas submetacêntricos (braços de comprimentos
desigual)
‐ Cromossomas metacêntricos (braços iguais ou quase iguais)
Módulo II – Núcleo

Cromossomas:
Nomenclatura Cromossómica:

Centrómero ou cinetocoro: Região do cromossoma pela qual ele se liga ao fuso mitótico, localizada na
constrição primária do cromossoma. Tem uma estrutura discóide, trilaminar, com uma camada externa
densa proteica, uma camada mediana de baixa densidade e uma camada interna intimamente ligada ao DNA
centromérico. (A maioria dos cromossomas tem apenas 1, mas podem ter vários e difusos)

Funciona como um centro de agregação ou montagem dos microtúbulos.

Cromatídeo: Na metáfase, cada cromossoma é constituído por 2 cromatídeos simétricos, cada um dos quais
contendo uma molécula de DNA. Encontram‐se ligados um ao outro apenas na região do centrómero e
separam‐se no início da anafase, quando migram para pólos opostos. Cada cromatídeo representa uma
única molécula de DNA.

Cromómeros: Acumulações de material cromatínico que, por vezes, se vê ao longo dos cromossomas
interfásicos.
Módulo II – Núcleo

Cromossomas:
Nomenclatura Cromossómica (Cont.):

Telómero: Extremidades dos cromossomas.

Satélites: Corpo arredondado separado do resto do cromossoma por uma constrição secundária. Não são o
mesmo que o DNA satélite.

Contrição Secundária: Constrições morfológicas dos cromossomas, com posição e tamanho constantes
numa espécie.
Módulo IV – Citosqueleto

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Módulo IV – Citosqueleto
Citosqueleto (ou Citoesqueleto)

‐ Presente no citoplasma das células eucarióticas e procarióticas


‐ Sistemas de filamentos de natureza proteica (rede dinâmica) altamente
interdependente e complexa que desempenha um papel fundamental na mobilidade
celular e na manutenção da estrutura da célula.

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Módulo IV – Citosqueleto

Citosqueleto (Cont.)
‐ Morfologicamente:
‐ Microtúbulos
‐ Filamentos intermédios
‐ Microfilamentos

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Módulo IV – Citosqueleto

‐ Microtúbulos
2 tipos:
‐Estáveis ‐ com um tempo de vida longo (células
diferenciadas);

‐ Instáveis – com um tempo de vida curto.

São constituídos pelas tubulinas α e β. (A tubulina β


tem actividade de GTPase).

A tubulina ƴ (gamma) intervém na polimerização das


outras duas tubulinas. (dímeros de tubulina).

Os dois terminais são designados por + e ‐, diferindo


na velocidade de polimerização.

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Módulo IV – Citosqueleto

‐ Microtúbulos (Cont.)
A polimerização dos dímeros de tubulina é realizada em 3 fases.

Cada microtúbulo é formado por 13 protofilamentos.


A formação dos microtúbulos ocorre preferencialmente no
terminal (+).

(Existem concentrações críticas diferentes para os dois terminais


e a sua estabilidade é fortemente dependente da temperatura).

Vídeo 1: https://www.youtube.com/watch?v=E54iViZJgYU
Vídeo 2: https://www.youtube.com/watch?v=ZWXPj9U46cg

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Módulo IV – Citosqueleto

‐ Microtúbulos (Cont.)
Funções:

Intervêm em certos movimentos celulares, incluindo o movimento de


cílios, flagelos e o transporte de vesículas no citoplasma.

Intervêm na organização da célula através do microtubule organizing


center (MTOC).

O MTOC intervém na formação e orientação dos microtúbulos e na


direção de movimentação das vesículas e orientação dos organelos.

Estabelecem a polaridade da célula e a direcção dos processos


citoplasmáticos tanto na interfase como na fase M do ciclo celular.

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Módulo IV – Citosqueleto

‐ Microtúbulos (Cont.) – As Proteínas Associadas aos Microtúbulos (MAPs)


Existem dois grupos de MAPs:

As que estabilizam os
microtúbulos…

A MAP4 na mitose regula a


estabilidade dos microtúbulos.
Uma mutação no gene da Tau está
ligada à doença de Alzheimer.

As que destabilizam os microtúbulos…


A Katanina promove a quebra de ligações entre as diferentes tubulinas.
A OP18 promove a velocidade de despolimerização e liga‐se aos dímeros de tubulina, impedindo a sua
polimerização.

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Módulo IV – Citosqueleto
‐ Microtúbulos (Cont.) O papel da cinesina e da dineina na mobilidade celular

No interior das células as proteínas, organelos e outras vesículas são


transportadas ao longo de percursos bem definidos e entregues em
locais específicos: os microtúbulos actuam como caminhos nos
processos de transporte.

Existem duas proteínas motoras, cinesinas e dineinas que são


responsáveis pelo transporte ao longo dos microtúbulos.

Os batimentos dos cílios e dos flagelos dependem das proteínas


motoras dos microtúbulos.

Cílios ‐ cobrem a superfície das vias respiratórias de mamíferos, são


responsáveis pela secreção de partículas proveniente do mucus.
Os flagelos são responsáveis pela deslocação do esperma e pela
deslocação de organismos unicelulares.

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Módulo IV – Citosqueleto
‐ Microtúbulos (Cont.) Participação das proteínas motoras dos microtúbulos na
profase

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Módulo IV – Citosqueleto

‐ Microfilamentos ou Filamentos de Actina


Menor estrutura citoplasmática filamentosa, com função citosquelética e contrátil e participa da
movimentação celular, ciclose e movimento amebóide.

São principalmente formados por várias moléculas de actina (proteína globular).

Juntamente com outra proteína, a miosina, os microfilamentos compõem as principais estruturas do


mecanismo contrátil da célula: responsáveis pela contracção e distensão das células musculares.
A actina é a proteína mais abundante na maior parte das células eucariotas:
Células musculares constituem 10‐30 % do peso total de proteínas na célula
Em células não musculares 1 ‐ 5% da quantidade total de proteínas

Apesar das variações estruturais serem pequenas, cada isoforma desempenha uma função distinta:
α‐actina – associada a estruturas contrácteis
β‐actina – está na frente de células que se movem, envolvida na polimerização dos filamentos de
actina
ƴ‐actina– stress fibers

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Módulo IV –
‐ Microfilamentos (Cont.) Citosqueleto

A actina pode estar na forma de:


monómero livre – G‐actina
como parte de polímeros denominados microfilamentos ou F‐actina

A F‐actina é que está associada à mobilidade e contracção celular durante a divisão celular

A ligação do ATP ou ADP à G‐actina altera a sua conformação e a


adição de Mg2+, K+, Na+ à G‐actina provocam a sua
polimerização.

A formação da F‐actina é acompanhada da hidrólise de ATP. A


hidrólise de ATP afecta a cinética da polimerização, mas não é
necessária para que ocorra a polimerização.
G‐actina (globular) Polímero de F‐actina
A F‐actina despolimeriza quando se aumenta a força iónica. (hélice filamentosa)

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Módulo IV –
Citosqueleto

Funções dos componentes do citosqueleto


‐ A actina é responsável por manter a forma celular e
gerar a força para os movimentos.

‐ Os movimentos no interior da célula e as contracções


da membrana são produzidos pela miosina (proteína
motora).

‐ A actina e os filamentos intermédios promovem a


adesão celular, levando à formação de tecidos.

‐ Lâminas nucleares – responsáveis pela


manutenção da estrutura do núcleo.
Filamentos intermédios

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Módulo IV –
Citosqueleto

Miosina – Proteína Motora


‐ É uma ATPase que se movimenta ao longo da actina na presença de ATP

‐ Juntamente com a actina, é responsável pela contracção muscular

‐ São enzimas mecanoquímicas (convertem energia química em energia mecânica) ‐ proteína motora.

‐ Miosina I, miosina II, e miosina V. Todas as miosinas têm actividade de ATPase

‐ A miosina I tem uma estrutura monomérica (sítio de ligação à membrana e sítio de ligação à actina).

‐ A miosina II e V são diméricas (miosina V liga‐se à membrana plasmática. Transporte de vesículas de


secreção) (miosina II polimeriza e forma filamentos grossos bipolares, com as cabeças em ambas as
extremidades e separadas por uma zona composta só de caudas. Contracção muscular e citocinese).

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Módulo IV – Citosqueleto

Miosina – Proteína
Motora

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Módulo IV –
Citosqueleto

Miosina – Proteína Motora


A estrutura molecular da miosina mostra:

‐ uma "cabeça", onde se encontra o sítio de ligação


com o ATP e com a actina (local de geração de força)

‐ um "pescoço", que regula a atividade da "cabeça"


ligando‐se à calmodulina outra proteína reguladora
semelhante

‐ uma "cauda" que contém sítios de ligação que


determinam se a molécula se vai ligar à membrana
plasmática ou a outras caudas para formar um
filamento grosso.

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Módulo IV – Citosqueleto

Movimentação da miosina II ao longo do filamento


de actina
A interacção entre a miosina II e os filamentos de actina são responsáveis pela contracção celular.

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Módulo IV – Citosqueleto

Contracção
Muscular

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Módulo IV – Citosqueleto

‐ Filamentos intermédios
Encontrados em quase todos os animais, mas não em fungos e plantas.

Associação com as membranas nucleares e citoplasmática (a sua principal função é estrutural). Distribuem as
forças de tensão pelas diferentes células de um tecido.

Têm uma organização celular semelhante à dos microfilamentos de actina: Ambos estão associados à
membrana.

Os filamentos intermédios não contribuem para a mobilidade celular (Não se conhecem movimentos celulares
dependentes destes filamentos, nem proteínas motoras que se desloquem ao longo destes filamentos).

São extremamente estáveis (mesmo após a extracção com soluções contendo detergentes e altas concentrações
salinas, a maior parte destes filamentos mantém‐se intacto (os microfilamentos e os microtúbulos despolimerizam).

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Módulo IV – Citosqueleto
‐ Filamentos intermédios (Cont.)
São formados por hélices α flanqueados por domínios C e N terminais globulares. A sua
formação não envolve a hidrólise de ATP ou GTP, ao contrário do que acontece com a
polimerização de actina e tubulina.
Agrupam‐se em 4 grupos (de acordo com a homologia das sequências, o padrão de expressão nas células e o
peso molecular ‐ ver tabela slide seguinte).

O grupo mais ubíquo de filamentos intermédios são as lâminas, que se encontram exclusivamente no
núcleo.

No citoplasma se encontram as outras classes de filamentos intermédios (heterogéneos):

Queratina – classe mais diversa; células epiteliais; constituem as unhas, o cabelo e a lã


Vimentina e Sinemina – leucócitos, fibroblastos e em algumas células do epitélio
Desmina – são responsáveis pela estabilização dos sarcómeros no músculo contráctil (Linhas Z e M)
Periferina – neurónios e sistema nervoso periférico
Neurofilamentos – intervêm na formação dos axónios e dendrites dos neurónios

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‐ Filamentos intermédios (Cont.) Módulo IV – Citosqueleto

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Módulo IV – Citosqueleto
‐ Filamentos intermédios (Cont.)

Desmina no Sarcómero do músculo:

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Módulo IV –
‐ Filamentos intermédios (Cont.) Citosqueleto

A ligação dos filamentos intermédios a outras estruturas


celulares dá‐se por intermédio da “plectin” ou plectina

Plectina: “intermediate filament‐associated proteins (IFAP)”. Liga


os filamentos intermédios a outras estruturas celulares.

A maior parte das doenças degenerativas da pele, músculos e


neurónios são causadas pela disrupção dos filamentos
intermédios do citosqueleto ou suas ligações a outras estruturas.

Microtúbulos – vermelho; Filamentos intermédios – azul;


Fibras de conecção – verde; Anticorpos para a plectina –
amarelo.

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