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1. INTRODUÇÃO
2. CORPO DO TRABALHO
O livre-arbítrio é o poder que tem a vontade de se determinar por si mesma, por sua própria escolha,
a agir ou não agir, sem ser constrangida a isso por força alguma, externa ou interna.
Cabe lembrar-se das provas morais da existência do livre-arbítrio, pois elas se baseiam no fato da
obrigação e da responsabilidade e suas consequências e saliento duas delas: o remorso e o mérito. Já
as provas sociais nos mostram sanções que têm por objeto a recompensa ou a punição de certos
atos. O castigo só é justo, e a recompensa só é lisonjeira, quando são merecidos; por sua parte, o
mérito supõe o livre arbítrio.
A imagem ao lado nos remete a pensar que somos influenciados por nosso estado emocional e
possíveis interesse que temos em determinadas situações em nossas vidas.
Você já tomou alguma decisão baseado nessas palavras ou estados/sentimentos?
Figura 1: Sentimentos
A premissa básica nada mais é que afirmar a autonomia da vontade do ser humano, como se esta
fosse livre de qualquer causa e ação, ou seja, não existe nada que limite ou domine a liberdade do
homem, ele escolhe o que bem entender, do modo que bem entender e livre de qualquer influência
definitiva nas escolhas que faz.
O livre-arbítrio é a vontade livre de escolha, as decisões livres, a capacidade de escolha pela
vontade humana ou o poder que cada indivíduo tem de escolher suas ações, que caminho quer
seguir.
Parece lógico e óbvio e este conceito é sustentado ao longo da história. Mas quando somos
desafiados a prová-lo, geralmente nos vemos em grandes apuros, devido à inconsistência e até
mesmo a irracionalidade da ideia.
Mas qual é o seu significado prático?
O livre-arbítrio pode ter sentido religioso, psicológico, moral e científico. Para algumas pessoas
significa ter liberdade, e muitas vezes confundem com desrespeito ou até mesmo falta de educação.
Cada um realmente tem direito de fazer o que quiser com sua vida e escolher qual caminho quer
seguir, desde que não prejudique ninguém.
E o que é liberdade?
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É o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não
prejudique outra pessoa. Também é a sensação de estar livre e não depender de ninguém.
A liberdade é um conceito utópico, uma vez que é questionável se realmente os indivíduos tem a
liberdade que dizem ter. Diversos pensadores e filósofos dissertaram sobre a liberdade, como Sartre,
Descartes, Kant, Marx e outros.
A liberdade foi motivo de muitas revoltas, a "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", em 1793
expressou valores defendidos pela Revolução Francesa.
Para Sartre o livre-arbítrio está profundamente arraigado na sua própria experiência de vida. As
influências sofridas (bagagem de vida) por cada um, determina seu modo de pensar. Daí se dizer
que cada homem é produto do seu tempo.
Rene Descartes traz consigo a noção do sujeito da consciência, a identificação da subjetividade com
a consciência assim como a noção de autonomia.
Descartes era extremamente católico, mas não concordava com todos os ensinamentos divinos,
acredita existência de Deus, o ser mais poderoso que deu ao homem o poder de distinguir o certo do
errado. (princípios existencialistas)
Independentemente da crença do homem, ele seria capaz de fazer suas próprias escolhas sobre o que
é certo e o que é errado.
Para Kant, a liberdade é dever: “Tu deves, então podes”. O livre-arbítrio é a escolha entre ter ou não
ética moral. A liberdade realiza-se na moralidade e na legalidade ética.
O livre-arbítrio é a obrigação de escolher sim ou não à ética. Essa obrigação é a própria liberdade. A
liberdade não é parcial, ela resume-se na escolha entre o sim e o não, o bem e o mau, e assume a
responsabilidade por inteiro. O princípio da liberdade deve valer para todos, dando livre-arbítrio a
cada um de coexisti com a liberdade dos outros.
Marx e Freud não só influenciaram os alemães como boa parte da intelectualidade brasileira.
Ambos negam de alguma maneira o livre-arbítrio, submetendo-o a um determinismo do
inconsciente (Freud) e a um determinismo de classe (Marx).
Se há determinismo, não há escolha e sem escolha não há trabalho intelectual possível, mas ações e
pensamentos previamente determinados por fatores fora do alcance da pessoa.
Figura 2: Livre-Arbítrio
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O Senhor colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo. E o Senhor ordenou ao
homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento
do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá". (Gênesis 2:15-17)
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Se não é nenhum dos elementos vinculados ao caráter que influencia a mente, que por sua vez
influencia a vontade, e a ação, é impossível não concluir que o regente na decisão de alguém que
tem ‘livre-arbítrio’ é o acaso.
Pois, se meu caráter não causa minhas ações, porque minhas ações são livres de causa/ação, minhas
ações estão sendo regidas por impulsos impostos à minha vontade completamente aleatória. Isso é
completamente irracional?
Se minha escolha é baseada na autonomia da vontade, ela está irremediavelmente vinculada ao
acaso.
Se ela é vinculada ao meu caráter, ela é causada, portanto, já não é mais livre.
Muitas vezes o conceito de livre-arbítrio é considerado como necessário para a existência da
responsabilidade humana.
Como alguém que tem suas ações desvinculadas de qualquer tipo de causa/ação (caráter) e atreladas
a instabilidade do acaso autônomo pode ter suas ações como sendo responsáveis e julgáveis?
Responsabilidade é um conceito atrelado ao conhecimento e não a autonomia da vontade. Existe
liberdade da vontade, sim! Mas esta está circunscrita a um sem número de fatores causativos e não
ao conceito irracional de livre-arbítrio tal como se nos é apresentado corriqueiramente.
Conclusão
Somos seres livres, que fazem escolhas reais a todo o momento. Nossa liberdade de escolha não
pode ser confundida com o conceito de livre-arbítrio, como se em algum lugar da natureza humana
existisse neutralidade.
As leis nos são apresentadas para que possamos atendê-las e cumpri-las. Não estamos livres de
nossas influências (crenças) e somos sempre responsáveis por nossas escolhas.
O livre-arbítrio anda de mãos dadas com a responsabilidade de assumirmos as consequências de
nossas escolhas (ações).
É preciso sentir, refletir e por fim, decidir.
3. CONCLUSÃO
Somos seres livres, que fazem escolhas reais a todo o momento. Nossa liberdade de escolha não
pode ser confundida com o conceito de livre-arbítrio, como se em algum lugar da natureza humana
existisse neutralidade.
As leis nos são apresentadas para que possamos atendê-las e cumpri-las. Não estamos livres de
nossas influências (crenças) e somos sempre responsáveis por nossas escolhas.
O livre-arbítrio anda de mãos dadas com a responsabilidade de assumirmos as consequências de
nossas escolhas (ações).
É preciso sentir, refletir e por fim, decidir.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Marco Zingano, “Estudos de Ética Antiga”, Discurso Editorial, Journal of Ancient Philosophy, Vol.
II 2008 Issue 2, 2007.
DESCHOUX, M., “Determinismo” in Dicionário das Grandes Filosofias, Ed. 70, Lisboa, 1999.
Cartilha de instruções - Temas Básicos para o Grau 1 – REAA – Aprendiz Maçom. Grande Oriente
de Santa Catarina – GOSC.
Conceito de Livre-Arbítrio disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Livre-arb%C3%ADtrio. Acesso
ao site em 10/03/2018.
Significado de Livre-Arbítrio disponível em: https://www.significados.com.br/livre-arbitrio/. Acesso ao
site em 10/03/2018.