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Determinismo e liberdade na ação humana

 Os problemas mais importantes na história da filosofia, em que consiste em


saber se somos livres ou não, nas nossas ações;
 O conceito de “liberdade” que nos vai interessar tem um significado muito
específico e está intimamente ligado com a noção de “responsabilidade moral”;

 Afirmar que existem ações livres = termos livre-arbítrio;

 Só temos livre-arbítrio, se e só se, algumas das coisas que acontecem depende


de nós;

Contudo, é inevitável colocar as seguintes questões: “é o homem efetivamente livre no


seu querer e agir, somos responsáveis pelas ações que fazemos?” e “será que o ser
humano tem total liberdade ou será totalmente determinado por fatores que não
controlam?”.

“problema de livre-arbítrio” – choque entre ideias distintas determinismo e livre-


arbítrio

- livre-arbítrio parece não ser possível num universo determinista, se não há ações
livres, então não faz sentindo a ideia de responsabilidade, pois sendo as nossas ações o
resultado de património genético que recebemos de modo que fomos educados,
então não podemos ser responsáveis por elas;
- ou seja, este problema surge de um problema de responsabilidade moral, uma vez
que se tudo for determinado não podemos ser responsáveis pelas nossas ações;

Três teorias para possível resposta:

 Determinismo radical, que nega o livre-arbítrio;


 Determinismo moderado, concilia a existência do determinismo a existência
do determinismo com o livre-arbítrio;
 Libertismo, afirma a existência de livre-arbítrio;

 Respostas incompatibilistas: tese de que o livre-arbítrio não é compatível com


o determinismo;
 Respostas compatibilistas: tese de que o livre-arbítrio é compatível com o
determinismo;
 Determinismo é a tese de que tudo o que acontece é a consequência
necessária de acontecimentos anteriores e das leis da natureza;

 Determinismo radical (tese incompabilista) nega a liberdade á ação humana –


o ser humano não pode livremente escolher outro modo de agir;

- Determinismo radical é defendido por quem acredita que só o determinismo


é verdadeiro, isto é, todas as ações humanas são casualmente determinadas
por ações anteriores – logo o homem não é livre;

- Objeções: eliminação da responsabilidade moral (implica que ninguém é


moralmente responsável por nada que faz) e experiência do livre-arbítrio
(existem acontecimentos genuinamente indeterminados no universo);

1) O livre-arbítrio é incompatível com o determinismo;


2) Tudo está determinado;
3) Não temos livre-arbítrio;

 Libertismo, acredita que essa escolha depende inteiramente de si, da sua


vontade – as nossas ações são livres, não são causadas ou determinados, nem
aleatórias;

- Dualismo mente-corpo: corpo (elemento físico – sujeito á causalidade) e


mente (não está sujeito a relações causais – tem capacidade de decidir a causa
da sua ação de acordo com a consciência e razão);

4) O livre-arbítrio é incompatível com o determinismo;


5) Temos livre-arbítrio;
6) Nem tudo está determinado;

- Objeções: ilusão (termos consciência dos nossos desejos, mas ignoramos as


causas que os determinam);

 Determinismo moderado (tese compatibilista) afirma que um ato pode ser, ao


mesmo tempo, livre e determinado;

- Ações livres (fazemos com vontade própria) e não-livres (somos forçados a


fazer);
- Acredita que o determinismo é verdadeiro sem que isso implica que a crença
de livre-arbítrio seja falsa;

 “possibilidades alternativas” – se e só se, caso tivesse escolhido fazer outra


coisa, teria feito outra coisa (isto é, se não fosse obrigado ou forçado a fazer
algo – dado ao passado e leis da natureza jamais poderíamos ter escolhido
fazer uma coisa diferente;
O problema da fundamentação moral

Moral – conjunto de direitos e deveres que a sociedade indica como interrogáveis;



Ética – reflexão sobre certos valores como justiça, perante os quais reconhece
legitmamente e posso querer genuinamente cumpri-los;

- Entramos no domínio das éticas normativas (procuram encontrar uma forma de


determinar os atos quando ao seu estatuto moral);

1) O que torna a uma ação moralmente correta ou incorreta?


2) Que critério nos permite distinguir entre uma ação moralmente correta e
incorreta?

 Ato – consequências – éticas consequencialistas que centram a sua atenção


nas consequências da ação – de acordo com esta perspetiva uma ação será
correta quando promove o maior bem-estar para o maior número de pessoas;

 Intenção – éticas deontológicas centram a sua avaliação dos atos na intenção


do agente que os realiza;

Uma questão central da ética (área da filosofia quês estuda e reflete acerca de como
devemos viver) é saber o que faz com que uma ação seja moralmente certa ou errada.

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