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1.

Noção da liberdade

O termo liberdade significa capacidade que todo o homem tem de autodeterminar-se, ou seja,
capacidade de agir por sua própria decisão. A liberdade no agir humano, pressupõem as seguintes
condições:

• Autonomia no sujeito; independentemente das causas do acto humano, o homem é quem


decide agir.
• Consciência da Acão; uma ação livre, envolve a intenção e motivos de quem age, ou seja,
age de forma consciente das consequências do seu agir.
• Escolhas fundamentais em valores; o agir livre implica manifestação de certas
preferências, ou seja, o homem age guiado por valores.

Formas e tipos de liberdade

A liberdade pode ser interior e exterior. A liberdade interior subdivide se em psicológica –


capacidade de decidir por si mesmo; Liberdade moral ausência de qualquer constrangimento
moral. Enquanto a liberdade exterior subdivide-se em: sociológica – autonomia do sujeito face
aos constrangimentos impostos pela sociedade; física – ausência de qualquer constrangimento
físico; política – ausência de qualquer constrangimento de natureza política.

Da liberdade humana a responsabilidade moral

A responsabilidade moral refere-se a capacidade pela qual o homem responde pelos seus actos,
assumindo-os como seus, bem como as suas consequências perante a si mesmo e aos outros. Logo,
uma ação moralmente responsável, implica liberdade interior no agir, ou seja, so agimos
moralmente responsáveis quando decidimos por nos mesmos a agir de acordo com as regras
morais.

Portanto uma ação responsável exige as seguintes condições:

• Imputabilidade; quando assumimos ser nós mesmos os actores das nossas ações,
independentemente das consequências;
• Consciência; quando agimos com conhecimento da causas, ou seja, sem ignorar as
circunstancias em que acao desenrola de modo a assumirmos as consequências; dai que,
mais pesa a pena para quem infringe uma lei sabendo, do que a pessoa que age por
ignorância inculpável ou por inadvertência.
• Intencionalidade: uma ação responsável deve ser realizada de forma voluntaria e livre sem
imposição.

2. A justiça e o Dever

Segundo Aristóteles a Justiça é uma virtude ou qualidade humana que consiste na vontade firme
e constante de dar a cada um o que lhe é devido. Na visão de Carlos Hernández, a justiça pode ser
vista em tripla dimensão;

• Ético pessoal; refere-se a um homem imparcial, que coloca as normas morais acima da
sua vontade na relação com os outros;
• Ético social; refere-se a sociedade ou sistema político justo, onde cada membro social
tem direitos e que são respeitados.
• Jurídico-legal; refere-se a sistema de leis que estabelecem de modo positivo o que é seu,
ou seja, a justiça é aplicada quando a lei é cumprida.

Dever é uma expressão de ordem que impera de forma absoluta e incondicional para o
cumprimento e o respeito a lei moral. De acordo com Immanuel Kant o dever é um imperativo
categórico e não hipotético ou condicional, é uma obrigação visto que impera incondicionalmente.
Quem age em conformidade com o dever, seguindo o imperativo categórico (lei moral), a sua
vontade torna se vontade boa e a ação que é realizada é moral.

O imperativo categórico é o seguinte: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo
tempo, querer que ela se torne universal.

A ação moral é aquela que é praticada por dever, na qual a vontade escolhe, um princípio que
poderá ser uma lei universalmente boa para todos os seres humanos. O dever não diz o que se
deve fazer nesta ou naquela situação, mas indica ao ser humano como se deve comportar em todas
as situações, por meio do imperativo categórico.

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