Você está na página 1de 13

3

Introdução
Este trabalho é da cadeira de Ética Social 3º ano do curso de Licenciatura em ensino da
Língua Portuguesa, cujo tema é resumo de módulo da 1ª até a 12ª Unidade. Neste de
sentido tem como objectivo geral conhecer a ética Social. E objectivo específicos
resumir as unidades presente no modulo da ética social.

Muitos autores definem a Ética Social como sendo teoria normativa relacionada com a
conduta e os costumes humanos ou conjunto de normas de conduta que deverão ser
postas em prática dentro duma sociedade ou meio social. Vunguiri (2016).

O presente trabalho obedece a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento,


conclusão e bibliografia.
4

CONCEITO DA ÉTICA E SUA ORIGEM


Segundo Salvador (2016,p.7). Aborda que a Ética tem sua origem filosófica, devido ao
problema do principio-físico dos Jónios/Gregos (Teles, Anaxímenes e Anaximandro)
que preocuparam pela origem da natureza o que lhes levou a várias experiencias do
quotidiano cruzando diferentes ideias. Isto, é, no Séc. VI A.C eles observaram,
estudaram, escreveram e depois de tudo procuram criticar os costumes do viver do
homem comparativamente.

Etimologicamente provem do grego e latin: ethos+mos=Ética (hábitos, costumes,


valores)

Ética pode se definir a como ciência que trata do emprego que o homem deve fazer de
sua liberdade, para conseguir o seu fim último. Este conceito nos remete a ideia de uma
teoria normativa relacionada com a conduta e os costumes humanos dentro da
sociedade. Concebe-se também a ética Social como Filosofia Moral pelo facto de ter
como objectivo de reflexão o comportamento humano, hábitos e costumes sociais.

Cientificidade da ética Social

O estudo da ética não se relaciona com o belo/ Estética (Arte) mas sim procura avaliar
se os hábitos e os costumes vividos por certo individuo dentro da sociedade são Bons ou
Maus. Não são os costumes, nem hábitos por si só mas os hábitos manifestados pelos
indivíduos.

É nesta vertente em que alguns analistas não elevam a cientificidade da Ética Social,
porque cada sociedade tem os seus hábitos, seus costumes. Admite-se também que a
Ética Social tem uma linguagem exótica, descritiva. A utilização da linguagem “é “que
avalia o comportamento analítico, levando a não cientificidade universal das suas
reflexões.

Ex; A Moça é Bonita / não é Bonita.

A Ética Social apenas estabelece regras, maneiras de se comportar enquanto as outras


ciências têm várias maneiras e podem evoluir e variar as suas visões universais de
crítica em relação a certos pontos de estudos, através de experiências e definir certas
teorias.
5

Facto Ético

Entendes como facto ético a avaliação do Bom e do Mau. Pode se considerada também
como uma capacidade inata de julgar normalmente o que é bom e mau.

A ética estabelece regras, maneiras de se comportar enquanto as outras ciências tem


várias maneiras e podem evoluir e variar as suas visões universais de crítica em relação
a certos pontos de estudos, através de experiencias e definir certas teorias.

Relação da ética e outras ciências humanas

A ética social não obstante das outras ciências ela relaciona-se com outras ciências a
saber: Antropologia, a Psicologia, Sociologia, Etnologia, Política e metafísica.

CARACTERÍSTICAS DA MORAL ÉTICO

As características da moral são aspectos principais que molda a agir humano apesar de
alguns destes não serem conhecidos pelo próprio homem podem ser manifestados sem
que este ponha em conta. Das características da moral éticos mas usuais são:

Ética irredutivelmente deferente dos outros aspectos confundíveis com as leis.


(usada sobretudo pelas correntes utilitarista)

Ética relativo a Liberdade: (o bem é em relação aos actos livres humanos)

O Acto moral é Pessoal: (o ético é um aspecto humano)

O acto é humano: (A linguagem comum leva-nos a usar os adjectivos “Bom e Mau.)

A ética relativo as normas: (A atribuição de valor moral aos actos humanos é feita
mediante a sua confrontação com as normas),

Ética Incondicional: (É absoluto e irrecusável em si. Si é Bom deve-se fazer).

Ética Transcendente: - Este carácter incondicional que encontramos no ético aparece


revestido de valores morais que fazem com que sejam transcendentes.
6

A ÉTICA E LIVRE VONTADE DO AGIR HUMANO

O Conceito de Livre vontade

Segundo Salvador (2016,p.16) vontade é um esforço mental que incita à acção; é o


Poder que o homem possui de representar a si mesmo e de realizar ou não realizar
qualquer algo. A vontade é algo intrínseca no homem, apenas pode ser observado na
medida em que este demonstra com um certo impacto de continuidade na execução do
facto ético, através de emoção, vivacidade e acções energética apresentada na sua
manifestação.

Acto voluntário Humano

O acto voluntário é sempre um acto iluminado pelo entendimento, inteligência. É


apresentado à vontade perante os objectivos desejáveis, os motivos de apetibilidade. A
vontade de agir humano é livre de determinação, pode divergir ou apartar-se do objecto
proposto, pode também eleger um objecto entre vários escolhidos.

Tipos de acto voluntários:

 Voluntário positivo – Fazer ou querer algo simplesmente;


 Voluntário Negativo – não fazer e não querer nada ou algo e;
 Acto voluntário neutro – não há voluntariedade, por isso nem é negativo nem
positivo.

As quatro fases de livre vontade ou acto voluntário do agir humano:

1. Fase de concepção – o homem tem que conceber a seu bem e a livre vontade
de agir perante algo que o convêm, caso contrário não;
2. Fase de deliberação – Pensar e contrabalançar, implica que qualquer acção
humana é um facto ético consciente;
3. Fase de decidir – Para efectuar algo, deve ser comandado pelo intelecto depois
de avaliado, a decisão é a fase de concretização da acção ou não para a execução
e;
4. Fase de execução – acto de fazer a acção.
7

RELAÇÃO VONTADE E LIBERDADE DO HOMEM NA SOCIEDADE

Para Salvador (2016) afirma que o querer ou vontade é forma de inclinação, é uma
maneira de ser e estar, tendência de apetites. Qualquer inclinação para o Bem, neste
caso, ao relacionarmos com a ética social constata-se que o Bem é o objecto, algo que
sustenta, que provoca, que estimula a inclinação do agir do homem dentro da sociedade,
um agir perante a liberdade do seu conhecimento e consciência.

As quatro fases de livre vontade do agir humano

 Concepção – o homem tem que conceber a seu bem e a livre vontade de agir
perante algo que o convém, caso contraio não;
 Deliberação – Pensar e contrabalançar, implica que qualquer acção humana é
um facto ético consciente;
 Decidir – Para efectuar algo deve ser comandado pelo intelecto depois de
avaliado, a decisão é a fase de concretização da acção ou não para a execução e
 Execução – acto de fazer a acção.

LIBERDADE DE AGIR E PRINCIPAIS SOLUÇÕES PARA LIBERDADE

Conceito da Liberdade

A Escolástica definiu a Liberdade como (Immunita a coactional = Ausência de


constrangimento). Estes constrangimentos podem ser de ordem física, moral, política,
social e psicológicos, que são denominados como tipos de Liberdade.

Tipos de Liberdade:

1. Liberdade física Ausência de pressão física ou constrangimentos físico;


2. Liberdade Moral – Isenção de ordem moral ou força moral Ex; ameaças;
3. Liberdade Social – Ausência de determinismos sociais;
4. Liberdade Política – Isenção de determinismo político;
5. Liberdade Psicológica – os psicólogos apresentam como sendo a capacidade
que o homem tem de fazer ou não fazer tendo todas as condições necessárias de
agir.
8

Algumas implicações da liberdade no agir do Homem

Umas das implicações do agir humano são: Poder, Abuso de autoridade, Abuso de
poder económico, Assédio moral no trabalho, O assédio sexual, Coerção e violência
verbal.

Principais soluções da Liberdade:

I. Determinista: As correntes filosóficas nega que o homem seja livre.


II. Determinismo Extrínseco Metodológico: Nega que o homem seja livre por razões
de mitos, costumes, hábitos, fados ou tudo que faz parte dos mitos;
III. Determinismo Extrínseco Teológico: Defende que o homem não está livre por
razões Teológicas (Deus) ou devido o problema de Omnipotência, Omnisciência
e Omnipresença;
IV. Determinismo intrínseco Fisiológico - Lambros vê nos movimentos da vontade
simples reacção e, estas reacções estão determinadas por combinações químicas
e os tecidos humanos;
V. Determinismo Intrínseca Sociológico: (Marcuse) Defende que o agir humano é
determinado pelas pressões que a sociedade humana exerce sobre o individuo e
pela sua estrutura sobre o individuo;
VI. Determinismo Intrínseco Psicológico: (Leibnitzi/Freud) Defendem que a acção da
vontade do homem é determinada pelo intelecto e pelos seus conhecimentos. Em
relação a Liberdade dizem que os instintos é que comandam o homem a
liberdade de agir;
VII. Determinismo Intrínseco Politico: (Maquivel/Hobbis), a vontade humana depende
da vontade do soberano ou das classes governantes entre outros.

Consequências da Liberdade

I. A liberdade humana faz com que o acto ético seja pessoal, único e não de outra
pessoa (Vontade de conhecimento).
II. As Emoções podem facilitar ou limitar a liberdade de deliberação quando essas
forem demasiadas.
9

CONHECIMENTO COMO VALOR ÉTICO

O conhecimento é a transmissão da verdade e, só pode ocorrer ou acontecer se existir


algo. Neste caso, o conhecimento é virtude que passa a ser o fim do estudo da Ética
Social. Admite-se que, se ao Homem agir perante o conhecimento das coisas, este terá
actos éticos Bons, logo é virtuoso e feliz. Portanto, isso leva ao paralelismo seguinte:

I. Conhecimento_Virtude + Liberdade =Felicidade


II. Ignorância _Vícios + Escravidão = Infelicidade

Autodomínio

O auto domínio ou autocontrolo segundo Salvador (2016,p.29) é o controlo das


emoções e acções que dão segurança para se tomar decisões combatendo a ansiedade e
impulsividade. As suas características principais são;

 A aquisição de máxima independência do controlo externo do que conhece;


 Serve para optimizar as condutas em função de um objecto concreto;
 Potencia a reflexão e decisão racional ou cognitiva.

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO ACTO HUMANO

Conceito da responsabilidade
Para Salvador (2016) a responsabilidade é a propriedade recíproca no sujeito moral
através da qual se deve sentir a causa ou autor do acto moral. Deve-se sentir ainda as
consequências e o individuo deve responder diante da sua consciência e dos demais
indivíduos.

O sentido da responsabilidade

Segundo o sentido da responsabilidade é uma atitude do homem total que o impele a


colocar-se em situação de radical disponibilidade quanto aos imperativos morais. É
característica do homem adulto e consciente. É como toda a atitude verdadeiramente
existencial, é um fenómeno complexo. Inclui os seguintes aspectos:

 Zelo pela verdade – O homem responsável não se deixa levar de preconceitos


ou verbais.
10

 Atenção positiva aos sinais do tempo; -O homem responsável deve ser


extraordinariamente sensível há determinadas situações em que vive, já que por
meio das circunstâncias se manifesta de modo concreto os planos da vida;
 Consciência dos próprios limites; - A autêntica responsabilidade não deve ser
orgulhosa;
 Superação da anquilose moral; O homem responsável tem que evitar a todo o
custo a anquilose da consciência, como faculdade estável, devida ao desprezo
habitual das suas exigências morais. Esta anquilose pode produzir negligências,
precipitações ou má-fé.

O BEM E O SISTEMA MORAIS ETICO

Conceito do Bem

Etimologicamente a palavra Bem provém do latim (Bene= tudo que é bom /justo,
lícito/valioso/conforme/moral). O que significa susceptível de apropriação como
propriedade ou riqueza.

Sistemas Morais/éticos

A moral é uma ciência do Bem que se relaciona com a ética e, o fim da moral é dirigir
as acções humanas de tal modo que o homem assuma o Bem Supremo. Já a Ética Social
levam-nos a analisar os costumes é hábitos e distinguir os bons dos maus dentro da
Sociedade.

Em Ética Social a pessoa como actor é o centro das análises e a essência que se
pretende é que o homem alcança o Bem e se tornem feliz. O Bem para o homem passa a
ser aquilo que condiciona todo o comportamento e deve ser considerado como a razão
do ser da vida na sociedade e o comportamento das pessoas devia depender das ideias
do Bem para garantir o melhor ambiente social. As ideias que surgem sobre o Bem, dão
origem ao aparecimento de sistemas Morais e éticos.
11

CONSCIÊNCIA E O VALOR ÉTICO

Definição da consciência

Consciência é a capacidade que o homem tem de conhecer de modo imediato, os seus


estados, sentimentos, impressões, intuições entre outros. Significa que consciência é o
acto através do qual o homem reconhece pessoalmente o que deve fazer na ordem moral
e como procedeu anteriormente nesta mesma ordem (Salvador (2016)

Etimologicamente Consciência provém do latim = Cum (Com) + Scintia


(Conhecimento) Conscience ou conscienze.

Como é que a consciência guia a conduta Humana?

A moralidade orienta a conduta do homem, se considerarmos que ela como capacidade,


ou valor do acto livre do homem sem incluir as acções livres. Também a moralidade
pode ser entendida como a certeza ou erro, dos costumes e hábitos manifestas nos actos
humanos.

Classificação das consciências

Para classificar a consciência depende do seu ajuste com a realidade vivida e do agir do
homem. A classificação também pode ser denominada de forças constrangentes à
consciência. Assim podemos ter:

Consciência errónea/Invencível, Consciência duvidosa, Consciência laser; Consciência


Cega, entre outros.

AUTONOMIA E AUTENTICIDADE MORAL NA ÉTICA SOCIAL


COMPROMISSO SOCIAL - A PROFISSÃO EDUCATIVA

Autonomia e Autenticidade Moral


Autonomia provém do grego ( αutos+ υorog = Ser + Leis/ Regras). Considera-se a
autonomia a estrutura da lei Humana ou a realidade humana enquanto capacidade de
ser e agir, com o centro no Sujeito como responsabilidade de ser e da acção.
12

O que importa não é que o individuo seja o que a Lei diz, mas ele deve ter uma conduta
autónoma, madura e responsável. Para a maturidade o individuo deve relacionar-se com
o mundo e outros indivíduos e, é na maturidade em que o homem deve ter uma reflexão
filosófica e Ética, o desejo de conhecer, comunicar outras experiência vivida e viver na
abertura com o Deus.

A manifestação da nova consciência Ética

A realidade actual da Ética social manifesta-se através das demonstrações de fascínio,


consternação e desejos,

I. Fascinação; - O homem apresenta uma característica de “ querer saber tudo” e a


liberdade da pessoa humana provoca conflitos devido a abertura excessiva (de
Poder, conhecimento, autonomia.);
II. Consternação; - O homem fica admirado da natureza, do mundo, dos sucessos
que alcança e também de medo.

III. Desejo de fuga; - o homem vive com o espírito de fuga da funcionalidade da


sociedade nova, procura formar novos ‘estases’ devido a Stress, e procura
descansar e refugiar a mente bem como a e parte física do organismo, através de
uso de Drogas, Álcool, sem se dar conta que este tipo de refúgio (costumes e
hábitos maus) provenientes da livre escolha dou da liberdade são prejudiciais ao
próprio homem.

Compromisso social – A actividade educativa


A prática da actividade educativa é um compromisso social, tem o seu valor ético
em relação a transmissão de valores éticos e morais que garantam a sobrevivência
duma sociedade.

Sabemos que o objectivo principal da actividade educativa é a desenvolvimento


integral do homem, é este homem que está no centro das atenções nas análises das
ciências sociais. Os objectivos da actividade educativa são vários, mas todas se
comprometem principalmente com a preparação e o desenvolvimento das
actividades da sociedade.
13

Conclusão
De uma maneira mais ampla, podemos considerar como a ciência do agir do homem
enquanto individuo na sociedade. Pretende-se assim definir porque na generalidade
Agimos para atingir um fim ou conseguir um fim ou um bem. Cada acção tem um meio
e o fim último de cada agir humano, presume-se que seja para atingir a Felicidade do
Humana” dentro na sociedade onde vive.

A Ética tem origem filosófica, devido ao problema do princípio - Princípio Físico - dos
Jónios/Gregos (Teles, Anaxímenes e Anaximandro) que se preocuparam pela origem da
Natureza o que lhes levou a várias experiências do quotidiano cruzando diferentes
ideias.

Eticamente, o conhecimento é uma advertência ou reflexão. No acto de procura de


conhecimento ou virtude a pessoa sabe o que está a deliberar sobre o que está a decidir
ou pretender. A pessoa está consciente de si mesma. Antes de efectuar o procedimento
de procura de conhecimento excita a acção da consciência que adverte a mente humana.
14

Bibliografia

SALVADOR. M. A. (2016).Manual de tronco comum Ética Social 3º Ano. Beira


Moçambique.
ii 15

Índice
Introdução......................................................................................................................3

Conceito da ética e sua Origem.....................................................................................4

O Conceito de Livre vontade.........................................................................................5

As 4 fases de livre vontade ou acto voluntário do agir humano:...................................6

Conceito da Liberdade...................................................................................................7

Consequências da Liberdade.........................................................................................8

Conceito da responsabilidade........................................................................................9

Sistemas Morais/éticos..................................................................................................9

Autonomia e Autenticidade Moral..............................................................................11

Compromisso social – A actividade educativa............................................................12

Conclusão.....................................................................................................................13

Bibliografia..................................................................................................................14

Você também pode gostar