Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Determinismo radical
Todos os acontecimentos (incluindo ações humanas) são causalmente
determinados por acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza.
Se todas as ações sal causalmente determinadas por acontecimentos
anteriores e pelas leias da natureza, então não há possibilidades de
alternativas de ação.
Não existe livre-arbítrio
O livre-arbítrio é uma ilusão
Os agentes não têm genuína responsabilidade moral
Os agentes devem ser responsabilizados pelas ações de modo a
promover as boas ações e evitar as más ações
Determinismo ≠ destino
A ciência é determinista
Objeções:
Sem livre-arbítrio a vida não teria sentido
Não há determinismo radical
Objeção à física quântica
Argumento da experiência (sentimo-nos livres)
Não há provas que é uma ilusão
Libertismo
Existe livre-arbítrio e, portanto, algumas ações são livres.
Se o determinismo é verdadeiro então não temos possibilidades
alternativas
Se não temos possibilidades alternativas então não temos livre-arbítrio
Logo, se o determinismo for verdadeiro não temos livre-arbítrio
(incompatibilismo)
Temos livre-arbítrio logo o determinismo é falso
O ser humano tem possibilidades alternativas de ação, ou seja, em
situações exatamente iguais podem ser feitas ações diferentes. O futuro
está em aberto
O agente é responsável pelas ações porque resultam de decisões
racionais (causalidade do agente)
Determinismo moderado
Todas as ações são determinadas por causas anteriores (acontecimentos
anteriores, crenças e desejos) mas algumas delas são livres.
O determinismo e o livre arbítrio são compatíveis (perspetiva
compatibilista )
Redefinição do conceito de livre-arbítrio não é poder agir
independentemente de causas anteriores, mas sim a ausência de
coação ou compulsão interna ou externa
Desde que não sejamos forçados a fazer algo, a escolha é livre
Temos possibilidades alternativas de ação: as ações envolvem a
possibilidade de fazer uma coisa, podendo fazer outra
Objeções:
Não permite compreender realmente a existência de possibilidades de
alternativa de ação
Redefine o conceito de livre-arbítrio de um modo simplista e pouco
exigente (baixa a fasquia)
Coação: forçar alguém a fazer algo contra a sua vontade
Valor: algo estimável, que merece ser defendido, podendo ser realizado, ou
seja, uma meta importante a atingir
Juízos de valor moral: juízos que dizem respeito àquilo que devemos ou não
fazer (envolvem as noções de certo ou errado; justo e injusto; louvável ou
censurável)
Juízos de facto: puramente descritivos, o seu valor de verdade é inteiramente
independente das crenças, dos hábitos, da sociedade e da cultura, dos gostos
ou preferências de quem os formula.
Juízos de valor: são em parte normativos ou prescritivos, expressam uma
determinada avaliação sobre as coisas e exprimem preferências. Podem ser
éticos ou morais; religiosos; estéticos; políticos.
Axiologia: disciplina que estuda a filosofia
Problema da natureza dos juízos morais: são subjetivos, causalmente
relativos ou objetivos? (subjetivismo, relativismo ou objetivismo)
Etnocentrismo: colocar uma certa cultura num patamar superior a outras
Multiculturalismo: ideia de um grupo multicultural pressupõe que os grupos
culturais estariam interligados, em função do contato que as culturas têm entre
si.
Subjetivismo
Todos os juízos morais são subjetivos
Defensores: Thomas Hobbes, David Hume
Descrevem preferências individuais e subjetivas
Referem-se aos nossos sentimentos
São verdadeiros ou falsos em função da avaliação dos indivíduos
Argumentos a favor:
liberdade individual
Promove a tolerância
Dá uma resposta adequada aos desafios do multiculturalismo
Objeções:
Impede a censura de ações claramente erradas
Não explica a existência de desacordos morais
É duvidoso que seja uma boa resposta ao multiculturalismo
Torna impossível a existência de critérios éticos universais
Pressupõe que somos moralmente infalíveis
Relativismo
Todos os juízos morais são culturalmente relativos. Referem-se às
nossas preferências coletivas.
Argumentos a favor:
Argumento da diversidade cultural
Rejeição do etnocentrismo
Promove a tolerância
Aparentemente dá uma resposta adequada ao multiculturalismo
Objeções:
Criticar os costumes de outros povos não tem de ser ofensivo e
etnocêntrico
Impede a censura de práticas culturais erradas
Não permite explicar o progresso moral das sociedades
Conduz ao conformismo e à estagnação
É autorefutante
Objetivismo
Alguns juízos morais são objetivos
A verdade ou falsidade dos juízos morais é independente dos
sentimentos da pessoa e cultura
Um juízo moral é objetivamente verdadeiro se poder ser justificado com
boas razões (informadas e imparciais) e falso se não for possível
Boas razões são informadas e imparciais
Maltratar as crianças, o racismo, os tráficos de humanos são
objetivamente errados
Quando alguém discorda de um juízo moral verdadeiro está enganado
Argumentos a favor:
promove o diálogo e debate intercultural
há coincidência em algumas verdades fundamentais acerca de valores
argumento do dissidente (há pessoas que recusam práticas culturais por
considerar que são erradas)
promove critérios transubjetivos
objeções:
há enormes divergências éticas
falta de métodos de prova