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O subjetivismo é uma corrente filosófica que mostra a subjetividade na


interpretação e avaliação de questões morais e conhecimento. O subjetivismo
considera que os juízos morais nem sequer são juízos propriamente ditos pois
as interpretações do mundo são relativas às opiniões individuais, experiências
pessoais e contextos culturais.
Por exemplo: Algo é bonito porque sinto ou desejo que seja bonito e não porque
seja bonito em si.
De forma antagónica temos o objetivismo (há padrões objetivos para avaliar a
moralidade e o conhecimento e defende que há verdades universais e princípios
morais que transcendem opiniões individuais
Temos também o Realismo Moral (advoga que há fatos morais objetivos
independentes das opiniões
humanas e que algumas ações são intrinsecamente boas ou más).
No subjetivismo, os critérios valorativos apenas existem enquanto preferências
individuais e nenhuma preferência é objetivamente correta ou incorreta.
Por exemplo: Se A afirma que "a pena de morte é cruel e injusta", A está apenas
a exprimir as suas opiniões particulares. A verdade dos juízos de valor é
subjetiva e, por conseguinte, relativa a cada um dos sujeitos que avalia.
Este tema gera contradição pois não permite um debate racional, não havendo
acordo sobre valores.
Para o subjetivismo, em situações de debate, nenhuma opinião é melhor do que
outras. Cada pessoa vai adaptar a sua verdade a seu favor pois, é involuntário
do ser o humano querer favorecer a sua opinião.
O ser humano nunca vai conseguir alcançar uma verdade absoluta, pois, nós,
seres humanos, apenas temos acesso a uma aproximação da verdade.
Por exemplo: A ciência tenta cada vez mais aproximar se da verdade. Ao longo
do tempo vão sendo sempre sobrepostas novas teorias, pois é impossível
afirmar que algo é totalmente correto ou totalmente errado.
Os objetores ao subjetivismo costumam cometer a falácia do falso dilema que
descreve uma situação em que dois pontos de vista alternativos, geralmente
opostos, são colocados como sendo as únicas opções, quando na realidade
existem outras opções que não foram consideradas.
Para o subjetivismo não existem verdades absolutas caindo muitas vezes os
objetores ao subjetivismo nesta falacia.
Ronda livre
Argumentos:
 O subjetivismo torna possível a liberdade: Se a distinção entre certo e
errado não for fruto do sentimento de cada pessoa então serão imposições
que limitam a liberdade de ação de cada um.
Ou seja, só somos livre se dermos voz aos nossos sentimentos e agirmos
de acordo com eles. Afinal, só agimos livremente apenas quando damos
voz aos nossos sentimentos e agimos de acordo com eles (ex.: durante um
debate político, onde diferentes cidadãos têm a oportunidade de expressar
suas opiniões sobre um determinado tema de forma livre e sem censura.
Neste contexto, o subjetivismo permitiria que cada indivíduo pudesse
compartilhar as suas perspetivas pessoais e experiências, contribuindo
para um diálogo diversificado e enriquecedor.)
 O subjetivismo promove a tolerância entre pessoas com convicções
morais diferentes: Somos mais tolerantes se os nossos diferentes
sentimentos não se puserem em causa. Estes estão adaptados e
dependem exclusivamente da nossa perspetiva, isto é, depende dos meus
sentimentos, vivenças, desejos a maneira com eu vejo certa situação (ex.
"direitos" em acesso à internet versus acesso a comida). O subjetivismo
promove tambem a diversidade de visões, enriquecendo a reflexão.
 O subjetivismo permite que qualquer juízo moral seja verdadeiro: Os
defensores do subjetivismo promovem essencialmente a liberdade,
fazendo deste tema um domínio arbitrário. Segundo isto, nenhum ponto de
vista, por mais monstruoso que seja, pode ser considerado errado.
Verdade que existem comportamentos manifestamente errados, como,
visto anteriormente em aula, o isolamento das mulheres durante a
menstruação, mas estes apenas por pessoas que estão fora do meio onde
se pratica tal ação. Segundo o ponto de vista deles, esta atitude é correta,
não sendo plausível ser "destruída" por alguém que vive uma
realidade diferente.
 O subjetivismo retira a ideia de que somos constantemente
controlados por imposições: Se a distinção entre o certo e o errado não
for a expressão das convicções de cada pessoa, então os valores serão
imposições exteriores - da maioria, por exemplo - que limitam as
possibilidades de ação de cada indivíduo: agimos livremente apenas
quando agimos de acordo com as nossas convicções. (ex.: Quando Hitler
afirmou que “O assassínio dos judeus é um bem”, segundo os subjetivistas,
ele não pode de maneira nenhuma ser julgado por isso. A ideia que a
maioria dos seres humanos pode ser considerada como uma imposição,
que afirma que, se concordas com a afirmação de Hitler estás
automaticamente errado)

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