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RECUPERAÇÃO FILOSOFIA III

Gabriel Oliveira Grub Turma, 3C


INTRODUÇÃO
A matéria de filosofia nesse primeiro semestre de 2022/23 se aprofundou basicamente
em estudar diversos temas dentro da filosofia, foi de meu gosto escolher seis dentre eles, e
trabalhar em cima disso com estudos baseado do que foi visto em aula e no livro didático.
Os temas foram:

 Subjetivismo moral;
 Emotivismo moral;
 Relativismo cultural;
 Teoria dos mandamentos divinos;
 Juízo de fato;
 Juízo de valor.
O proposito desse trabalho é relatar cada um desses temas e explica-los de forma coesa e
com argumentos próprios os aspectos de cada tema e como ele impacta na vida das pessoas,
no livre arbítrio e também na construção da nossa sociedade contemporânea.
Depois de relatar e identificar as causas e efeitos dos temas na sociedade contemporânea,
busquei fazer breves comparações entre eles e também identificar como eles podem ser
contrários ou favoráveis uns aos outros.

DESENVOLVIMENTO
JUÍZO DE FATO X JUÍZO DE VALOR
Juízo de fato é aquilo que já está pré-definido pela nossa sociedade, quando busca
julgar algo que é “bom” ou “mau”, nos juízos de fato a falsidade ou veracidade de alguma
coisa, algum argumento já é pré-definida, por exemplo, se for dado de exemplo a frase “O
filme 12 Anos de Escravidão recebeu a estatueta de melhor filme no Óscar de 2014.” é
considerado como um juízo de fato, pois o filme realmente foi o vencedor dessa estatueta em
2014 e o que as pessoas pensam à cerca disso não é capaz de mudar a veracidade de tal
acontecimento.
Agora um juízo de valor, é o que é pensado sobre aquilo, como isso foi julgado, o que
se foi observado e pensado sobre tal acontecimento, poderia usar o mesmo exemplo que
utilizei a cima, nesse caso: “Eu acho que o filme Gravidade deveria ter levado o prêmio de
melhor filme para casa.” Nesse exemplo é expresso um juízo de valor, pois demonstra a
opinião, ou o que uma pessoa pensa sobre tal assunto (no meu exemplo, o melhor filme de
2014). Juízo de valor não possui uma acurácia quando se trata da veracidade do
acontecimento, são se pode dizer se é verdade ou mentira, se é certo ou errado, bom ou mau.
Resumindo, os juízos de fato são fatos concretos que possuem o valor de verdade! O
que é dito/pensado é o que realmente é. Já no juízo de valor, tudo depende da opinião, da
emoção que o sujeito está sentindo, pra uns pode ser o certo e pra outros pode ser errado.
Temas como o aborto, homossexualismo e liberação das drogas para uso recreativo são
exemplos, onde a divisão do que se pensa sobre gera conflitos sobre o que é certo ou errado,
há lugares onde é proibido por leis e outros onde é totalmente legal.

SUBJETIVISMO X EMOTIVISMO
Agora, de maneira mais aprofundada na parte do juízo de valor, temos o emotivismo e
o subjetivismo, dois termos bem parecidos que têm envolvimento com o
sentimento/pensamento do sujeito que expressa tal.
No subjetivismo moral, é algo estreitamente relacionado ao sujeito, como já diz no
próprio nome, é algo subjetivo nas morais do sujeito que expressou a opinião ou a ação, pra
ele pode ser certo e pra outros pode ser errado, ou também o contrário. Posso dar o exemplo
da liberação do porte de armas para os cidadãos de algum país, para determinados sujeitos
desse país é algo que eles acham correto e que desejam possuir, já para outra parte da
população é algo que não deve ser liberado. Ou seja, é o que cada um pensa sobre
determinado tema, o que cada um julga por si próprio.
O emotivismo compartilha a mesma característica do subjetivismo de que não existe
certo ou errado, tudo é uma questão de perspectiva. É uma visão mais radical do
subjetivismo, ela crê que utilizamos as nossas formas de comunicação não para definir
verdades ou mentiras, mas apenas para influenciar outros. É visto como se as emoções não
tivessem nenhum valor de verdade, pois são emoções.

RELATIVISMO CULTURAL
Como o próprio nome diz, o relativismo cultural é a visão dos juízos morais nas
diferentes culturas do mundo, nada pode ser dito como certo ou errado entre todos os seres
humanos, pois existem diversas culturas com moralidades e visões diferentes sobre muitos
assuntos, ações, tradições, hábitos, cerimônias e etc. O relativismo cultural prega basicamente
que em determinadas culturas algo pode ser certo, enquanto pra outra cultura pode ser algo
errado. O relativismo cultural interpreta os juízos morais que eram tratados em indivíduos de
outra maneira, os insere em uma sociedade, assim o que passava a ser certo apenas para si
próprio passa a ter uma moralidade de aprovação pública, ou melhor, dizendo, sociais.
Comer carne de gado para algumas culturas é algo comum e corriqueiro, que acontece
com diariamente, visto como algo comum e com aceitação por parte de toda a população,
porém há sociedades onde isso é visto como totalmente errado, Na Índia, por exemplo, em 22
dos 28 estados indianos o ato de ingerir carne de gado é proibido por lei, enquanto na
América Latina países como o Brasil, a Argentina, o Uruguai e outros países possuem o
hábito de ingerir grandes quantidades de carne de gado e são mundialmente conhecidos por
isso. Pra população desses países, alimentar-se da carne de gado pode ser visto como algo
moralmente correto e aceito, por outro lado, é imoral na Índia.
É dito de exemplo, que se tal sociedade diz que tal ação é errada é porque essa
sociedade reprova a ação, as pessoas veem como algo errado que é contrário aos valores pré-
estabelecidos por tal sociedade. Um canibal, ou o ato do canibalismo, é visto como algo
errado e imoral por grande maioria das sociedades humanas, mas por pequenas minorias, pode
ser algo correto. Os europeus quando chegaram na América encontraram sociedades no
continente que possuíam o hábito do canibalismo, para os europeus era algo imoral e para
essas sociedades era algo completamente ente normal.
Poe outro lado, se uma sociedade reprova tal coisa é porque a ação é visto como errada
nos ideais dos que vivem nessa sociedade. Para um relativista cultural só pode se dizer se algo
é certo ou errado dentro das sociedades, não em um contexto de verdade absoluto. Não se
pode dizer que é errado mulheres terem direito ao voto no Brasil, mas no contexto social da
Arábia Saudita não se pode dizer que é certo as mulheres terem direito ao voto.

TEORIA DOS MANDAMENTOS DIVINOS


A teoria dos mandamentos divinos, também parte de uma perspectiva de juízos
morais. Nela é creditada acima de tudo a vontade do Deus cristão, vista como uma verdade
universal, como se tudo que Deus disse como certo ou moralmente aceito é o correto e a única
verdade. É similar ao juízo de fato, pois nesse ponto de vista do Deus cristão, é como se tudo
que é da vontade dele é aceito como a única verdade, independente do que cada indivíduo ou
sociedade interpreta, é como dizer: “É assim porque Deus quis que fosse assim.”.
Essa teoria é completamente oposta aos valores subjetivos, pois nela é apresentada
uma única verdade que é imposta a todos os seres humanos indiferente da sociedade em que
vivem ou dos valores que foram criados e apresentados durante seu crescimento como
indivíduo, todos que creem em Deus estariam sujeitos aos mesmos valores e a mesma verdade
absoluta. As verdades absolutas que são ditam vêm dos Dez Mandamentos Divinos,
apresentados na Bíblia na história de Moisés.

CONCLUSÃO
Ao fim do semestre, podemos ter tirado de grande proveito de todas as teorias de
valores e morais que vimos nas aulas, o que mais me chamou a atenção foi como diversos
pontos de vista podem coexistir em uma mesma sociedade, pode ser visto diversas
discordâncias dentro de uma mesma sociedade, conflito de ideias ou de atitudes que alguns
consideram boas e outros ruim. A teoria que mais me gerou interesse foi a do emotivismo,
sempre tive uma visão parecida com essa ideia e pude perceber como o que eu penso se
encaixa na teoria.
Algumas teorias foram bastante difíceis de diferenciar, o emotivismo e o subjetivismo,
por exemplo, como as duas são baseadas em emoções foi algo bem incrível de ver, como o
emotivismo trata as emoções como algo impulsivo que também mexe com nossas opiniões e
nos nossos valores. Como cada ponto de vista ou cada sociedade em que um indivíduo
crescer, o que lhe foi apresentado durante a sua vida, lhe formou diferente e suas opiniões
podem ser contrária a de outra pessoa, serem certas para esse indivíduo, mas também podem
ser erradas, para o outro em comparação.
A teoria dos mandamentos me trouxe a noção de como os ideais da igreja e do
cristianismo pôde criar uma sociedade totalmente a parte, que não possui um pensamento
próprio, mas age de acordo com o que o seu Deus aprova ou não, como se o livre arbítrio que
a própria religião diz fosse algo não real. Pois, você pode escolher o que vai fazer, mas se
fizer algo contrário à opinião de Deus você está errado.

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