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A IDEIA CENTRAL DO UTILITARISMO

A ideia central do utilitarismo é a de que devemos agir de modo a que da


nossa ação resulte a maior felicidade ou bem-estar possível para as pessoas
por ela afetadas. Uma ação boa é a que é mais útil, ou seja, a que produz mais
felicidade global ou, dadas as circunstâncias, menos infelicidade. Quando não
é possível produzir felicidade ou prazer devemos tentar reduzir a infelicidade.
A felicidade de que fala o utilitarismo não é simplesmente a felicidade
individual. Mas também não é a felicidade geral à custa da felicidade do
agente. A minha felicidade é tão importante como a dos outros envolvidos,
nem mais nem menos. A minha felicidade não conta mais do que a felicidade
dos outros.

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Se, de fato, entende-se por felicidade a felicidade pessoal do agente
(utilitarismo egoísta), a teoria utilitarista parece conduzir a consequências
bem pouco “morais”. Mas, se ao invés, como geralmente é aceita, por bem-
estar compreende-se o bem-estar geral, ou seja, de toda a população, o
utilitarismo aparenta ser bem sedutor. Em supostos casos em que o agente,
para otimizar o bem-estar coletivo, tenha que diminuir o seu próprio bem-
estar particular, parece que quase todos os casos de sacrifício altruístico
passam a ser alcançados por este tipo de moral. Mas, há muitas críticas ao
utilitarismo. Abordaremos algumas delas no final deste capítulo.

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Para o utilitarista, as ações são moralmente corretas ou incorretas
conforme as consequências: se promovem imparcialmente o bem-estar, são
boas. Só as consequências as tornam boas ou más. Assim sendo, não há, para
o utilitarista, deveres que devam ser respeitados em todas as circunstâncias.
Não há deveres morais absolutos.

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4. Nem sempre há consenso em uma sociedade plural, diversificada, sobre se uma ação
é certa ou errada, moral ou imoral. Um bom exemplo disso é o caso do aborto. Tirar a
vida de um feto com menos de 3 meses de idade, num caso em que a gravidez ocorreu
por descuido, é visto por algumas pessoas como uma ação imoral, mas ao mesmo
tempo outras pessoas pensam que se trata de uma ação moral. Mas, afinal, o aborto,
nesse caso, é moral ou imoral? Diante dessa questão, o que diria um utilitarista?

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A) Que o aborto é uma ação moral, porque a mulher é dona de seu próprio corpo e
pode fazer o que desejar com ele.
B) Que existe apenas uma resposta correta para a questão e é necessário apenas, para
descobrir essa resposta, calcular o quanto de prazer ou sofrimento cada uma das
possibilidades de ação irá provocar.
C) Que ambas as respostas estão corretas, dependendo da perspectiva da pessoa.
D) Que o aborto é uma ação imoral porque está tirando a vida de uma pessoa em
formação e tirar uma vida humana é incorreto.
E) Que a resposta depende da cultura. Em algumas sociedades isso pode ser correto,
mas em outras não.

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5. (ENEM) A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão de agradar a
Deus, muito menos de fidelidade a regras abstratas. A moralidade é a tentativa
de criar a maior quantidade de felicidade possível neste mundo. Ao decidir o
que fazer, deveríamos, portanto, perguntar qual curso de conduta promoveria
a maior quantidade de felicidade para todos aqueles que serão afetados.
(RACHELS, J. Os elementos da filosofia moral. Barueri-SP: Manole, 2006).
Os parâmetros da ação indicados no texto estão em conformidade com uma
A) fundamentação científica de viés positivista
B) convenção social de orientação normativa
C) transgressão comportamental religiosa
D) racionalidade de caráter pragmático
E) inclinação de natureza passional.

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TRÊS PERGUNTAS FUNDAMENTAIS
• O que são direitos humanos?
• Por que fundamentá-los?
• Em que se fundamentam?

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DIREITOS HUMANOS
São aqueles direitos comuns a todos os seres humanos sem distinção de raça,
etnia, nacionalidade, sexo, classe social, religião, ideologia, nível de
instrução, orientação sexual e julgamento moral.

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POR QUE SÃO FUNDAMENTAIS?
Porque sem eles a pessoa humana não é capaz de existir nem de se
desenvolver e participar plenamente da vida. Eles representam as
mínimas condições necessárias para que uma pessoa possa ter uma
vida digna.

EM QUE SE FUNDAMENTAM?
Na ideia de dignidade humana.

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A dignidade é um valor

. Incondicional

. Incomensurável

. Insubstituível
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O QUE É A DIGNIDADE HUMANA?

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Aquilo que caracteriza
a humanidade do
homem

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 A dignidade é um valor inerente ao ser humano que nos faz considerá-lo
como algo diferente de uma coisa, de um objeto.
 Dignidade: considerar o outro como um fim e não como um meio.
 O respeito e a manutenção da dignidade humana constituem o cerne dos
direitos humanos.

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O respeito à dignidade
humana deve existir
sempre, em qualquer
lugar e de maneira
igual para todos.

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