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Citações
4. Consequencialismo: utilitarismo
John Stuart Mill, Utilitarismo (1861):
“A doutrina que aceita como fundamento de moral a utilidade, ou princípio da maior
felicidade, defende que as ações são corretas na medida em que tendem a promover a
felicidade, e incorretas na medida em que tendem a gerar o contrário da felicidade. Por
felicidade entendemos o prazer, e a ausência de dor; por infelicidade, a dor, e a privação
de prazer.”.
“Esse padrão [utilitarista] não é a maior felicidade do próprio agente, mas maior
porção de felicidade no todo. […] Pode ser, na sua máxima extensão, garantida a toda a
humanidade; e, não apenas à humanidade, mas na medida em que a natureza das coisas
o permitir, a todas as criaturas sencientes.”
“O motivo [intenção] nada tem a ver com a moralidade da ação, embora tenha muito
a ver com o valor do agente. Quem salva um semelhante de se afogar faz o que está
moralmente correto, quer o seu motivo seja o dever, ou a esperança de ser pago pelo seu
incómodo; quem trai a confiança de um amigo, é culpado de crime, ainda que o seu
objetivo seja servir outro amigo para com o qual tem deveres ainda maiores.”
“Seria absurdo que a avaliação dos prazeres [felicidade}] dependesse apenas da
quantidade, dado que ao avaliar todas as outras coisas consideramos a qualidade a par
da quantidade (…) É um facto inquestionável que aqueles que estão igualmente
familiarizados com [dois prazeres], e são igualmente capazes de os apreciar e gozar, dão
uma acentuada preferência ao modo de vida no qual se faz uso das faculdades
superiores. Poucas criaturas humanas consentiram em ser transformadas em qualquer
um dos animais inferiores, a troco da máxima quantidade dos prazeres de um animal.”
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6. Deontologismo: Ética de Kant
Immanuel Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785):
“A natureza racional existe como um fim em si. É assim que o homem se representa
necessariamente a sua própria existência. (…) Mas é também assim que qualquer outro
ser racional se representa a sua existência. (….) O imperativo prático será pois o
seguinte: Age de tal maneira que uses a tua humanidade, tanto na tua pessoa como na
pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente
como meio.”
“O imperativo categórico (…) é este: Age apenas segundo uma máxima tal que
possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal. (…) Temos que poder
querer que uma máxima da nossa ação se transforme em lei universal: é este o cânone
pelo qual a julgamos moralmente em geral. Algumas ações são de tal ordem que a sua
máxima nem sequer se pode pensar sem contradição como lei universal da natureza,
muito menos ainda se pode querer que devem ser tal. Em outras não se encontra, na
verdade, essa impossibilidade interna, mas é contudo impossível querer que a sua
máxima se erga à universalidade de uma lei da natureza, pois que uma tal vontade se
contradiria a si mesma.”
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da admiração. Presumo que a nossa emoção de admiração é geralmente digna de
confiança, mas não presumo que confiemos sempre nela. Quando o fazemos,
consideramos que o objeto de admiração é admirável. Uma pessoa que é admirável em
algum aspeto é imitável a esse respeito.”