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A TEORIA DA JUSTIÇA DE RAWLS- O UTILITARISMO E AS

CRÍTICAS DE RAWLS AO UTILITARISMO

1º slide: O utilitarismo
• O utilitarismo constitui um exemplo de uma ética teleológica e
consequencialista, visto que considera que o fim para o qual tendem
as ações humanas determina a retidão moral das mesmas, também
avalia a moralidade das ações não através das intenções do agente
mas das consequências das ações e da utilidade que elas revelam.
• Deve entender-se a utilidade enquanto a possibilidade de se alcançar
o bem-estar ou a felicidade. Assim, o bem ou fim ultimo, e a única
coisa com valor intrínseco consiste na felicidade
• O filósofo utilitarista Stuart Mill defende que o máximo bem a
promover numa sociedade deverá ser a felicidade de todos e de cada
um.
3º Slide: Hedonismo Qualitativo
• Mill afasta-se da perspetiva de Bentham ao estabelecer uma distinção
fundamental ao nível da qualidade dos prazeres. Para além da
intensidade e da duração, existe uma distinção dos prazeres em
função da sua natureza intrínseca, por um lado, há os prazeres
inferiores, por outro lado há os prazeres superiores. Trata-se de um
hedonismo qualitativo.
• Os prazeres inferiores estão ligados ao corpo, provenientes das
sensações. Não permitem a realização plena da natureza humana.
• Os prazeres superiores estão ligados ao espírito, relativos às
faculdades intelectuais, à imaginação e aos sentimentos morais.
Permitem a realização plena do ser humano.
5º Slide: Principio da utilidade ou principio maior felicidade
• De acordo com o principio da utilidade, ou o principio da maior
felicidade, a ação correta é aquela que maximiza felicidade ou o
bem-estar geral, exigindo-se ao agente uma estrita imparcialidade na
escolha entre a sua felicidade e a felicidade dos outros e uma estrita
igualdade na consideração dos interesses. O ato moralmente correto
será sempre, portanto, aquele que, efetuada uma avaliação imparcial
da situação e tendo em conta as alternativas, permite maximizar o
prazer ou a felicidade geral, isto é, conduz ao maior bem-estar
total( a felicidade agregada).
7ºSlide: Princípios secundários
• Mesmo que adotemos a ética utilitarista, isso não significa que
tenhamos de efetuar todas as nossas escolhas com base no principio
da maior felicidade, sem o apoio de qualquer outro principio
• O principio da maior felicidade é um padrão que indica o que torna
as ações moralmente corretas ou incorretas, e não podemos confundir
com um guia específico na tomada de decisões
• Mill defende que nos devemos guiar, sobretudo, pelas regras da
moralidade comum(por exemplo, não roubar ou não torturar).
• Trata-se de princípios secundários, de fácil aplicação, que
normalmente levam a boas consequências, promovendo o bem estar
geral, e que resultaram, em grande medida, da influência do padrão
utilitarista ou do principio da maior felicidade.
9º Slide: Motivação Moral
• Mill defende um hedonismo muito particular, próximo do altruísmo,
tendo de enfrentar as seguintes questões.
- O que é que nos pode motivar a agir de acordo com a ética
utilitarista?
- O que poderá constituir a força da moralidade utilitarista?
• No que se refere à primeira questão, Mill sugere que é possível
reformar a educação no sentido de motivar as pessoas a promoverem
a felicidade geral. As sanções da moralidade podem ser
externas(como a esperança de receber benefícios, o receio da
reprovação alheia) ou internas( como o sentimento do dever, que
constitui a essência da consciência moral).
• Para responder à segunda questão, Mill considera que existe um
poderoso sentimento natural que nos leva à cooperação mútua- que é
ter em conta cada vez mais os interesses dos outros o que nos leva a
descobrir que a nossa vida é também cada vez melhor para nós
próprios .

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