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FELICIDADE IMPLICADA DO UTILITARISMO NA VIDA SOCIAL

Beatriz da Silva (FMP)


beatriz.dasilva@fmp.br

RESUMO:

O artigo tem como objetivo apresentar uma das ideias do Utilitarismo sendo uma
teoria teleológica e consequencialista. Defendendo que o fim de nossas ações é a felicidade
e que o correto é definido em função das melhores consequências.
Afinal, em que consiste a felicidade? Tendo em vista a explicação que é fornecida
para o fato de que certas ações são corretas não parece ser a que normalmente aceitaríamos,
simplesmente identifica o maior bem atingível para nós, a felicidade, e sustenta que o que
devemos fazer está subordinado a este fim último.

PALAVRAS-CHAVE: Bem-estar, Moral, Utilitarismo.

INTRODUÇÃO

Utilitarismo é que ele leva a sério o bem-estar. Estando preocupado com a


felicidade, o utilitarismo é um sistema ético, por assim dizer, com os pés no chão. Também
não cria um fetiche da norma, isto é, que temos que seguir uma regra moral simplesmente
porque é uma regra.
Utilitarismo é aquele que não reconhece os direitos humanos.
Primeiro como vimos os utilitaristas simplesmente reconhecem os direitos morais e, assim,
os direitos humanos em geral. Segundo quem critica o utilitarismo por não reconhecer os
direitos humanos leva em consideração apenas uma primeira geração de direitos
proclamados basicamente pela Revolução Francesa e pela Declaração Americana da
Independência, os chamados direitos de liberdade, que normalmente são considerados
propriedades dos indivíduos.
Pode-se, seguramente, usar argumentos utilitaristas para mostrar a necessidade de
satisfação das necessidades básicas garantidas pelos direitos sociais e econômicos. Por
conseguinte, o utilitarismo não é incompatível com os direitos humanos.

DESENVOLVIMENTO

Ação moral que beneficia a maior quantidade de gente, pelo maior tempo
possível, caso precise prejudicar alguém que seja o menos possível, tendo o tal calculo
utilitário. Para John Stuart Mill o utilitarismo de Bentham é muito fria e calculista, Mill
defende as ideias dos direitos humanos e o direito voto feminino, retomando a filosofia
clássica.
Após a adoção do termo consequencialismo, como uma categoria, o termo
“utilitarismo” passou a designar apenas a teoria mais próxima daquela defendida por
Bentham e Mill, a maximização da promoção da felicidade. O Consequencialistas é modelo
ético baseado nas consequências das ações e não no modo de agir, sendo o que importa o
resultado da ação moral.
“Por princípio de utilidade entende-se aquele princípio que
aprova ou desaprova qualquer ação, segundo a tendência que tem a
aumentar ou a diminuir a felicidade da pessoa cujo interesse está em
jogo, ou, o que é a mesma coisa em outros termos, segundo a
tendência a promover ou a comprometer a referida felicidade. Digo
qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale não somente
para qualquer ação de um indivíduo particular, mas também de
qualquer ato ou medida de governo”. (BENTHAM, 1974, p.10)

Moral consequencialista e não deontológica, ou seja, visa à finalidade e não o


modo de agir, já o Deontologia é a ética do dever, não importando o fim que a ação moral
tome. O Ideal Utilitarismo vem das seguintes ideias a Teologia, sendo fins dos objetivos e
não deveres. Hedonismo, teoria filosófica dos prazeres uma visão das buscas dos prazeres e
afastamento da dor. Sentimentos Socias, não ser uma busca do prazer individual e sim do
geral.
Conseguencialismo, não se importa com a intenção do agir, mas com a
consequência do ato. Por fim a Imparcialidade, algo muito importante para as pessoas,
utilizando os dilemas morais como o trem desgovernado.
Segundo o Utilitarismo, as ações são julgadas certas ou erradas em virtudes de
suas consequências e ao avaliar as consequências a única de importante realmente e a
quantidade de felicidade ou infelicidade gerada pelo nosso ato, essa felicidade sempre
sendo compreendida de forma imparcial. Para John mil prazeres eram qualitativos e
Bentham os prazeres eram quantitativos.
Mill valorizava as virtudes, para ele elas têm um valor Intrínseco “Uma pessoa
sem virtudes é moralmente fraca e não é capaz de promover o bem”. O utilitarismo não
reconhece os direitos humanos, por assim fazendo ser uma desvantagem para eles, mesmo
não sendo considerado um grande problema para eles.
O utilitarismo carrega o peso histórico de ser um sistema muito dogmático em
defesa do egoísmo, dos interesses econômicos, de ser base teórica-moral da economia
capitalista, o que faz esquecer o lado da doutrina moral e altruísta.
A cosmovisão dos utilitaristas diz que se deve tomar como ponto de partida,
como quase todos os teóricos em geral, de uma definição de justiça, de bem, do que é bom,
do que é útil, fazendo decorrer desta definição a determinação da coisa certa a ser feita,
observando uma só orientação, qual seja, perguntar-se o que maximizará o bem-estar ou a
felicidade da sociedade como um todo.
É inegável que o ser humano age conforme a um conjunto de interesses e
necessidades, busca a satisfação de suas necessidades, dando maior valor ao que considera
ser momentaneamente um bem, um benefício, uma utilidade.
Assim, o utilitarismo alicerça-se sob o pilar de que existe um único princípio
moral, ou seja, buscar a maior felicidade para o maior número de pessoas; por sua vez a
felicidade é o resultado do gozo do prazer e da ausência de dor (ABBAGNANO, 2007). As
regras morais são instrumentais ao bem maior.
Neste sentido, é interessante notar também que os utilitaristas são, geralmente,
sob o ponto de vista meta-ética, realistas morais: sustenta uma desvantagem do utilitarismo
é que a explicação que ele fornece para o fato (p 47, 2002).

CONCLUSÃO

Sendo o utilitarismo uma teórica ética de princípios, estes desempenham uma


função determinante nas ações humanas e é importante que sejam facilmente aplicáveis.
Primeiro, que para decidir o que fazer basta somar as consequencias positivas das diferentes
opções de ação e decidir qual delas vai proporcionar o melhor resultado, segundo certos
dilemas morais que parecem sem solução, encontram no utilitarismo um modo de
resolução.
Basta somar as consequências de ambos os lados do dilema moral e ver qual deles
produz os melhores resultados. Como podemos ver, o utilitarismo é um sistema de fácil
aplicação e isto é importante sob o ponto de vista prática. Neste sentido, é interessante
notas também que os utilitaristas são, geralmente, sob o ponto de vista meta-ética, realistas
morais: sustentando que há um bem último e que há obrigações morais que são
estabelecidas e, função da felicidade.
REFERÊNCIAS

BORGES, M., DALL’AGNOL, D. e DUTRA, D. Ética. Rio de Janeiro: DP&A Editora,


2002. (Coleção: O que você precisa saber sobre...)
PORFíRIO, Francisco. "Utilitarismo"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/utilitarismo.htm. Acesso em 11 de junho de 2020.
PELUSO, Luis Alberto. Ética e Utilitarismo. Campinas: Alinea, 1998.
BUNDE, Mateus. Utilitarismo. Todo Estudo. Disponível em:
https://www.todoestudo.com.br/historia/utilitarismo. Acesso em: 12 de July de 2020.

MORRISON, Wayne. Filosofia do Direito – dos gregos ao pós-modernismo. São Paulo:


Martins Fontes, 2006.

PELUSO, Luis Alberto. Ética e Utilitarismo. Campinas: Aline, 1998

SILVA CALADO DE GODOI, JIVAGO. O UTILITARISMODE JEREMYBENTHAM E


STUARTMILL: ARTICULAÇÕES, PROBLEMASE DESDOBRAMENTOS. O
UTILITARISMO CONTEMPORÂNEO E SEUS DESAFIOS, [S. l.], p. 17 a 28, 12 abr.
2017

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