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RESUMO DE FILOSOFIA

Aristóteles: Ética das Virtudes

Primeiramente, ele acreditava que pensar sobre


ética era importante porque ele acreditava em
dois valores na humanidade: nós somos livres e
racionais, ou seja, nós temos liberdade de fazer
uma escolha e temos capacidade de pensar
sobre qual escolha é melhor se fazer. Para
Aristóteles, a ética é pensar qual escolha
devemos fazer para ter uma vida boa, porque ele
não acredita verdadeiramente em uma ideia de Bem, para conseguir esse objetivo é
necessário a Prudência (nome grego para sabedoria).
Falando agora sobre justiça, para Aristóteles a decisão justa é escolher uma
atitude que vai beneficiar aqueles que têm qualidades que são mais importantes.
Um exemplo dado por ele mesmo é: Imaginemos que estamos distribuindo flautas.
Quem deve ficar com as melhores? A resposta de Aristóteles: os melhores
flautistas. A distribuição tem que ser assim porque todo objeto tem um télos, que é a
“vontade” de atingir a perfeição, então como as flautas foram criadas para serem
tocadas bem, elas devem ser entregues aos melhores flautistas.
Esquecendo um pouco a ideia do comunismo das flautas e pensando mais
em ética, o humano também tem um télos que é a busca pela felicidade, sendo que
para atingir a felicidade é necessário usar da virtude, que para ele significa o
meio-termo dos vícios. Desenvolvendo melhor, olhando para a coragem deve-se
imaginar que temos que medir qual é a quantidade entre medo que devemos
escutar e o medo que devemos enfrentar.
Há também uma medida relativa de “meio-termos”, a mediana de coragem
entre alguém que está sendo assaltado e a de um policial tem que ser diferente,
porque se a vítima reagir é coragem em excesso, porém para o policial é necessário
reagir. Para descobrir essas medidas corretas é necessário o uso da razão.

Filosofia Helenística

Cinismo
OBS:Essa matéria não está no livro, então não tenho
certeza se vai cair mesmo.
O cinismo é uma corrente filosófica que surgiu na
Grécia Antiga, com um dos seus mais proeminentes
representantes sendo Diógenes de Sínope. Os
cínicos acreditavam na necessidade de viver em
harmonia com a natureza e em buscar a virtude
através da simplicidade e da rejeição dos prazeres
materiais. Eles se opunham ao convencionalismo social e aos valores da sociedade,
adotando um estilo de vida austero e despojado.
O nome deles vem da palavra kynismós que significa “como um cão”, então a
ideia é que deve-se viver sem estar atrelado a qualquer tipo de vínculo material.
Portanto para os cínicos é preciso viver como um cão, somente se importando com
suas necessidades e em harmonia com a natureza.
Esses filósofos valorizavam a independência e a liberdade individual, e
rejeitavam as convenções sociais e as expectativas impostas pela sociedade. Eles
buscavam a autossuficiência e a liberdade de qualquer tipo de apego ou desejo
excessivo. Essa busca pela virtude era acompanhada por uma postura de desprezo
pelos prazeres mundanos, considerando-os fúteis e ilusórios.
Os cínicos também se destacavam por sua franqueza e honestidade brutal,
muitas vezes expressando suas opiniões de maneira direta e sem rodeios. Também
é interessante lembrar que Diógenes de Sínope, o maior representante dos cínicos,
costumava viver em um barril, tipo o chaves, e manifestava seu desdém pelas
convenções sociais de maneira provocativa. Ele buscava chamar a atenção para as
incoerências e hipocrisias da sociedade.
Muitas vezes esse estilo de vida de Diógenes trouxe eventos no mínimo
interessantes como a vez em que ele disse para o Alexandre o Grande sair da
frente dele para tomar um banho de sol, entregou uma galinha depenada para
Platão, porque ele havia dito que o homem é um bípede sem penas, e ficava
vagando pela cidade com um lampião “procurando mentes livres”.

Epicurismo
O epicurismo é uma escola filosófica fundada
por Epicuro, um filósofo grego que viveu entre
341 a.C. e 270 a.C. O epicurismo tem como
objetivo principal alcançar a felicidade e a
tranquilidade mental, considerando esses
estados como os maiores bens da vida.
Segundo Epicuro, a felicidade está relacionada
com a ausência de dor e sofrimento, e a maneira
de alcançar essa felicidade é através da busca
pelo prazer moderado e pela ataraxia, que
significa a ausência de perturbações emocionais e mentais. No entanto, o prazer
epicurista não é entendido como busca desenfreada dos prazeres físicos, mas sim
como uma busca equilibrada e ponderada dos prazeres que proporcionam uma vida
feliz.
Epicuro defendia que a principal fonte de sofrimento humano estava na
ansiedade e no medo causados pela incerteza em relação ao futuro. Portanto, ele
enfatizava a importância de evitar preocupações desnecessárias e de viver no
presente, desfrutando dos prazeres simples da vida. Ele também valorizava a
amizade e a convivência em comunidade, acreditando que as relações
interpessoais saudáveis eram fundamentais para a felicidade.
No epicurismo, a busca pelo prazer é entendida como um caminho para
alcançar a sabedoria e a serenidade mental, e não como uma indulgência
irresponsável. Em resumo, o epicurismo é uma filosofia que busca a felicidade e a
tranquilidade mental através da busca ponderada e equilibrada do prazer, evitando
preocupações desnecessárias e valorizando a amizade e a convivência em
comunidade tipo um comercial de margarina.

Estoicismo
O estoicismo é uma escola filosófica que teve
origem na Grécia Antiga e foi posteriormente
desenvolvida pelos romanos, tendo como
principais expoentes Zenão de Cítio, Sêneca,
Epicteto e Marco Aurélio (sim, o imperador).
O estoicismo busca a sabedoria e a
serenidade interior através do cultivo da
virtude e do domínio das emoções.
Os estóicos acreditavam que o universo é
governado por uma ordem racional e que os seres humanos devem viver em
conformidade com essa ordem. Para eles, a chave para a felicidade está em aceitar
os eventos da vida com serenidade e em focar no que está sob o nosso controle,
que são nossos pensamentos e ações.
Os estóicos valorizavam o autocontrole e a virtude, acreditando que a
felicidade reside na sabedoria de reconhecer a diferença entre o que está em nosso
poder e o que não está. Eles defendiam que as emoções negativas, como a raiva e
o medo, são resultado de julgamentos incorretos e irracionais, e que devemos
aprender a dominar essas emoções através do uso da razão.
Além disso, os estóicos enfatizavam a importância da aceitação e da
resignação diante dos eventos da vida, mesmo aqueles que são considerados
adversos. Eles acreditavam que todas as coisas ocorrem de acordo com a vontade
da natureza, e que devemos aprender a aceitar essas circunstâncias com equidade.
Em suma, o estoicismo é uma corrente filosófica que busca a sabedoria e a
serenidade interior através do cultivo da virtude, do autocontrole emocional e da
aceitação dos eventos da vida.

Ceticismo
OBS: Esse o Matheus não explicou, mas tem
no livro e na matéria de prova (só achei
importante anotar)
O ceticismo é uma corrente filosófica que surgiu
na Grécia Antiga, tendo como principal
representante Pirro de Élis. Os céticos
defendem a suspensão do juízo e a busca por
um estado de tranquilidade mental através do
questionamento e da dúvida sistemática.
Os céticos acreditam que não podemos ter certeza sobre a verdade ou
falsidade de nossas crenças e opiniões, pois elas são baseadas em percepções
subjetivas e limitadas. Eles argumentam que a realidade é complexa e
multifacetada, e que nossas percepções e interpretações estão sujeitas a erros e
ilusões.
Dessa forma, os céticos questionam a possibilidade de alcançar um
conhecimento absoluto e objetivo sobre o mundo. Em vez disso, eles buscam um
estado de tranquilidade mental através da suspensão do juízo, evitando afirmar
qualquer coisa com absoluta certeza.
O ceticismo também se estende à moralidade e às normas sociais. Os
céticos questionam as noções de certo e errado, argumentando que esses
conceitos são relativos e dependentes de contextos individuais e culturais.
No entanto, é importante destacar que o ceticismo não significa uma
completa negação de todas as crenças ou a impossibilidade de ação. Os céticos
reconhecem que, embora não possamos ter certeza absoluta, ainda precisamos agir
e tomar decisões práticas em nossa vida cotidiana. No entanto, eles recomendam
que essas ações sejam baseadas em probabilidades e em critérios pragmáticos.

Filosofia Medieval

Agostinho de Hipona
Discutindo sobre as ideias principais de Agostinho é
perceptível que ele desenvolveu uma filosofia
profundamente influenciada pelo platonismo e pelo
neoplatonismo. Ele acreditava na existência de um Deus
supremo e na distinção entre o mundo material, que é
mutável e transitório, e o mundo das ideias e das
verdades eternas. Para Agostinho, a verdadeira
sabedoria e a salvação encontram-se em Deus, e a
busca por Deus é a busca pelo conhecimento e pela
felicidade.
Uma das contribuições mais significativas de Agostinho
foi sua filosofia da mente e da alma. Ele argumentou que
a mente humana é capaz de conhecer a verdade através da iluminação divina, ou
seja, a verdade é revelada por Deus à alma humana. Agostinho também abordou o
problema do mal, argumentando que o mal é resultado do afastamento da alma de
Deus e que a redenção e a salvação são possíveis através da graça divina.
Além disso, ele teve uma grande influência na teoria ética, enfatizando a
importância da virtude e da busca pela sabedoria como meios de alcançar a
felicidade. Ele argumentou que a verdadeira felicidade não pode ser encontrada nas
coisas materiais ou nos prazeres mundanos, mas apenas na união com Deus e na
vida de acordo com os princípios cristãos.
Agora observando o problema do mal para Agostinho, que é uma questão
filosófica que questiona como conciliar a existência de um Deus bom e onipotente
com a existência do mal no mundo. Agostinho enfrentou esse problema,
argumentando que o mal é resultado do afastamento da alma humana de Deus, e
que a redenção e a salvação são possíveis através da graça divina. Para ele, o mal
é uma ausência de bem, uma privação da perfeição divina.
Além disso, Agostinho desenvolveu a ideia das cidades de Deus e dos
homens. A cidade de Deus representa a comunidade dos fiéis, aqueles que buscam
a verdade, a sabedoria e a união com Deus. Já a cidade dos homens é a sociedade
terrena, marcada por imperfeições e pecados. Agostinho argumentou que essas
duas cidades coexistem na história humana, mas que a cidade de Deus é superior e
representa o verdadeiro caminho para a felicidade eterna.

Tomás de Aquino
Tomás de Aquino baseou sua filosofia na ideia de que a
verdade pode ser alcançada tanto pela razão natural
quanto pela revelação divina. Ele argumentou que a razão
humana é capaz de conhecer a verdade sobre o mundo
natural, incluindo a existência de Deus, através da
observação e da reflexão.
Em sua obra mais famosa, a "Summa Theologiae", Tomás
de Aquino apresenta uma estrutura sistemática para o
estudo da teologia e da filosofia. Ele elabora cinco vias, ou
argumentos, para provar a existência de Deus,
baseando-se em evidências empíricas e em princípios
lógicos.
Tomás de Aquino também desenvolveu uma teoria ética
conhecida como ética tomista. Segundo ele, a busca pela
felicidade e pelo bem supremo é intrínseca à natureza humana, e essa busca é
realizada através da prática da virtude. Ele identificou quatro virtudes cardeais:
prudência, justiça, fortaleza e temperança. Essas virtudes são fundamentais para o
desenvolvimento moral e para a busca da vida em conformidade com a vontade
divina.
Além disso, Tomás de Aquino abordou diversos temas filosóficos e
teológicos, como a relação entre fé e razão, a natureza da alma, a teoria do
conhecimento, a metafísica e a filosofia política. Ele buscou harmonizar os
ensinamentos da filosofia clássica, especialmente de Aristóteles, com os princípios
da fé cristã.
Para Tom também existe diferenças entre leis que devemos seguir:
A lei eterna, para Aquino, é a lei divina e imutável que governa o universo.
Ela é a ordem racional estabelecida por Deus para o funcionamento do mundo. A lei
eterna é a fonte de todas as leis e normas, e é através dela que as leis humanas e
as leis naturais derivam sua autoridade.
A lei divina, por sua vez, é a revelação divina através das Escrituras e do
ensinamento da Igreja. Ela fornece orientações específicas para a conduta moral e
a salvação espiritual. A lei divina complementa e aperfeiçoa a lei natural.
A lei natural, por sua vez, é a participação humana na lei eterna de Deus. É a
lei moral inscrita na natureza humana, acessível à razão humana. A lei natural é
baseada na busca pelo bem e na preservação do bem comum, e está presente em
todos os seres humanos, independentemente de suas crenças religiosas.
Quanto às vias de acesso a Deus, Tomás de Aquino apresentou cinco vias,
ou argumentos, para provar a existência de Deus. Essas vias incluem o argumento
do movimento, o argumento da causalidade, o argumento da contingência, o
argumento dos graus de perfeição e o argumento do desígnio inteligente. Essas vias
são baseadas na razão e na observação do mundo natural, e buscam demonstrar a
existência de um Ser Supremo, criador e ordenador do universo.

Renascimento

Maquiavel
Niccolò Machiavelli, mais conhecido como Maquiavel ou
(Nikki para os mais íntimos), foi um filósofo e historiador
político italiano do século XVI. Sua obra mais famosa,
"O Príncipe", é considerada um marco na filosofia
política e trouxe contribuições significativas para a
compreensão da política e do poder.
Maquiavel adotou uma abordagem realista e
pragmática da política, afastando-se de concepções
idealizadas sobre governantes e Estados. Ele
acreditava que a principal preocupação de um
governante deveria ser a manutenção do poder e a
estabilidade do Estado. Nesse sentido, Maquiavel
desenvolveu o conceito de Ethos Político, que se refere
à postura e ao comportamento que um líder político deve adotar para garantir sua
sobrevivência e prosperidade no cenário político. Esse ethos político coloca a
manutenção do poder acima de considerações morais absolutas, defendendo que
um governante deve estar disposto a adotar medidas necessárias, mesmo que isso
envolva ações consideradas imorais.
Outro conceito importante em sua filosofia é o de Fortuna. Maquiavel usa o
termo para se referir às forças imprevisíveis e incontroláveis que podem afetar o
destino dos governantes e dos Estados. Ele reconhece que, independentemente do
planejamento e das habilidades de um líder, eventos imprevistos e contingências
podem ocorrer e influenciar o curso dos acontecimentos políticos. Portanto, um
governante deve estar preparado para lidar com as oscilações da fortuna, seja ela
favorável ou desfavorável. Isso requer flexibilidade, adaptabilidade e a capacidade
de aproveitar as oportunidades ou superar os desafios que a fortuna apresenta.
A virtú é outro conceito-chave na filosofia de Maquiavel. No entanto, sua
definição difere do significado moral tradicional. Para Maquiavel, a virtú não se
baseia apenas em princípios éticos, mas na capacidade do governante de agir com
coragem, habilidade e eficácia na busca do poder e da manutenção do Estado.
Envolve qualidades como astúcia, destreza política, audácia e a capacidade de
manipular as circunstâncias em benefício próprio. A virtú maquiaveliana é voltada
para o sucesso político, colocando o interesse do Estado e da manutenção do poder
acima de considerações morais absolutas.
Maquiavel também enfatiza a importância da soberania como base do poder
político. Ele defende que o governante deve ter autoridade e controle absoluto sobre
o Estado. A soberania implica na capacidade de tomar decisões independentes e
agir de acordo com os interesses do Estado, mesmo que isso signifique desafiar
convenções estabelecidas ou normas morais. A soberania é essencial para garantir
a estabilidade e a ordem interna de um Estado, bem como para enfrentar ameaças
externas.
No âmbito do poder, Maquiavel considera-o um elemento fundamental na
política. Ele reconhece que o poder é uma força central que permeia as relações
políticas e influencia a dinâmica do governo. Maquiavel argumenta que os
governantes devem estar dispostos a exercer o poder de forma eficaz e estratégica
para manter sua autoridade e influência. Ele reconhece que o poder pode ser
adquirido por meio de diferentes meios, incluindo força, diplomacia e manipulação.
O governante deve ser capaz de usar o poder de forma calculada e adaptável, de
acordo com as circunstâncias políticas e as necessidades do Estado.
Como ficou meio longo o resumo, aqui vem um resumo do resumo: A filosofia
política de Maquiavel é caracterizada por uma abordagem realista e pragmática, que
coloca a manutenção do poder e a estabilidade do Estado como prioridades. Seu
Ethos Político destaca a importância de medidas necessárias para preservar o
poder, mesmo que sejam consideradas imorais. Ele reconhece a influência
imprevisível da Fortuna nos assuntos políticos e defende a adaptabilidade diante
dessas contingências. A Virtú maquiaveliana destaca a importância das habilidades
políticas e estratégicas do governante. A Soberania é vista como fundamental para
a estabilidade e a ordem interna do Estado. E o Poder é considerado uma força
central que permeia as relações políticas e requer o exercício eficaz e estratégico
por parte do governante.

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