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Ora, meu amigo! O estóico preza a fidelidade a informação e conhecimento foca em tudo que
estiver ao seu alcance, ao seu controle. Menospreza variados sentimentos externos e
estremados.
O Pai desta doutrina é Zenão de Cítio há cerca de 300 a.C. que se fortaleceu ao chegar em
Roma. Sua espinha dorçal defendia que todo o cosmo, micro o macro, é governado pelas
racionais e inquebrantáveis leis da natureza.
O estoicismo instrui a manter uma mente calma e racional, independente do que aconteça,
para que assim não se esmoreça. Ensina que isso ajuda o ser humano a reconhecer e se
concentrar naquilo que pode controlar e a não se preocupar e aceitar o que não pode
controlar.
Destaques do estoicismo:
As atitudes têm mais valor que as palavras, ou seja, o que é feito tem mais importância do que
é dito;
Não se deve perguntar porque algo aconteceu na sua vida, e sim aceitar sem reclamar, focando
apenas no que pode ser modificado e controlado naquela situação;
Tudo ao nosso redor acontece de acordo com uma lei de causa e efeito;
A vida e as circunstâncias não são idealizadas. O indivíduo precisa conviver e aceitar a sua vida
da forma que ela é.
A partir desses princípios é possível entender que uma pessoa estoica é aquela que não se
deixa levar por crenças, paixões e sentimentos capazes de tirar a racionalidade de uma pessoa
na hora de agir, como desejos, dor, medo e prazer. Isso por essas circunstâncias serem
infundadas e irracionais.
A pessoa estoica busca agir racionalmente, mesmo com a existência desses sentimentos. Não
que o estoico seja um indivíduo sem sentimentos, mas ele não é prisioneiro deles.
A filosofia estoica tem o foco na vida prática, nas ações e acontecimentos do cotidiano e em
como o ser humano lida com esses acontecimentos racionalmente.
Segundo o pensamento estoico, há coisas que não estão sob o controle das pessoas e há coisas
que são possíveis de serem controladas. Neste caso, sobre o que não é possível controlar, como
o clima, por exemplo, não há nada que possa ser feito para alterar o seu estado.
Segundo a filosofia estoica, os acontecimentos que estão fora do seu controle não podem
proporcionar a felicidade. A felicidade depende unicamente dos acontecimentos dos quais se
pode controlar.
Ataraxia
Para os estoicos, o indivíduo apenas poderia conseguir essa felicidade através das suas próprias
virtudes, ou seja, dos seus conhecimentos.
Autossuficiência
A autossuficiência é um dos principais objetivos dos estoicos. Isso porque o estoicismo prega
que cada ser deve viver conforme a sua natureza, ou seja, deve agir de forma responsável com
o que acontece na sua própria vida.
Assim sendo, como ser racional que é, o ser humano deve se valer das suas próprias virtudes
em prol da conquista do seu maior propósito: a felicidade.
Os estoicos consideram que os sentimentos externos (paixão, luxúria, etc.) são nocivos ao ser
humano, pois fazem com que ele deixe de ser imparcial e se torne irracional.
Todos esses sentimentos são tidos como vícios e como causadores de males absolutos que
comprometem as tomadas de decisões e a organização dos pensamentos de forma lógica e
inteligente.
Na busca pela vida tranquila e feliz, a filosofia estoica defende que todos os fatores externos
que comprometem a perfeição moral e intelectual devem ser ignorados.
O epicurismo também foi uma escola filosófica da Grécia Antiga, fundada entre 341 a 270
antes de Cristo, por Epicuro. Esta doutrina filosófica acreditava que o indivíduo só alcança a paz
e a tranquilidade se encontrasse a ausência da dor.
Enquanto o estoicismo ensina que deve utilizar a razão, negar os prazeres terrenos e aceitar as
dores e problemas, lidando apenas com o que pode ser controlado, o epicurismo prega que os
indivíduosdevem procurar prazeres moderados para alcançar um estado de tranquilidade e de
libertação da dor.
No entanto, os prazeres não podem ser exagerados, pois, podem apresentar perturbações que
dificultam o encontro da serenidade, felicidade e saúde corporal.
Enquanto isso, o estoicismo, contrariando o epicurismo, prega que a busca da felicidade está
na eliminação dos prazeres e nas ações racionais diante de qualquer circunstância.
O epicurismo, por seu turno, é materialista. Não compreende que o universo possua uma
ordem racional natural, não há uma razão universal que governa todo o universo, do qual a
alma humana faça parte.
Enquanto isso, o estoicismo acredita que o universo é governado por uma ordem natural e
divina.
Zenão de Cítio
Zenão foi o filósofo fundador do estoicismo. Nascido na ilha de Chipre, foi o criador da escola
estoica.
Zenão de Cítio
Marco Aurélio
Marco Aurélio era um imperador romano poderoso, que seguiu o estoicismo durante os seus
19 anos de reinado. Ficou conhecido por sua paz e tranquilidade, mesmo em meio aos
problemas enfrentados pelo seu reino, encarando as circunstâncias racionalmente.
Ele compilou os seus pensamentos e conclusões sobre a vida no livro intitulado "Meditações".
Epiteto
A segunda maior referência do estoicismo é Epiteto, que nasceu como escravo e, ao longo da
vida, fundou a sua própria escola estoica, ensinando algumas pessoas muito influentes de
Roma, dentre os quais o próprio imperador Marco Aurélio.
Seus ensinamentos estão compilados no livro "Manual de Epiteto". Uma das frases do filósofo
que explica a doutrina estoica é:
Sêneca
Tutor e conselheiro do famoso imperador romano Nero, Sêneca também foi um grande político
e escritor. Como filósofo, foi um dos principais representantes do estoicismo no Império
Romano.
Fases do estoicismo
O estoicismo é dividido em três principais períodos: ético (antigo), eclético (médio) e religioso
(recente).
Fase 1
O chamado estoicismo antigo ou ético foi vivido pelo fundador da doutrina, Zenão de Cício
(333 a 262 a.C.), e foi concluído por Crisipo de Solunte (280 a 206 a.C.), que teria desenvolvido
a doutrina estoica e a transformado no modelo conhecido na atualidade.
Fase 2
A característica mais marcante deste período, no entanto, foi o ecletismo que a doutrina sofreu
a partir da absorção de pensamentos de Platão e Aristóteles. Posidônio de Apaméia (135 a.C. a
50 d.C.) foi o responsável por esta mistura.
Fase 3
Por fim, a terceira fase do estoicismo é conhecida como religiosa ou recente. Os membros
deste período enxergavam a doutrina filosófica não como parte de uma ciência, mas como uma
prática religiosa e sacerdotal. O imperador romano Marco Aurélio foi um dos principais
representantes do estoicismo religioso.
Bibliografia:
GRIMAL, Pierre. Marco Aurélio, o Imperador Filósofo. Rio de Janeiro: Zahar. 2018.