CONTEXTO HISTÓRICO • Do séc. III a.C. ao séc. VI d.C. • O helenismo caracterizou-se pela fusão das culturas grega e oriental, devido à expansão do Império Macedônico de Alexandre, o Grande, e depois pela conquista romana. • Filosofia como “arte do bem viver” e a concepção de homem como cidadão do mundo caracterizam o pensamento helenístico. • “O ideal da pólis é substituído pelo ideal “cosmopolita” (o mundo inteiro é uma pólis), e o homem-citadino é substituído pelo homem-indivíduo; “a contraposição grego-bárbaro em larga medida é superada pela concepção do homem em uma dimensão de igualitarismo universal.” (REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: filosofia pagã antiga. 3. ed. São Paulo: Paulus, 2007. p. 249. v. 1.) CONTEXTO HISTÓRICO
• “[...] que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem
se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito.” (EPICURO. Carta sobre a felicidade: a Meneceu. São Paulo: Editora Unesp, 2002. p. 21.” EPICURISMO • Hedonismo: o sumo bem encontra-se no prazer;
• a sabedoria prática é a que permite distinguir os
prazeres que podem ser fruídos sem provocar dor ou perturbação. EPICURISMO
• Alcançar o prazer supremo pela ausência
de dor do corpo (aponia) e pela ausência de perturbação da alma (ataraxia). EPICURISMO Classificação dos prazeres:
1. Naturais e necessários, ligados a
conservação da vida, devem ser sempre satisfeitos EPICURISMO
2. Naturais e não necessários,
devem ser limitados. EPICURISMO
3. Não naturais e não necessários,
devem ser absolutamente evitados EPICURISMO • Qual é o papel da filosofia? Libertar o homem das perturbações da alma e do corpo.
• “Então, o mais terrível de todos os males, a
morte, não significa nada para nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrário, quando a morte está presente, nós é que não estamos”. (EPICURO. Carta sobre a felicidade: a Meneceu, p. 28. Tradução e apresentação de Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. São Paulo, Unesp, 2002.) ESTOICISMO • Zenão de Cítio, Epicteto, Seneca e Marco Aurélio A virtude do ser humano estaria em viver de acordo com a natureza Viver em harmonia com as leis da natureza significa viver conforme a razão. • O ideal perseguido era um estado de plena serenidade para lidar com os sobressaltos da existência, fundado na aceitação e compreensão dos “princípios universais” que regem toda a vida. ESTOICISMO
• Autarquia: ter a capacidade de se
controlar, se dominar por completo; desprezar o mundo exterior e os prazeres para alcançar a paz completa e a felicidade. ESTOICISMO • Apatia: ausência completa de paixões; ficar imune as flutuações que elas nos causam. CETICISMO • Pirro de Élida e Sexto Empírico
• Tem origem na palavra grega
skepsis, que significa “investigação”, “procura”, “indagação”
• o homem não pode conhecer a
verdade, mas somente procurá-la. CETICISMO Epoqué/epoché: atitude de suspender o juízo, o que significa assumir uma posição sobre a aparência das coisas, e não sobre como as coisas realmente são.
Afasia: não julgar ou falar sobre a essência ou o ser das coisas.
(não se pronunciar)
Também cultivava a ataraxia e a apatia
ECLETISMO • “método filosófico que consiste em retirar dos diferentes sistemas de pensamento certos elementos ou teses para difundi-los num novo sistema” (JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia, 3ª edição, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 2001. p. 81.)
Cícero, rejeitando o epicurismo, adere ao pensamento
platônico, aristotélico e estoico CINISMO • Recusa de explicações teóricas e abstratas em favor de ações exemplares como caminho para a felicidade.
• Atitude cínica: afrontamento aos costumes
(convenções sociais), devido ao desprezo pelas riquezas, honras e convenções, consideradas apenas futilidades. Viver de forma simples e sem pudores. CINISMO Diógenes de Sinope
• Filósofo que colocou em prática sua teoria;
•Conta-se que andava com uma lanterna, à procura
de alguém honesto como uma crítica à corrupção
• Certa vez, Alexandre Magno, que o admirava,
disse-lhe para pedir o que quisesse. Ao que Diógenes respondeu: “Não me faças sombra. Devolva meu sol”.