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AULA 04 – PERÍODO

HELENÍSTICO
p.33

Prof. Artur Weidmann


CONTEXTO
HISTÓRICO
• Do séc. III a.C. ao séc. VI d.C.
• O helenismo caracterizou-se pela fusão das culturas grega e oriental, devido à expansão
do Império Macedônico de Alexandre, o Grande, e depois pela conquista romana.
• Filosofia como “arte do bem viver” e a concepção de homem como cidadão do mundo
caracterizam o pensamento helenístico.
• “O ideal da pólis é substituído pelo ideal “cosmopolita” (o mundo inteiro é uma pólis), e o
homem-citadino é substituído pelo homem-indivíduo; “a contraposição grego-bárbaro em
larga medida é superada pela concepção do homem em uma dimensão de igualitarismo
universal.” (REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: filosofia pagã
antiga. 3. ed. São Paulo: Paulus, 2007. p. 249. v. 1.)
CONTEXTO HISTÓRICO

• “[...] que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem


se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é
demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do
espírito.” (EPICURO. Carta sobre a felicidade: a Meneceu. São Paulo:
Editora Unesp, 2002. p. 21.”
EPICURISMO
• Hedonismo: o sumo bem encontra-se no prazer;

• a sabedoria prática é a que permite distinguir os


prazeres que podem ser fruídos sem provocar
dor ou perturbação.
EPICURISMO

• Alcançar o prazer supremo pela ausência


de dor do corpo (aponia) e pela ausência
de perturbação da alma (ataraxia).
EPICURISMO
Classificação dos prazeres:

1. Naturais e necessários, ligados a


conservação da vida, devem ser
sempre satisfeitos
EPICURISMO

2. Naturais e não necessários,


devem ser limitados.
EPICURISMO

3. Não naturais e não necessários,


devem ser absolutamente evitados
EPICURISMO
• Qual é o papel da filosofia? Libertar o homem
das perturbações da alma e do corpo.

• “Então, o mais terrível de todos os males, a


morte, não significa nada para nós,
justamente porque, quando estamos vivos, é
a morte que não está presente; ao contrário,
quando a morte está presente, nós é que não
estamos”. (EPICURO. Carta sobre a
felicidade: a Meneceu, p. 28. Tradução e
apresentação de Álvaro Lorencini e Enzo Del
Carratore. São Paulo, Unesp, 2002.)
ESTOICISMO
• Zenão de Cítio, Epicteto, Seneca e Marco
Aurélio
 A virtude do ser humano estaria em viver
de acordo com a natureza
 Viver em harmonia com as leis da
natureza significa viver conforme a razão.
• O ideal perseguido era um estado de
plena serenidade para lidar com os
sobressaltos da existência, fundado na
aceitação e compreensão dos “princípios
universais” que regem toda a vida.
ESTOICISMO

• Autarquia: ter a capacidade de se


controlar, se dominar por
completo; desprezar o mundo
exterior e os prazeres para
alcançar a paz completa e a
felicidade.
ESTOICISMO
• Apatia: ausência completa de paixões;
ficar imune as flutuações que elas nos
causam.
CETICISMO
• Pirro de Élida e Sexto Empírico

• Tem origem na palavra grega


skepsis, que significa “investigação”,
“procura”, “indagação”

• o homem não pode conhecer a


verdade, mas somente procurá-la.
CETICISMO
 Epoqué/epoché: atitude de suspender o juízo, o que significa
assumir uma posição sobre a aparência das coisas, e não sobre
como as coisas realmente são.

 Afasia: não julgar ou falar sobre a essência ou o ser das coisas.


(não se pronunciar)

 Também cultivava a ataraxia e a apatia


ECLETISMO
• “método filosófico que consiste em retirar dos diferentes
sistemas de pensamento certos elementos ou teses para
difundi-los num novo sistema” (JAPIASSÚ, Hilton;
MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia, 3ª
edição, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 2001. p. 81.)

 Cícero, rejeitando o epicurismo, adere ao pensamento


platônico, aristotélico e estoico
CINISMO
• Recusa de explicações teóricas e
abstratas em favor de ações exemplares
como caminho para a felicidade.

• Atitude cínica: afrontamento aos costumes


(convenções sociais), devido ao desprezo
pelas riquezas, honras e convenções,
consideradas apenas futilidades. Viver de
forma simples e sem pudores.
CINISMO
Diógenes de Sinope

• Filósofo que colocou em prática sua teoria;

•Conta-se que andava com uma lanterna, à procura


de alguém honesto como uma crítica à corrupção

• Certa vez, Alexandre Magno, que o admirava,


disse-lhe para pedir o que quisesse. Ao que
Diógenes respondeu: “Não me faças sombra.
Devolva meu sol”.

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