Você está na página 1de 4

O Utilitarismo

 Aluno: Kleybson Erivelton Ferreira de Lima.


 Curso: Direito (2023.1).
 Faculdade: Central do Recife (Facen).
 Disciplina: Ciências Sociais Aplicada ao Direito.
 Professor: Marcílio Jerônimo Junior.
Introdução:

Uma parte importante da moral resulta do problema de saber como devemos viver.
O utilitarista enfrenta este problema declarando que devemos perseguir a felicidade
não só a nossa própria felicidade, mas a felicidade de todos aqueles cujo bem-estar
poderá ser afetado pela nossa conduta.
Os interesses do agente não têm, na verdade, mais importância do que os interesses de
quaisquer outros indivíduos, sejam eles quem forem. Deste modo, o utilitarista advoga
uma estrita igualdade na consideração dos interesses. O padrão último da moralidade,
diz nos, é unicamente a promoção imparcial da felicidade. John Stuart Mill assim a ideia
central do utilitarismo:
O credo que aceita a utilidade ou o princípio da maior felicidade, como fundamento da
moralidade, defende que as ações estão certas na medida em que tendem a promover
a felicidade, erradas na medida em que tendem a produzir o reverso da felicidade.

Apresentação:

A segunda tradição que abordaremos aqui também é muito antiga. Mas sua importância
no pensamento social oscilou muito ao longo do tempo, e sua própria identidade
se transformou, assim como o nome com o qual tem sido conhecida. No começo,
nos séculos XV11I e XIX, era chamada de utilitarismo.
Apresentado desta maneira, o utilitarismo pode até parecer uma doutrina quase trivial
e demasiado genérica para ter algum valor prático. Como se tornará claro, nada disto
é verdade. Se fosse pouco mais do que um truísmo inofensivo, a perspectiva utilitarista
não teria enfrentado.

Utilitarismo

 Jeremy Bentham (1748-1832)


 John Stuart Mill (1806-1873)

Utilitarismo é uma teoria filosófica que busca entender os fundamentos da ética e


da moral a partir das consequências das ações. Para Jeremy Bentham, o utilitarismo
promove a ação moralmente correta, que seria aquela que proporcionasse a maior
quantidade de prazer e o maior número de pessoas. "Agir sempre de forma a produzir
a maior quantidade de bem-estar”, essa é a principal máxima utilitarista, segundo
Jeremy Bentham.
John Stuart Mill, por sua vez, aprimorou a teoria do amigo. Ele adicionou ao
utilitarismo a noção de qualidade. A partir de Mill, o utilitarismo passou a ser visto
como uma doutrina que visa ao maior benefício ao maior número de pessoas possível e,
quando necessário, o menor sofrimento possível. Para ele, a qualidade dos tipos de
prazer e dor deve ser levada também em consideração.
Então para o utilitarismo, como diferenciar o que é certo e o que é errado fazer?
Exemplo: Se você fosse um Médico com recursos limitados e precisasse escolher salvar
a vida de alguns pacientes e deixar outros morrerem, quem você escolheria? E mais
importante, quais os critérios você utilizaria para fazer essa escolha? Então uma das
teorias filosófica que responde a esse tipo de pergunta é chamada de utilitarismo.
O utilitarismo avalia o que devemos fazer usando o princípio de utilidade. De acordo
com Jonh Stuart Mill, um dos seus mais destacados defensores, esse principio significa
que as ações são certas na proporção em que tendem a promover a felicidade, já na
proporção errada produz o reverso da felicidade, ou seja a infelicidade. Na felicidade,
entende-se o prazer e a ausência de dor, na infelicidade, entende-se a privação do prazer.
Imagine você ganhar na loteria e você ficou rico, e aí você escolhe gastar R$ 500 mil
reais comprando um Carro de luxo, ou usar esse mesmo valor para garantir alimentos
durante 1 mês para aquelas pessoas que vivem na sua cidade em situação de Rua.
Para a sua tristeza talvez parece bem clara qual ação iria gerar mais felicidade,
se colocamos na balança toda a felicidade que o alimento irá proporcionar para milhares
de pessoas durante 1 mês e comparamos com a felicidade que um Carro de luxo irá
proporcionar para você durante alguns anos, ela passará para o lado da comida.
É esse tipo de raciocínio que o utilitarismo propõe a fazermos ao pensarmos sobre ações
corretas. Ele também é chamado de calculo de felicidade ou calculo hedonista.
O utilitarismo não tem nada a ver com o egoísmo, e o que devemos fazer, é o que gera
mais felicidade, não é o que gera felicidade para nós, mais para todas as pessoas que
podem ser afetadas por uma ação. Ao calcular a felicidade produzida pelas ações, a ação
não deve favorecer à nós ou as pessoas que gostamos, todas as pessoas tem o mesmo
peso, ou seja, ela não deve ser privilegiada nesse calculo. Dentro do utilitarismo, existe
dois tipos de utilitarismo, o de Ato e o de Regras. O utilitarismo de Ato, é uma teoria da
ética utilitarista que afirma que o ato de uma pessoa é moralmente correto, ou seja, ele
trata das melhores consequências de cada ato particular, na verdade ele pode ser por um
lado complicado, por exemplo: Há um Trem indo em direção a um grupo de 4
trabalhadores nos trilhos, você está sentado em um centro de controle longe dali, você
tem o poder de apertar o botão que pode mudar o rumo do Trem para outra trilha, só que
na outra trilha, existe apenas um trabalhador, se você apertar o botão, o Trem mudará de
rumo e matará aquele trabalhador, se você não fazer nada, ou seja, não apertar o botão,
aqueles 4 trabalhadores morrerão atropelado pelo o Trem. A pergunta é, você apertaria
o botão? para a teoria utilitarista, sim, apertaria o botão, está tudo bem, afinal,
a consequência da ação deve ser o bem-estar do maior número de pessoas sempre.
Não importa quem estava na cabine e apertou o botão para troca de trilho fosse um
canalha, e tivesse feito isso mais pelo o fato, de que odiava o trabalhador que estava
sozinho no trilho. Por que para essa visão, as intenções são irrelevantes, e que também
do outro lado havia 4 vidas, o que importa são as consequências, mas por outro lado,
isso demostra que se trata de uma teoria tanto exigente. Que culpa o trabalhador que
estava sozinho no trilho tem? será que ele tem uma família que estar esperando por ele?
você pode dar essa notícia a os familiares?... E quanto o homem na cabine, e se ele por
algum princípio moral e ético, ele preferisse não agir ou seja, não ser ativamente
o causador da morte do trabalhador, para o utilitarismo, as intenções são irrelevantes,
então você na cabine deveria apertar o botão e matar o inocente para salvar outros,
a final, inocentes iria morrer de qualquer forma, e você conseguiu com a sua ação,
o bem-estar do maior números de pessoas. Então, da mesma forma vale sacrificar uma
única pessoa, para pegar seus órgãos e salvar a vida de outras 3, que necessitam de
algum órgão para continuar vivendo? a final de conta, sacrifico 1, para salvar outras 3,
então a ideia é agir de forma que gere o bem-estar do maior números de pessoas.
Já o utilitarismo de Regras é uma forma de utilitarismo, que diz que uma ação é correta
na medida em que se conforma a uma regra que leva ao bem maior, ou que a correção
ou incorreção de uma ação específica é uma função da exatidão da regra uma instância.
Nela devemos descobrir que tipo de comportamento causa felicidade e transformar em
um conjunto de regras, ou seja, se determinadas praticas produz mais benefícios doque
prejuízos, por exemplo: a tortura, pode até no caso particular, parecer que pode trazer
benefícios para um grupo de pessoas, um torturado poderia revelar o plano de seus
comparsas criminosos, mas a tortura em sim como prática estabelecida, é um meio que
traz prejuízos para a sociedade como um todo, não é um meio correto de se obter
a verdade, as ações, são avaliadas através de regras, que por sua vez são avaliadas pelo
principio de maior felicidade. Para essa forma de utilitarismo, deve-se seguir regras que
aumenta a utilidade na maior parte do tempo para o maior números de pessoas.

Você também pode gostar