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A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL

UTILITARISMO E FELICIDADE. CONSEQUENCIALISMO, IMPARCIALIDADE E HEDONISMO.


TEMA V | ÉTICA OU FILOSOFIA MORAL
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL

JOHN STUART MILL (1806-1873)


Foi um reformador social e político e um
dos pensadores liberais mais influentes do
século XIX. É um dos mais destacados
filósofos consequencialistas,
nomeadamente de uma das suas formas
mais conhecidas, o utilitarismo.
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL
UTILITARISMO
O utilitarismo é uma teoria ética que começa a emergir
no século XVIII, mas cuja fundação e formulação clássica é
frequentemente atribuída a Jeremy Bentham (1748-1832).
O lugar de destaque desta teoria normativa deve-se,
porém, não a Bentham, mas sobretudo à obra Utilitarismo,
publicada em 1861 pelo seu discípulo e afilhado John Stuart
Mill com inestimáveis contributos de Harriet Taylor, a
filósofa que marcou a sua vida afetiva e intelectual.
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL

… bem último? A felicidade

Qual é o…
O Princípio da
… critério de
Utilidade ou da
moralidade?
Maior Felicidade
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL
CRITÉRIO DE MORALIDADE DO UTILITARISMO

CRITÉRIO DE MORALIDADE

PRINCÍPIO DA UTILIDADE OU DA MAIOR FELICIDADE

A ação moralmente certa é aquela que maximiza a


felicidade para o maior número.
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL

O credo que aceita a utilidade, ou o Princípio da Maior Felicidade,


como fundamento da moralidade, defende que as ações estão
certas na medida em que tendem a promover a felicidade, erradas
na medida em que tendem a produzir o reverso da felicidade. Por
felicidade, entende-se o prazer e a ausência de dor; por infelicidade,
a dor e a privação de prazer. (…) A ideia de que o prazer e a isenção
de dor são as únicas coisas desejáveis como fins, e de que todas as
coisas desejáveis (…) são desejáveis ou pelo prazer inerente em si
mesmas ou enquanto meios para a promoção do prazer e da
prevenção da dor.
John Stuart Mill
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL

A ética utilitarista é…

… uma ética consequencialista


…assente na imparcialidade
…uma ética hedonista
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL
ÉTICA CONSEQUENCIALISTA

O utilitarismo é considerado uma ética consequencialista


porque a correção ou incorreção da ação depende das
consequências, ou seja, dos resultados da ação. Neste
caso, a intenção do agente é irrelevante para avaliar o
valor moral de uma ação.
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL

Tenho de voltar a repetir o que os críticos do utilitarismo


raramente têm a justiça de reconhecer: que a felicidade que
constitui o padrão utilitarista daquilo que está certo na conduta
não é a felicidade do próprio agente, mas a de todos os envolvidos.
Quanto à escolha entre a sua própria felicidade e a felicidade dos
outros, o utilitarismo exige que ele seja tão estritamente imparcial
como um espetador benevolente e desinteressado.
John Stuart Mill
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL
ÉTICA IMPARCIAL

O utilitarismo é também uma ética que assenta na


imparcialidade, por diferentes razões: primeiro, porque o
estatuto moral de cada pessoa não é determinado pelo
género, etnia ou classe social a que pertence. Segundo,
porque a felicidade de cada pessoa é igualmente
importante.
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL
ÉTICA HEDONISTA

O utilitarismo defende uma perspetiva hedonista do valor


moral da ação humana: o valor da ação moral reside na
capacidade para causar maior prazer e menor dor.
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL
HEDONISMO QUANTITATIVO DE BENTHAM

A teoria utilitarista de Bentham baseava-se no hedonismo


quantitativo: defendia-se que, quanto maior a duração e
intensidade dos prazeres gerados por uma ação, mais
felicidade tendia a ser gerada por essa ação.
Um prazer é tanto melhor quanto maior for a sua
intensidade e a sua duração.
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL
HEDONISMO QUALITATIVO DE MILL

Stuart Mill defende uma versão mais sofisticada de


utilitarismo, que se baseia no hedonismo qualitativo: durante
a avaliação de uma ação, além da intensidade e duração dos
prazeres, devemos levar em conta a qualidade dos prazeres
gerados por ela.

Um prazer é tanto melhor se for um prazer superior, mesmo


que a sua duração e intensidade sejam menores.
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HEDONISMO QUALITATIVO DE MILL

Prazeres do intelecto,
HEDONISMO QUALITATIVO

Prazeres da imaginação, das


SUPERIORES emoções e dos
sentimentos morais.

Prazeres
Prazeres do corpo.
INFERIORES
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL

É melhor ser um ser humano insatisfeito do que um porco


satisfeito; é melhor ser Sócrates insatisfeito do que um tolo
satisfeito. E se o tolo ou o porco têm uma opinião diferente é
porque só conhecem o seu próprio lado da questão. A outra
parte da comparação conhece ambos os lados.
John Stuart Mill
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL
A ÉTICA UTILITARISTA DE JOHN STUART MILL
Uma existência tanto quanto possível livre de dor e, na medida
do possível, rica em prazer em termos de quantidade e
qualidade, eis a proposta de Stuart Mill. Mas…
⁃ Como se determina a superioridade de um prazer sobre o
outro?
⁃ Qual o critério subjacente à ordenação hierárquica dos
prazeres?
⁃ Entre dois ou mais prazeres possíveis, como saber qual deles
é o mais digno de ser perseguido?
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL
A ÉTICA UTILITARISTA DE JOHN STUART MILL

Segundo Stuart Mill, o critério passa pelo juízo ou veredito


dos «únicos juízes competentes», pessoas que, tendo
passado por um processo educacional assente no
desenvolvimento das capacidades cognitivas, emocionais
e morais, continuam a apostar no seu desenvolvimento
pessoal e, como tal, possuem as competências necessárias
para discernirem as propriedades e componentes dos
prazeres e decidirem pelos prazeres mais desejáveis.
A ÉTICA UTILITARISTA DE STUART MILL
UTILITARISMO E FELICIDADE. CONSEQUENCIALISMO, IMPARCIALIDADE E HEDONISMO.
TEMA V | ÉTICA OU FILOSOFIA MORAL

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