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10º LH5

Síntese- capítulo CXV da “Crónica de D. João


I”,Fernão Lopes

Fernão Lopes, no capítulo CXV da “Crónica de D.


João I”, afirma ter como objetivo descrever o cerco de
Lisboa pelos castelhanos, o modo como o Mestre de
Avis guardava a cidade e a coragem da população
lisboeta na sua defesa.
Segundo o autor, quando se soube da vinda das
tropas castelhanas, em muito maior número do que
as portuguesas e notavelmente organizadas, foram
tomadas medidas imediatas para a proteção da
cidade. As pessoas recolheram a Lisboa, fugiram ou
permaneceram nas cidades que seriam tomadas pelas
tropas inimigas. Iniciou-se a recolha e salga de
víveres para abastecer a cidade de mantimentos e
colocou-se material bélico, catapultas e vigias nas
torres, cada uma tendo armas suficientes para se
manter por si só. O Mestre de Avis, com uma
autoridade incontestada, distribuiu as funções de
ocupação e defesa das torres por equipas de soldados
lideradas por fidalgos ou cidadãos, e realizavam-se
rondas constantes. Apenas doze portas da cidade
permaneciam abertas, sendo constantemente
guardadas, e as chaves de algumas casas eram, à
noite, guardadas e recolhidas no Paço. Foi
combinado um sinal de alerta, o repicar do sino, ao
qual toda a população reagia, largando os seus
mesteres e acorrendo aos muros. Também os
membros do clero renunciavam ao seu dever de
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evitar a participação armada nos conflitos, acorrendo


às muralhas com os melhores instrumentos que
podiam para evitar a vitória dos castelhanos. Os
portugueses mostravam-se unidos e corajosos, e até
as raparigas trauteavam cantares que demonstravam
a sua firmeza. Fernão Lopes elogia a técnica e
organização do exército espanhol, colocando ainda
mais em relevo o facto de os portugueses os terem
derrotado.
Em conclusão, com esta crónica, Fernão Lopes ilustra
a forma como os castelhanos cercaram Lisboa e como
a população portuguesa se organizou de modo a
vencê-los.

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