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Valores e valoração

• A axiologia é a disciplina filosófica que se


ocupa do estudo dos valores ou também
chamada filosofia dos valores. Tem como
função analisar a natureza dos valores e,
defini-los a partir da sua relação com ser
humano.

• Metaethics: Crash Course


Philosophy #32 – YouTube
Valores
• Os valores são padrões ou referências em função
das quais julgamos objetos pessoas ou atos. Os
valores exprimem aquilo que julgamos que é
importante e significativo na nossa vida. É o caso
de valores como a amizade, o amor, a
honestidade, a solidariedade e também a
riqueza, o prestígio social e a realização
profissional.
• Os valores são as referências orientadas das
nossas vidas: é em função deles que decidimos o
que fazer, ou não fazer, assim como é em função
deles que julgamos, positiva ou negativamente,
as diferentes circunstâncias em que nos vamos
encontrando.
Relação entre valores e ações

• Os valores são os critérios das nossas preferências (são


os motivos fundamentais das nossas decisões). Ao
tomarmos decisões, agimos segundo valores que
constituem o fundamento, a razão de ser o porquê
(critério )de tais decisões.
• Os valores são ideias que influenciam as nossas decisões
e ações, as nossas escolhas e preferências. A razão que
justifica a decisão de agirmos de um modo e não de
outro damos o nome de motivo. Quando justificamos as
nossas ações e decisões – quando indicamos o porquê ou
a razão de ser -, estamos sempre a referir-nos a valores.
Queres…
…comentar?
Caraterísticas dos valores:
Polaridade dos valores
• Polaridade dos valores - a um
valor positivo corresponde
sempre um valor negativo.
Assim dizemos, por exemplo,
que a dignidade se opõe a
indignidade, a verdade a
falsidade, a beleza a fealdade.
Texto
• “Valoramos as mais diferentes coisas. O nosso valor recai sobre
todos os objetos possíveis: água, pão, vestuário, saúde, livros,
homens, opiniões, atos. Tudo isso é objeto das nossas
apreciações. E nelas encontramos já as duas direções possíveis
de todas as nossas valorações. Isto é: os nossos juízos de valor
ora são positivos, ora negativos; umas coisas parecem-nos
valiosas, outras desvaliosas.”
Johannes Hessen, Filosofia dos Valores, Arménio Amado, p. 40
A hierarquia dos valores
• A nossa vida apresenta-se repleta de objetos, só as e
situações que nos afetam de diversas formas. A este
propósito, é curioso considerar a maneira como
utilizamos a palavra valor em diversas situações e com
diferentes sentidos:
• o valor de bens de subsistência ou materiais: água, pão,
vestuário, livros);
• o valor sentimental que atribuímos a dado objeto (um
anel de noivado);
• o valor que, em termos de beleza, é perigosa uma pintura
ou uma paisagem;
• o valor das relações que mantemos com os outros
(amizade, fraternidade, respeito);
• O valor de uma vida humana.
A hierarquia dos valores

• Não damos o mesmo valor a todas


as coisas. Além de diversos, os
valores são hierarquizados, ou seja,
uns são considerados mais
importantes do que outros.
A tábua de valores Max Scheler

valores religiosos: Santo/profano; divino/demoníaco…

valores éticos ou Morais: bom/mau; justo/injusto; leal/desleal


valores estéticos: belo/feio; elegante/deselegante; harmonioso
desarmonioso…
valores lógicos: verdadeiro/falso; exato/aproximado; evidente/provável

valores vitais: forte/fraco; são/enfermo

Valores úteis: caro/barato; capaz/incapaz; conveniente/inconveniente


Valores

Valores

Éticos Estéticos Religiosos


Texto

“Valoramos as mais diferentes coisas. O nosso valor recai sobre todos os


objetos possíveis: água, pão, vestuário, saúde, livros, homens, opiniões,
atos. Tudo isso é objeto das nossas apreciações. E nelas encontramos já as
suas direções possíveis de todas as nossas valorações. Isto é: os nossos
«juízos» de valor ora são positivos, ora negativos; umas coisas parecem-nos
valiosas, outras desvaliosas”.
Johanes Hessen, Filosofia dos valores, Arménio Amado, p.40
Juízo

Um juízo é uma operação mental através da


qual atribuímos uma certa propriedade, P, a
um certo sujeito, S; (e este sujeito pode ser
qualquer coisa: uma pessoa, uma criatura, um
objeto, um lugar, uma situação ou
acontecimento, etc.)
Juízos de facto e juízos
de valor

• São abordagens distintas da realidade: uma


essencialmente descritiva, mais neutra e
imparcial, e a outra que nos aparece marcada
pelo interesse que prestamos às suas partes. O
facto de ocorrerem frequentemente disputas
acerca da beleza, da justiça, do sagrado, etc.,
sugere que os valores são distintos dos factos
indesmentíveis. Esta duplicidade conduz-nos a
uma distinção nem sempre clara e pacífica, a
distinção entre os juízos de facto e juízos de
valor.
Valores
- Juízos de facto - Juízos de valor
- Descritivos-descrevem a realidade - Julgam os factos ou os atos em função
concreta ou informam sobre estados e de valores ou preferências axiológicas;
acontecimentos, sem emissão de - Não são empiricamente verificáveis;
apreciação ou preferência valorativa; - Não recebem atualmente um consenso
- São verdadeiros ou falsos, conforme se tão basto como os enunciados
ajustam ou não à realidade; descritivos;
- Podem ser objeto de verificação
empírica;
- São objeto de total ou vasto consenso. - Subjetivos;
- São neutros; - Apreciativos;
- Impessoais; - São de índole diversa.
- Objetivos;
- Ausência de qualquer interpretação. • Ex: Beethoven é um compositor
• Ex: “Beethoven compôs nove sinfonias”. admirável.
EXERCÍCIOS Sobre Valores

A Experiência valorativa
Distinção Juízo de facto e
Juízo de valor
• Juízo de facto ou de valor?
• 1-O holocausto foi moralmente horrível.
• 2. O holocausto é considerado moralmente
horrível.
• 3. A justiça é mais importante do que a
Juízo de facto ou liberdade.
de valor? Seleciona • 4. A liberdade é mais importante do que a
justiça.
as proposições que • 5. Muitas pessoas valorizam a liberdade.
expressam juízo de • 6. É bom que muitas pessoas valorizem a
facto ou de valor. liberdade.
• 7. Há quem julgue que não é bom que
muitas pessoas valorizem a liberdade.
• 8. Guimarães é a capital de Portugal.
Juízos de facto e juízos de valor
Juízos Morais

Juízos morais- são juízos de valor que


dizem respeito àquilo que devemos/não
devemos fazer, ou seja, são juízos que
envolvem as noções de certo e errado,
justo e injusto, louvável e censurável, etc.
A questão dos critérios valorativos
O que são critérios valorativos? Os critérios valorativos são as justificações em
que nos apoiamos para determinar que as coisas – ações, pessoas, locais, objetos
– têm valor ou importância. Assim, valorizamos uma ação honesta porque damos
importância a honestidade, porque a consideramos um elemento importante que
deve estar presente nas relações humanas.

Em que consiste a questão dos critérios valorativos? O juízo de valor é um ato


mediante o qual formulamos uma proposição que avalia certos aspetos da
realidade, não se limitando a descrever como as coisas são.
Pergunta 1: Os juízos morais têm valor de verdade?
Sim Não

Os juízos Morais têm Os juízos Morais são


valor de verdade, mas meras expressões
podem não ser
verdadeiros ou falsos
de emoções
da perspetiva de (emotivismo).Ex: A
qualquer sujeito. pena de morte.
Pergunta 2: o valor de verdade dos juízos Morais é independente da
perspetiva de quaisquer sujeitos?

Não Sim
• O valor de verdade dos juízos morais • Não há grande diferença entre os
depende da perspetiva do sujeito que juízos morais e os juízos de facto. Os
faz o juízo. Há factos morais, mas são valores são propriedades objetivas que
subjetivos (subjetivismo). os juízos morais se limitam a conhecer
• Os valores são convenções sociais e os independentemente do que diferentes
juízos morais são verdadeiros se sujeitos poderão pensar (objetivismo).
estiverem de acordo com essas
convenções. Há factos morais, relativos
às sociedades e diferentes consoante
as diferentes culturas
• (relativismo cultural)
Três teorias ou O subjetivismo moral (tese,
três tentativas argumentos, objeções)
de resposta
ao problema O objetivismo moral (tese,
da natureza argumentos, objeções)
dos juízos de
valor Relativismo cultural (tese,
argumentos, objeções)
Três teorias ou três tentativas de resposta ao problema da natureza dos juízos
de valor

Objetivismo
SIM
Os juízos SIM
Independente de quaisquer
perspetivas? Subjetivismo
morais NÃO

têm Relativismo
cultural
Emotivismo
valor de Não

verdade?
TESES SOBRE
A NATUREZA
DOS VALORES
A teoria subjetivista
• A distinção exposta entre juízos de facto e juízos de valor compromete-
nos com uma das teorias acerca do problema da natureza dos valores: a
teoria subjetivista.
• Esta teoria diz-nos que os valores são subjetivos, isto é, que são
somente preferências, apreciações, perspetivas pessoais ou sociais, não
sendo, portanto, propriedades do mundo e do que nele acontece. A
beleza de um objeto ou a bondade de um ato não são características ou
qualidades desse objeto ou desse ato, mas unicamente apreciações de
um sujeito, que assim- como belos ou bons - os avalia.
• De acordo com esta teoria, nada é valioso em si, e os juízos de valor são
somente enunciados apreciativos da realidade, perspetivas pessoais ou
sociais sustentadas em emoções, sentimentos e crenças particulares. E
existirá alguma veracidade nos juízos de valor, ela só existe neste
sentido: os juízos de valor são verdadeiros se o que neles se afirma está
em conformidade com o que efetivamente sente ou pensa o sujeito
que os enuncia. Em última instância, assim entendidos, os juízos de
valor continuam a ser somente apreciações do sujeito.
Problemas da teoria subjetivista

Será, no entanto, que ao proferirmos um juízo de valor “Os atos


terroristas são hediondos”, nos limitamos a emitir uma opinião que
não é nem mais nem menos objetivamente correta do que a sua
negação? Não há pontos de vista errados, por mais monstruosos que
pareçam ser?

Não haverá verdade ou falsidade quanto aos juízos que condenam a


escravatura, a pedofilia ou os casamentos negociados pelos pais, à
revelia dos sentimentos dos filhos?

Se os juízos de valor foram meramente subjetivos, como poderemos


provar a alguém que “a liberdade é algo porque vale a pena lutar”, se
o que esse alguém afirma, que a liberdade é algo que não vale a pena
lutar”, é igualmente verdade? Discutir para quê, se ambos estamos
certos?
Subjetivismo: objeções
• Permite defender que qualquer juízo moral seja
verdadeiro.
• Compromete-nos com uma educação moral centrada na
ideia de que devemos agir de acordo com os nossos
sentimentos.
• As questões morais não poderão ser discutidas
racionalmente.
• Não explica a existência de desacordos morais. Ex: a pena
de morte é aceitável.
• Pelo facto de discordarmos sobre diferentes assuntos não
implica que estes sejam falsos…. A DUDH (Declaração
Universal dos Direitos Humanos) prova que é possível
encontrar consensos e decidir com base em escolhas
imparciais. O debate e a educação de valores seria inviável,
se não houvesse um padrão de referência objetivo).
Emotivismo

• Os juízos Morais não são proposições • “x é moralmente correto” significa


(não têm valor de verdade), são frases “viva x “
pelas quais as pessoas expressam • “x é moralmente incorreto” significa
sentimentos de aprovação/reprovação “abaixo x”.
ou para despertar esses sentimentos
nos outros.
• Não há factos Morais.
Emotivismo: argumentos a favor
A.J. Ayer (1910-1989)
• Os comportamentos não são corretos só
porque pensamos que são corretos. (os
gays devem ser decapitados)- o
emotivismo exclui esta possibilidade. Leva
as crianças a seguirem os bons exemplos.
Sentimetos benignos)
• Não nos compromete com uma educação
moral centrada na ideia de que devemos
agir de acordo com os nossos
sentimentos.
• As questões morais podem ser debatidas.
• A parcimónia (simplicidade)
Emotivismo: objeções
• Os juízos morais nem sempre estão
de acordo com os nossos
sentimentos de aprovação e
reprovação.
• Os juízos morais nem sempre
expressam emoções.
• Subestima o papel da razão.
A teoria objetivista
• (Estas objeções levam-nos a perguntar se, em vez de tomarmos os
valores como preferências do sujeito, como estabelece o subjetivismo,
não devemos considerá-los, antes, propriedades dos objetos, como
determina o objetivismo.)
• A teoria objetivista diz-nos, então, que os valores são objetivos, ou seja,
que são qualidades dos objetos, reais e efetivas, são propriedades que
lhe são intrínsecas. Estão no mundo e no que nele acontece
independentemente das valorações do sujeito. Encontram-se nos
próprios objetos que se afirma serem belos como os atos que se afirma
serem bons. Podem então, por que estão lá, ser conhecidos como
qualquer outro facto.
• Os juízos de valor são, no contexto desta teoria, verdadeiros ou falsos
consoante o que afirmam corresponde ou não aos valores que estão nos
objetos afirmados belos ou nos atos declarados bons. São, aliás, juízos de
facto. São um subconjunto do conjunto de juízos de facto. E isto parece
evidente quando se afirma, por exemplo, que “todos devemos ter direito
à liberdade de expressão, juízos como esse são hoje considerados
objetivamente verdadeiros, tal como o juízo de que “os atos terroristas
são hediondos”.
Problemas da teoria objetivista
• Uma crítica a que esta teoria tem de responder é por que
razão, sendo os juízos de valores objetivos, há desacordos
quanto ao que consideramos ser, por exemplo, bom ou
belo. Porque será que nem todos encontramos a
bondade nos mesmos atos ou a beleza nos mesmos
objetos? Estará completamente errado o adágio
(máxima) de que “os gostos não se discutem”, como esta
teoria quer fazer crer? A discordância existe e a teoria
objetivista parece ter dificuldade em explicar por que se
verifica esta falta de consenso.
• Factos e valores são realidades distintas.
• É necessário distinguir objetividade enquanto facticidade
e objetividade enquanto demonstrabilidade.
O relativismo cultural
https://www.youtube.com/watch?v=ktGz3K8rMTo

• Os esquimós permitem que as pessoas idosas e incapacitadas


morram de fome, ao passo que nós acreditamos que isso é errado.
Muitas culturas praticaram e ainda praticam o infanticídio, algo que
nos repugna. Uma tribo da África oriental costumava atirar os recém
nascidos com deficiências graves para os hipopótamos. Algumas
culturas permitem a poligamia, caso de alguns países islâmicos, ao
passo que as culturas cristãs a consideram imoral. Uma tribo da
Melanésia entendo que a cooperação e a gentileza são vícios. Outra
tribo no Uganda desvaloriza os laços familiares, não tendo os pais
qualquer dever de cuidar dos filhos ou dos parentes próximos.
• Na Arábia Saudita as Mulheres não podem conduzir ou sentar-se
sozinhas num restaurante. No Egito, no início do século XX aboliu o
uso do véu e nos anos 50 adotou o voto feminino, não permite que a
mãe passe a nacionalidade egípcia ao filho.
• Centenas e centenas de páginas seriam
insuficientes para documentar a relatividade
ou variedade das nossas o práticas culturais
que hoje existem e que existiriam.
• A defesa legítima da diversidade de Portugal
conduziu muitos pensadores a afirmarem
que, dada a diversidade das culturas e das
sociedades, não existiriam valores morais
universais ou normas de comportamento
válidos independentemente do tempo e do
espaço. A esta perspetiva deu-se o nome de
relativismo cultural.
• O relativismo cultural afirma que aqueles juízos são
verdadeiros, mas não em todo o lado e para todas as
pessoas. A verdade dos juízos morais depende do que cada
sociedade acredita ser moralmente correto, e do que esta
aprova ou desaprova. Moralmente verdadeiro é o que cada
sociedade – ou a maioria dos seus membros – acredita ser
verdadeiro. Moralmente verdadeiro é o que cada
sociedade – ou a maioria dos seus membros – acredita ser
verdadeiro. Moralmente verdadeiro é igual a socialmente
aprovado, e moralmente errado é igual a socialmente
desaprovado. O juízo moral é falso quando os membros – a
maioria – de uma sociedade que consideram falso e
verdadeiro quando o consideram verdadeiro. Assim,
afirmar que «matar é errado» significa dizer «a sociedade x
considera que matar é moralmente incorreto» significa
dizer «A sociedade x considera e matar é moralmente
correto».
• As convicções da maioria dos membros de uma sociedade são autoridade suprema
em questões morais. O relativismo cultural acerca de assuntos morais afirma que o
código moral de cada indivíduo se deve subordinar ao código moral da sociedade
em que vive e foi educado. Os juízos morais de cada indivíduo são verdadeiros se
estiverem em conformidade com o que a sociedade – a maioria dos seus membros –
a que pertence considera verdadeiro.
• Se em determinado lugar do planeta se acredita que roubar não é incorreto, é então
o juízo moral «roubar é moralmente correto» é, para os membros dessa cultura,
verdadeiro. Para o relativismo cultural, devemos julgar as ações dos membros de
uma sociedade pelas normas morais estabelecidas no interior dessa sociedade e
não mediante as crenças morais e outras sociedades. Cumprir essas normas é agir
bem, não as respeitar é agir mal.
As principais objeções ao
relativismo cultural
1- Há uma diferença significativa entre o que
uma sociedade acredita ser moralmente
correto e algo ser moralmente correto.
2- O relativismo cultural reduz a verdade ao
que a maioria julga ser verdadeiro.
3- O relativismo cultural parece convidar-nos
ao conformismo moral, a seguir, em nome da
coesão social, as crenças dominantes.
4- O relativismo cultural torna
incompreensível o progresso moral.
Subjetivismo/Relativismo
argumentos e objeções
Subjetivismo moral-Principais argumentos:
• Discordância e conflito de valores: Os valores resultam da
avaliação dos indivíduos, logo é impossível evitar a discordância
e o conflito de valores. Os subjetivistas defendem que os juízos
de valor podem ser verdadeiros ou falsos, ou seja, têm valor de
verdade. Contudo, a sua verdade não é objetiva. Varia de acordo
com o ponto de vista. Nenhum de nós está objetivamente certo
ou objetivamente errado no que respeita aos juízos mediante os
quais avaliámos atos, pessoas e objetos. Os nossos juízos de
valor baseiam-se nos nossos sentimentos e, como os
sentimentos são subjetivos, nenhum juízo de valor é
objetivamente certo ou errado.

• (Contra-arg. Objetivista: Pelo facto de discordarmos sobre


diferentes assuntos não implica que estes sejam falsos…. A
DUDH (Declaração Universal dos Direitos Humanos) prova que é
possível encontrar consensos e decidir com base em escolhas
imparciais. O debate e a educação de valores seria inviável, se
não houvesse um padrão de referência objetivo).
• Os valores não são
independentes ou estranhos
ao sujeito. (Contra-arg.
objetivista: Os valores são
independentes das
valorações individuais o facto
de serem de uma natureza
diferente não quer dizer que
não existam.
Relativismo
• Diversidade cultural: diferentes
sociedades defendem diferentes
valores. Nenhum é melhor ou pior.
(Contra-arg obj.: Há valores que são
condenados por diferentes sociedades
EX: roubo, homicídio… O desacordo
não prova que ninguém está enganado
ou correto)
• Tolerância: é essencial a aceitação da
diferença e abertura a outros pontos
de vista. (Contra-arg obj.: contradição
de tolerar o intolerável. A Tolerância
não pode ser relativa à sociedade, pois
teríamos que tolerar o intolerável).
Objetivismo:
argumentos e objeções
• Objetivismo-Principais argumentos:
• Consequências moralmente indesejáveis: Se não
podemos condenar nada, porque tudo seria relativo,
teríamos que aceitar tudo. Ex: racismo, esclavagismo
Contra-arg.: Somos etnocêntricos se julgamos que
somos melhores que os outros para os condenar…
• Melhor capacidade explicativa: O Objetivismo permite
escolher quadros de referência e modelos
orientadores, no sentido do aperfeiçoamento do ser
humano. Contra-arg.: Impossível chegar a acordo sobre
o que é “melhor” ou“pior” (Relativismo Axiológico e
moral)
• Coincidência de pontos de
vista/imparcialidade: Apesar das
diferenças, o ser humano consegue
encontrar pontos comuns
(transubjetivos) essenciais em que está
de acordo. Ex: D.U.D.H. Contra-arg:
Esses pontos comuns não são objetivos
e imparciais.
• Não conformismo dos dissidentes:
Nem sempre os valores são relativos à
sociedade e cultura. Ex: Aqueles que
lutaram contra a sua sociedade como
Mandela, Malala, Luther King…Waris..
.C.arg.: Esses exemplos são casos raros.
valores e cultura –a diversidade e o diálogo de
culturas

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