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Joana Isabel Teixeira Monteiro

Como se julga a moralidade de uma


ação?

Escola Secundária de Rio tinto

10ºA
Joana Isabel Teixeira Monteiro

Como se julga a moralidade de uma


ação?

Trabalho solicitado pela disciplina Filosofia,


sob supervisão do professor José Torres.

Escola Secundária de Rio tinto

10ºA
Índice
1. Introdução
2. Desenvolvimento
3. Considerações Finais
4. Bibliografia
Introdução

Historicamente, a ideia de Ética surgiu na Antiga Grécia, por volta de 500 a 300 a.C,
através das observações do filósofo "Sócrates" e dos seus discípulos.
A Ética, tem haver com o comportamento humano. A moral e a Ética são palavras
frequentemente usadas na sociedade. A existência de princípios e valores indicam direitos e
deveres. A Ética é uma reflexão sobre a moralidade, a pergunta crítica colocada é de
natureza, pois a sua intenção é indagar que valores sustentam e qual o suporte em que se
baseia. Então, ela serve, portanto, para verificar a coerência entre práticas, princípios e
questionar, reformular ou fundamentar os valores e as normas. Ela está no indivíduo de um
modo geral, seja ela profissional, social ou até mesmo política.

Na tentativa de se fazer uma avaliação moral das nossas ações, apresentam-se duas
teorias morais: a teoria de Kant e a teoria de Stuart Mill. A ética de Kant é chamada
deontologica ao passo que o utilitarismo (teoria de Stuart Mill) é chamado de
consequencialista.
Desenvolvimento

A Ética de Kant fundamenta-se única e exclusivamente na Razão, as regras são


estabelecidas de dentro para fora a partir da razão humana e a sua capacidade de criar
regras para a sua própria vida. A abordagem deontológica de Kant afirma que a única coisa
que deve ser considerada ao avaliarmos se uma pessoa agiu moralmente ou não é sua
intenção. Para Kant, para que nossas ações tenham valor moral, devemos agir motivados
pelo desejo de fazer o nosso dever. A capacidade que o ser humano tem para diferenciar o
que é certo do que é errado é natural, ou seja, já nasce com ele. Kant procurou criar um
modelo ético que fosse independente de qualquer tipo de justificação moral religiosa e que
se baseasse apenas na capacidade de julgar o ser humano. Segundo Kant, o valor moral
das ações depende da intenção boa do agente, do respeito pela lei moral e do cumprimento
do dever. Tendo em conta esta ética, a felicidade é um ideal da imaginação e não da razão.
Nesta Ética, o cumprimento do dever não admite exceções e as normas morais são
absolutas. Concretamente, para Kant, a moralidade de uma ação é cumprir o dever por
dever. Apesar dos pontos positivos, entre eles o dever moral e o cumprimento das leis,
existem várias objeções às éticas deontológicas. Discordo desta ética pois não concordo
com o facto de que se baseia na intenção de quem a pratica e não nas consequências. Por
exemplo, para Kant, se alguém tivesse matado alguém e fosse sem intenção, estava de
acordo com a ética. A ação acaba por prejudicar a pessoa por esta ser considerada moral.
Por sua vez, a teoria moral de Stuart Mill vai avaliar a moralidade das nossas ações a
partir das consequências das ações. Dizemos também que as consequências das ações e
as intenções das ações são importantes, cada uma para a sua ética. A Ética de John Stuart
Mill, ou o utilitarismo é uma ética consequencialista. O seu princípio básico é o princípio da
utilidade/da maior felicidade, ou seja, a ação moralmente certa é aquela que maximiza a
felicidade para um maior número. Podendo-se dizer então, que o que realmente conta e não
é indiferente é saber se uma determinada ação maximiza a felicidade. Para Stuart Mill, o
critério para aferir da moralidade das nossas ações encontra-se nas consequências das
mesmas, naquilo que resulta das nossas ações. Isto porque apenas se atende às
consequências das nossas ações, no sentido em que a minha ação é boa ou má, consoante
seja útil ou não para o maior número possível de pessoas. Para Mill, a felicidade geral é a
única coisa desejável por si mesma, enquanto todas as outras coisas são apenas
encaradas como um meio para obter um fim, fim esse que é a felicidade. Nesta Ética, o
cumprimento do dever admite exceções e as normas morais são relativas.
Na minha opinião, esta ética é a que faz mais sentido e que se adequa mais à atualidade.
Tudo depende única e exclusivamente dos nossos atos principalmente para a nossa
evolução pessoal e na sociedade. Podemos ter muitas boas intenções para determinada
ação, mas se esta não causar qualquer consequência positiva na sociedade é considerada
inútil. Para além disto, na minha opinião a felicidade do maior número de pessoas é o mais
importante. Como já afirmei em cima, concordo bastante com esta ética porém tem as suas
objeções. Como por exemplo, se algumas pessoas tiverem de ser sacrificadas pela
felicidade dos outros mesmo que no final, haja um maior número de pessoas felizes do que
infelizes, acho que devem se procurar outras alternativas que não sejam a morte.
Considerações Finais
Concluo então, reforçando que a Ética Utilitarista de John Stuart Mill faz mais sentido do
que a Ética Kantiana. Já que para Mill, a felicidade geral é a única coisa desejável por si
mesma, enquanto todas as outras coisas são apenas encaradas como um meio para obter
um fim, fim esse que é a felicidade. O princípio é bastante plausível porque é razoável
aceitar que a felicidade ou bem-estar seja um bem e, por ser um bem, também parece
razoável aceitar que ela seja promovida na máxima porção. Além disso, considerando que
as ações de um agente moral não afetam apenas a sua própria felicidade, parece
igualmente aceitável promovê-las imparcialmente e não avaliar o resultado dessas ações
com base apenas na promoção da felicidade particular do agente, mas também na de todos
os afetados por ela.
Bibliografia

● https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/utilitarismo.htm
● https://www.infoescola.com/biografias/immanuel-kant/
● http://lolaeafilosofia.blogspot.com/2019/03/kant-e-stuart-mill.html
● http://lolaeafilosofia.blogspot.com/2015/03/kant-e-mill-quadro-comparativo.html
● manual escolar

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