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Resumos filosofia

(A moral segundo Kant e Mill)

NORMAS MORAIS: Normas instituídas pela sociedade que regem o comportamento moral
do indivíduo

A filosofia da moral segundo Kant

Para Kant o mais importante numa ação moral é a intenção com que é feita ou seja, uma
ação boa depende de uma intenção boa

ex:. O sujeito x ajuda uma velhinha a atravessar a estrada

Á primeira vista pode parecer que esta é uma ação boa, mas, segundo Kant, temos de ir
procurar qual foi a intenção do sujeito x quando ajudou a velhinha a atravessar a estrada,
➔ Vejamos dois exemplos
- Se a intenção do sujeito x foi ajudar a velhinha Apenas pela ação de ajudar, então
esta é uma ação boa, por que decorre de uma intenção boa
- sim intenção do sujeito x foi ajudar a velhinha porque esperava que ela lhe desse
algum dinheiro pela ação, então esta não foi uma ação boa, porque não decorre de
uma intenção boa

Para Kant as ações podem ter diversas


intenções, o que vai definir se elas são
morais, legais ou imorais/ilegais

Desta forma podemos ver que as ações


legais e morais são diferentes, uma vez
que as ações legais podem até ser
corretas mas não são movidas por
intenções não necessariamente morais
mas sim a intenção de cumprir a lei,
enquanto que as ações morais são
movidas por intenções puras

MAXIMA: Princípio que orienta a ação

HETERONOMIA DA VONTADE: Quando um indivíduo está sujeito a vontade de outros,


das leis, ou de uma determinada comunidade

AUTONOMIA DA VONTADE: Quando o indivíduo dispõe do livre-arbítrio e a sua vontade é


livre
● Nem sempre é fácil compreender Se aquilo que estamos a fazer é ou não
moral, pelo que Kant criou uma "fórmula " que nos permite saber se as nossas
ações estão a ser morais ou não

Formulações do imperativo categórico:


A filosofia da moral segundo Stuart Mill

Para Stuart Mill o mais importante da ação é a sua utilidade e a


felicidade que ela provoca, tendo uma perspectiva utilitarista da ação

ex:. O sujeito x ajuda a velhinha a atravessar a estrada

Segundo Stuart Mill, o mais importante é utilidade da ação, ou seja, o


número de pessoas beneficiadas e que ficaram felizes por esta ação.
➔ neste caso vemos que para além da velhinha que foi diretamente
beneficiada pela ação temos também:
- o sujeito x que é beneficiado porque é visto com bons olhos pelos seus amigos,
- para além disso também a comunidade em si acaba por ser beneficiada porque os
transeuntes que observaram a ação do sujeito x, vão acabar por a replicar.
Desta forma, e segundo Stuart Mill, esta é uma ação moral uma vez que várias pessoas
são beneficiadas e ficam felizes por causa dela.

Para Stuart Mill, o Princípio que nos permite perceber se a nossa ação é moral ou não, é o
princípio da utilidade:

Para averiguar o quão útil é ação, devemos avaliar o prazer que ela provoca, este pode
dividir-se em dois: Prazeres inferiores ou superiores

Prazeres inferiores Prazeres superiores

● Prazeres ligados ao corpo ou ● Prazeres ligados ao Espírito


provenientes das sensações potenciadores de bons sentimentos
● Como são considerados inferiores Morais por exemplo o bom caráter
não permitem que neles se realize a ● Permitem a realização do ser
plena natureza humana humano
Críticas a Kant e Mill

➔ Críticas a Mill

● Mill parte do princípio que todos os seres humanos são altruístas e desejariam a
felicidade do próximo, correndo o risco de ignorar o egoísmo humano
● Para Mill as pessoas são apenas ferramentas cujo objetivo é provocado a
felicidade no outro
● Mill procura a felicidade para a maioria não pretendendo encontrar a felicidade para
todos o que entra em confronto com a teoria da Justiça em que todos devem ser
iguais

ex:. Para Mill seria aceitável deixar de cobrar impostos aos ricos e passar a cobrar muito
mais aos pobres, desde que a classe alta estivesse em maioria, algo que é moralmente
aceitável e vai contra os princípios da justiça.

➔ Críticas a Kant

● É demasiado formal e absoluta uma vez que se baseia em regras e princípios


formais que se impõe sem que seja analisado o contexto em que a ação se está a
desenrolar
● Apesar do indivíduo ter uma boa intenção, pode estar a praticar uma ação que
prejudica o outro

ex:. Na idade média praticavam-se exorcismos que muitas vezes poderiam levar à morte,
esta não pode ser considerada uma ação moral, mas segundo Kant é, uma vez que a
pessoa que executa o exorcismo tinha uma boa intenção, neste caso a de ajudar o outro

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