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LIBERDADE EM KANT
O conceito de liberdade para Kant é diferente do que geralmente ouvimos e entendemos
por aí. A definição de Kant é mais rigorosa que a maioria das definições que conhecemos acerca
do assunto: Quando buscamos prazer e tentamos evitar a dor, não estamos sendo livres, não
estamos agindo livremente, pois apenas estamos sendo escravos de nossos apetites e desejos.
Nessa situação, estamos sempre obedecendo a incessante busca de satisfação dos nossos
desejos, tudo o que fazemos é voltado para uma finalidade além de nós. Fazemos sexo para
saciar o desejo sexual, nos alimentamos para saciar a fome, bebemos para saciar a sede...
Mesmo quando estou para escolher entre uma roupa azul ou preta, não estamos agindo
livremente, de acordo com Kant, pelo fato de somente estarmos tentando escolher a opção que
mais irá nos satisfazer, com base nas nossas preferências. Kant não considera errado agir para
satisfazer desejos/preferências, mas alerta que quando fazemos isto, não estamos agindo de
forma livre de verdade, pois estamos dependendo de uma determinação exterior.
Para agir de forma verdadeiramente livre, Kant diz que precisamos agir com AUTONOMIA, e
agir com autonomia é agir de acordo com a lei que imponho a mim mesmo – e não de acordo
com o que a natureza “diz” ou as convenções sociais determinam.
O oposto da AUTONOMIA, é a HETERONOMIA, que é quando agimos justamente
pelo desejo, pela preferência, pela vontade, pela natureza, pelas convenções sociais,
determinações exteriores.
Com isso, podemos esclarecer um pouco mais a concepção Kantiana da moral, ao relacionar
liberdade e autonomia. Agir de forma livre não é escolher as melhores maneiras de atingir
determinado fim, mas escolher o fim em si.