Você está na página 1de 8

Tribunal da Igreja Presbiteriana de Angatuba

Rua Espírito Santo, 744 – Angatuba


Para o irmão DÉCIO JOSÉ DA SILVA, residente à Rua Magnólia, 585, Jardim
Elisa, Angatuba/SP
INTIMAÇÃO DE SETENÇA
Prezado Senhor, Décio José da Silva:
Pelo presente instrumento de intimação, fundamentado nos artigos 92 e 93 do
CD, comunico-lhe, para informação e acatamento, que o Tribunal da Igreja
Presbiteriana Angatuba, reunido às 19h30min do dia 13 de dezembro de 2021,
na pessoa de seu interditante Rev. Rafael Corrêa Batista, na Igreja Presbiteriana
de Angatuba, aplicou a pena ao réu nos termos do artigo do Art. 9, alíneas b e d
que se refere à:
1. DEPOSIÇÃO DO OFÍCIO DE PRESBÍTERO do Sr. Décio José da Silva.
O Presbítero deposto não perde o signo da ordenação, que é
permanente, mas perde o oficio e todas as prerrogativas decorrentes
dele; por exemplo: disponibilidade ou emerência.
2. AFASTAMENTO DA COMUNHÃO do irmão Décio José da Silva. O
afastamento deve-se a exigência da religião, da honra de Cristo e o bem
do faltoso. Pois este não deu provas de seu arrependimento ao tribunal.
Aplica-se por tempo indeterminado, até o irmão dar prova do seu
arrependimento, ou até que a sua conduta mostre a necessidade de lhe
ser imposta outra pena mais severa.

Todo processo tem causado grande celeuma no meio da igreja, e o irmão


Décio continua contumaz em sua posição. A falta do irmão Décio Os méritos do
tribunal seguem a anexo a esta intimação. Faço votos ao irmão Décio que se
arrependa e que toda situação possa ser reparada pela restauração a
comunhão.
Sala do Tribunal, 13 de dezembro de 2021

Rev. Rafael Corrêa Batista


Presidente do Tribunal
Tribunal da Igreja Presbiteriana de Angatuba
Rua Espírito Santo, 744 – Angatuba
PROLAÇÃO DE SENTENÇA
(ART. 94/CD:)

SETENCIADO: DÉCIO JOSÉ DA SILVA


DENUNCIANTE: PRESBITÉRIO DE ITAPETININGA

1. SÍNTESE DA ALEGAÇÃO DE ACUSAÇÃO (art 94b/CD)


Protagonismo no processo de difamação do Rev. Luiz Paulo Cazula,
dentre outras coisas, o chamando de “criminoso”, “predador”, “não vocacionado
ao pastorado” e exigindo seu despojamento, com agravante de diante do tribunal
dizer que tudo se tratava de “querer ajudar”, “preocupar-se” e “querer o bem” do
Rev. Luiz Paulo Cazula.
2. SÍNTESE DA ALEGAÇÃO DE DEFESA (art 94b/CD)
O Tribunal obriga o réu a trazer luz novamente a denúncia não conhecida
pelo Presbitério de Itapetininga, com o objetivo de provar sua inocência. Embora
os desgastantes desdobramentos ocasionados pela denúncia em desfavor do
Rev. Luiz Paulo Cazula, se houver necessidade de provar que a denuncia
procedia, outra forma não há senão retomar o curso interrompido com a decisão
do PITT de não apurar os fatos denunciados, agora com o zelo de satisfazer os
tramites impostos pela CI/IPB.
Outra questão levantada pelo interventor é de que a denuncia oferecida
contra o Rev. Luiz Paulo foi ventilada entre os membros da Igreja de Angatuba,
tendo um membro desta igreja, demonstrado conhecer o teor da denúncia e lhe
cobrado providências.
Como o réu jamais deu a conhecer da denúncia a qualquer pessoa, tendo
apresentado exclusivamente aos Concílios, conforme prevê a CI/IPB, cabe
apurar quem vazou o documento ou deu a conhecer seu teor a estranhos no
processo previsto. Se algum membro do presbitério ou o próprio Luiz Paulo
ventilou o assunto num momento de desabafo, necessário se faz que seja
questionado ao membro da igreja com quem o senhor interventor teve contato
para que esclareça a fonte de sua informação. Atribuir ao réu a responsabilidade
pela possível violação ao sigilo processual sem investigar é ato que choca com
a prática da fé bíblica e com todas as orientações da IPB expostas em seus
documentos.
3. FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO DE SENTENÇA (art 94c/CD)
Segundo decisão do tribunal do PITT fui nomeado interditante da Igreja
Presbiteriana de Angatuba entre os dias 14 de agosto de 2021 e 31 de dezembro
de 2021. A partir desta fundamentação noticio as medidas que foram tomadas
para cumprir com as demandas (descritas em negrito abaixo) a mim incumbidas,
no que se refere ao caso do Presbítero Décio José da Silva.

B. Tratar da questão específica em relação ao Presb.º Décio tendo em vista


seu protagonismo no processo de difamação do Rev. Luiz Paulo Cazula,
dentre outras coisas, o chamando de “criminoso”, “predador”, “não
vocacionado ao pastorado” e exigindo seu despojamento, com agravante
de diante do tribunal dizer que tudo se tratava de “querer ajudar”,
“preocupar-se” e “querer o bem” do Rev. Luiz Paulo Cazula.

Durante os meses de outubro e novembro tive dois encontros com Pb


Décio para considerar sua situação buscando cumprir com a Palavra de Deus,
na busca de uma solução suasória. De acordo com a orientação do PITT,
observei três níveis para que uma demonstração de arrependimento fosse
observada:
1. Nível pessoal à Como o ataque do documento produzido pelo Pb Décio
teve como alvo o Rev. Luiz Paulo. Toda a acusação descrita no
documento foi mérito de causa já julgada e não cabe voltar ao assunto já
tratado no passado. O documento apenas serve para difamar o Rev. Luiz
Paulo. Documento motivado pela mágoa causada durante seu pastorado
junto a Igreja Presbiteriana de Angatuba. Dessa forma é mister o réu
reconhecer a culpa e assim o conteúdo primeiro do documento seria
revertido pelo espírito de perdão.
2. Nível comunitário à O documento produziu um estresse e provocou um
tribunal no Presbitério de Itapetininga. O Rev. Luiz Paulo produziu queixa
contra o Conselho de Angatuba, pois este, a partir de uma reunião ilegal,
enviou o documento para o PITT e o tornou público. A sentença do
tribunal, depois de muita insistência na questão pela defesa do Décio,
acabou em pena de interdição do Conselho de Angatuba e trouxe severa
divisão da igreja quanto a defesa das partes do processo. Assim é
necessário o esclarecimento público do Pb Décio, afirmando seu erro ao
produzir documento difamatório e sua culpa no estresse causado por ele
e seu documento.
3. Nível institucional à Com o desdobramento dos fatos, o Pb Décio
encaminhou documento recursal ao Sínodo, como de fato e de seu direito,
mesmo não havendo mais nenhum vínculo pastoral do Rev. Luiz Paulo
com a Igreja Presbiteriana de Angatuba. Ao fazer isso ele demonstra não
arrependimento da situação criada por ele. Desta forma entendo que a
demonstração de seu arrependimento fica comprometida, portanto, é
necessária a retirada deste documento, demonstrando que sua intenção
é a paz entre os irmãos e não a busca por justiça pessoal.
Entendo que arrependimento seria devidamente provado no ato de
cumprir estes três níveis, pois qualquer posição diferente caracteriza
dureza de coração e compromete a veracidade dos outros níveis. Obtive
aparente êxito em conversa e aconselhamento com Pb Décio, de modo
suasório.
Entretanto o Pb Décio demonstra contumaz insistência em manter
o documento, mesmo sabendo que a pena de interdição se extinguirá no
próximo dia 31 de dezembro. Ele agrava a situação quando em sua
defesa retoma o assunto de sua difamação, reiterando o falso testemunho
de seu documento inicial em anexo nos autos do processo do PITT.
Assim considero o Presbítero Décio CULPADO DE
TRANSGRESSÃO DE FALSO TESTEMUNHO contra o Rev. Luiz Paulo,
transgressão esta que está disposta e tipificada no OITAVO
MANDAMENTO (Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
Êxodo 20.16), com agravante de rebeldia obstinada contra a
autoridade da igreja e do presbitério (Pois a rebeldia é como o pecado
da feitiçaria; a arrogância, como o mal da idolatria. 1 Samuel 15.23)

4. APLICAÇÃO DA PENA (art 94d/CD)

Considerando as seguintes atenuantes (art. 13 §1º/CD):


a) bom comportamento anterior;
b) assiduidade nos serviços divinos;
c) colaboração nas atividades da Igreja;
d) ausência de más intenções;

Apesar intenção afirmada pelo culpado ser de proteger a igreja, sua


atitude em relação ao Rev. Luiz Paulo foi extremamente desproporcional,
levando a cometer o falso testemunho. Entretanto, não há como medir intenções
e por isso, mesmo sendo culpado, o Sr. Décio deve ter a possibilidade de mostrar
arrependimento, mesmo que isso leve um tempo. Portanto este não é um caso
de exclusão, aparentemente, mas de compreensão da submissão necessária às
autoridades eclesiásticas e de humilhação diante da autoridade das Escrituras
em relação a nossa prática com o próximo. Creio que a penalidade de exclusão
neste momento seria deveras pesada, não sendo proporcional a falta.

Todavia, considerando as seguintes agravantes (art. 13 §2º/CD):


a) experiência religiosa;
b) relativo conhecimento das doutrinas evangélicas;
c) boa influência do meio;
d) arrogância e desobediência;
e) não reconhecimento da falta.

O processo se inicia com o falso testemunho dirigido ao Rev. Luiz Paulo.


Durante todo o tempo em que acompanhei o Sr. Décio ele acreditou que suas
acusações foram verdadeiras, e que ele apenas tinha exagerado nas palavras.
Portanto em nenhum momento ele se mostrou consciente de sua falta, repetindo
diversas vezes que sua consciência estava de acordo com todo o documento e
afirmações que fizera.
A obstinação em manter a palavra considerada de “honra” fez com que o
Sr. Décio esquecesse de sua principal função de presbítero da Igreja
Presbiteriana do Brasil e de Jesus Cristo que é cuidar das ovelhas e não buscar
sua justiça a qualquer custo, mas a justiça de Deus. Nos três níveis levantados
na fundamentação da sentença ele apenas pediu perdão a igreja, sempre
usando a condicional para desenvolver o pedido: “se errei...”. Desta forma
entendo que a falta de compreensão em sua função de ser submisso a vontade
de Deus e sua justiça, buscando sua própria para validar sua consciência através
da acusação ao Rev. Luiz Paulo, ele desonra a autoridade da Igreja de Jesus e
da IPB. Isto se faz evidente quando de forma arrogante e desobediente mantem
a posição de acusação em relação ao Rev. Luiz Paulo nos documentos que
apresenta oficialmente, como a apresentação da defesa e pela manutenção do
processo diante do Sínodo. Isso apresenta de forma explícita que ainda
permanece no erro e por isso deve ser avaliado a médio e longo prazo.
Fundamentado nas conclusões explícitas e incontestáveis dos autos, o
Tribunal toma a seguinte decisão:

1. DEPOSIÇÃO DO OFÍCIO DE PRESBÍTERO do Sr. Décio José da Silva.


O Presbítero deposto não perde o signo da ordenação, que é
permanente, mas perde o ofício e todas as prerrogativas decorrentes
dele; por exemplo: disponibilidade ou emerência.
2. AFASTAMENTO DA COMUNHÃO do irmão Décio José da Silva. O
afastamento deve-se a exigência da religião, da honra de Cristo e o bem
do faltoso. Pois este não deu provas de seu arrependimento ao tribunal.
Aplica-se por tempo indeterminado, até o irmão dar prova do seu
arrependimento, ou até que a sua conduta mostre a necessidade de lhe
ser imposta outra pena mais severa.

SALA DO TRIBUNAL, 20h58m de 13 de dezembro de 2021

Rev. Rafael Corrêa Batista


Presidente do Tribunal
1
Ata da 9ª Reunião da Comissão Executiva do Presbitério de Itapetininga
(PITT), exercício de 2021 -–--------------------------------------------------------------------
Aos 13 dias de dezembro de 2021, reúne-se a Comissão Executiva do
Presbitério de Itapetininga (PITT) nas dependências da Igreja Presbiteriana de
Angatuba, sito a Rua Espírito Santo, 744 – Centro, Angatuba – SP, a convite do
Rev. Rafael Correa Batista, interventor do Conselho de Angatuba, para que a
CE-PITT seja testemunha no processo de Julgamento do Pb. Décio José da
Silva. O Rev. Rafael Correa Batista fez o momento devocional com a leitura e
exposição bíblica, logo após o Rev. Marcelo Luiz Tavares faz a oração que dá
início a reunião às 19h 45m Presentes da CE: Rev. Luiz Paulo Cazula -
Presidente; Rev. Rafael Corrêa Batista – Vice-presidente, Rev. Sergio Martins
da Silva Filho - Secretário Executivo; Presbítero Mário Sérgio de Oliveira –
Tesoureiro, Rev. Marcelo Luiz Tavares – Convidado pelo interventor Presente
como acusado no processo: Pb. Décio José da Silva.2 O Rev. Rafael inicia
com a leitura dos artigos 97-102 CI/IPB para explicar o tipo de processo
sumaríssimo que se inicia, logo após o Rev. Rafael, interventor, faz a leitura do
documento encaminhado pelo acusado, recurso de incompetência.3 Na
deliberação a respeito do recurso, o Rev. Rafael Correa Batista tratando do
documento, explica ao acusado o teor acusatório do documento e suas faltas,
esclarece ainda não ser ele enviado do presbitério como representante, mas ser
ele o conselho, tendo por decisão o PITT dado ao Rev. Rafael Correa Batista
autoridade como Interventor, podendo agir como conselho pelo período
determinado pelo PITT. O Rev. Rafael esclarece ao acusado que no seu papel
de interventor cabe a ele a autoridade de Conselho, a autoridade eclesiástica
conforme determinação do PITT. O Rev. Rafael Correa Batista após discutir o
mérito do recurso, o considera recusado. O acusado entrega defesa preliminar
por escrito ao interventor4, que recebe o documento e faz sua leitura, O Rev.
Rafael pergunta ao acusado se ele desejava sustentar essa defesa, incluindo a
nota de que ela é baseada em novos ataques, ao que o acusado argumenta seu
direito a opinião que tem, e na sustentação dos seus argumentos e recursos. O
acusado argumenta dizendo que deseja manter seu recurso junto ao Sínodo, e
de não ser ele culpado de difamação, apesar de advertido que o presbitério já
definiu no documento do Relator no processo 01/2021, votado pelos Juízes do
tribunal do PITT, a difamação feita pelo Pb. Décio, dentro do seu documento de
acusação em relação ao Rev. Luiz Paulo Cazula. O Rev. Rafael, após
pastoralmente instruir e encontrar o acusado contumaz nas suas posições, não
inclinado a arrependimento e mantendo sua defesa preliminar como
manifestação da sua imutável opinião sobre o processo, determina a sentença
nos méritos do Art 9 CD/IPB pela Deposição do Cargo de Presbítero e
Afastamento do Acusado por tempo indeterminado da comunhão até que
o faltoso de provas de seu arrependimento, e recomenda que os concílio
responsável julgue o arrependimento do acusado nas suas decisões.5 Nada
mais havendo a tratar, o Pb. Mario Sérgio de Oliveira conduz a oração marcando
o encerramento da reunião ás 20h 58m.6 Eu, Rev. Sérgio M. Filho, Secretário

1
Cabeçalho da Ata
2
Presentes
3
Recurso de incompetência entregue ao interventor
4
Defesa preliminar entregue ao interventor
5
Sentença
6
Encerramento
Executivo, lavrei, e dato a presente ata, e final a transcrevi, a qual assino,
Angatuba 13 de dezembro de 2021.______________.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Você também pode gostar