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Ética e Responsabilidade Social e Profissional

Ma. Francielle Mendes


Evolução histórica da Ética

Ética, evolução histórica, o início, os estudos


filosóficos do tema, a reflexão, princípios morais.
As instituições e a ética em seu comportamento.
A ética propriamente dito. Ética e a
responsabilidade social.
Evolução histórica da Ética

A reflexão ética se inicia na Grécia antiga,


quando os filósofos buscam compreender o
fundamento da conduta humana. Enquanto para
a maioria dos filósofos os princípios morais
resultam de convenções sociais, Sócrates
defende a moral constituída na própria natureza
humana.
Evolução histórica da Ética
Para Sócrates (470-399 a.C.), a virtude humana
consiste na busca do conhecimento para
alcançar a felicidade. O verdadeiro objeto do
conhecimento é a alma humana.
As afirmações: conhece-te a ti mesmo e sei que
nada sei, expressam com intensidade que a
conduta humana deve ser ajustada em primeiro
lugar, com o próprio ser. O filósofo relaciona de
forma estreita as noções de saber, virtude e
felicidade.
Evolução histórica da Ética

Sócrates forneceu material para que Aristóteles e


Platão desenvolvessem suas doutrinas. Os três
filósofos consideram o homem não como ente
isolado, mas como ser social. Na expressão
aristotélica clássica, o homem é um animal
político.
Evolução histórica da Ética
Platão (428-347 a.C.) estabelece uma hierarquia
das ideias e confere um lugar supremo ao bem.
As virtudes humanas devem ser coordenadas,
cuja harmonia constitui a justiça. A justiça é para
Platão, a harmonização das atividades da alma e
de todas as virtudes.
Segundo ele, a questão moral não é um
problema somente do indivíduo, mas das
relações coletivas.
Evolução histórica da Ética

A ética de Aristóteles (384 -322 a.C) exerceu forte


influência no pensamento ocidental. Segundo sua
teoria, conhecida como eudemonismo (do grego
eudaimonéu significa ter êxito, ser feliz), todas as
atividades humanas aspiram a algum bem, dentre
os quais, o maior é a felicidade.
Evolução histórica da Ética

Para Aristóteles, a felicidade não se encontra nos


prazeres nem na riqueza, mas na atividade
racional, no exercício e na evolução do
pensamento.
Para os hedonistas o bem se encontra no prazer.
De forma genérica, podemos afirmar que a
civilização contemporânea é hedonista, pois
associa a felicidade com a aquisição de bens de
consumo: casa, carros, roupas, comida, aparelhos
eletrônicos e domésticos e sexualidade.
Evolução histórica da Ética

A Idade Média retoma esse pensamento e


aperfeiçoa a vida espiritual por meio de práticas
de purificação do corpo, instituindo o jejum, a
abstinência e a flagelação. Essa tendência
predominou na Alta Idade Média, influenciada
pela Igreja.
Evolução histórica da Ética

O filósofo e teólogo Santo Tomás de Aquino


(século XIII) adapta o aristotelismo aos ideais
cristãos e recupera a ética eudemonista.
Mas, fiel ao ideal religioso, admite que a única
contemplação que garante a felicidade é a
contemplação de Deus, de quem teremos
conhecimento só na vida futura, após a morte.
Evolução histórica da Ética

A partir da Idade Moderna, porém, os princípios


éticos e morais distanciam-se da doutrina
religiosa. O Ser moral e religioso convive
separadamente.
Admite-se que uma pessoa que não crê em Deus
também possa ser ética, porque o fundamento
dos valores não se encontra em Deus, mas no
próprio ser humano.
Evolução histórica da Ética

O reconhecimento dos princípios e valores


resulta da capacidade humana, representada
pelo racionalismo cartesiano e também pelo
criticismo de Hume (século XVII). Para este
filósofo, a única base para as ideias gerais é a
crença. No campo moral não podemos atingir
verdades absolutas.
Evolução histórica da Ética

O século XIII é denominado século das luzes, em


virtude da razão, considerada em todas as
expressões e atividades humanas, como a luz
que serve para interpretar e reorganizar o mundo.
Recorrer à razão significa recusar a imposição
religiosa.
Evolução histórica da Ética
Para Kant, maior expoente do iluminismo, a ação
moral é autônoma, pois o ser humano é o único
capaz de determinar segundo leis que a própria
razão estabelece.
A moral iluminista é racional, laica e acentua a
importância da liberdade e do direito de
contestação. Também é uma moral universalista
porque, embora admita as diferenças dos
costumes dos povos, aspira encontrar valores
comuns.
Evolução histórica da Ética
A partir do final do século XIX, porém, os
pensadores começaram a se posicionar contra a
moral formalista kantiana fundada na razão
universal, abstrata, de um sujeito transcendental.
Entre eles, Hegel destaca a importância da
relação do sujeito com a cultura e a história,
compreendendo a diversidade dos valores
conforme o tempo, a cultura e o lugar.
Evolução histórica da Ética

Nietzsche, cujo pensamento se orienta no sentido


de recuperar as forças inconscientes, vitais e
instintivas subjugadas pela razão durante
séculos, critica Sócrates por ter encaminhado
pela primeira vez a reflexão moral em direção ao
controle racional das paixões.
Evolução histórica da Ética

No seu pensamento defende a transvaloração de


todos os valores, superando a moral comum para
que os atos do homem forte não sejam pautados
pela mediocridade das virtudes estabelecidas.
Para tanto é preciso recuperar o sentimento de
potência, a alegria de viver, a capacidade de
invenção.
Conceito de Responsabilidade Social

O conceito de responsabilidade social pode ser


compreendido em dois níveis: o nível interno
relaciona-se com os trabalhadores e, a todas as
partes afetadas pela empresa e que, podem
influenciar no alcance de seus resultados.
O nível externo são as consequências das ações
de uma organização sobre o meio ambiente, os
seus parceiros de negócio e o meio em que estão
inseridos.
Conceito de Responsabilidade Social

A responsabilidade social implica a noção de que


uma empresa não tem apenas o objetivo de fazer
lucro e além de trazer benefício financeiro às
pessoas que trabalham na empresa, também
deve contribuir socialmente para o seu meio
envolvente.
Desta forma, a responsabilidade social muitas
vezes envolve medidas que trazem cultura e
boas condições para a sociedade.
Conceito de Responsabilidade Social

Existem diversos fatores que originaram o


conceito de responsabilidade social, em um
contexto da globalização e das mudanças nas
indústrias, surgiram novas preocupações e
expectativas dos cidadãos, dos consumidores,
das autoridades públicas e dos investidores em
relação as organizações.
Conceito de Responsabilidade Social

Os indivíduos e as instituições, como


consumidores e investidores, começaram a
condenar os danos causados ao ambiente pelas
atividades econômicas e também a pressionar as
empresas para a observância de requisitos
ambientais e exigindo à entidades reguladoras,
legislativas e governamentais a produção de
quadros legais apropriados e a vigilância da sua
aplicação.
Conceito de Responsabilidade Social

As instituições devem se portar de maneira ética


e, por meio de práticas e ações, buscar ser um
exemplo não apenas de sucesso, mas pelas
formas com que isso realmente foi alcançado.
A ética

Esse é um conjunto de “regras” universais, que


devem ser aplicadas na sociedade como um
todo, como cidadãos, pessoas, profissionais,
líderes ou donos de empresa. Portanto, quando
falamos em ética e responsabilidade social nas
organizações, estamos apenas aplicando os
mesmos conceitos no ambiente empresarial.
A ética

A reflexão ética nos capacita para a


formação dos valores que são oriundos dos
nossos desejos, ou seja, o ser humano considera
um valor aquilo que ele deseja.
A ética

A responsabilidade profissional implica, portanto,


em buscar constantemente a melhor forma de
viver e trabalhar no ambiente corporativo, em
atender aos anseios da comunidade interna e
externa, em conciliar os conflitos gerados
pela ação social da empresa e os desejos
das pessoas a ela ligada direta ou
indiretamente.
Ética Profissional

A ética profissional é um conjunto de valores e


normas de comportamento e de relacionamento
adotados no ambiente de trabalho, no exercício
de qualquer atividade.
Ética Profissional

Ter ética profissional e adequar-se às normas de


conduta de uma empresa são condições cada
vez mais valorizadas no reconhecimento dos
trabalhadores e no processo seletivo de novos
funcionários.
Ética Profissional

A ética profissional é um conjunto de valores e


normas de comportamento e de relacionamento
adotados no ambiente de trabalho, no exercício
de qualquer atividade.
Ética Profissional

Ter uma conduta ética é saber construir relações


de qualidade com colegas, chefes e
subordinados, contribuir para bom funcionamento
das rotinas de trabalho e para a formação de uma
imagem positiva da instituição perante os
públicos de interesse
Fatores importantes que auxiliam na
ética profissional:

Honestidade: Fale sempre a verdade e assuma


a responsabilidade por suas falhas. É muito
melhor aprender com os erros do que procurar
um culpado para suas falhas.

Sigilo: Algumas informações de trabalho são


extremamente sigilosas. Respeite esta condição,
mantendo o sigilo.
Fatores importantes que auxiliam na
ética profissional:

Competência: Cumpra sua função com


comprometimento e consciência, visando o
melhor resultado para a organização, e não
apenas o seu resultado pessoal.

Prudência: Respeite a hierarquia da sua


empresa e não interfira de forma negativa no
trabalho de seus colegas.
Fatores importantes que auxiliam na
ética profissional:

Humildade: Reconheça o seu espaço e o seu


papel dentro da organização.

Imparcialidade: Aprenda a diferenciar as


relações pessoais das profissionais e considere
sempre como prioridade a realização do seu
trabalho.
O Código de Ética Profissional

Algumas profissões contam com Conselhos de


Representação que têm a responsabilidade de
criar Códigos de Ética específicos para cada área
de atuação.
Esses Códigos de Ética criados pelos Conselhos
existem para padronizar procedimentos
operacionais e condutas de comportamento,
garantindo a segurança dos profissionais e dos
usuários de cada serviço.
O Código de Ética Profissional

Eles estabelecem princípios ético-morais de


determinada profissão, e preveem penas
disciplinares aos trabalhadores que não
obedecerem aos procedimentos e normas de sua
área, protegendo a sociedade de injustiças e
desrespeito em qualquer esfera.
REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS,


Maria Helena Pires. Temas de filosofia. São
Paulo: Moderna, 2000.
NALINI, José Renato. Ética geral e profissional.
São Paulo: revista dos tribunais,2001.
PROFESSOR MESTRE Oswaldo Oliveira
Santos Junior. 2017
ANDRÉ, M. E. D. A.; LÜDKE, M.. Pesquisa em
educação: abordagem qualitativa. São Paulo: E.
P. U, 1986.

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