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Ética | Focus Concursos

ÉTICA

Ética e função pública.


Ética no setor Público

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Sejam bem-vindos!

É com prazer que iniciamos mais um capítulo do material PDF FOCADO do Focus
Concursos.

Estrutura do PDF FOCADO:

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das


videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.);
• Questões de Sala
• Mapa Mental
• Maratona de Questões Extras: Não são resolvidas em sala de aula

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso.
VAMOS NESSA!

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ÉTICA
Se há um assunto que costuma confundir em provas é esse. É um assunto que cai
praticamente em todos os concursos e, como não há uma única doutrina sobre o
assunto (na verdade existem milhares), o examinador costuma criar questões
“estranhas” que acabam confundindo o candidato.

Para vencermos isso, nossa proposta é simples: vamos passar todos os pontos
possíveis da teoria da ética que são prováveis de serem cobrados em prova. Como sei
que é provável de ser cobrado? Porque faremos dezenas de questões em nosso curso
(todas comentadas, é lógico). Com isso, acredito que cercaremos bem a cobrança em
prova desses itens.

TEORIA DA ÉTICA
O tema ética está presente na vida das pessoas. Sejam em pequenas ou grandes
decisões, dilemas éticos surgem cotidianamente. Na escolha entre o caminho fácil e o
mais correto, entre obediência e sentimento, travamos conflitos individuais.

Nesse sentido, a ética é uma ciência de estudo da filosofia, pautada no indivíduo.


O termo “ética” deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). A ética
serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que
ninguém saia prejudicado. Neste contexto, a ética, embora não possa ser confundida
com as leis, está relacionada com o sentimento de JUSTIÇA SOCIAL.

ÉTICA significa COMPORTAMENTO, sendo um conjunto de valores morais e


princípios que norteiam a conduta humana na sociedade.

A ética é objetiva e ocupa-se essencialmente do interesse coletivo. Mas eu não disse


acima que a ética é pautada no indivíduo? Sim, mas ela estuda o comportamento do
indivíduo no corpo coletivo, ou seja, apenas interessa aquelas ações que impactam na
sociedade.

A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais,
ou seja, antecede qualquer lei ou código. Adolfo Sanches Vazquez conceitua que
“Ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, a ética resultaria
numa ciência que estuda e observa o comportamento humano”.

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Evolução Histórica da Ética

A evolução do conceito de ética foi sempre dentro de determinados contextos


específicos elaborados pelo homem. Significa que a evolução do conceito resulta de
condições civilizacionais e de contemporaneidade que foram mudando ao longo do
tempo.

Por outras palavras é a sociedade que determina as regras da ética (seja através das
leis, dos costumes , da Moral, de códigos de conduta ou da deontologia) mas existe
sempre um espaço de consciência individual que permite a cada cidadão estabelecer
as suas fronteiras desde que não infrinja princípios determinados por regras de
conduta sociais.

A ética na civilização Grega: A ética tinha uma relação muito estreita com a política.
Atenas era o ponto de encontro da cultura grega onde nasceu uma democracia com
assembleias populares e tribunais e as teorias éticas incidiam sobre a relação entre o
cidadão e a polis. As correntes filosóficas: ética aristotélica, ética socrática e ética
platónica, têm em comum que o homem deverá pôr os seus conhecimentos ao serviço
da sociedade. A Ética na civilização grega era apenas uma ética normativa. Limitava-
se a classificar os atos do homem.

Após as conquistas de Alexandre Magno, a humanidade presencia uma nova era:


No mundo helenístico e romano, a ética passa a sustentar-se em teorias mais
individualistas que analisam de diversas formas o modo mais agradável de viver a vida.
Já não se tratava de conciliar o homem com a cidade. Em todas as abordagens éticas
estava subjacente a procura de felicidade como o bem supremo a atingir.

A Ética na Idade Média: Na idade média o conceito de ética altera-se radicalmente.


Desliga-se da natureza para se unir com a moral cristã. A influência da igreja, entre os
séculos IV e XIV, impede que nas cidades europeias a ética se afaste das normas que
ela própria dita. Só o encontro do Homem com Deus lhe possibilitará a felicidade.

Ética e moral fundiam-se numa simbiose que a igreja considerava perfeita. Durante
este período a Ética deixa de ser uma opção, passa a ser imposta, confundindo-se com
a religião e a moral. Continua porém apenas a ser normativa.

Idade contemporânea: Surgem ramos diferenciados aplicados nos diferentes


campos do saber e das atividades do ser humano. No Séc. XIX começa a aparecer a
ética aplicada. A ciência e a economia substituem a religião. Começa a falar-se de

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“ética utilitarista”: tudo o que contribua para o progresso social é bom.

Anos 50 a 80, Ética, consumo e sustentabilidade: Sociedade de consumo – cidadão


consumidor

Final do séc. passado: As desigualdades fazem despertar uma consciência cívica. O


consumidor-objeto dá lugar ao consumidor sujeito, mais preocupado com o
significado e as consequências dos seus padrões de consumo. Multiplicam-se os
códigos de ética ou de conduta. Nasce a empresa-cidadã: postura ética empresarial.

Séc. XXI: Ética sustentável – caracterizada pelo respeito pela natureza.

Ética e Filosofia

Do ponto de vista da Filosofia, Ética é a parte da filosofia que estuda os fundamentos


da moral e os princípios ideais da conduta humana, ou seja, tem como objeto de
estudo o estímulo que guia a ação: os motivos, as causas, os princípios, as máximas,
as circunstâncias.

As ações (condutas) são baseadas em juízos éticos que nos dizem o que são o bem, o
mal e a felicidade. Enunciam também que atos, sentimentos, intenções e
comportamentos são condenáveis ou incorretos do ponto de vista moral.

Juízos éticos de valor, que são também normativos, enunciam normas que
determinam o dever de ser dos nossos sentimentos, nossos atos e nossos
comportamentos. São juízos que enunciam obrigações e avaliam intenções e ações
segundo o critério do bem e do mal, ou seja, do correto e do incorreto.

Certas correntes da filosofia costumam distinguir os campos da Ética e da Moral.


Filósofos alemães, por exemplo, frequentemente distinguem as práticas, regras
ou costumes de uma comunidade específica (o campo da moral), dos princípios
formais, e supostamente de caráter universal, implicados na consciência do dever
(o campo da ética propriamente dito).
Outras correntes preferem não fazer essa distinção. Etimologicamente, os dois
termos têm significados semelhantes: “ética” vem do grego ethos, e “moral” do
latim mos, ambos significando “uso” ou “costume”.

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Teorias Éticas

Não existe uma única teoria ética. Assim como existem diversos doutrinadores do
assunto. Para que possamos ter bom êxito, selecionamos algumas das principais e
mais cobradas teorias.

Classificação por Joaquim Moreira

Joaquim Moreira (1999, p. 28) afirma que "os conceitos éticos são extraídos da
experiência e do conhecimento da humanidade". Baseado na lição de Henry R.
Cheeseman (1997), ele ainda diz que "há pelo menos cinco teorias a respeito da
formação dos conceitos éticos", aos quais também denomina como preceitos, a saber:

a. Teoria fundamentalista: propõe que os conceitos éticos sejam obtidos de uma


fonte externa ao ser humano, a qual pode ser um livro (como a Bíblia), um conjunto
de regras, ou até mesmo outro ser humano;

b. Teoria utilitarista: sustenta-se nas ideias de Jeremy Bentham e John Stuart Mill,
para os quais o conceito ético deve ser elaborado "no critério do maior bem para a
sociedade como um todo". Deve-se tomar a decisão que traga o maior bem para o
maior número de pessoas, ou seja, para a coletividade.

c. Teoria kantiana (individualista): defendida por Emanuel Kant, conclamava as


pessoas a saírem da heteronímia (condição em que se é guiado por outros), que
representava o poder das tradições e das crenças, para passar a exercer a autonomia
(governo de si mesmo), guiando-se exclusivamente pela própria razão, promovendo
o próprio interesse. O indivíduo deveria buscar em sua própria razão as regras do que
é certo e justo e fundar nelas a sua conduta moral, ou seja, o indivíduo deve agir em
conformidade com as regras que ele próprio dita para si e que não precisam
necessariamente estar em conformidade com as regras sociais. A essência é que "os
fins justificam os meios", ou seja, os elementos contextuais são irrelevantes. Contudo
é veementemente repudiada na administração pública por violar o princípio da
moralidade administrativa.

d. Teoria contratualista: baseada nas ideias de John Locke e Jean Jacques Rousseau,
parte do pressuposto de que o ser humano assumiu com seus semelhantes a
obrigação de se comportar de acordo com as regras morais, para poder conviver em
sociedade. Os conceitos éticos seriam extraídos, portanto, das regras morais que
conduzissem à perpetuação da sociedade, da paz e da harmonia do grupo social;

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e. Teoria relativista: segundo a qual cada pessoa deveria decidir sobre o que é ou
não ético, com base nas suas próprias convicções e na sua própria concepção sobre o
bem e o mal. Assim sendo, o que é ético para um pode não o ser para outro (SILVA,
2008).

Em síntese:

TEORIA CONCEITO
Fundamentalista Conceitos éticos são obtidos de fontes externas ao ser humano
O conceito ético é baseado no critério do maior bem para a
Utilitarista
sociedade como um todo
Kantiana Os Elementos contextuais são irrelevantes
Os conceitos éticos são extraídos daqueles que harmonizam e
Contratualista
trazem paz a sociedade.
Cada pessoa decide o que é ética com base nas suas convicções
Relativista
pessoais
Classificação por Eduardo Garcia Maýnez

Segundo Maýnez, são formas de manifestação do pensamento ético ocidental:

Ética Empirica: É aquela em que os princípios foram derivados da observação dos


fatos. Mais do que isso, foi a experiência concreta na vida social que levou seus
defensores a provar o fato de que sem os valores éticos a vida social é impossível.
Seus defensores são chamados de “empiristas” e suas teorias da conduta baseiam-se
no exame da vida moral. A ética empírica pode ser enfocada em 4 configurações:

Ética Anarquista - O anarquismo repudia toda norma, todo valor, direito,


moral, convencionalismos sociais, religião. Só tem valor o que não contraria as
tendências naturais. Afirma que o direito (as leis), a moral, a religião são
convenções sociais arbitrárias, fruto da ignorância, do medo e da maldade.
Ética Utilitarista - Para a teoria utilitarista só é bom o que é útil. Os fins
justificam os meios. O utilitarismo pode ser aceito se entendido como o
emprego dos meios (eticamente válidos) para obtenção de fins moralmente
valiosos.
Ética Ceticista – A pessoa que põe em dúvida todas as crenças tidas como
verdadeiras para as demais pessoas. Não se pode dizer com certeza o que é
certo ou errado, bom ou mau, pois ninguém jamais será capaz de desvendar os
mistérios da natureza.

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Ética Subjetivista – Divide-se em subjetivista individual e social (ou específica).


Na primeira, cada qual adota a conduta mais conveniente com a sua própria
escala de valores. Já a específica, o bom, bom, justo, verdadeiro são obtidos por
apreciação coletiva, por indicação da sociedade.

Ética dos Bens: A ética dos bens preocupa-se com a relação estabelecida entre o
proceder individual e o supremo fim da existência humana. Existe um “bem supremo”
a nortear o comportamento. Ele é o fim de todos os meios. Os bens possíveis é a
felicidade, a virtude, o prazer e a sabedoria. A ética dos bens divide-se em:

Ética Socrática - Para Garcia Máynes “a virtude e o saber” é a pedra angular da


ética Socrática – a felicidade é o desejo de todo ser humano, todavia para se
chegar a esta ventura deve observar o caminho reto.
Ética Platônica - Para Platão (427 – 347 a.C), todos os fenômenos naturais são
meros reflexos de formas eternas, imutáveis, as ideias, sugerindo o “mundo das
ideias”. O problema moral não é individual, mas coletivo, social e cabe ao Estado
providenciar educação aos cidadãos para conheçam e pratiquem as virtudes, o
que torná-los-á felizes.
Ética Aristotélica - A ética só depende da vontade da pessoa. Por outro lado
de todas as coisas que nos veem por natureza, primeiro adquirimos a potência,
e mais tarde exteriorizamos os atos.... da mesma forma, tornamos justos
praticando atos justos, e assim, com a temperança, a bravura, etc.” A concepção
da equidade (epiekeia), princípio até hoje relevante para aplicação da lei, traduz
bem a ideia de Aristóteles.
Ética Epicurista - O ideal ético do epicurismo é o que deve procura o prazer o
gozo da vida porém deve existir uma hierarquia entre os prazeres, assim não se
pode procurar o prazer sensual, a luxuria, o gozo insensato, procurando a
elevação do espírito como o primeiro prazer, o sábio identificará a hierarquia
dos valores e priorizara o prazer intelectual ao sensível, o sereno ao violento, o
estético ao grotesco.
Ética Estóica - Ensina a ética da virtude como fim: o estóico não aspira ser feliz,
mas ser bom. Para os estóicos o homem não pode alterar o curso das coisa.
Não tem o poder de modificar o mundo exterior, físico ou histórico. Este é fruto
da Providência, que se encarrega das coisa que não dependem de nós. Quanto
à ética, ela é obrigação do ser humano, potente em relação às coisas que
dependem de nós.

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Ética Formal: É a ética do dever ou da atitude. Immanuel Kant propôs diretriz formal
a que chamou “imperativo categórico” (vale sempre e é uma ordem): “Age sempre
segundo aquelas máximas através das quais possas, ao mesmo tempo, querer que
elas se transformem em lei geral”. A significação moral do agir ético reside na pureza
da vontade e na retidão dos propósitos do agente considerado. Tal retidão de
propósito reside na boa vontade do agente ético comportar-se socialmente conforme
o seu dever e por dever.

Ética dos Valores: É a ética que pressupõe que os valores devam ser ensinados, pois
seus teóricos defendem a ideia de que basta saber o que é a bondade para ser bom.
O construtor dessa teoria foi Sócrates, segundo o qual basta conhecer a bondade para
ser bom. Uma ação é boa (e consequentemente é um dever) se estiver fundamentada
em um valor.

Classificação por Weber

Segundo Weber,

...toda atividade orientada pela ética pode subordinar-se a duas


máximas totalmente diferentes e irredutivelmente opostas. Ela
pode orientar-se pela ética da responsabilidade ou pela ética da
convicção. Não que a ética de convicção seja idêntica à ausência
de responsabilidade. E esta última sinta a ausência de convicção.
Não se trata evidentemente disso. Todavia, há uma oposição
abissal entre a atitude de quem age segundo as máximas da ética
da convicção – em linguagem religiosa, diremos: “O cristão faz
seu dever e no que diz respeito ao resultado da ação remete-se a
Deus”- e a atitude de quem age segundo a ética da
responsabilidade que diz: Devemos responder pelas
consequências previsíveis de nossos dias (1959, p. 185).

Apesar de termos objetivamente só os dois tipos de ética desenvolvidos por Weber,


a tradição filosófica ainda difere os diversos tipos de ética dentro da mesma realidade
social. Assim, faz-se comumente a seguinte divisão:

Ética Normativa: é aquela que se baseia em princípios e regras morais fixas e que
pouco muda com o tempo porque está essencialmente ligada ao seu objeto. Como

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exemplo pode-se citar a ética profissional e a ética religiosa. Nelas as regras devem
ser obedecidas ou deixaremos de ser o profissional ou o religioso. O descumprimento
de suas normas leva-nos a perder a essência do ser.

Ética Teleológica: é aquela cujos valores norteadores são julgados por muitos, até
imorais. Podemos dizer que é oposta à ética normativa, pois para tal ética “os fins
justificam os meios”. Como exemplo pode-se citar a ética da economia neoliberal, em
que os lucros advindos da lei do mercado são sempre “morais”, não importando o
número de excluídos e de miséria que provocaram.

Ética Situacional: é aquela que podemos considerar uma ética amoral, ou seja, seus
agentes não têm os valores bem demarcados em sua consciência. Assim, mudam de
acordo com as circunstâncias e seus interesses de momento. Tudo é relativo e
temporal. Como exemplo pode-se citar a ética de alguns políticos e ‘artistas’, na
sociedade pós-moderna. Para essas pessoas tudo é possível, pois para quem tem
poder vale tudo.

Critérios para a tomada de decisões éticas

Como leciona o Prof. Dejamir da Silva em seu livro “Administração”, as decisões éticas
podem provocar conflitos entre empresa e empregados, entre empregador e
sociedade. As escolhas éticas podem se tornar dilemas de difícil solução. Como
exemplo: a empresa deveria estabelecer exames sobre o consumo de álcool e de
drogas na admissão do empregado ou durante o contrato de trabalho. Isso seria bom
para a comunidade, entretanto pode reduzir a liberdade individual do empregado.
Entre essa escolha e outras, a empresa pode enfrentar esses problemas de difícil
escolha ética.

Para orientar as tomadas de decisões éticas, as empresas devem utilizar diversas


abordagens para descrever os valores que orientam essas tomadas de decisões.
Quatro delas, as mais importantes, são: abordagem utilitária, abordagem do
individualismo, abordagem de direitos morais e abordagem de justiça. Na verdade,
essas abordagens normativas são baseadas em normas e valores que guiam as
tomadas de decisões éticas.

Abordagem Utilitária: O tomador de decisões deve considerar a consequência da


decisão sobre todas as partes e, daí, escolher a que otimize a satisfação do maior
número de pessoas. Essa ética utilitária é utilizada para controlar hábitos pessoais dos

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empregados, como o consumo de álcool e o tabagismo no trabalho, porque esse


comportamento poderia afetar negativamente o local de trabalho.

Abordagem do Individualismo: Na abordagem do individualismo, a preocupação é


com os interesses do indivíduo em longo prazo. A base é a auto orientação do
indivíduo. As forças externas que tendem a restringir devem ser estreitamente
limitadas. O individualismo pode estabelecer a honestidade e a integridade, porque
isso pode dar resultados em longo prazo. Ele está mais próximo do domínio da livre
escolha. Na verdade, essa abordagem do individualismo constrói padrões de
comportamento que as pessoas querem para si.

Abordagem dos Direitos Morais: Os seres humanos possuem, naturalmente, direitos


e liberdades fundamentais: direito ao livre consentimento, direito à privacidade,
direito de liberdade de consciência, direito de livre expressão, direito a processo
adequado e direito à vida e à segurança. Esses direitos morais jamais devem ser
supridos pelo tomador de decisão. Nesse pensamento, uma decisão eticamente
correta é aquela que preservas esses direitos em sua integridade.

Abordagem de Justiça: Para essa abordagem, as decisões morais devem ser


baseadas em padrões de equidade, justiça e imparcialidade. Há três tipos de justiça
que dizem respeito aos administradores: a justiça distributiva, a justiça de
procedimento e a justiça compensatória

A justiça distributiva indica um tratamento diferente a pessoas diferentes e tratamento


igual aos iguais. Homens e mulheres devem receber salários iguais. Entretanto, se as
habilidades são diferentes ou diferentes responsabilidades de trabalho, as pessoas
podem ter tratamentos diferentes, proporcionalmente. A justiça de procedimento é
aquela que requer imparcialidade, ou seja, as regras devem ser aplicadas com
imparcialidade. As regras devem ser criadas com clareza e executadas com firmeza.

A justiça compensatória sustenta que as pessoas devem ser compensadas quando


houver ações prejudiciais indevidas.

Esse tipo de abordagem está mais ligado ao pensamento do domínio da lei, por haver
regras e regulamentos. Ele não requer cálculos complexos, como acontece na
abordagem utilitária; e, também, não justifica interesses próprios da abordagem do
individualismo.

A administração dos recursos humanos, na maioria das leis que a regulamenta, tem
base na abordagem da justiça.

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Juízo de Fato X Juízo de Valor

Qual a origem da diferença entre os dois tipos de juízo? A diferença está entre a
natureza e a cultura.

São aqueles que dizem o que as coisas são, como são e porque
Juízo de Fato
são. Em nossa vida cotidiana, os juízos se fato estão presentes
Constitui avaliações sobre coisas, pessoas, situações, e são
proferidos na moral, nas artes, na política, na religião, enfim,
em todos os campos da existência social do ser humano. Juízos
Juízo de Valor
de valor avaliam coisas, pessoas, ações, experiências,
acontecimentos, sentimentos, estados de espíritos, intenções e
decisões como sendo boas ou más, desejáveis ou indesejáveis

A natureza é constituída por estruturas e processos necessários, que existem em si e


por si mesmos, independentemente de nós. A chuva, por exemplo, é um fenômeno
meteorológico cujas causas e efeitos necessários podemos constatar e explicar.

A cultura, por sua vez, nasce da maneira como os seres humanos se interpretam a si
mesmos, e as suas relações com a natureza, acrescentando-lhe sentidos novos,
intervindo nela, alterando-a através do trabalho e da técnica dando-lhe valores.

Ética Filosófica X Ética Científica

A ÉTICA FILOSÓFICA é aquela que tenta estabelecer princípios constantes e


universais para a boa conduta da vida em sociedade, em suma, tenta estabelecer uma
moral universal, a qual os homens deveriam seguir independentemente das
contingências de lugar e de tempo.

A ética tem como objeto de estudo o estímulo que guia a ação: os motivos, as causas,
os princípios, as máximas, as circunstâncias; mas também analisa as consequências
dessas ações.

Por outro lado, a ÉTICA CIENTÍFICA constata o relativismo cultural e o adota como
pressuposto. Qualifica o bem e o mal, assim como a virtude e o vício, a partir de seus
fundamentos sociais e históricos. Na investigação da ética científica, a pluralidade, a

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diversidade cultural e a dinâmica da sociedade são relevantes.

MEMORIZE:

ÉTICA FILOSÓFICA ÉTICA CIENTÍFICA


Moral Universal Relativismo Cultural
Princípios Universais Depende da Situação
Lei Natural Cultura, Sentimentos
Consciência imutável em qualquer
Relativismo Moral
ambiente ou cultura

Sócrates, considerado o pai da filosofia, dizia que a obediência à lei era o divisor entre
a civilização e a barbárie. Segundo ele, as ideias de ordem e coesão garantem a
promoção da ordem política. A ética deve respeitar às leis, portanto, à coletividade.

Kant afirmava que o fundamento da ética e da moral seria dado pela própria razão
humana: a noção de dever. Mais recentemente, o filósofo inglês Bertrand Russell
afirmou que a ÉTICA É SUBJETIVA, portanto não conteria afirmações verdadeiras ou
falsas. Porém, defendia que o ser humano deveria reprimir certos desejos e reforçar
outros se pretendia atingir o equilíbrio e a felicidade.

Quer um exemplo prático? Imagine que você precisa ir ao banco. Chegando lá há uma
enorme fila, porém você está atrasado para um compromisso. O que você faz? Por
que está com pressa, já vai “furando” a fila? NÃO, CLARO QUE NÃO, pois, é ético
respeitá-la, ou seja, apesar de seu desejo e necessidade, você vai lá para o final da fila,
mantendo assim a harmonia da coletividade ali presente. Quem chegou antes, tem o
direito de ser atendido antes. E essa coisa de respeitar a fila, está em alguma lei?
Também não, pois é um valor arraigado em nossa sociedade.

Ética de responsabilidade e ética de convicção

Na ética da convicção seguimos valores ou princípios absolutos – tais como não matar,
não roubar, não mentir. Neste caso, a intenção é sempre mais importante do que o
resultado concreto das nossas ações. É a ética da moralidade do indivíduo.

A ética da responsabilidade, estabelecida por Maquiavel e aprimorada por Max Weber,


leva em consideração as consequências dos atos dos agentes, geralmente políticos.

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Moral | Focus Concursos

Para a ética da responsabilidade, serão morais as ações que forem úteis à comunidade,
e imorais aquelas que a prejudicam, visando os interesses particulares.

Ética da convicção são as ações morais individuais, praticadas


independentemente dos resultados a serem alcançados. Ou seja, é o “dever pelo
dever”, no dizer de Immanuel Kant (não há regulamento). Ética da
responsabilidade, por sua vez, é a moral de grupo, muito diferente da individual,
pois aquela refere-se a decisões tomadas pelos governantes para o bem-estar
geral, embora, muitas das vezes, possam parecer erradas aos olhos da moral
individual.
Sendo a ética inerente à vida humana, sua importância é bastante evidenciada na
vida profissional, porque cada profissional tem responsabilidades individuais e
responsabilidades sociais, pois envolve pessoas que dessas atividades se beneficiam.

No âmbito empresarial, significa uma filosofia ou ética do serviço. Ou seja, é na medida


em que o meu produto, a maneira de produzi-lo e tudo mais que eu faço em relação
a ele representarem um serviço para o mercado, que minha empresa poderá obter um
resultado econômico válido. Aqui, o valor maior é a solidariedade, o objetivo maior
é o crescimento do outro. O lucro, o benefício econômico, é um subproduto.

MORAL
O termo moral deriva do latim – mos/mores (do latino “morales”), e significa
costumes. Moral é agir de maneira ética. No contexto filosófico, ética e moral
possuem diferentes significados.

Segundo Aranha e Martins (1997, p. 274):

A moral é o conjunto das regras de conduta admitidas em


determinada época ou por um grupo de homens. Nesse sentido, o
homem moral é aquele que age bem ou mal na medida que acata
ou transgride as regras do grupo. A ética ou filosofia moral é a
parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das
noções e princípios que fundamental a vida moral. Essa reflexão
pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção
de homem que se toma como ponto de partida1.

1
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando. Introdução à Filosofia . São Paulo: Moderna. 2ª
ed. 1993.

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Moral | Focus Concursos

São os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade


em determinada época, por isso é mutável. A moral pessoal é formada pela
cultura e tradição do grupo ao qual o indivíduo está inserido.

Segundo Cordi, desde a infância a pessoa está sujeita à influência do meio social
por intermédio da família, da escola, dos amigos e dos meios de comunicação de
massa (principalmente a televisão). Assim, ela vai adquirindo aos poucos princípios
morais. Portanto, ao nascer o sujeito se depara com um conjunto de normas já
estabelecidas e aceitas pelo meio social.

Segundo Aristóteles, as virtudes morais são próprias do caráter, produto do


hábito adquiridas com o tempo, pela vivência na comunidade. Assim, não se
pode afirmar que o homem já nasce com ou sem moral (bom ou mau). O homem
é produto do meio.

Este é o aspecto social da moral. Mas a moral não se reduz ao aspecto social. À
medida que o indivíduo desenvolve a reflexão crítica, os valores herdados passam a
ser colocados em questão. Ele reflete sobre as normas e decide aceitá-las ou negá-las.
A decisão de acatar uma norma é fruto de uma reflexão pessoal consciente que se
chama interiorização. Essa interiorização da norma é que qualifica o ato como moral.
Caso não seja interiorizado, o ato não é considerado moral, é apenas um
comportamento determinado pelos instintos, pelos hábitos ou pelos costumes.

“O conceito ético de que as ações são morais quando elas promovem os


melhores interesses no longo prazo do indivíduo, o que basicamente leva a um
bem maior”. (DAFT, 2007)
A Moral sempre existiu, sendo, portanto anterior ao Direito. Nem todas as regras
Morais são regras jurídicas. A linguagem da moral possui caráter prescritivo significa,
portanto, afirmar que ela não se limita à descrição ou à análise do modo como as
coisas são, mas dita o modo como devem ser. A semelhança que o Direito tem com a
Moral é que ambas são formas de controle social e constituem um padrão para
julgamento dos atos.

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MORAL TRADICIONAL X MORAL MODERNA


A moral tradicional é aquela que repousa sobre a crença em uma autoridade. Por que
devemos aceitar tais e tais mandamentos? Porque os mesmos refletem a vontade
divina, a vontade de um governante ou de qualquer indivíduo no qual reconhecemos
uma autoridade, nossos pais, ídolos, etc. A moral moderna recusa a transcendência e
questiona o fundamento de autoridade.

DEFINIÇÃO DA MORAL

Encontramos no dicionário Houaiss, várias definições de moral, entre elas:

• “Conjunto de valores como a honestidade, a bondade, a virtude etc.,


considerados universalmente como norteadores das relações sociais e da
conduta dos homens.”
• “Conjunto das regras, preceitos característicos de determinado grupo social que
os estabelece e defende.”
• “Cada um dos sistemas variáveis de leis e valores estudados pela ética,
caracterizados por organizarem a vida de múltiplas comunidades humanas,
diferenciando e definindo comportamentos proscritos, desaconselhados,
permitidos ou ideais.”
• “Do latim Moraallis, Mor, Morale – relativos aos costumes.”
• “Parte da filosofia que estuda o comportamento humano à luz dos valores e
prescrições que regulam a vida das sociedades;

MORAL X ÉTICA

Esse é o tópico mais cobrado em provas. Os examinadores tentam confundir o


candidato trocando os conceitos de ética pela moral, ou até mesmo os tratando como
sinônimos. De fato, em sentido amplo são sinônimos. Ambas abordam padrões de
conduta que, em determinado tempo e comunidade, são aceitos e respeitados pelos
que vivem nesse meio.
Já em sentido estrito há diferença. A ética refere-se ao estudos advindos da análise do
comportamento humano e dos valores morais, identificando-os como válidos ou
refutados pela sociedade. A moral tem por base as regras, a cultura e os costumes

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Moral | Focus Concursos

seguidos ordinariamente pelo homem. Essa é a distinção clássica entre ética e moral.

Ética não serve de base somente às relações humanas mais próximas.


Ela também trata das relações sociais dos homens, na medida em
que alguns filósofos consideram a ética como a base do direito ou
da justiça, isto é, das leis que regulam a convivência entre todos os
membros de uma sociedade.
Já a ética, num sentido restrito, diferentemente da moral, trata de
estudar sobre a aceitação de alguns comportamentos como
legítimos.

Assim, podemos concluir que a ética é uma ciência sobre o comportamento moral dos
homens em sociedade e está relacionada a filosofia. Além disso, a ética pode levar a
modificações na moral, com aplicação universal, guiando e orientando racionalmente
e do melhor modo a vida humana. Fique atento as principais diferenças:

Moral é definida como conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores


que norteiam o comportamento [obediência] do indivíduo no seu grupo social que
variam com o tempo, ou seja, é temporal. A moral é normativa, traz comandos que
devem ser obedecidos. É o conjunto de princípios e regras de conduta existentes em
um determinado grupo social, de acordo com os valores ali estabelecidos e com o
momento histórico vivido.

Ética é definida como a teoria, o conhecimento ou a ciência do comportamento moral,


que busca explicar, compreender, justificar e criticar a moral ou as morais de uma
sociedade. A ética é atemporal, filosófica e científica. Ciência técnica responsável pelo
estudo dos julgamentos que o homem faz quando se depara com uma tomada de
decisão entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o
oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, ou seja,
a ética explica as razões da existência de determinada realidade e proporcionar a
reflexão sobre o comportamento moral dos homens em sociedade.

O “mundo dos valores” se estabelece a partir da interação entre a ética e a moral, e


que, enquanto a ética reflexiona e teoriza, a moral é prática e aplicada, ou seja, está
relacionada com as ações dos cidadãos na sociedade.

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ÉTICA MORAL

Reflexão Ação

No sentido prático, a finalidade da ética, da moral e do direito são muito semelhantes.


Todas são responsáveis e objetivam construir as bases que vão guiar a conduta do
homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor
forma de agir e de se comportar em sociedade.

AÇÕES DO HOMEM E FENÔMENOS DA NATUREZA2F2


“A ética envolve um processo avaliativo especial sobre o modo como os seres
humanos intervêm no mundo ao seu redor, principalmente quando se
relacionam com os seus semelhantes.
Assim como os fenômenos da natureza (movimentos das rochas, dos mares e
dos planetas, etc.), as ações humanas também modificam o mundo. Contudo,
esses dois tipos de eventos - naturais e humanos - são apreciados por nós de
formas completamente distintas.
Quando se trata de uma ação humana, por exemplo um roubo praticado por
alguém, fazemos não apenas uma avaliação moral do aspecto exterior, visível, do
evento (a apropriação indevida de algo que pertence a outra pessoa), mas
principalmente uma avaliação moral do sentido dessa ação para o agente que a
pratica, em um esforço para compreender as suas intenções.
Quando, porém, se trata de um fenômeno da natureza, como uma acomodação
de placas da crosta terrestre que causa terremotos na superfície do planeta, essa
avaliação moral não ocorre, exatamente porque não há como atribuir uma
intenção àquela força.
Vamos a um exemplo: não é incomum vermos na imprensa denúncias contra
agentes públicos que se apropriam indevidamente de recursos do Estado,
prejudicando, assim, investimentos nas políticas públicas e atendimento das
demandas sociais.

2
Retirado de ENAP 2008 - Enap e Uniserpro

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Conduta, Princípios e Valores | Focus Concursos

Muitas catástrofes naturais, em sua manifestação exterior e visível, provocam


destruição e morte. São frequentes as notícias de terremotos, tempestades e
furacões que devastam cidades inteiras, causando um número grande de vítimas.
Porém, a repulsa e a indignação com o desvio de verbas públicas é muito mais
significativo”.

Aproveitemos o item para explorar as distinções entre ética e moral.


Conceito SUBJETIVO
Conceito OBJETIVO

ÉTICA MORAL
Moral é Conduta
Ética é Princípio
Específica

Ética é Permanente Moral é Temporal

Ética é Universal Moral é Cultural


Regras
Conciência
Moral é Conduta da Sociais
Ética é Regra
Regra

Ética é Teoria Moral é Prática

Ética é Reflexão Moral é Ação

Ética Trata do
Ética Trata do Bem/Mal
Certo/Errado

CONDUTA, PRINCÍPIOS E VALORES

CONDUTA
A ética no serviço público está diretamente relacionada com a conduta dos
funcionários que ocupam cargos públicos. Tais indivíduos devem agir conforme um
padrão ético, exibindo valores morais como a boa fé e outros princípios necessários
para uma vida saudável no seio da sociedade. Ética diz respeito ao cuidado do servidor
público com a sua conduta, de modo a considerar sempre os efeitos desta na
realização dos próprios interesses.

Manifestação de comportamento do indivíduo - Esta pode ser boa ou má,


dependendo do código moral, ético do grupo onde aquele se encontra.

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Conduta, Princípios e Valores | Focus Concursos

Conduta vem do latim conducta e é uma manifestação do comportamento do


indivíduo. É, de acordo com o dicionário Melhoramentos (1997, p. 30), procedimento
moral (bom ou mau).

O dicionário Michaelis (2010) a define como Condução. Reunião de pessoas que são
conduzidas para algum lugar por ordem superior. Procedimento moral;
comportamento. Comportamento consciente do indivíduo, influenciado pelas
expectativas de outras pessoas.

E, ainda, segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa (2008, p. 141), conduta


é ato de conduzir; conjunto de pessoas conduzidas para algum lugar; procedimento;
comportamento.

É possível também encontrar definições doutrinárias, como as do autor Antônio Lopes


de Sá (2001) no sentido de que a conduta do ser é a resposta a um estímulo mental,
ou seja, é uma ação seguidora de um comando do cérebro e, ao se manifestar variável,
também pode ser observada e avaliada.

VALORES
Valores são o conjunto de normas que corporificam um ideal de perfeição buscado
pelos seres humanos: solidariedade, verdade, lealdade, bondade etc. Essas atitudes
orientam o comportamento ético e classificam a conduta (honesta ou desonesta; boa
ou ruim etc.).

São conceitos que adquirimos ao longo da vida com base nos ensinamentos e
influências que recebemos. Tais conceitos norteiam nossa forma de ver o mundo
e de agir em sociedade, impondo limites ao nosso comportamento, uma vez que
muitas vezes tais valores entram em conflito com nossos desejos.

Segundo Max Scheler, (1874-1928) os valores são objetivos e dispostos em ordem


eterna o que torna possível hierarquiza-los. Deste modo, juízo (faculdade de julgar de
avaliar, faculdade de pensar o particular como inserido no geral), é então, um
julgamento crítico sobre as escolhas humanas, uma reflexão propositiva das relações
existentes entre meios e fins de nossa ação no mundo.

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Conduta, Princípios e Valores | Focus Concursos

Os valores refletem as características intrínsecas (internas) da organização. No


entanto, esses valores podem ser modificados, de acordo com as prioridades,
ambiente, tempo e outros fatores organizacionais.

Os valores se organizam na seguinte escala de importância:

01. ÉTICO é o juízo sobre o bem e o mal. Diz daquilo que é vital/Vida.

02. MORAL e a ação normativa do comportamento, costumes, hábitos, normas


e leis. Diz do Convívio Humano em sociedade.

03. MATERIAL é o juízo sobre o que é necessário para a sobrevivência humana.

04. RELIGIOSO é o juízo sobre o que é bom para o espírito e diz das coisas da
alma. O valor

05. ESTÉTICO, que opera um juízo sobre o belo e o feio e diz das coisas do
mundo sensível, da Natureza.

06. UTILIDADE que se refere ao juízo do que é melhor e pior e diz das coisas e
dos objetos.

Axiologia (do grego "valor" + "estudo, tratado") é o estudo de valores , uma


teoria do valor geral, compreendido no sentido moral. A axiologia estuda o
fenômeno da atribuição de valores, por parte do sujeito, a um ente qualquer.
Apesar da estreita relação que mantêm entre si, são, no entanto, distintas:
enquanto a axiologia significa o estudo ou tratado dos valores, ou seja, uma
reflexão filosófica sobre os valores, sua natureza, características, estrutura,
conhecimento e teorias, os valores, enquanto tal, constituem o seu objeto de
estudo.

PRINCÍPIOS
Conforme SUNDFELD 3 , princípios são “ideias centrais de um sistema, ao qual dão
sentido lógico, harmonioso, racional, permitindo a compreensão de seu modo de se
organizar-se".
São norteadores que orientam as pessoas em diversas situações. Cada sociedade

3
SUNDFELD, Carlos Ari. Licitação e Contrato Administrativo. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 1995.

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Conduta, Princípios e Valores | Focus Concursos

forma, ao longo de sua história, seus princípios. Os princípios, são requisitos de


otimização na aplicação das regras.
As provas tendem a cobrar a diferença entre princípios e regras. CANOTILHO4 explica
que regras são normas que dispõem exigências imperativas (normas obrigatórias que
impõem, permitem ou proíbem).

Ainda, com base em Dworkin e Alexy, Canotilho (ibidem) ensina que existe uma
diferença qualitativa e não de grau entre regras e princípios em aspectos:

1) os princípios são normas jurídicas impositivas de uma otimização,


compatíveis com vários graus de concretização, consoante os
condicionamentos fáticos e jurídicos; as regras são normas que prescrevem
imperativamente uma exigência (impõe, permitem ou proíbem) que é ou não
é cumprida; convivência dos princípios é conflituosa; a convivência de regras
é antinômica. Os princípios coexistem as regras se excluem.

2) consequentemente, os princípios, ao constituírem exigências de otimização,


permitem o balanceamento de valores e interesses (não obedecem, como as
regras, à “lógica do tudo ou nada”), consoante o seu peso e a ponderação de
outros princípios eventualmente conflitantes; as regras não deixam espaço
para qualquer outra solução, pois se uma regra vale (tem validade) deve
cumprir-se na exata medida das suas prescrições, nem mais nem menos.

3) em caso de conflito entre princípios, estes podem ser objeto de ponderação,


de harmonização, pois eles contêm apenas “exigências” ou “standards” que,
em prima facie, devem ser realizados; as regras contêm “fixações normativas”
definitivas, sendo insustentável a validade simultânea de regras
contraditórias.

(4) os princípios suscitam problemas de validade e peso (importância,


ponderação, valia); as regras colocam apenas questões de validade (se elas
não são corretas devem ser alteradas).

Depreende-se que, enquanto as regras são comandos definitivos, os princípios são


normas de otimização, que comportam uma ideia de gradação capaz de permitir sua
aplicação de forma ponderada.

4
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 6. ed. Revista. Coimbra (Portugal): Livraria
Almedina, 1993. Disponível em http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=76a46a2fef5c9dd7

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Administração Pública e Ética | Focus Concursos

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E ÉTICA

O estado é a instituição de mais alto poder na sociedade. Suas decisões afetam


profundamente a vida dos cidadãos e para isso convergem forças representando
interesses diversos e conflitantes.

Além disso, o Estado reclama para si o monopólio de certas atividades e decisões que
tornam inevitáveis as pressões contraditórias da sociedade (SERPRO – ENAP, 2007).

O decoro, a probidade e a integridade não são apenas patrimônios pessoais. São


caracteres imediatamente transferidos à “personalidade do Estado”. Uma
administração pública proba e íntegra, atenta ao decoro, é função direta da probidade
e integridade de seus servidores.

As ações do estado encontram-se norteados por diversos princípios dentre os quais


destaca-se o da legalidade, que delimita o campo de atuação possível do Estado e
garante aos cidadãos a titularidade de direitos. No entanto, sendo o Estado um ser
ético-político, a avaliação da conduta de seus agentes não pode pautar-se, apenas,
pelo aspecto da legalidade. Revela-se imperiosa a verificação quanto a obediência aos
preceitos éticos que estejam disseminados na própria sociedade. A ética na
condução da res publica emerge como instrumento eficaz de proteção dos direitos
fundamentais, a exemplo da liberdade e da igualdade.

A governança pública, segundo Matias-Pereira (2008) está apoiada em quatro


princípios:

Governança
Pública

Relações Éticas
Transparência
Conformidade
Prestação de Contas Responsável

Os conceitos dos princípios de transparência e prestação de contas são os mesmos


aplicáveis à governança na gestão privada. As relações éticas dizem respeito a
permissões de ações, cujo parâmetro limitador é a não nocividade social; a
conformidade refere-se à compatibilidade dos procedimentos com as leis e

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Administração Pública e Ética | Focus Concursos

regulamentos

A Administração Pública se constitui no instrumental de que dispõe o Estado para


implementar as prioridades do Governo. Assim, merece atenção especial o estudo
acerca das ações empreendidas pelo gestor da coisa pública, sobretudo em relação
ao grau de aderência ao interesse público (efetividade). Deve haver compatibilidade
entre as prioridades de governo e o querer da coletividade.

O governante tem a obrigação de prestar contas dos seus atos com transparência
suficiente para que a sociedade, sob a análise da conformidade e do desempenho,
possa avaliar a sua gestão e, em razão disso, ratificá-la ou refutá-la (O'DONNELL,
1998).

Essa prestação de contas é chamada de accontability. É a capacidade de prestar


contas, de se fazer transparente. Na gestão pública, parte de uma perspectiva
ampla, surgindo como um instrumento a serviço da manutenção dos ideais
democráticos de um país, controlando tanto os processos como os resultados a
serem alcançados.
Esse instrumento de análise pressupõe, de um lado, a conformidade da
organização às leis que regulam suas atividades e, de outro lado, o DESEMPENHO OU
PERFORMANCE ADERENTE ÀS EXPECTATIVAS E AOS DESEJOS DA SOCIEDADE como um todo.

No caso brasileiro, esta rede de agências de accountability englobaria, dentre outros,


o Ministério Público, o sistema de controle interno dos Poderes, o Poder Judiciário e
os Tribunais de Contas. Estes últimos foram, sobretudo a partir da edição da Lei de
Responsabilidade Fiscal, alçados à condição de grandes provedores de informações
sobre a gestão pública.

Aos Tribunais de Contas compete verificar o cumprimento da Lei de Responsabilidade


Fiscal, que está erigida sobre alguns pilares, dentre os quais, o da transparência. Assim
entendida, não só a disponibilização de informações, mas sobretudo a compreensão
dos dados divulgados por parte do cidadão mediano. O objetivo mais nobre do
princípio da transparência é permitir e estimular o exercício do controle social, a mais
eficaz das formas de controle da conduta do gestor público.

A Administração
A Administração A vontade da
Pública rege-se pelo
Pública não tem Administração é
princípio da legalidade
vontade a lei
estrita

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Administração Pública e Ética | Focus Concursos

Mas, se a Administração Pública é orientada por valores que definem sua própria
finalidade, como e de que jeito entra a Ética?

Na Administração Pública a ética é orientada especialmente para a dimensão do


agente público em si, como padrões de comportamento pré-formatados como
(IM)próprios pelo Código de Ética do Servidor Público (Decreto 1.171).

Exige-se ética na vida pública porque as pessoas não apenas desejam o cumprimento
da lei, mas sim o seu bom cumprimento. Capturar essa dimensão do bom
cumprimento da lei é tarefa difícil, mas que caberia perfeitamente a um código de
ética.

Por outro lado, também não faria sentido ter um código de ética que apenas repetisse
o que já está plenamente determinado e assegurado na lei. Para evitar que um código
de ética seja uma repetição do que já é proposto por lei, é preciso que tal documento
explicite valores afirmados por um grupo e, em seguida, solidifica-lo através de
normas que sirvam de instrumentos para realizar os valores afirmados.

Deve articular princípios e valores que frequentemente entram em choque,


colocando-se em perspectiva, a fim de conciliá-los ou priorizá-los. Isso pode ser útil
na resolução de dilemas morais, vividos justamente por aqueles que procuram uma
conduta ética. (SERPRO - ESAF, 2007)

Em tese, desconsidera-se a circunstância de que o agir da Administração Pública


nunca é unipessoal, mas, normalmente, é processualizado e envolve uma
multiplicidade de Agentes.

No modelo constitucional vigente, é no campo da ética que se poderá construir os


argumentos que vão legitimar as escolhas públicas, numa sociedade plural, e portanto,
conflitiva.

A configuração principal da ética é solucionar conflitos de interesses baseando-


se em argumentos universais.

A ética na função pública é a criação de uma cultura de justificação de escolhas,


delimitando parâmetros objetivos para a formulação dessas escolhas, que substituam

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Administração Pública e Ética | Focus Concursos

os critérios de racionalidade emanados de lei.

A ética integra o
O princípio ideal de
universo da
conduta é da
Administração Pública, A ética deve
ADministração
seja pela consagração focar menos
Pública em si e não
do princípio da nos agentes e
de seus agentes
moralidade, seja por mais na função
individualmente
seus compromissos
considerados
valorativos

Os Sete Princípios da Vida Pública0F5


Em maio de 1995, foi encaminhado ao primeiro-ministro do Reino Unido um
relatório elaborado pela assim chamada Comissão Nolan, sobre normas de
conduta na vida pública britânica. A Comissão, presidida por Lord Nolan (cujo
nome se aplica também ao relatório), reuniu-se durante seis meses, recebeu
cerca de duas mil cartas e ouviu mais de cem pessoas em audiências públicas.
Seu trabalho concentrou-se sobre questões relativas ao Parlamento, a ministros
e a servidores do Executivo e às organizações não governamentais semi-
autônomas. O Relatório Nolan é um documento sóbrio que detecta e discute
problemas de um serviço público do qual os britânicos muito se orgulham, pelo
menos desde o século XIX.
A Comissão Nolan, basicamente, tenta salvaguardar uma esfera pública eficiente,
distinguindo-a, com nitidez, do domínio privado dos indivíduos. A tentação de
beneficiar-se a qualquer custo é humana, demasiadamente humana. A Comissão
pressupõe isso, de modo tácito, e estabelece padrões para afastar interferências
privadas ilegítimas, mantendo o interesse coletivo, de forma eficiente e acima de
suspeitas insuperáveis. Neste ponto, a estratégia da Comissão Nolan é
estabelecer um conjunto de princípios simples, objetivos e abrangentes,
aplicáveis a toda a vida pública. São eles
1. Interesse Público: Os ocupantes de cargos públicos deverão tomar decisões
baseadas unicamente no interesse público. Não deverão decidir com o objetivo
de obter benefícios financeiros ou materiais para si, sua família ou seus amigos.
2. Integridade: Os ocupantes de cargos públicos não deverão colocar-se em
situação de obrigação financeira ou de outra ordem, para com indivíduos ou

5
ENAP. Ética no Serviço Público – A reflexão estrangeira.

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Ética empresarial e profissional | Focus Concursos

organizações externas, que possa influenciá-los no cumprimento de seus deveres


oficiais.
3. Objetividade: No desempenho das atividades públicas, inclusive nomeações,
concessão de contratos ou recomendação de pessoas para recompensas e
benefícios, os ocupantes de cargos públicos deverão decidir apenas com base no
mérito.
4. “Accountability” (Prestação de contas): Os ocupantes de cargos públicos são
responsáveis perante o público por suas decisões ou ações e devem submeter-
se a qualquer fiscalização apropriada ao seu cargo.
5. Transparência: Os ocupantes de cargos públicos devem conferir às suas
decisões e ações a maior transparência possível. Eles devem justificar suas
decisões e restringir o acesso à informação somente se o interesse maior do
público assim o exigir.
6. Honestidade: Os ocupantes de cargos públicos têm o dever de declarar
quaisquer interesses particulares que tenham relação com seus deveres públicos
e de tomar medidas para resolver quaisquer conflitos que possam surgir, de
forma a proteger o interesse público.
7. Liderança: Os ocupantes de cargos públicos devem promover e apoiar estes
princípios, através da liderança e do exemplo. Esta lista vem acompanhada de
uma observação, que declara os princípios aplicáveis a qualquer aspecto da vida
nacional. Eles devem ser empregados por todos que, de alguma forma, prestem
serviços públicos. Isso implica que também os setores terceirizados estão a eles
sujeitos.
Ainda, o ordenamento jurídico brasileiro é cheio de regulamentos éticos, sejam elas
repressivas, educativas ou estimuladoras de comportamento ético. Um exemplo claro
são os direitos fundamentais estabelecida na Constituição Federal. Nada mais é que
uma forma de promover a conduta ética do Estado e de seu povo. O texto
constitucional ampara os valores morais da boa conduta, boa-fé e ética com pilares
do equilíbrio entre o cidadão e a sociedade.

ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL


ÉTICA PROFISSIONAL

Segundo Juan Mozzicafreddo, a ética profissional é um procedimento e um modelo

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Ética empresarial e profissional | Focus Concursos

de ação. Em face da utilização dos recursos públicos, das decisões vinculantes que
afetam os indivíduos e dos riscos e incertezas da sociedade, uma prática administrativa
e política alheada das exigências dos cidadãos, em matéria de responsabilidade,
aprofunda o deficit de legitimidade e de desempenho dos sistemas administrativo e
político.

De igual forma, o servidor público deve assumir o compromisso de promover a


igualdade social, de lutar para a criação de empregos, desenvolver a cidadania e de
robustecer a democracia. Para isso ele deve estar preparado para pôr em prática certas
virtudes que beneficiem o país e a comunidade a nível social, econômico e político.

Um profissional que desempenha uma função pública deve ser capaz de pensar de
forma estratégica, inovar, cooperar, aprender e desaprender quando necessário,
elaborar formas mais eficazes de trabalho. Infelizmente os casos de corrupção no
âmbito do serviço público são fruto de profissionais que não trabalham de forma ética.
O indivíduo precisa cumprir com suas responsabilidades e atividades da profissão,
seguindo os princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.

Ética profissional é o conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em


prática no exercício de qualquer profissão. Seria a ação "reguladora" da ética
agindo no desempenho das profissões, fazendo com que o profissional respeite
seu semelhante quando no exercício da sua profissão

A ética profissional estuda e regula o relacionamento do profissional com sua clientela,


visando à dignidade humana e a construção do bem-estar no contexto sociocultural
onde exerce sua profissão.

O código de ética não deve ser entendido como um instrumento disciplinar e


repressivo, mas sim como um conjunto de regras de conduta – deveres – de
determinado grupo social. É a ética deontológica defendida por Kant que é
externalizada pelos códigos de ética.

Um código de ética profissional oferece, implicitamente, uma série de


responsabilidades ao indivíduo. Atinge todas as profissões e quando falamos de
ética profissional, estamos nos referindo ao caráter normativo e até jurídico que

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Ética empresarial e profissional | Focus Concursos

regulamenta determinada profissão, a partir de estatutos e códigos específicos, assim,


como a ética médica, do advogado, engenheiro, administrador, biólogo etc. Acontece
que, em geral, as profissões apresentam a ética firmada em questões muito relevantes
que ultrapassam o campo profissional em si.

ÉTICA EMPRESARIAL
De acordo com LAURA L. NASH (2001, p. 06) ética empresarial é “o estudo da forma
pela qual, normas morais pessoais se aplicam às atividades e aos objetivos da empresa
comercial. Não se trata de um padrão moral separado, mas do estudo de como o
contexto dos negócios cria seus problemas próprios e exclusivos à pessoa moral que
atua como um gerente desse sistema”.

Continua a mesma autora que a ética nos negócios “reflete as escolhas que os
administradores fazem no que diz respeito às suas próprias atividades e às do restante
da organização.” (Ibid., p. 07).

A ética empresarial é a forma moralmente correta com que as empresas interagem


com o seu meio envolvente. A ética em si é referente à teoria da ação justa e moral,
tendo frequentemente um significado equivalente ao da filosofia moral. Da mesma
forma que a ética estabelece as leis que determinam a conduta moral da vida pessoal
e coletiva, a ética empresarial determina a conduta moral de uma empresa, seja ela
pública ou privada.

A ética empresarial fortalece uma empresa, melhorando a sua reputação e tendo


também um impacto positivo nos seus resultados. Uma empresa que cumpra
determinados padrões éticos vai crescer, favorecer a sociedade, os seus fornecedores,
clientes, funcionários, sócios e até mesmo o governo.

A ética empresarial é uma prática essencial de uma empresa, assim como a


responsabilidade social e responsabilidade socioambiental. Um dos grandes
benefícios da ética empresarial é que ela é reconhecida e valorizada pelo cliente,
sendo estabelecida uma relação de confiança.

Ética Ética
Lucratividade
Empresarial Empresarial

Essa relação, baseada na satisfação do cliente, vai originar lucro para a empresa
[indiretamente], ajudando a que ela cumpra os seus objetivos. No entanto, a confiança

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Ética empresarial e profissional | Focus Concursos

com o cliente é algo que pode demorar certo tempo, e pode ser perdida com algum
erro cometido a nível empresarial.

A ética empresarial é a razão de ser de uma empresa, e as empresas que não


funcionam de forma ética, por exemplo, tentando ganhar dinheiro fácil enganando os
clientes, estão condenadas ao fracasso.

O gerenciamento da ética nas empresas e das relações de trabalho é um dos pilares


de sustentação das empresas. As instituições que pretendem ter vida longa
necessitam estabelecer relações éticas com todos os seus públicos. Quanto mais ética,
mais sucesso empresarial.

Ética Sucesso
Comercial Empresarial

Em negociações comerciais, a necessidade da existência de regras de


comportamentos, bem como direitos e deveres respeitados e obedecidos é talvez
ainda mais importante. Em ética empresarial, a menor das infrações provoca um
impacto gravíssimo na reputação de uma companhia ou das equipes que a compõe.
O que foi construído em um longo tempo é perdido rapidamente.

Um exemplo recente de prejuízo foi de uma empresa de tecnologia que numa atitude
de tentar subordinar uma parte do processo de negociação, teve um prejuízo de 1,4
bilhões de dólares. Quanto mais houver obediência espontânea de ética, menos
tempo e dinheiro serão desviados para a defesa de eventuais comportamentos não
éticos.

GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS


Há empresas que possuem seus códigos de conduta. É uma demonstração à
sociedade sobre seus pressupostos éticos. A finalidade da empresa, sob a ótica da
teoria clássica é a maximização dos lucros.

Um Código de ética é um instrumento que busca a realização dos princípios,


visão e missão da empresa/órgão. O conceito de ética subjacente aos códigos de
ética é o da ética de responsabilidade.

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Ética empresarial e profissional | Focus Concursos

Modernamente, o escopo empresarial ancora-se, também, no conceito da exploração


da atividade econômica, sob a ótica de que ela (empresa) é algo mais que um negócio.
Além do interesse da empresa em si, há um interesse social a ser perseguido. A
empresa que adota uma cultura ética, possivelmente, reduzirá seus custos de
coordenação.

Segundo Mestre Ercílio Denny:"A cultura do conflito é mais cara que a cultura da
cooperação". A empresa que não pugna por um comportamento ético, estará,
fatalmente, fadada ao insucesso.

Infelizmente há diferença de tratamento tanto na gestão de empresas privadas quanto


nas empresas públicas. Na empresa privada, é necessário ser flexível ou a empresa não
terá lucro e com o tempo terá que fechar as portas. Já na empresa pública é diferente.
As diferenças entre a gestão da empresa privadas e públicas é que a enquanto na
primeira o gestor pode fazer tudo aquilo que não for proibido, na outra é necessário
seguir o que a lei manda, dentro dos rigores dos ritos administrativos.

Devemos esclarecer ainda que, todos os códigos de ética profissional, trazem em


seu texto a maioria dos seguintes princípios: honestidade no trabalho, lealdade na
empresa, alto nível de rendimento, respeito à dignidade humana, segredo profissional,
observação das normas administrativas da empresa e muitos outros.

A ÉTICA NAS EMPRESAS COMO FATOR DE PRODUÇÃO


A caracterização da ética como fator de produção foi feita primeiramente pelo
economista Giannetti (1993 e 2000). A ideia central de Giannetti é demonstrar que,
embora o mercado seja notadamente o melhor espaço para as trocas de bens e
serviços, não pode prescindir da ética. Uma de suas conclusões é que a riqueza ou a
pobreza de uma nação deve ser buscada na qualidade ética de seus jogadores, isto é,
de todos os agentes econômicos, sociais e políticos envolvidos.

Com este raciocínio, Giannetti torna visível que a ética não pode ser tida como ameaça,
e sim como aliada para o sistema econômico. Lipovetski (1994) e Srour (2000) também
defendem que a ética é um excelente negócio e é fundamental delimitar as noções de
ética empresarial a partir de questões práticas; de atos e não simplesmente de
discursos bem intencionados dos líderes.

As éticas empresariais constituem-se a partir de deliberações, em função de análises


das circunstâncias, dos propósitos, da razão, dos resultados previsíveis, dos
prognósticos e dos fatores condicionantes. Elas têm como fundamentos níveis
elevados de incertezas, flexibilizações e análises de risco.

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Ética e Cidadania | Focus Concursos

Assim, ao chamar para si a responsabilidade por seus atos, o líder transforma a ética
em diferencial não apenas para si, mas, sobretudo, para as sociedades
contemporâneas. Empresas que se antecipam, isto é, que tomam decisões éticas, têm
se destacado em todos os domínios da vida associativa por uma razão: fidelização de
clientes.

A organização, para ser classificada como ética, precisa: sentir-se livre em relação a
subornos e chantagens de governos, de fornecedores e de outros, para tomar
decisões; assumir responsabilidades pelas tomadas de decisão; e, ainda, as decisões,
conscientemente, não deverão ser abusivas em relação ao outro, se considerarmos
que ninguém é ético em relação a si mesmo mas sempre em relação ao outro.

No que diz respeito ao outro, é necessário qualificar de quem se trata ou quem ele é.
Em termos concretos, o outro pode ser o vizinho, o pai, a mãe, o irmão, o sócio, a
empresa, o governo, a sociedade, o Planeta. Retomando a definição, sempre que se
age livremente, movido por princípios íntimos ou valores calculistas e úteis à
organização à qual se faz parte, está-se diante de possibilidades objetivas de ser mais
ou menos abusivo face a quem quer que seja o outro. O raciocínio é válido para toda
e qualquer circunstância que envolva seres vivos.

Sendo assim, a ética implica decidir o destino de outros seres que estão em volta.
Quando um líder decide o que, como e quanto produzir, e assim inicia o processo
produtivo, não está decidindo apenas o seu destino, mas os destinos de todos aqueles
que serão atingidos por tais escolhas.

Estas últimas podem ser emancipatórias ou abusivas, sobretudo para aqueles que
estão envolvidos no jogo, como fatores de produção, e não como seres humanos.
Note-se que no centro da problemática exposta reina a questão ética. É possível
pensá-la, também, como fator de produção? É evidente que sim. Se a trajetória da
ascensão e expansão do capitalismo engendrou e legitimou percepções abusivas no
que se refere aos fatores de produção, tais percepções veem-se obrigadas a receber
reparos.

ÉTICA E CIDADANIA
Segundo Dalmo Dallari (2008), "a cidadania expressa um conjunto de direitos que
dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu
povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da
tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social".

Segundo o dicionário Aurélio, cidadão é aquele indivíduo no gozo dos direitos civis

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e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este, ou


habitante da cidade, indivíduo, homem, sujeito.

Para a ética, não basta que exista um elenco de princípios fundamentais e direitos
definidos nas Constituições. O desafio ético para uma nação é o de universalizar os
direitos reais, permitido a todos cidadania plena, cotidiana e ativa.

A atitude de ceder um assento a um idoso em um transporte


coletivo constitui um exemplo de comportamento relacionado à
cidadania. Este é um exemplo que demonstra um conceito ético
universal, não expresso em qualquer código. É a transformação de
valores e princípios em atitudes que atendam aos interesses
coletivos.

A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista


da humanidade através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade,
melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações
arrogantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não
desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e
que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena
cuja conquista, ainda que tardia, não deverá será obstada (SANTANA, 2008).

A escravidão era legal no Brasil até 120 anos atrás. As mulheres brasileiras
conquistaram o direito de votar apenas há 60 anos e os analfabetos apenas há
alguns anos. Chamamos isso de ampliação da cidadania (MARTINS, 2008).

Hoje, no entanto, o significado da cidadania assume contornos mais amplos, que


extrapolam o sentido de apenas atender às necessidades políticas e sociais, e assume
como objetivo a busca por condições que garantam uma vida digna às pessoas

O conceito de cidadania está fortemente ligado ao de democracia. Na antiguidade


clássica, ser cidadão era ter participação política. A palavra cidadão servia para
definir, na Grécia antiga, o indivíduo nascido na Pólis e que tinha direitos
políticos. Com o tempo o conceito de cidadania foi se ampliando para além dos
direitos, hoje ela está associada aos direitos e deveres dos indivíduos. Quando
falamos de direitos e deveres, devemos entender como cidadania a preocupação e
o exercício de ações que garantam o desenvolvimento harmonioso da sociedade e
a preservação dos direitos alheios. Ser cidadão, não é simplesmente cobrar seus
direitos, mas lutar para defender os interesses dos nossos semelhantes. O pleno

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exercício da cidadania e da democracia estão associados a ideia de igualdade entre


os indivíduos.
Fundamentalmente, a acepção que se tem de cidadania abrange duas dimensões. A
primeira está intrinsecamente ligada e deriva dos movimentos sociais, que,
geralmente, encampa a luta por direitos. O exercício da cidadania relaciona-se com a
consolidação da democracia. Todavia, a falta de conhecimento efetivo de tais direitos
não configura falta de cidadania. Por sua vez, o conhecimento dos direitos
inerentes a pessoa amplia o exercício da cidadania.

A segunda, além da titularidade de direitos, é aquela que deriva do republicanismo


clássico, enfatizando a preocupação com a coisa pública (res pública).

O gestor público, ocupa cargo de natureza transitória, e os bens que ele administra,
não é dele, é coisa pública. Por isso, os agentes públicos devem representar o povo,
atuando de maneira ética e moral. O descaso com a “coisa pública”, a confusão
patrimonial, os casos de corrupção, veem sendo cada vez mais refutados pela
sociedade.

Vale lembrar que DEMOCRACIA é o sistema político onde o povo é soberano.

Kant enumerava algumas características comuns do que se entende por ser um


cidadão. A primeira é a autonomia. Os cidadãos têm de ter a capacidade de conduzir-
se segundo seu próprio arbítrio. A segunda é a igualdade perante a lei. A terceira é a
independência, ou seja, a capacidade de sustentar-se a si próprio.

Max Weber se ocupou-se com a fundamentação ética das ações políticas, que
demandam senso moral diferenciado das ações individuais. Para o autor, dois são os
tipos de fundamentação ética que distinguem as boas e as más razões dos atores
políticos: o de natureza “principiológica preestabelecida” (como os são os Dez
Mandamentos) e o da categoria que visa a “resultados” (a educação do maior número
de pessoas, por exemplo).

Weber chama a primeira de ética de convicção (correspondente à ética de deveres), e


a segunda, de ética de fins, que dá legitimidade, por ele denominada de ética de
responsabilidade. Esta própria e adequada à política, pois não é pautada no valor
consagrado no princípio, e sim na racionalidade segundo o fim.

Enquanto tal, essa ética funda-se na adequação dos meios aos fins pretendidos, o que

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exige do juízo sobre a ação boa algo mais que a prudência: exige uma técnica de
atuação que leve em consideração as consequências da decisão, tal como uma relação
de causa e efeito. Situação em que se verifica tal postura seria a do médico que mente
para o paciente para poupá-lo do sofrimento: trata-se de uma mentira caridosa.

Ainda segundo os filósofos, o que dá o conteúdo à organização social é a ética.


Assim como a estética está relacionada com a construção do belo, com a busca
da perfeição na arte, a ética está relacionada à busca da perfeição na convivência
social. O mundo ético é o mundo bom. A ética é indispensável para o
desenvolvimento social. Há quem diga que ética é bem estar social. Giannetti,
por exemplo, diz que sem ética a própria sobrevivência fica comprometida

Os cidadãos em maioria desconhecem o histórico e o contexto atual de seus próprios


direitos fundamentais; não reconhecem o valor da conquista de uma Constituição
democrática, o significado de res publica.

Mas é possível formar o cidadão, para que ele tenha condições de reivindicar ética nas
atuações políticas? Como sugeriu Platão, podemos educar o indivíduo no espírito das
melhores leis?

De acordo com Puig (1998, p.15), deve converter-se em um âmbito de reflexão


individual e coletiva que permita elaborar racionalmente e autonomamente princípios
gerais de valor, princípios que ajudem a defrontar-se criticamente com realidades
como a violência, a tortura ou a guerra. De forma específica, para esse autor, a
educação ética e moral deve ajudar na análise crítica da realidade cotidiana e das
normas sociomorais vigentes, de modo que contribua para idealizar formas mais
justas e adequadas de convivência.

Cortina (2003, p.113) entende que a educação do cidadão e da cidadã deve levar em
conta a dimensão comunitária das pessoas, seu projeto pessoal e também sua
capacidade de universalização, que deve ser exercida dialogicamente, pois, dessa
maneira, elas poderão ajudar na construção do melhor mundo possível,
demonstrando saber que são responsáveis pela realidade social. Um exemplo de
efetivação da cidadania e a consciência coletiva da cidadania são os indicadores do
desenvolvimento moral e ético de uma sociedade.

De forma específica, lidar com a dimensão comunitária, dialogar com a realidade


cotidiana e as normas sociomorais vigentes nos remete ao trabalho com a diversidade

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humana, à abordagem e ao desenvolvimento de ações que enfrentem as exclusões,


os preconceitos e as discriminações advindos das distintas formas de deficiência, e
pelas diferenças sociais, econômicas, psíquicas, físicas, culturais, religiosas, raciais,
ideológicas e de gênero. Conceber esse trabalho na própria comunidade onde está
localizada a escola, no bairro e no ambiente natural, social e cultural de seu entorno,
é essencial para a construção da cidadania efetiva.

CRÍTON6

Os Códigos Tradicionais de Conduta e o Direito são dois planos do universo dos valores
e das normas, mas há ainda um terceiro, que é analisado pela Filosofia. Tal plano é a
Ética ou Moral, que tem a ver com valores e com normas, mas sob um ponto de vista
peculiar: a racionalidade. A Ética abrange, pretensamente, um ou mais sistemas de
valores e normas de conduta que sejam racional ou argumentativamente defensáveis.

O exemplo muitas vezes citado do que seja um comportamento de acordo com normas
éticas é tirado do diálogo platônico chamado Críton, no qual é descrita a situação do
filósofo Sócrates, condenado a morrer bebendo cicuta, sob a falsa acusação de
corromper a juventude.

Corria o ano de 399 a.C. Sócrates aguardava execução, em Atenas. Os atenienses,


porém, não acreditavam que o filósofo, de fato, viesse a ser executado, em virtude de
um velho costume social que levava os amigos de um condenado importante a subornar
os guardas e fugir com o prisioneiro para outra cidade, na qual ele passaria a residir.
Críton, amigo de Sócrates, conhecia um dos vigias e preparava-se para suborná-lo.

Entrou na cela do filósofo, apressando-o a sair. Surpreendentemente, porém, Sócrates


decidiu ficar! Críton, atônito, obtemperou que os amigos de Sócrates seriam mal
interpretados pela opinião pública de Atenas, que os consideraria avaros, a ponto de
deixar o mestre morrer para não pagar propinas aos guardas.

Além disso, haveria pleno consenso em Atenas de que Sócrates seria inocente e deveria
fugir. Imperturbável, Sócrates disse a Críton que ignorasse a opinião pública, uma vez
que ela seria incapaz de produzir grande bem ou grande mal. Além disso, ele
desqualificou o consenso como critério, lembrando que a maioria também está sujeita
a erro.

Disposto a dar a Críton sua última lição, Sócrates resolve exercer a sua profissão de
filósofo, justificando racionalmente sua decisão de ficar e mostrando por que ela seria
certa.

6
ENAP. Ética no Serviço Público – A reflexão estrangeira.

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Sócrates apresentou vários argumentos, dentre os quais o seguinte:

Devemos cumprir promessas.

Ora, ao morar em Atenas, implicitamente, prometi cumprir-lhe as leis.

Logo, devo cumpri-las e ficar.

As três sentenças acima formam um argumento ou raciocínio lógico. As duas primeiras


frases são premissas (teses básicas, pontos de partida) e a última é a conclusão (decorre
das primeiras).

A premissa “Devemos cumprir promessas” é um princípio moral, ou seja, é uma regra


cujo cumprimento deve ser esperado de qualquer ser humano. Quem pede algo
emprestado e promete devolver logo, deve cumprir o combinado, pouco importando o
grupo étnico ao qual pertença. Se alguém promete e não cumpre, terá o seu convívio
com as outras pessoas prejudicado, perderá a credibilidade.

Ao mencionado princípio, Sócrates agrega a segunda premissa, enunciando um fato da


sua vida: ele nunca foi escravo, escolheu viver em Atenas; se o fez, obrigou-se a cumprir
as leis daquela cidade. Das premissas assim colocadas, segue-se, necessariamente, que
Sócrates deve ficar. Ora, tal conclusão lógica justifica, racionalmente, a decisão socrática:
é certo ficar!

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QUESTÃO 01 - Julgue o item acerca da ética. A ética formal sustenta que o caráter
ético da conduta está em seus resultados.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 02 - Julgue o item acerca da ética. A ética da responsabilidade separa o


correto do incorreto a partir da conduta concreta.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 03 - Julgue o item acerca da ética. A ética da responsabilidade enfoca o


conceito que a pessoa tem de si mesma a partir de suas atitudes.

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: 01 Errado | 02 Certo| 03 Errado

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MARATONA DE QUESTÕES
QUESTÃO 01
O conceito ético de que os comportamentos morais são aqueles que produzem o
maior bem a um número maior de indivíduos segue a Abordagem:
a) Da Moral e dos Direitos.
b) Do Individualismo.
c) Da Justiça.
d) Da Equidade
e) Utilitária.

QUESTÃO 02
De acordo com a abordagem utilitária, ética diz respeito ao cuidado do servidor
público com a sua conduta, de modo a considerar sempre os efeitos desta na
realização dos próprios interesses.

QUESTÃO 03
Kant desenvolve sua filosofia moral em torno do chamado imperativo categórico,
segundo o qual uma ação deve ser considerada moralmente boa se for possível
estendê-la a todas as pessoas sem que, com isso, a ação torne-se inconcebível ou
impraticável. Considerando esse princípio, é correto identificar a moral kantiana a uma
perspectiva formal, em que os elementos contextuais são irrelevantes.

QUESTÃO 04
De acordo com a teoria contratualista, os conceitos éticos são extraídos das regras
morais que possam conduzir à perpetuação da sociedade, da paz e da harmonia do
grupo social.

QUESTÃO 05
O conceito de ética subjacente aos códigos de ética é aquele correspondente à ética

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da convicção ou do valor.

QUESTÃO 06
A ética se confunde com a lei, pois ambos os institutos retratam o comportamento de
determinada sociedade.

QUESTÃO 07
A ética refere-se a um conjunto de conhecimentos advindos da análise do
comportamento humano e dos valores morais, enquanto a moral tem por base as
regras, a cultura e os costumes seguidos ordinariamente pelo homem.

QUESTÃO 08
A doutrina ética que se justifica na máxima “faça o máximo de bem para o maior
número de pessoas” é a:

a) finalista

b) utilitarista

c) relativista

d) fundamentalista

QUESTÃO 09
A ética e a moral têm conceitos equivalentes: ambas são entendidas como conjunto
de princípios e valores universais que regem as relações humanas.

QUESTÃO 10
Enquanto a ética é pautada pela universalidade, apresentando cunho filosófico, a
moral é influenciada por fatores sociais e históricos, constituindo um conjunto de
normas de conduta destinadas a ordenar o comportamento humano.

QUESTÃO 11

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Os valores orientam o comportamento ético e permitem classificar os


comportamentos dentro de qualquer escala de desenvolvimento moral.

QUESTÃO 12
Importante característica da moral, o que a torna similar à lei, é o fato de ser absoluta
e constituir um padrão para julgamento dos atos.

QUESTÃO 13
A ética teleológica se norteia pelas questões a respeito da existência do dever e de
princípios orientadores da conduta.

QUESTÃO 14
Uma ética deontológica é aquela construída sobre o princípio do dever.

QUESTÃO 15
A atitude de ceder um assento a um idoso em um transporte coletivo constitui um
exemplo de comportamento relacionado à cidadania, cuja concepção comporta não
apenas a titularidade de direitos pelo indivíduo, mas também a transformação de
valores e princípios em atitudes que atendam aos interesses coletivos.

QUESTÃO 16
A moral é uma construção social que oferece bases para a reflexão sobre a prática das
virtudes e do exercício da cidadania.

A efetivação da cidadania e a consciência coletiva da cidadania são indicadores do


desenvolvimento moral e ético de uma sociedade.

QUESTÃO 17
A ética é o estudo geral do que é bom ou mau, sendo seu objetivo maior o
estabelecimento de regras. A moral, ao contrário, não se vincula a costumes e hábitos

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porque não guarda correlação com aspectos prescritivos ou impositivos.

QUESTÃO 18
A moral incorpora as regras adquiridas para a vida em sociedade, enquanto a ética
reflete sobre as regras morais vigentes sem, contudo, contestar a conveniência ou a
exigibilidade de tais normas.

QUESTÃO 19
Quando um determinado sujeito reflete sobre uma norma moral e a considera
equivocada ou ultrapassada, faz exercício de sua consciência moral, inexistindo na
hipótese qualquer consideração que se possa vincular ao conceito de ética.

QUESTÃO 20
A ética se caracteriza como conjunto de costumes e hábitos de um grupo social,
atuando sobre o comportamento do indivíduo que interage socialmente. A morai é
um conjunto de valores sociais universais que não se materializam em padrões de
conduta.

QUESTÃO 21
O pagamento de impostos pelo contribuinte demonstra comportamento ético no
exercício da cidadania, uma vez que, mediante o cumprimento de suas obrigações
tributárias, o cidadão colabora para o custeio das despesas comuns.

QUESTÃO 22
Com relação à ética e à moral, julgue o item seguinte.

A efetivação da cidadania e a consciência coletiva da cidadania são indicadores do


desenvolvimento moral e ético de uma sociedade.

QUESTÃO 23
Configura um dos elementos indispensáveis para o exercício da cidadania o efetivo
conhecimento a respeito dos direitos

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QUESTÃO 24
Com relação a moral e ética, julgue o item a seguir.

A ética é um ramo da filosofia que estuda a moral, os diferentes sistemas públicos de


regras, seus fundamentos e suas características

QUESTÃO 25
Moral pode ser definida como todo o sistema público de regras próprio de diferentes
grupos sociais, que abrange normas e valores que são aceitos e praticados, como
certos e errados.

QUESTÃO 26
A moral, concebida como conjunto de regras de conduta admitidas em determinada
época ou por um grupo de pessoas, não exclui a existência de um caráter pessoal
relacionado a tais regras e evidenciado principalmente após o aprimoramento do
pensamento abstrato e da reflexão crítica do indivíduo sobre os valores herdados.

QUESTÃO 27
A ética envolve um processo avaliativo do modo como os seres humanos, a natureza
e os animais intervêm no mundo ao seu redor

QUESTÃO 28
Acerca de ética deontológica e de ética e democracia, julgue o próximo item.

Ser honesto e verdadeiro e cumprir promessas são considerados princípios éticos.

QUESTÃO 29
Decoro, por ser uma disposição interna para agir corretamente, não é passível, para o
servidor público, de ser aprendido ao longo de sua carreira.

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QUESTÃO 30
Para que a conduta do servidor público seja considerada irrepreensível é suficiente
que ele observe as leis e as regras imperativas.

QUESTÃO 31
A moralidade do ato praticado pela administração pública é evidenciada pela exclusiva
análise da distinção entre o bem e o mal.

QUESTÃO 32
A vida ética realiza-se no modo de viver daqueles indivíduos que não mantêm relações
interpessoais.

QUESTÃO 33
Etimologicamente, a palavra moral deriva do grego “mos” e significa comportamento,
modo de ser, caráter.

QUESTÃO 34
A atitude de ceder um assento a um idoso em um transporte coletivo constitui um
exemplo de comportamento relacionado à cidadania, cuja concepção comporta não
apenas a titularidade de direitos pelo indivíduo, mas também a transformação de
valores e princípios em atitudes que atendam aos interesses coletivos.

QUESTÃO 35
Virtude deriva do latim “virtus”, que significa uma qualidade própria da natureza
humana; significa, de modo geral, praticar o bem usando a liberdade com
responsabilidade constantemente.

QUESTÃO 36

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A moral é influenciada por vários fatores como, sociais e históricos; todavia, não há
diferença entre os conceitos morais de um grupo para outro.

QUESTÃO 37
Compete à moral chegar, por meio de investigações científicas, à explicação de
determinadas realidades sociais, ou seja, ela investiga o sentido que o homem dá a
suas ações para ser verdadeiramente feliz.

QUESTÃO 38
O ato humano(voluntário e livre) que é o ato com vontade racional, permeado por
inteligência e reflexão prévia.

QUESTÃO 39
A ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.

QUESTÃO 40
Entre outros aspectos, a moral pessoal é formada pela cultura e tradição do grupo ao
qual o indivíduo está inserido.

QUESTÃO 41
Os juízos éticos de valor são normativos, uma vez que prescrevem modelos de
conduta humana.

QUESTÃO 42
Os códigos de ética expressam a filosofia de ação profissional, o que confere
verdadeiro sentido à profissão.

QUESTÃO 43

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O código de ética profissional de uma empresa é um conjunto de princípios que visa


estabelecer um padrão de comportamento entre os membros dessa empresa e seus
clientes.

QUESTÃO 44
Os códigos de ética determinam o comportamento dos agrupamentos humanos e,
por essa razão, cada profissão pode ter seu próprio código.

QUESTÃO 45
Ética é a parte da filosofia que estuda os fundamentos da moral e os princípios ideais
da conduta humana.

QUESTÃO 46
A ética, enquanto filosofia da moral constata o relativismo cultural e o adota como
pressuposto de análise da conduta humana no contexto público.

QUESTÃO 47
A ética tem caráter prático imediato, visto que é parte integrante da vida quotidiana
das sociedades e dos indivíduos, pois trata do estudo do fundamento das regras e
normas que regem a existência.

QUESTÃO 48
A ética tem como objeto de estudo o estímulo que guia a ação: os motivos, as causas,
os princípios, as máximas, as circunstâncias; mas também analisa as consequências
dessas ações.

QUESTÃO 49
Uma das finalidades primordiais do código de ética é auxiliar, nos momentos mais
críticos, na redução do risco de interpretações subjetivas aos aspectos morais e éticos

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inerentes a cada situação em particular.

QUESTÃO 50
Um indivíduo está buscando inspiração para prosseguir nos seus estudos e se depara
com um pensamento aristotélico assim desenvolvido: trata-se do produto dos usos e
costumes; ela não existe nos homens naturalmente, pois nada do que é natural se
adquire pelo costume.

Nesse caso, a referência do filósofo grego está relacionada à

a) interpretação natural

b) virtude moral

c) cosmologia universal

d) integração social

e) percepção individual

QUESTÃO 51
“Portanto, nem por natureza nem contrariamente à natureza a virtude moral é
engendrada em nós, mas a natureza nos dá a capacidade de recebê-la, e esta
capacidade se aperfeiçoa com o hábito.”

Aristóteles. Ética a Nicômacos. Brasília: Editora da UnB, 2001.

Com base na citação de Aristóteles acima, é correto afirmar que o ser humano é mau
ou bom por natureza.

QUESTÃO 52
A ética ocupa-se basicamente de questões subjetivas, abstratas e essencialmente de
interesse particular do indivíduo.

QUESTÃO 53
A ética é equivalente à moral porque ambos os preceitos investigam os princípios

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fundamentais do comportamento humano.

QUESTÃO 54
A ética é temporal, enquanto a moral é permanente.

QUESTÃO 55
A simples existência da moral significa a presença explícita de uma ética, entendida
como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discute, problematiza e interpreta o
significado dos valores morais.

QUESTÃO 56
A partir do estudo da ética, pode-se considerar uma visão utilitarista, em que a
verdade de uma proposição consiste no fato de que ela é útil, tendo alguma espécie
de êxito ou satisfação.

QUESTÃO 57
A ética reflexiva se dedica exclusivamente à reflexão sobre os deveres das pessoas
contidos nos códigos específicos dos grupos sociais.

QUESTÃO 58
A palavra ética, derivada do grego éthos, significa modo de ser ou caráter e
corresponde, necessariamente, a juízos de valor a respeito dos desvios da conduta do
homem em sociedade.

QUESTÃO 59
A ética, instrumento fundamental para a instauração da vida em sociedade, constitui
um conjunto de regras, princípios e valores que determinam a conduta do indivíduo
e variam de grupo para grupo.

QUESTÃO 60

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Uma das possíveis definições de ética é a seguinte: teoria acerca do comportamento


moral dos homens em sociedade, ou seja, teoria que trata dos fundamentos e da
natureza das atitudes normativas do homem.

QUESTÃO 61
A moral é uma construção social que oferece bases para a reflexão sobre a prática das
virtudes e do exercício da cidadania.

QUESTÃO 62
A ética ocupa-se basicamente de questões subjetivas, individuais, abstratas e,
essencialmente, dos tipos de deveres do indivíduo.

QUESTÃO 63
Na abordagem da ética absoluta, toda ação humana é boa e, consequentemente, um
dever, pois se fundamenta em um valor.

QUESTÃO 64
De acordo com a ética formal, não existem valores universais, objetivos, mas estes são
convencionais, condicionados ao tempo e ao espaço.

QUESTÃO 65
Segundo a ética empírica, a distinção entre o certo e o errado ocorre por meio da
experiência, do resultado do procedimento, da observação sensorial do que de fato
ocorre no mundo.

QUESTÃO 66
Quanto ao aspecto histórico, a ética empírica possui a razão como enfoque para
explicar o mundo, na medida em que ela constrói a teoria explicativa e vai ao mundo
para ver sua adequação.

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QUESTÃO 67
Em todas as classificações da ética, ela se torna equivalente à moral porque direciona
o comportamento humano para ações consideradas positivas para um grupo social.

QUESTÃO 68
A ética profissional diz respeito às regras morais que os indivíduos devem observar
em suas atividades laborais com o fim de valorizar sua profissão e atender
adequadamente àqueles que deles dependam.

QUESTÃO 69
O alvo da reflexão ética é a conduta humana, avaliada a partir de valores construídos
em sociedade.

QUESTÃO 70
Os valores morais refletem decisões tomadas no seio da sociedade acerca do conceito
comum de vida boa. Esses valores acarretam um conjunto de proibições e permissões
que determinam o que é moralmente importante não apenas para aqueles que
partilham e reconhecem esses comandos éticos, mas, universalmente, para todos os
seres humanos.

QUESTÃO 71
Ao optar pelo caminho correto, ele está seguindo um rumo guiado pela

a) extensão

b) virtude

c) adequação

d) alternância

e) proporcionalidade

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QUESTÃO 72
Configura um dos elementos indispensáveis para o exercício da cidadania o efetivo
conhecimento a respeito dos direitos

QUESTÃO 73
Acerca da ética e da função pública e da ética e da moral, julgue o item que se segue.

Os termos moral e ética têm sentidos distintos, embora sejam frequente e


erroneamente empregados como sinônimos.

GABARITOS
01 Letra E 16 Errada 31 Errada 46 Errada 61 Errada

02 Errada 17 Errada 32 Errada 47 Errada 62 Errada

03 Certa 18 Errada 33 Errada 48 Certa 63 Errada

04 Certa 19 Errada 34 Certa 49 Certa 64 Errada

05 Errada 20 Errada 35 Certa 50 Letra B 65 Certa

06 Errada 21 Certa 36 Errada 51 Errada 66 Errada

07 Certa 22 Certa 37 Errada 52 Errada 67 Errada

08 Letra B 23 Errada 38 Certa 53 Errada 68 Certa

09 Errada 24 Certa 39 Certa 54 Errada 69 Certa

10 Certa 25 Certa 40 Certa 55 Errada 70 Errada

11 Certa 26 Certa 41 Certa 56 Certa 71 Letra B

12 Errada 27 Errada 42 Certa 57 Errada 72 Errada

13 Errada 28 Certa 43 Certa 58 Errada 73 Certa

14 Certa 29 Errada 44 Certa 59 Errada

15 Certa 30 Certa 45 Certa 60 Certa

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Gabaritos | Focus Concursos

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ÉTICA

DECRETO 1.171/1994
º 12.257/2011

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1 Roteiro do PDF FOCADO

Bom, feita esta análise geral, você já deve ter percebido que estamos no caminho certo.
Preciso que você, futuro aprovado(a), juntamente com este professor que passa a ser o seu
maior torcedor, organize seus estudos da seguinte forma:

Estrutura do PDF FOCADO:

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das videoaulas.
Este material pode conter informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas,
claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com a profundidade
necessária – nem mais, nem menos.);
• Questões de Sala
• Letra da Lei
• Maratona de Questões Extras: Não são resolvidas em sala de aula

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs para
complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso. VAMOS
NESSA!

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2 DECRETO 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994


Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84,
incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição,
bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e
nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992,

DECRETA:

Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, que com este baixa.

Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta


implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do
Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética,
integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego
permanente.

Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da


Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos
membros titulares e suplentes.

Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

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3 CONCEITO DE SERVIDOR PÚBLICO


Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público
todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste
serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem
retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão
do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais,
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde
prevaleça o interesse do Estado.

4 APLICAÇÃO DO DECRETO N.º 1.171/94

Diretores e Conselheiros de Empresas Públicas sujeitam-se ao Código de


Ética Profissional do Servidor Público Civil.

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Questão 01 - No que concerne ao Decreto n.º 1.171/1994, que aprovou o código de


ética profissional do servidor público, julgue os itens que se seguem. As normativas
sobre ética são aplicáveis também aos servidores dos poderes Legislativo e Judiciário,
por força de lei.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

O código de ética instituído pelo Decreto 1.171 é aplicável ao Poder Executivo Federal, apenas.

Gabarito: Errada

Questão 02 - O código de ética se caracteriza como decreto autônomo no que


concerne à lealdade à instituição a que o indivíduo serve.

( ) Certo ( ) Errado
Comentário

O Decreto Autônomo exerce o papel da lei. As hipóteses aceitas hoje se encontram fixadas no inc. VI
do art. 84 da CF/1988. São elas:

a) Organização e funcionamento da Administração Federal, desde que não implique aumento


de despesa nem criação/extinção de órgãos públicos.

b) Extinção de cargos ou funções públicas, desde que VAGOS (DETALHE: cargos públicos
PREENCHIDOS só podem ser extintos mediante LEI).

O Decreto 1.171 é em parte autônomo e em parte regulamentar. Vejamos o prefácio:

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV (DECRETO EXECUTIVO)
e VI (DECRETO AUTÔNOMO),

[...] A questão está errada pois, a questão da "lealdade à instituição" faz parte do Decreto Regulamentar, pois,
regulamenta o art. 116 da lei 8112 e o art. 11 da lei 8.429/92, in verbis:

Lei 8.112, Art. 116.

São deveres do servidor: II - ser leal às instituições a que servir;

Gabarito: Errada

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5 ORGANIZAÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA


O Código de Ética contempla essencialmente duas partes, sendo a primeira de ordem
substancial, sobre os princípios morais e éticos a serem observados pelo servidor, e a
Segunda de ordem formal, dispondo sobre a criação e funcionamento de Comissões
de Ética.

Questão 03 - Nos órgãos públicos federais, entre os servidores sujeitos à apuração


de desvio ético, previsto no Decreto n.º 1.171/1994, não estão incluídos colaboradores
terceirizados, como brigadistas e vigilantes.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

Nos órgãos públicos federais, entre os servidores sujeitos à apuração de desvio ético, previsto
no Decreto n.º 1.171/1994, não estão incluídos colaboradores terceirizados, como brigadistas
e vigilantes.

Gabarito: Errada

Questão 04 - O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder


Executivo Federal (Decreto n° 1.171/1994) atende à necessidade de criar um sistema
de princípios e fundamentos deontológicos que se caracteriza por não se confundir

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com o regime disciplinar do servidor público previsto nas leis administrativas,


fornecendo suporte moral para a sua correta aplicação e cumprimento por todos os
servidores.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

O Código de Ética não se confunde com o regime disciplinar do servidor público previsto nas
leis administrativas. Antes de tudo, fornece o suporte moral para a sua correta aplicação e
cumprimento por todos os servidores.

Gabarito: Certa

6 DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS


As regras deontológicas referem-se a um conjunto de princípios éticos que orientam
o comportamento profissional em uma determinada área, destacando-se pela ênfase
na obrigação moral e no dever. A palavra "deontologia" tem origem nas palavras
gregas "deon" (dever) e "logos" (ciência ou estudo), significando, portanto, o estudo
do dever ou da moralidade dos deveres.

Essas regras são frequentemente aplicadas em contextos profissionais, como na área


da saúde, na advocacia, na administração pública, entre outras. Elas buscam
estabelecer padrões éticos e normas de conduta que os profissionais devem seguir
em suas práticas diárias. As regras deontológicas ajudam a garantir a integridade,
responsabilidade e ética nas diferentes profissões.

No contexto apresentado anteriormente sobre as "Regras Deontológicas" para


servidores públicos, as orientações destacam o comprometimento ético que deve
nortear o comportamento desses profissionais, seja no exercício de suas funções ou
em suas vidas pessoais, enfatizando valores como honestidade, responsabilidade,
respeito e transparência. O não cumprimento dessas regras pode resultar em
consequências éticas e, em alguns casos, em sanções legais.

E no decreto 1.171/1994, possuímos algumas, senão vejamos:

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I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios


morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja
no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício
da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e
atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos
serviços públicos.

Despenca em provas a cobrança desses itens.

Diginidade

Decoro

Primados Maiores Zelo

Eficácia

Conciência dos
princípios morais

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Isso significa que os servidores públicos devem sempre agir de uma maneira que
preserve a honra e a tradição dos serviços públicos, tanto quando estão trabalhando
quanto fora do trabalho.

Questão 05 - No estrito exercício de sua função, o servidor público deve nortear-se


por primados maiores — como a consciência dos princípios morais, o zelo e a eficácia
—; fora dessa função, porém, por estar diante de situação particular, não está
obrigado a agir conforme tais primados.

( ) Certo ( ) Errado

Comentários:

Os primados maiores "devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo


ou função, ou fora dele"

Gabarito: Errada

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de


sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal,
o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o
inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante
as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

Além de fazer o que é legal, justo, conveniente e oportuno, os servidores públicos


também têm que escolher sempre o que é honesto. Isso significa decidir entre o que
é certo e errado, de acordo com as regras da Constituição Federal.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre


o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o
bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do

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servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato


administrativo.

Não basta distinguir entre o bem e o mal, é preciso agir sempre pensando no bem
comum. O equilíbrio entre fazer o que é legal e o que é certo é muito importante.

IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos


direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige,
como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito,
como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade,
erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.

O salário dos servidores públicos é pago pelos impostos de todos, então eles têm que
agir de maneira ética como uma forma de retribuir à sociedade.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade


deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que,
como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser
considerado como seu maior patrimônio.

O trabalho do servidor público deve ser visto como algo que contribui para o bem-
estar de todos, não apenas para o próprio benefício.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto,


se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e
atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

Imagine que todos nós temos duas esferas de vida: a vida profissional, que é onde
conquistamos e cumprimos nossas responsabilidades laborais, e a vida pessoal, onde
vivemos com nossa família, amigos e realizamos atividades fora do trabalho.

Agora, quando falamos de servidores públicos, há uma expectativa muito grande

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sobre seu comportamento, não apenas em seu local de trabalho, mas também fora
dele. Isso porque eles representam, de certa forma, o Estado e, consequentemente, a
sociedade.

Basicamente, o seguinte:

• A função pública deve ser tida como exercício profissional: Significa que ser
um servidor público não é apenas um "trabalho". É uma profissão, com
responsabilidades e padrões a seguir, como qualquer outra profissão.
• ...portanto, se integra a vida particular de cada servidor público: Aqui, está
sendo dito que a profissão de servidor público está tão entrelaçada com a vida
pessoal que é quase impossível separar completamente as duas. A razão disso
é a expectativa de que a sociedade tenha sobre o comportamento ético e a
integridade dos servidores em todos os momentos.
• Assim, os fatos e atos selecionados na conduta do dia-a-dia em sua vida
privada poderão aumentar ou diminuir o seu bom conceito na vida
funcional: Este é o ponto-chave. Se um servidor público é de maneira
inapropriada ou antiética em sua vida pessoal, isso pode manchar sua confiança
no trabalho. Por outro lado, se ele demonstrar integridade e valores positivos
em sua vida pessoal, isso pode elevar sua estimativa profissional.

Logo, meu caro aluno, para um servidor público, a linha entre vida pessoal e
profissional é mais tênue. A forma como ele envelhece em sua vida pessoal pode
influenciar diretamente sua imagem e contribuição em sua vida profissional. Portanto,
espere-se que ele mantenha padrões éticos em todas as áreas de sua vida.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou


interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da
lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de
eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético
contra o bem comum, imputável a quem a negar.

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Em regra geral, tudo o que o governo faz deve ser público, a menos que envolva
segurança nacional ou outras situações especiais.

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou
falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada
ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-
se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira,
que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de
uma Nação.

O servidor não pode


omiti-la ou falseá-la

Toda pessoa tem


Verdade
direito
Interesse da própria
pessoa
Ainda que contrária
Interesse da
Administralção Pública

Os servidores não podem esconder ou distorcer a verdade, mesmo que isso seja
contra os interesses deles ou do governo. Crescer sobre mentiras só traz problemas.

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço


público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que
paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano
moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não
constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado,
mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência,
seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.

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Cortesia

Boa vontade

Esforço pela disciplina

Cuidado

Tempo dedicado ao
serviço público

Tratar bem as pessoas que pagam impostos é importante. Danificar coisas públicas,
seja por descuido ou má vontade, é uma ofensa a todos que contribuíram para
construí-las.

Questão 05 - Servidor público que, no exercício do cargo, tratar mal um contribuinte,


sob o ponto de vista das regras atinentes à ética no serviço público, praticará

a) ato ilegal.

b) ato injusto.

c) ato gerador de dano moral.

d) conduta de má-fé.

e) conduta atentatória à cidadania.


Comentários:

Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe
dano moral.

Gabarito: Letra C

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X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que


compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de
longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço,
não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

Fazer as pessoas esperarem por um serviço é


errado. Isso não é apenas falta de ética, mas
também causa sério dano moral às pessoas que
precisam dos serviços públicos.

Questão 06 - O fato de um servidor público deixar qualquer pessoa à espera de


solução que compete ao setor em que ele exerça suas funções, acarretando atraso na
prestação do serviço, caracteriza atitude contra a ética, mas não grave dano moral ao
usuário dos serviços públicos.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

Segundo o Decreto 1171, qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço,

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não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas


principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços público .
Gabarito: Errada

XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus


superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando
a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios
tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo
imprudência no desempenho da função pública.

Professor, o que é uma conduta negligente?

Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou apresentar


conduta que era esperada para a situação. Age com descuido, indiferença
ou desatenção, não tomando as devidas precauções.

Professor, e quanto à imprudência?

Na imprudência, pressupõe-se uma ação precipitada e sem cautela. A


pessoa não deixa de fazer algo, não é uma conduta omissiva, como a
negligência. Na imprudência, ela age, mas toma uma atitude diversa da
esperada.

Concluímos, então que o servidor deve ficar atento às ordens, para que não deixe de
cumpri-las e, ao cumpri-las, fazer do jeito certo. Mas, cuidado! E no caso de uma
ordem manifestamente ilegal?

A Lei n. 8.112/1990 diz o seguinte:


Lei n. 8.112/1990
Art. 116. São deveres do servidor: IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais; O que é uma ordem manifestamente ilegal? Uma ordem

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manifestamente ilegal é aquela que você sabe que não está dentro da lei, ou seja,
ela destoa do curso normal dos procedimentos legais. Ordem manifestamente ilegal
é a ordem que, apesar de emanada de autoridade legítima, não reveste as
características de legalidade.

Exemplificando: imagine você, servidor público da PRF. De repente, seu chefe manda
você pegar 10 caixas de folha A4 (papel sulfite) e levar na casa dele. Oras... Tem algo
errado aí, né? E se o servidor, sabedor da aparente ilegalidade, seguir essas ordens?
Bem, aí é culpado também, pois sabe que é ilegal o que está sendo feito.

Questão 07 - Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios por parte do


servidor público tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e podem caracterizar
negligência no desempenho da função pública, mas não imprudência.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores,
velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente.
Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de
corrigir e caracterizam até mesmo imprudência.
Gabarito: Errada

Questão 08 - O servidor público deve atentar para as ordens de seus superiores,


cumprindo-as sempre, sem hesitação e contestação, pois é o que recomenda um dos
princípios éticos referentes à função pública.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

Está no Decreto 1.171/94:

XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros,
o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até
mesmo imprudência no desempenho da função pública.

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As ordens a serem cumpridas devem ser legais.

Força, foco e fé!

Gabarito: Errada

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator


de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à
desordem nas relações humanas.

Faltar ao trabalho sem motivo é ruim, porque desmoraliza o serviço público e pode
causar problemas nas relações entre as pessoas.

Vamos combinar com o que diz a Lei n. 8.112/1990:

Lei n. 8.112/1990
Art. 116. São deveres do servidor:
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
Art. 117. Ao servidor é proibido:
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do
chefe imediato;

O código é direto ao mencionar a desmoralização do serviço público e que isso


conduz à desordem. Mas, como isso ocorre? Imagine você ir a uma repartição e
chegando lá, o servidor sumiu! Está trabalhando, mas não está na mesa dele. E você
precisa do atendimento... o que vai acontecer? Passa 5, 10, 50 minutos e nada do
servidor aparecer! É lógico que você vai ficar muito nervoso com essa espera...

Questão 09 - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator


de desmoralização do serviço público.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

Está no Decreto 1.171/94:

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DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização
do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.

Gabarito: Certa

XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional,


respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode
receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade
para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

Trabalhar bem com os colegas e respeitar todos é fundamental. O trabalho público é


uma oportunidade para fazer a comunidade crescer e se tornar melhor.

Essas regras são como um guia para que os servidores públicos ajam da melhor forma
possível, sempre pensando no bem de todos. Isso é muito importante para que a
sociedade funcione de maneira justa e eficiente.

7 DOS PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO


Antes de estudarmos esse paralelo, aprenda uma coisa: tanto os deveres quanto as
vedações são tidas como OBRIGAÇÕES, a diferença entre ambas é que os DEVERES
são OBRIGAÇÕES DE FAZER ao passo que as VEDAÇÕES são OBRIGAÇÕES DE NÃO
FAZER! Observe o quadro abaixo e tente assimilar o máximo possível, caso sinta uma
dificuldade na prova, em distinguir se o caso ali postado é dever ou vedação, aplique
a regra acima, e verá que a solução está em enquadrar a situação em obrigação de
fazer ou não fazer, para definir se é dever ou vedação, respectivamente.

São deveres fundamentais do servidor público:


a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego
público de que seja titular;

Os servidores públicos precisam fazer suas tarefas no tempo certo. Isso significa que
eles têm que cumprir as responsabilidades do trabalho deles no prazo certo.
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo
fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias,
principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na

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prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o
fim de evitar dano moral ao usuário;

Rapidez

Exercer as
Perfeição
funções com

Rendimento

Eles também devem trabalhar de forma rápida, fazendo o melhor possível e evitando
atrasos que poderiam prejudicar as pessoas que precisam dos serviços públicos.

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu


caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a
melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

Isso quer dizer que os servidores públicos devem ser honestos, íntegros e fazer o que
é justo, escolhendo sempre a opção que é melhor para todos.

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da


gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

Os servidores não podem demorar para explicar como usaram os recursos públicos.
Isso é muito importante para garantir que tudo seja bem administrado.

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o


processo de comunicação e contato com o público;

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Eles precisam tratar todas as pessoas com cuidado, melhorando a comunicação e


sendo gentis com o público.

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se
materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

Os servidores sabem que o trabalho deles é guiado por princípios éticos, ou seja, eles
têm que fazer o trabalho deles de uma maneira que seja certa e justa.

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a


capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço
público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo,
nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social,
abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

Os servidores devem ser educados, atenciosos e respeitar todas as pessoas, sem fazer
discriminação por raça, sexo, religião ou qualquer outra coisa.

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar


contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda
o Poder Estatal;

Eles têm que respeitar a ordem de comando, mas também não devem ter medo de
falar se algo estiver errado.

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados


e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em
decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

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Superiores
hierárquicos

Contratantes
Resistir a todas as
pressões
Interessados

Outros

Os servidores não podem ceder a pressões para fazer coisas erradas e devem
denunciar se alguém tentar obter vantagens indevidas.

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da


defesa da vida e da segurança coletiva;

Se decidirem entrar em greve, eles devem garantir que isso não prejudique a vida e a
segurança de todos.

l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência


provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em
todo o sistema;

Eles têm que ir ao trabalho regularmente, porque se faltarem muito, o trabalho pode
ficar bagunçado.

Questão 09 - Toda ausência injustificada, exceto em casos de saúde e óbito familiar,

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é fator de desmoralização do serviço público por gerar ineficiência dos processos.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

XIV - São deveres fundamentais do servidor público: s) facilitar a fiscalização de todos atos
ou serviços por quem de direito.
Gabarito: Certa

Questão 10 - Situação hipotética: Servidor público da União que falta ao trabalho de


forma recorrente ausentou-se do serviço, nos últimos seis meses, por vinte dias,
alternadamente, sem prestar justificativas. Assertiva: Nessa situação, a atitude do
servidor caracteriza desvio ético, já que ser assíduo e frequente no serviço é dever
fundamental do servidor público.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao
trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
Gabarito: Certa

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato


contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

Se eles souberem de algo que vai contra o interesse público, precisam contar para os
chefes e exigir que algo seja feito.

Questão 11 - O servidor público deve sempre comunicar a seus superiores qualquer


ato ou fato contrário aos interesses e princípios éticos da administração pública,

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mesmo em situações políticas e administrativas adversas.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

O Decreto 1.171/94 - Seção II - é claro ao descrever que:


Principais Deveres do Servidor Público:

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao


interesse público, exigindo as providências cabíveis.
Gabarito: Certa

Questão 12 - É dever do servidor público facilitar a fiscalização de serviço público cuja


prestação esteja sob sua responsabilidade.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

XIV - São deveres fundamentais do servidor público: s) facilitar a fiscalização de todos atos
ou serviços por quem de direito;
Gabarito: Certa

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os


métodos mais adequados à sua organização e distribuição;

Eles devem manter o lugar onde trabalham sempre limpo e organizado.

o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria


do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem
comum;

Eles podem participar de grupos ou estudos que ajudem a melhorar o trabalho deles
e o bem de todos.

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da


função;

Quando vão trabalhar, precisam usar roupas adequadas para o trabalho que fazem.

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q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a


legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;

Instruções

Manter-se Normas de
atualizado Serviços

Legislações

Eles têm que estar sempre atualizados com as regras do trabalho deles, para fazer
tudo corretamente.

Questão 13 O servidor que alegar desconhecimento de alguma norma de serviço ou


legislação inerente ao órgão em que atua contrariará os preceitos fundamentais de
ética do setor público.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

O servidor tem o dever manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço


e a legislação pertinente ao órgão onde exerce suas funções. Caso não o faça, estará
descumprindo preceitos éticos.
Gabarito: Certa

r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores,


as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério,

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segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.

Fazer o trabalho da melhor maneira possível, com cuidado, segurança e rapidez.

s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

Eles devem facilitar que as pessoas responsáveis possam fiscalizar o que estão
fazendo.

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam


atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses
dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos;

Se eles têm algum poder, precisam usar isso com cuidado, sem prejudicar as pessoas.

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou


autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que
observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação
expressa à lei;

Utilizar ao cargo
de forma para finalidade
abster-se
absoluta estranha ao
interesse público

Não devem usar o poder ou autoridade para benefício próprio, apenas para o
interesse público.
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a
existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

Eles também devem contar para outros servidores sobre essas regras, incentivando
todos a segui-las.

Essas são as regras importantes que os servidores públicos precisam seguir para fazer
um trabalho bom e justo. É assim que eles ajudam a sociedade a funcionar da melhor
maneira possível.

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8 DAS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO


É vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e
influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

CUIDADO: Será caracterizado como conduta aética mesmo que não haja
prejuízo a outrem ou mesmo favorecimento.

Os servidores públicos não podem usar o cargo, as facilidades, as amizades, o tempo,


a posição ou influências para conseguir favores para si mesmos ou para outras
pessoas.
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos
que deles dependam;

Eles também não podem prejudicar intencionalmente a reputação de outros


servidores ou de cidadãos que dependam deles.
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou
infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

Por solidariedade, eles não podem ser coniventes (ou seja, fechar os olhos) a erros ou
infrações a essas regras ou às regras de ética de suas profissões.

Questão 14 - Uma das regras deontológicas que regem a conduta dos servidores
públicos federais é o espírito de solidariedade, conforme o qual se espera que o
servidor seja complacente em caso de erro ou infração, pois a superação de falhas
representa uma oportunidade para o engrandecimento profissional dos servidores
públicos.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

Tal hipótese afronta o código de ética.


XV - É vedado ao servidor público;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código

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de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;


Gabarito: Errada

d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito


por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

Não podem usar artifícios para atrasar ou dificultar que as pessoas exerçam seus
direitos, causando dano moral ou material.

Questão 15 - Conforme o Decreto n.º 1.171/1994, é vedado ao servidor público civil


do Poder Executivo federal atrapalhar ou impedir o exercício regular de direito por
qualquer pessoa.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

A questão é baseada no item XV, alínea d.

XV - E vedado ao servidor público; d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o


exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;
Gabarito: Certa

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu


conhecimento para atendimento do seu mister;

Eles devem usar as novas descobertas e conhecimentos científicos disponíveis para


fazerem o melhor trabalho possível.

Questão 16 - Mirtes, que é servidora pública com mais de vinte anos de ofício em um

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TRE, acostumou-se com a forma tradicional de realizar suas tarefas e, por isso, se
recusa a utilizar os sistemas eletrônicos institucionais que foram instalados em seu
departamento. Nessa situação, a chefia imediata de Mirtes deve adaptar a rotina de
trabalho para que ela possa continuar a trabalhar da forma que lhe é mais conveniente
em respeito a sua longa carreira no tribunal.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

A conduta de Mirtes é vedada pelo código de ética.


XV - E vedado ao servidor público:

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento


para atendimento do seu mister;
Gabarito: Errada

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou


interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os
jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente
superiores ou inferiores;

Não podem deixar que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou


interesses pessoais afetem a forma como tratam o público, colegas superiores ou
inferiores.

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda


financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o
mesmo fim;

Não podem pedir ou aceitar dinheiro, prêmios, comissões, doações ou vantagens de


qualquer tipo para si mesmos, familiares ou outras pessoas para fazerem seu trabalho
ou influenciarem outros servidores.

h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para


providências;

i)

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Não podem mudar ou deturpar o conteúdo de documentos que precisam enviar para
providências.
j) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em
serviços públicos;

Não podem enganar ou tentar enganar qualquer pessoa que precisa de atendimento
em serviços públicos.

k) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

Não podem desviar outros servidores para atender a interesses particulares.

l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer


documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;

Não podem retirar da repartição pública, sem autorização legal, documentos, livros
ou qualquer coisa que pertença ao patrimônio público.

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de


seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

Não podem usar informações que sabem por causa do trabalho para se beneficiarem
ou beneficiarem parentes, amigos ou outras pessoas.

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

Não podem aparecer bêbados no trabalho ou fora dele regularmente.

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a


honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

Não podem apoiar ou trabalhar para instituições que vão contra a moral, a
honestidade ou a dignidade da pessoa humana.

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a


empreendimentos de cunho duvidoso.

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Não podem fazer coisas em sua profissão que vão contra as regras éticas ou se
envolver em atividades duvidosas.

Essas são as regras importantes que os servidores públicos devem seguir para garantir
que trabalhem da maneira mais justa e ética possível.

9 DAS COMISSÕES DE ÉTICA


Bom, chegamos ao final do estudo desse decreto 1171/94, e afirmo, sem medo de
errar, que esses últimos incisos são os mais importantes para quem faz concurso
público, por motivo muito simples, quantidade de questões sobre essa comissão de
ética é infinitamente maior que qualquer outra parte desse decreto, então muita
atenção agora, ok!

Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta


autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições
delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada
de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as
pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de
imputação ou de procedimento susceptível de censura.

À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do


quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito
de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios
da carreira do servidor público.

A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua


fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus
integrantes, com ciência do faltoso.

Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público


todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços
de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição
financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder
estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as
empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde
prevaleça o interesse do Estado.

As comissões de ética são encarregadas de orientar e aconselhar sobre a ética


profissional do servidor quando este lida com pessoas ou com o patrimônio
público. Compete a comissão de Ética conhecer concretamente de imputação ou de

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procedimento susceptível de censura.

Em todos os órgãos da Administração Pública Federal, direta ou indireta, ou,


qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público
deve existir uma comissão de Ética.

Estas comissões, são tratadas como COMISSÃO DE ÉTICA SETORIAL, e atuam


como elemento de ligação com a Comissão de Ética Pública (CEP).

É dever do titular da entidade ou órgão da Administração Pública Federal, direta e


indireta, assegurar as condições de trabalho para que as Comissões de Ética cumpram
suas funções, inclusive para que do exercício das atribuições de seus integrantes não
lhes resulte qualquer prejuízo ou dano. Eventuais faltas nesse sentido poderão
configurar descumprimento de dever funcional.

À essas comissões, no âmbito dos respectivos órgãos e entidades, cabem


supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta administração Federal e
comunicar à Comissão de Ética Pública situações que possam configurar
descumprimento de suas normas.

Vejamos o que diz o Decreto 1.171/94 sobre as Comissões de Ética:


 XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal
direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou
entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser
criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a
ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio
público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento
susceptível de censura.

Temos aqui a obrigatoriedade de criação de uma Comissão de Ética que terá como
missão ORIENTAR e ACONSELHAR sobre a ética profissional do servidor.

A única penalidade aplicável pela Comissão de Ética é a de CENSURA.


Portanto, qualquer outra pena que vir na sua prova apresentada pela Comissão
de Ética é errada.
Será errada mesmo que caiba outra penalidade. Nessa hipótese, a penalidade
diversa da CENSURA deve ser aplicada pela autoridade competente via PAD.

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Dentre as atribuições, cabe às comissões de ética prestar informações que subsidiem


a gestão do quadro de carreiras dos servidores, instruindo, por exemplo, a promoção
por merecimento prevista nos planos de carreira.

 XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer , aos organismos encarregados da execução


do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de
instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira
do servidor público.

Essas comissões são integradas por três membros titulares e três suplentes ,
escolhidos entre servidores e empregados do seu quadro permanente, e designados
pelo dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão, para MANDATOS NÃO
COINCIDENTES DE TRÊS ANOS.

O que seria mandato não coincidente?

Isso quer dizer que, por exemplo, a cada ano, um integrante da Comissão será
substituído. Vejamos um exemplo:
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
INTEGRANTE A INTEGRANTE A
INTEGRANTE B INTEGRANTE B
INTEGRANTE C INTEGRANTE C

Os componentes dessas Comissões de Ética são escolhidos entre os servidores


públicos ocupantes de cargo efetivo ou emprego do seu quadro permanente,
designados por ato do dirigente máximo do correspondente órgão ou entidade. O
dirigente máximo de órgão ou entidade NÃO poderá ser membro da Comissão
de Ética.

Não havendo servidores públicos no órgão ou na entidade em número suficiente


para instituir a Comissão de Ética, poderão ser escolhidos servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo ou emprego do quadro permanente da
Administração Pública.

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PARA FIXAR:

Adoção de normas de conduta ética


Promover
para servidores e empregados

A ética profissional

Orientar e Aconselhar O Tratamento com as pessoas


o servidor sobre

O tratamento com o patrimônio


Atribuições da público
Comissão de Ética
Setorial
De imputação (autoria) de ato
susceptível de censura
Tomar Conhecimento

De procedimento susceptível de
censura

A observância do Código de
Conduta da Alta Adm. Federal e
Supervisionar
comunicar à CEP o
descumprimento

A atuação da Comissão de Ética, no que concerne ao exercício de suas competências


próprias, não se subordina a instância superior a que se vincule. Eventuais
dúvidas de natureza legal devem ser resolvidas junto ao jurídico da entidade ou órgão.
Dúvidas sobre a aplicação das normas do Código de Ética devem ser dirimidas pela
Comissão de Ética Pública.

O dirigente máximo do órgão ou entidade NÃO poderá ser membro de


Comissão de Ética. O entendimento justifica-se para evitar eventuais conflitos que
possam surgir da análise dos casos encaminhados à Comissão, tendo em vista que o
próprio dirigente eventualmente terá que executar algumas das decisões deliberadas
pela Comissão de Ética do Órgão ou Entidade do Poder Executivo Federal. Essa ideia
é reforçada pela disposição contida no artigo 5º, do Decreto 6.029/07, ao mencionar
que os membros da Comissão serão designados pelo dirigente máximo da respectiva
entidade ou órgão.

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Cada Comissão de Ética deve ser integrada exatamente por três membros
titulares e três suplentes ou esse é uma quantidade mínima?

Cada Comissão de Ética de que trata o Decreto nº 1.171/94 será integrada por três
membros titulares e três suplentes. As entidades maiores e distribuídas
geograficamente pelo país podem lançar representantes de áreas, exclusivamente
para que sirvam de ELEMENTO DE LIGAÇÃO com a Comissão. Os membros das
Comissões ou eventuais representantes de áreas podem ser escolhidos entre
ocupantes de cargos de confiança, desde que esses cargos integrem a estrutura de
cargos permanentes da entidade, e o presidente escolhido funcionará com elemento
de ligação com a Comissão de Ética Pública.

DECORE ESSE QUADRO

Logo, as comissões de Ética são aplicadas a TODOS os órgãos e entidades da


Administração Pública Federal, ficando responsável pela orientação e aconselhamento
dos servidores e empregados públicos, sobre o assunto ÉTICA! Cabendo a ela
também, se for o caso, a aplicação da ÚNICA sanção possível de ser aplicada em caso
descumprimento de preceito ético, qual seja, a CENSURA!

Para finalizar, destacamos a FINALIDADE da existência dessas Comissões de Ética, pois


uma vez aplicada, ao servidor ou empregado público, a sanção de CENSURA, ele não
sentirá, pelo menos de pronto, o impacto dessa medida. Pois, ela refletirá no

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prosseguimento de suas carreiras, dado que antes de toda e qualquer progressão ou


promoção, o setor responsável pelo quadro de carreira deverá consultar a CE para
verificar se há ou não impeditivo de conduta daquele servidor ou empregado.

E cuidado, mesmo que a prova lhe afirme que a decisão que pune um servidor ou
empregado por conduta antiética é administrativa e por ser assim enquadrada
prescinde de fundamentação bem como de publicação, marque isso como uma
assertiva ERRADA!

Atente para o fato que mesmo sendo uma decisão administrativa, ela precisa ser
obrigatoriamente FUNDAMENTADA E PUBLICADA, sendo assinada por todos os
integrantes da comissão, com ciência do faltoso.

Nosso estudo prossegue na análise do Decreto 6.029 de 01/02/2007, o qual modificou


consideravelmente o Decreto 1.171/94, já estudado anteriormente. As principais
informações estão compiladas neste material e espero realmente ajudar na conquista
de sua merecida vaga!

E as penalidades, professor?
 XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com
ciência do faltoso.

A única penalidade aplicável pela Comissão de Ética é a de CENSURA. Portanto,


qualquer outra pena que vir na sua prova apresentada pela Comissão de Ética é
errônea.

Questão 15 - Estará sujeito à penalidade de censura, a qual é aplicada pela comissão


de ética, mediante parecer assinado por todos os seus integrantes, o servidor que
violar algum de seus deveres funcionais.

( ) Certo ( ) Errado
Comentários:

A questão é baseada no item XXII


Gabarito: Certa

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10 Questões de Sala

QUESTÃO 01 - A comissão de ética, prevista no Decreto Federal nº 1171/1994, deve


ser, obrigatoriamente, criada em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições
delegadas pelo Poder Público, competindo a essa comissão a orientação sobre a ética
profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público.
A comissão de ética, tem capacidade punitiva de aplicar pena de:

A) demissão a servidores.

B) declaração de inidoneidade.

C) suspensão.

D) advertência.

E) censura a servidores

QUESTÃO 02 - Com base no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do


Poder Executivo Federal (Decreto n.º 1.171/1994).

É recomendado ao servidor público a estrita observância às formalidades legais, ainda


que isso implique o exercício da sua função em contrariedade ao interesse público.

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: 01 E | 02 Errado

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11 MARATONA DE QUESTÕES EXTRAS


QUESTÃO 01
No que concerne ao Decreto n.º 1.171/1994, que aprovou o código de ética
profissional do servidor público, julgue os itens que se seguem.

As normativas sobre ética são aplicáveis também aos servidores dos poderes
Legislativo e Judiciário, por força de lei.

QUESTÃO 02
O código de ética se caracteriza como decreto autônomo no que concerne à lealdade
à instituição a que o indivíduo serve.

QUESTÃO 03
Embora a função pública, tida como exercício profissional, integre a vida particular de
cada servidor, os fatos ocorridos no âmbito de sua vida privada não podem influenciar
o seu bom conceito na vida funcional.

QUESTÃO 04
Age contra a ética ou pratica ato de desumanidade o servidor público que deixa, de
forma injustificada, uma pessoa à espera de solução cuja competência é do setor em
que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra
espécie de atraso na prestação do serviço.

QUESTÃO 05
A moralidade do ato praticado pela administração pública é evidenciada pela exclusiva
análise da distinção entre o bem e o mal.

QUESTÃO 06
O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal
(Decreto n° 1.171/1994) atende à necessidade de criar um sistema de princípios e

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fundamentos deontológicos que se caracteriza por não se confundir com o regime


disciplinar do servidor público previsto nas leis administrativas, fornecendo suporte
moral para a sua correta aplicação e cumprimento por todos os servidores.

QUESTÃO 07
A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na
vida particular de cada servidor público. Todavia, a intimidade do servidor é inviolável,
de forma que os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada
não poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

QUESTÃO 08
Adota conduta ética, no exercício de seu cargo, o servidor público que preserva seus
valores pessoais bem como os da organização onde atua.

QUESTÃO 09
O servidor público deve atentar para as ordens de seus superiores, cumprindo-as
sempre, sem hesitação e contestação, pois é o que recomenda um dos princípios
éticos referentes à função pública.

QUESTÃO 10
A moralidade da administração pública norteia-se pela distinção entre o bem e o mal
e pela noção de que sua finalidade é o bem comum.

QUESTÃO 11
No âmbito da administração pública, a moralidade no comportamento do servidor
limita-se ao discernimento do certo e do errado, do bem e do mal.

QUESTÃO 12

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Caso o Servidor receba uma ordem manifestamente ilegal de seu chefe imediato, este
pode abster-se de cumpri-la.

QUESTÃO 13
O atraso na prestação do serviço não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato
de desumanidade, mas, principalmente, grave dano moral aos usuários dos serviços
públicos.

QUESTÃO 14
Julgue os itens seguintes, relativos à conduta ética dos servidores públicos.

O servidor público deve sempre comunicar a seus superiores qualquer ato ou fato
contrário aos interesses e princípios éticos da administração pública, mesmo em
situações políticas e administrativas adversas.

QUESTÃO 15
O servidor público que escolhe agir de acordo com os interesses coletivos e procura
orientar seus esforços para a otimização da satisfação do maior número de pessoas
manifesta conduta ética baseada na moral e nos direitos

QUESTÃO 16
É vedado ao servidor público facilitar a fiscalização de todos os seus atos.

QUESTÃO 17
O servidor que, por desconhecimento das atualizações legais, pratica ato de acordo
com normas e legislações já alteradas não age em desacordo com o referido código
de ética.

QUESTÃO 18
A insatisfação com a conduta ética no serviço público é um fato que vem sendo

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constantemente criticado pela sociedade brasileira. Nesse cenário, é natural que a


expectativa da sociedade seja mais exigente com a conduta daqueles que
desempenham atividades no serviço e na gestão de bens públicos. Com referência à
ética no serviço público, julgue o item que se segue.

O comportamento profissional do servidor deve ser formal, frio, distante e objetivo,


de modo a garantir impessoalidade no tratamento aos cidadãos usuários.

QUESTÃO 19
A respeito de ética no serviço público, julgue o próximo item.

No contexto da administração pública, a legitimidade dos atos do servidor público, de


acordo com a CF, relaciona-se, entre outros fatores, ao dever de probidade.

QUESTÃO 20
O servidor pode sugerir para o cliente que, se quiser agilidade no trato de sua
solicitação, se ele trouxer um vinho para o servidor, o processo dele será mais rápido
que o normal.

QUESTÃO 21
O servidor, em função de sua amizade com seu colega, sabendo da situação financeira
e psicológica do seu colega, pode ser solidário e não informar ao superior às infrações
que este colega vem cometendo.

QUESTÃO 22
Ao servidor público que ocupa cargo de chefia é permitido, em situações especiais,
determinar que servidor a ele subordinado seja desviado de função para atender a
interesse particular daquele, caso o ato não implique prejuízo do desempenho das
atividades do serviço público.

QUESTÃO 23

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O servidor público que, ao constatar falta ética de seu colega de trabalho, deixe de
representar contra a referida pessoa não deverá ser apenado, pois a delação no serviço
público tem caráter discricionário.

QUESTÃO 24
Se um servidor for desviado de função por sua chefia imediata, em virtude de
necessidade particular do trabalho, ele deverá cumprir suas novas atribuições, pois é
seu dever ético.

QUESTÃO 25
Caso uma servidora pública comente com sua chefia imediata e com alguns colegas
de trabalho que um servidor estaria assediando sexualmente uma colega de
departamento, a conduta dessa servidora será antiética, pois prejudicará a reputação
de um colega de trabalho.

QUESTÃO 26
Novos conhecimentos e habilidades ao seu alcance só devem ser utilizados pelo
servidor público em situações complexas, que exijam raciocínio mais elaborado e
soluções específicas.

QUESTÃO 27
Há algum tempo, Bruno, servidor público responsável pelo controle do material de
expediente do setor em que trabalha, observa que Joana, servidora pública lotada
nesse mesmo setor, utiliza recursos materiais da repartição em atividades particulares.
Em razão de seu espírito de solidariedade e da amizade que nutre por Joana, Bruno
se abstém de levar ao conhecimento do chefe do setor os atos praticados por sua
colega de trabalho.

Nessa situação, Bruno age de forma correta, pois compete ao chefe detectar, por si
mesmo, quaisquer irregularidades no setor, caracterizando ofensa à ética o servidor
público denunciar colega de trabalho.

QUESTÃO 28

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Ricardo, servidor público, enquanto participava da preparação de um edital de


licitação para contratação de fornecimento de refeições para o órgão em que trabalha,
antecipou algumas das regras que iriam fazer parte do edital para Carlos, dono de
uma empresa de fornecimento de marmitas, famosa pela boa qualidade e ótimos
preços dos seus produtos, a fim de que esse pudesse adequar alguns procedimentos
de sua empresa ao edital. A iniciativa de Ricardo deveu-se somente ao fato de ele
conhecer bem os produtos da empresa de Carlos, não lhe trazendo qualquer
vantagem pecuniária.

Nessa situação, é correto afirmar que Ricardo agiu em prol do interesse coletivo e que
a sua atitude não fere a ética no serviço público.

QUESTÃO 29
Em todos os órgãos e entidades da administração pública federal direta, deve existir
uma comissão de ética encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional
do servidor, no tratamento com o patrimônio público; de julgar infrações e determinar
punições, advertências e censuras administrativas cabíveis; bem como de aplicar
multas e de executar a liquidação extrajudicial do patrimônio particular dos indiciados.

QUESTÃO 30
De acordo com o código de ética profissional do serviço público, julgue o item a
seguir.

A comissão de ética é encarregada de orientar e aconselhar o servidor acerca das


regras de conduta ético-profissional concernentes ao tratamento com as pessoas e
com o patrimônio público. Além disso, cabe à referida comissão competência para
exonerar o servidor que desrespeitar essas normas.

QUESTÃO 31
Há previsão legal para a criação de comitês de ética em todos os órgãos e entidades
integrantes da administração pública.

QUESTÃO 32

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Uma ética deontológica é aquela construída sobre o princípio do dever.

QUESTÃO 33
A cortesia é uma característica que depende diretamente do nível de instrução do
indivíduo.

QUESTÃO 34
Os valores morais são historicamente construídos pelas sociedades, como forma de
organizar a convivência e garantir, tanto quanto possível, o bem-estar do indivíduo
consigo mesmo e em suas relações com as outras pessoas.

QUESTÃO 35
Um servidor público que tenha seu nome vinculado a qualquer atividade empresarial
suspeita pode incorrer em falta ética.

QUESTÃO 36
Servidor público que omitir ou negar a publicidade de qualquer ato oficial incorre em
improbidade administrativa.

QUESTÃO 37
O servidor que realiza suas atividades com esmero e em prol dos cidadãos contribui
para a promoção da cidadania

QUESTÃO 38
Condutas éticas são aprendidas somente no contexto familiar. Dessa forma, um
sistema de desenvolvimento, monitoramento e controle dos ambientes interno e
externo de uma organização é ineficaz para detectar pontos que possam causar uma
conduta antiética.

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QUESTÃO 39
A moral resulta do conjunto de leis, costumes e tradições de uma sociedade e é
subordinada a ética comportamental definida em regras constitucionais.

QUESTÃO 40
Entende-se por moral, um conjunto de regras consideradas válidas para uma maioria
absoluta, que se valem dela para impor conduta ética aos demais cidadãos.

QUESTÃO 41
No sentido prático, a finalidade da ética, da moral e do direito são muito semelhantes.

QUESTÃO 42
A moral é mais flexível do que a lei, por variar de indivíduo para indivíduo, e afeta
diretamente a prestação dos serviços públicos por criar condições para uma ética
flexível no atendimento às necessidades básicas da população.

QUESTÃO 43
A ética confunde-se com a moral como um dos parâmetros para a avaliação do grau
de desenvolvimento de determinada sociedade e, consequente, padronização da
prestação dos serviços públicos comunitários.

QUESTÃO 44
Caso um servidor, preocupado com o bem estar dos usuários os quais atende, opte
por ocultar uma decisão oficial que contraria os interesses de determinado usuário,
ele será considerado um servidor compromissado eticamente com seu serviço e com
sua relação com o público.

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QUESTÃO 45
Exerce seu dever de cidadania, em conformidade com os padrões éticos aceitos, o
servidor público que não se deixa corromper e denuncia todos os atos de corrupção
de que toma conhecimento.

QUESTÃO 46
O servidor que é visto habitualmente embriagado fora de seu horário de expediente,
mas cumpre suas atividades com esmero durante seu horário de trabalho não fere a
ética do serviço público.

QUESTÃO 47
O servidor público não pode desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, o
servidor público tem que decidir entre o legal e o ilegal, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, bem como entre o honesto e o desonesto.

QUESTÃO 48
Nos órgãos públicos federais, entre os servidores sujeitos à apuração de desvio ético,
previsto no Decreto n.º 1.171/1994, não estão incluídos colaboradores terceirizados,
como brigadistas e vigilantes.

QUESTÃO 49
A função pública, para todos os efeitos, deve ser tida como exercício profissional, não
se integrando à vida particular do servidor público, o qual deve ser capaz de distinguir
entre seus interesses privados e o bem comum.

QUESTÃO 50
A prioridade na realização de atividades, a qual se fundamenta nos critérios de
urgência e importância, deve ser considerada pelo servidor público na organização de
suas rotinas.

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QUESTÃO 51
A alteração do teor de documentos é falta ética grave, caso ocorra sem autorização
legal anterior.

QUESTÃO 52
É permitido ao servidor público omitir a verdade quando esta for contrária aos
interesses da própria pessoa interessada.

QUESTÃO 53
Para fins de apuração de comprometimento ético, a retribuição financeira pela
prestação de serviço não constitui elemento indispensável para a caracterização do
indivíduo como servidor público.

QUESTÃO 54
Na gestão pública, é imprescindível o respeito à individualidade do outro.

QUESTÃO 55
Considere que um servidor doe para uma biblioteca comunitária uma série de livros
da repartição pública na qual ele trabalha. Nesse caso, mesmo sem observar as
formalidades legais, o servidor não incorre em improbidade administrativa uma vez
que os livros destinam-se a fins educativos e assistenciais.

QUESTÃO 56
Independentemente de autorização, é vedado ao servidor público retirar documento
da repartição pública.

QUESTÃO 57

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SALVO OS CASOS DE SEGURANÇA NACIONAL, INVESTIGAÇÕES POLICIAIS OU INTERESSE SUPERIOR DO ESTADO E


DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, A SEREM PRESERVADOS EM PROCESSO PREVIAMENTE DECLARADO COMO
SIGILOSO, NOS TERMOS DA LEI, A PUBLICIDADE DE QUALQUER ATO ADMINISTRATIVO CONSTITUI REQUISITO DE
EFICÁCIA E MORALIDADE, ENSEJANDO SUA OMISSÃO COMPROMETIMENTO ÉTICO CONTRA O BEM COMUM,
IMPUTÁVEL A QUEM A NEGAR.

QUESTÃO 58
OS REGISTROS SOBRE A CONDUTA ÉTICA DO SERVIDOR FORNECIDOS PELA COMISSÃO DE ÉTICA TÊM O EFEITO DE
INSTRUIR E FUNDAMENTAR AS PROMOÇÕES DO SERVIDOR PÚBLICO.

QUESTÃO 59
PARA FINS DE APURAÇÃO DO COMPROMETIMENTO ÉTICO, ENTENDE-SE POR SERVIDOR PÚBLICO TODO AQUELE
QUE, POR FORÇA DE LEI, CONTRATO OU DE QUALQUER ATO JURÍDICO, PRESTE SERVIÇOS DE NATUREZA
PERMANENTE, TEMPORÁRIA OU EXCEPCIONAL, AINDA QUE SEM RETRIBUIÇÃO FINANCEIRA, DESDE QUE LIGADO
DIRETA OU INDIRETAMENTE A QUALQUER ÓRGÃO DO PODER ESTATAL, COMO AS AUTARQUIAS, AS FUNDAÇÕES
PÚBLICAS, AS ENTIDADES PARAESTATAIS, AS EMPRESAS PÚBLICAS E AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, OU A
QUALQUER SETOR ONDE PREVALEÇA O INTERESSE DO ESTADO.

QUESTÃO 60
A OBRIGATORIEDADE DE CRIAÇÃO DE UMA COMISSÃO DE ÉTICA DEVE SER OBSERVADA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA FEDERAL DIRETA, CONTUDO, NAS AUTARQUIAS E EMPRESAS PÚBLICAS, SUA CRIAÇÃO É FACULTATIVA.

QUESTÃO 61
EM RESPEITO À HIERARQUIA, O SERVIDOR PÚBLICO DEVE TEMER REPRESENTAR CONTRA QUALQUER
COMPROMETIMENTO INDEVIDO DA ESTRUTURA EM QUE SE FUNDA O PODER ESTATAL.

QUESTÃO 62
A MORALIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NÃO SE LIMITA À DISTINÇÃO ENTRE O BEM E O MAL, DEVENDO
SER ACRESCIDA DA IDEIA DE QUE O FIM É SEMPRE O BEM COMUM.

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QUESTÃO 63
DEVERÁ SER COMUNICADA À SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA A
CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA, COM A INDICAÇÃO DOS RESPECTIVOS MEMBROS TITULARES E
SUPLENTES.

QUESTÃO 64
A FUNÇÃO PÚBLICA DEVE SER TIDA COMO EXERCÍCIO PROFISSIONAL QUE INTEGRA A VIDA PARTICULAR DE CADA
SERVIDOR PÚBLICO, CONTUDO OS FATOS E ATOS VERIFICADOS NA CONDUTA DO DIA A DIA , EM SUA VIDA
PRIVADA, NÃO PODERÃO ACRESCER OU DIMINUIR SEU BOM CONCEITO NA VIDA FUNCIONAL .

QUESTÃO 65
CASO UM SERVIDOR PÚBLICO VERIFIQUE ATO OU FATO CONTRÁRIO AO INTERESSE PÚBLICO, DEVERÁ COMUNICÁ-
LO IMEDIATAMENTE A SEUS SUPERIORES, NÃO PODENDO, ENTRETANTO, EXIGIR DELES AS PROVIDÊNCIAS CABÍVEIS
POR SER SUBORDINADO.

QUESTÃO 66
O SERVIDOR PÚBLICO, OBSERVANDO AS FORMALIDADES LEGAIS E NÃO COMETENDO QUALQUER VIOLAÇÃO
EXPRESSA À LEI, PODERÁ EXERCER SUA FUNÇÃO COM FINALIDADE DIVERSA, MESMO QUE ESTRANHA AO
INTERESSE PÚBLICO.

QUESTÃO 67
NÃO É VEDADO AO SERVIDOR PÚBLICO USAR INFORMAÇÕES PRIVILEGIADAS OBTIDAS NO ÂMBITO INTERNO DE
SEU SERVIÇO PARA AUXILIAR UM AMIGO.

QUESTÃO 68
À COMISSÃO DE ÉTICA CABE ORIENTAR E ACONSELHAR SOBRE A ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR , NO
TRATAMENTO COM AS PESSOAS E COM O PATRIMÔNIO PÚBLICO, COMPETINDO-LHE CONHECER
CONCRETAMENTE DE IMPUTAÇÃO OU DE PROCEDIMENTO SUSCEPTÍVEL DE CENSURA.

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QUESTÃO 69
À COMISSÃO DE ÉTICA É PERMITIDA A APLICAÇÃO DA PENA DE DEMISSÃO, COM A DEVIDA FUNDAMENTAÇÃO,
CONSTANTE EM PARECER ASSINADO POR TODOS OS SEUS INTEGRANTES E COM A CIÊNCIA DO FALTOSO.

QUESTÃO 70
É OBRIGATÓRIA A CRIAÇÃO DE UMA COMISSÃO DE ÉTICA EM ENTIDADE QUE EXERÇA ATRIBUIÇÕES DELEGADAS
PELO PODER PÚBLICO.

QUESTÃO 71
NÃO É PERMITIDO AO SUPERIOR DESVIAR O SERVIDOR PÚBLICO, SUBORDINADO, PARA ATENDIMENTO DE
INTERESSE PARTICULAR, MESMO QUE O FAÇA DE FORMA REMUNERADA.

QUESTÃO 72
O SERVIDOR PÚBLICO JAMAIS PODERÁ DESPREZAR O ELEMENTO ÉTICO DE SUA CONDUTA. ASSIM, NÃO TERÁ QUE
DECIDIR SOMENTE ENTRE O LEGAL E O ILEGAL, O JUSTO E O INJUSTO, O CONVENIENTE E O INCONVENIENTE, O
OPORTUNO E O INOPORTUNO, MAS PRINCIPALMENTE ENTRE O HONESTO E O DESONESTO.

QUESTÃO 73
A VIOLAÇÃO AOS PRECEITOS DO CÓDIGO DE ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL PODERÁ ENSEJAR A
APLICAÇÃO DE PENALIDADES, COMO MULTA, SUSPENSÃO E ATÉ DEMISSÃO.

QUESTÃO 74
É DEVER FUNDAMENTAL DO SERVIDOR COMUNICAR A SEUS SUPERIORES ATO OU FATO CONTRÁRIO AO INTERESSE
PÚBLICO.

QUESTÃO 75
NÃO SÃO CONSIDERADOS SERVIDORES PÚBLICOS, PARA FINS DE APURAÇÃO DE COMPORTAMENTO ÉTICO PELA
COMISSÃO DE ÉTICA, AQUELES QUE PRESTEM SERVIÇOS DE NATUREZA EXCEPCIONAL À ADMINISTRAÇÃO, COM
OU SEM REMUNERAÇÃO.

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QUESTÃO 76
O SERVIDOR NÃO PODERÁ OMITIR A VERDADE, AINDA QUE POSSA CONTRARIAR INTERESSES DE PESSOA
INTERESSADA OU DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

QUESTÃO 77
EDUARDO, SERVIDOR PÚBLICO EM ESTÁGIO PROBATÓRIO, FREQUENTEMENTE SE AUSENTAVA DE SEU LOCAL DE
TRABALHO SEM JUSTIFICATIVA E, QUANDO VOLTAVA, SE APRESENTAVA NITIDAMENTE EMBRIAGADO. EM RAZÃO
DESSES FATOS, A COMISSÃO DE ÉTICA, TENDO APRECIADO A CONDUTA DO SERVIDOR, DECIDIU APLICAR A ELE A
PENALIDADE DE ADVERTÊNCIA. EDUARDO FOI, ENTÃO, REPROVADO NO ESTÁGIO PROBATÓRIO E, POR ISSO, FOI
DEMITIDO, SEM QUE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA TENHA OBSERVADO O CONTRADITÓRIO E A AMPLA DEFESA .

CONSIDERANDO ESSA SITUAÇÃO HIPOTÉTICA, JULGUE O ITEM A SEGUIR.

A PENALIDADE DE ADVERTÊNCIA APLICADA PELA COMISSÃO DE ÉTICA ENCONTRA-SE PREVISTA NO CÓDIGO DE


ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO.

QUESTÃO 78
A CONDUTA DE EDUARDO — QUE SE AUSENTAVA DO TRABALHO E, QUANDO COMPARECIA, ESTAVA
EMBRIAGADO — VIOLOU DEVERES E VEDAÇÕES IMPOSTAS AO SERVIDOR PÚBLICO PELO CÓDIGO DE ÉTICA
PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO.

QUESTÃO 79
O SERVIDOR DEVE SEMPRE OPTAR PELA CONDUTA LEGAL , MESMO QUE O RESULTADO SEJA INJUSTO OU
DESONESTA.

QUESTÃO 80
A REMUNERAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO É CUSTEADA PELOS TRIBUTOS PAGOS POR TODOS , EXCETO AQUELES
PAGOS POR ELE PRÓPRIO.

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QUESTÃO 81
A COMISSÃO DE ÉTICA SOMENTE PODE APLICAR A PENA DE CENSURA AO SERVIDOR FALTOSO.

QUESTÃO 82
PERMITE-SE QUE O SERVIDOR DEIXE DE UTILIZAR AVANÇOS TECNOLÓGICOS DISPONÍVEIS PARA ATENDIMENTO A
SEU OFÍCIO.

QUESTÃO 83
JOSÉ, SERVIDOR PÚBLICO ESTÁVEL DE ÓRGÃO DO PODER EXECUTIVO FEDERAL, DURANTE O PERÍODO DE DOZE
MESES, FALTOU INTENCIONALMENTE AO SERVIÇO POR CINQUENTA DIAS CONSECUTIVOS , SEM CAUSA
JUSTIFICADA. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, MEDIANTE PROCEDIMENTO DISCIPLINAR SUMÁRIO, ENQUADROU A
CONDUTA DE JOSÉ COMO ABANDONO DE CARGO.

A RESPEITO DESSA SITUAÇÃO HIPOTÉTICA, JULGUE O ITEM QUE SE SEGUE.

DE ACORDO COM O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO
FEDERAL, A CONDUTA DE JOSÉ É FATOR DE DESMORALIZAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO.

QUESTÃO 84
CARLOS, FORMADO EM MEDICINA, FOI CONTRATADO TEMPORARIAMENTE PELA UNIÃO PARA ATUAR NA REDE
DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, DE MODO A APOIAR EVENTUAL CRESCIMENTO DA DEMANDA EM DECORRÊNCIA
DOS JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016. DURANTE O EXPEDIENTE, AO ATENDER UM PACIENTE QUE FAZIA UMA
CONSULTA DE ROTINA, NÃO EMERGENCIAL, CARLOS, SEM CONHECIMENTO TÉCNICO NEM CAPACITAÇÃO PRÉVIA,
RESOLVEU OPERAR, SOZINHO, UM APARELHO DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA, DANIFICANDO-O E GERANDO UM
PREJUÍZO DE MAIS DE UM MILHÃO DE REAIS AO HOSPITAL. A COMISSÃO DE ÉTICA, AO ANALISAR A CONDUTA DE
CARLOS, CONCLUIU QUE ELA SERIA PASSÍVEL DE PUNIÇÃO COM A PENALIDADE DE CENSURA , MAS DEIXOU DE
APLICÁ-LA POR SE TRATAR DE SERVIDOR TEMPORÁRIO.

COM REFERÊNCIA A ESSA SITUAÇÃO HIPOTÉTICA, JULGUE O SEGUINTE ITEM.

A COMISSÃO DE ÉTICA AGIU EM DESACORDO COM O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO
CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL, POIS, NA SITUAÇÃO DADA, O FATO DE CARLOS SER SERVIDOR
TEMPORÁRIO NÃO O EXIMIRIA DA OBSERVÂNCIA DO REFERIDO CÓDIGO, RAZÃO POR QUE A COMISSÃO DEVERIA,
SIM, TER APLICADO A PENALIDADE DESCRITA.

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QUESTÃO 85
JULGUE O ITEM QUE SE SEGUE, RELATIVOS À ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

SITUAÇÃO HIPOTÉTICA:
SERVIDOR PÚBLICO DA UNIÃO QUE FALTA AO TRABALHO DE FORMA RECORRENTE
AUSENTOU-SE DO SERVIÇO, NOS ÚLTIMOS SEIS MESES, POR VINTE DIAS, ALTERNADAMENTE, SEM PRESTAR
JUSTIFICATIVAS. ASSERTIVA: NESSA SITUAÇÃO, A ATITUDE DO SERVIDOR CARACTERIZA DESVIO ÉTICO, JÁ QUE SER
ASSÍDUO E FREQUENTE NO SERVIÇO É DEVER FUNDAMENTAL DO SERVIDOR PÚBLICO.

QUESTÃO 86
BRUNO, SERVIDOR CONTRATADO TEMPORARIAMENTE PARA PRESTAR SERVIÇOS A DETERMINADO ÓRGÃO
PÚBLICO FEDERAL, PRATICOU CONDUTA VEDADA AOS SERVIDORES PÚBLICOS PELO CÓDIGO DE ÉTICA
PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL.

A PARTIR DESSA SITUAÇÃO HIPOTÉTICA, JULGUE O ITEM A SEGUIR À LUZ DO DISPOSTO NOS DECRETOS N.º
1.171/1994 E N.º 6.029/2007.

SE, PARA A INFRAÇÃO PRATICADA POR BRUNO, ESTIVEREM PREVISTAS AS PENALIDADES DE ADVERTÊNCIA OU
SUSPENSÃO, A COMISSÃO DE ÉTICA SERÁ COMPETENTE PARA, APÓS O REGULAR PROCEDIMENTO, APLICAR
DIRETAMENTE A PENALIDADE.

QUESTÃO 87
BRUNO, SERVIDOR CONTRATADO TEMPORARIAMENTE PARA PRESTAR SERVIÇOS A DETERMINADO ÓRGÃO
PÚBLICO FEDERAL, PRATICOU CONDUTA VEDADA AOS SERVIDORES PÚBLICOS PELO CÓDIGO DE ÉTICA
PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL.

MESMO PRESTANDO SERVIÇO DE NATUREZA TEMPORÁRIA, BRUNO ESTÁ SUJEITO ÀS DISPOSIÇÕES CONTIDAS NO
DECRETO N.º 1.171/1994.

QUESTÃO 88
EMBORA DEVA RESPEITAR A HIERARQUIA, O SERVIDOR PÚBLICO ESTÁ OBRIGADO A REPRESENTAR CONTRA AÇÕES
MANIFESTAMENTE ILEGAIS DE SEUS SUPERIORES HIERÁRQUICOS .

QUESTÃO 89
NO EXERCÍCIO DO CARGO, O SERVIDOR PÚBLICO, QUANDO DECIDE ENTRE O HONESTO E O DESONESTO, VINCULA

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SUA DECISÃO À

A) ÉTICA.

B) IMPESSOALIDADE.

C) CONVENIÊNCIA.

D) EFICIÊNCIA.

E) LEGALIDADE.

QUESTÃO 90
Compete à Comissão de Ética informará publicamente sobre o desempenho funcional
de servidores.

11.1 Gabaritos

01 Errada 21 Errada 41 Certa 61 Errada 81 Certa


02 Errada 22 Errada 42 Errada 62 Certa 82 Errada
03 Errada 23 Errada 43 Errada 63 Certa 83 Certa
04 Certa 24 Errada 44 Errada 64 Errada 84 Certa
05 Errada 25 Errada 45 Certa 65 Errada 85 Certa
06 Certa 26 Errada 46 Errada 66 Errada 86 Errada
07 Errada 27 Errada 47 Certa 67 Errada 87 Certa
08 Certa 28 Errada 48 Errada 68 Certa 88 Certa
09 Errada 29 Errada 49 Errada 69 Errada 89 Letra A
10 Certa 30 Errada 50 Certa 70 Certa 90 Errada
11 Errada 31 Errada 51 Errada 71 Certa
12 Certa 32 Certa 52 Errada 72 Certa
13 Certa 33 Errada 53 Certa 73 Errada
14 Certa 34 Certa 54 Certa 74 Certa
15 Errada 35 Certa 55 Errada 75 Errada
16 Errada 36 Errada 56 Errada 76 Certa
17 Errada 37 Certa 57 Certa 77 Errada
18 Errada 38 Errada 58 Certa 78 Certa
19 Certa 39 Errada 59 Certa 79 Errada
20 Errada 40 Errada 60 Errada 80 Errada

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12 Letra da lei
no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 que refletirá o exercício da vocação do próprio
poder estatal. Seus atos, comportamentos e
Aprova o Código de Ética atitudes serão direcionados para a preservação da
Profissional do Servidor honra e da tradição dos serviços públicos.
Público Civil do Poder
Executivo Federal. II - O servidor público não poderá jamais
desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso não terá que decidir somente entre o legal e o
das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas
da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da principalmente entre o honesto e o desonesto,
Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos consoante as regras contidas no art. 37, caput, e §
arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 4°, da Constituição Federal.
1992,
III - A moralidade da Administração Pública
DECRETA: não se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
Profissional do Servidor Público Civil do Poder
público, é que poderá consolidar a moralidade do
Executivo Federal, que com este baixa.
ato administrativo.
Art. 2° Os órgãos e entidades da
IV- A remuneração do servidor público é
Administração Pública Federal direta e indireta
custeada pelos tributos pagos direta ou
implementarão, em sessenta dias, as providências
indiretamente por todos, até por ele próprio, e por
necessárias à plena vigência do Código de Ética,
isso se exige, como contrapartida, que a
inclusive mediante a Constituição da respectiva
moralidade administrativa se integre no Direito,
Comissão de Ética, integrada por três servidores ou
como elemento indissociável de sua aplicação e de
empregados titulares de cargo efetivo ou emprego
sua finalidade, erigindo-se, como consequência,
permanente.
em fator de legalidade.
Parágrafo único. A constituição da Comissão
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor
de Ética será comunicada à Secretaria da
público perante a comunidade deve ser entendido
Administração Federal da Presidência da
como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que,
República, com a indicação dos respectivos
como cidadão, integrante da sociedade, o êxito
membros titulares e suplentes.
desse trabalho pode ser considerado como seu
maior patrimônio.
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de
sua publicação.
VI - A função pública deve ser tida como
exercício profissional e, portanto, se integra na vida
Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da particular de cada servidor público. Assim, os fatos
Independência e 106° da República. e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua
vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu
Código de Ética Profissional do Servidor bom conceito na vida funcional.
Público Civil do Poder Executivo Federal
VII - Salvo os casos de segurança nacional,
CAPÍTULO I investigações policiais ou interesse superior do
Estado e da Administração Pública, a serem
Seção I preservados em processo previamente declarado
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de
Das Regras Deontológicas qualquer ato administrativo constitui requisito de
eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum,
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e imputável a quem a negar.
a consciência dos princípios morais são primados
maiores que devem nortear o servidor público, seja

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VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O a) desempenhar, a tempo, as atribuições do


servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que cargo, função ou emprego público de que seja
contrária aos interesses da própria pessoa titular;
interessada ou da Administração Pública. Nenhum
Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o b) exercer suas atribuições com rapidez,
poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando
da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a prioritariamente resolver situações
dignidade humana quanto mais a de uma Nação. procrastinatórias, principalmente diante de filas ou
de qualquer outra espécie de atraso na prestação
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o dos serviços pelo setor em que exerça suas
tempo dedicados ao serviço público caracterizam o atribuições, com o fim de evitar dano moral ao
esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que usuário;
paga seus tributos direta ou indiretamente significa
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando
dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio toda a integridade do seu caráter, escolhendo
público, deteriorando-o, por descuido ou má sempre, quando estiver diante de duas opções, a
vontade, não constitui apenas uma ofensa ao melhor e a mais vantajosa para o bem comum;
equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a
todos os homens de boa vontade que dedicaram d) jamais retardar qualquer prestação de
sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e contas, condição essencial da gestão dos bens,
seus esforços para construí-los. direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa e) tratar cuidadosamente os usuários dos


à espera de solução que compete ao setor em que serviços aperfeiçoando o processo de
exerça suas funções, permitindo a formação de comunicação e contato com o público;
longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na
prestação do serviço, não caracteriza apenas
atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas f) ter consciência de que seu trabalho é
principalmente grave dano moral aos usuários dos regido por princípios éticos que se materializam na
serviços públicos. adequada prestação dos serviços públicos;

XI - O servidor deve prestar toda a sua g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade
atenção às ordens legais de seus superiores, e atenção, respeitando a capacidade e as
velando atentamente por seu cumprimento, e, limitações individuais de todos os usuários do
assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos serviço público, sem qualquer espécie de
erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam- preconceito ou distinção de raça, sexo,
se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e
mesmo imprudência no desempenho da função posição social, abstendo-se, dessa forma, de
pública. causar-lhes dano moral;

XII - Toda ausência injustificada do servidor h) ter respeito à hierarquia, porém sem
de seu local de trabalho é fator de desmoralização nenhum temor de representar contra qualquer
do serviço público, o que quase sempre conduz à comprometimento indevido da estrutura em que se
desordem nas relações humanas. funda o Poder Estatal;

XIII - O servidor que trabalha em harmonia i) resistir a todas as pressões de superiores


com a estrutura organizacional, respeitando seus hierárquicos, de contratantes, interessados e
colegas e cada concidadão, colabora e de todos outros que visem obter quaisquer favores,
pode receber colaboração, pois sua atividade benesses ou vantagens indevidas em decorrência
pública é a grande oportunidade para o de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;
crescimento e o engrandecimento da Nação.
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas
Seção II exigências específicas da defesa da vida e da
segurança coletiva;
Dos Principais Deveres do Servidor Público
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na
certeza de que sua ausência provoca danos ao
XIV - São deveres fundamentais do servidor trabalho ordenado, refletindo negativamente em
público: todo o sistema;

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m) comunicar imediatamente a seus b) prejudicar deliberadamente a reputação de


superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao outros servidores ou de cidadãos que deles
interesse público, exigindo as providências dependam;
cabíveis;
c) ser, em função de seu espírito de
n) manter limpo e em perfeita ordem o local solidariedade, conivente com erro ou infração a
de trabalho, seguindo os métodos mais adequados este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua
à sua organização e distribuição; profissão;

o) participar dos movimentos e estudos que d) usar de artifícios para procrastinar ou


se relacionem com a melhoria do exercício de suas dificultar o exercício regular de direito por qualquer
funções, tendo por escopo a realização do bem pessoa, causando-lhe dano moral ou material;
comum;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e
p) apresentar-se ao trabalho com científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento
vestimentas adequadas ao exercício da função; para atendimento do seu mister;

q) manter-se atualizado com as instruções, f) permitir que perseguições, simpatias,


as normas de serviço e a legislação pertinentes ao antipatias, caprichos, paixões ou interesses de
órgão onde exerce suas funções; ordem pessoal interfiram no trato com o público,
com os jurisdicionados administrativos ou com
r) cumprir, de acordo com as normas do colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;
serviço e as instruções superiores, as tarefas de
seu cargo ou função, tanto quanto possível, com g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou
critério, segurança e rapidez, mantendo tudo receber qualquer tipo de ajuda financeira,
sempre em boa ordem. gratificação, prêmio, comissão, doação ou
vantagem de qualquer espécie, para si, familiares
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua
serviços por quem de direito; missão ou para influenciar outro servidor para o
mesmo fim;
t) exercer com estrita moderação as
prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, h) alterar ou deturpar o teor de documentos
abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos que deva encaminhar para providências;
legítimos interesses dos usuários do serviço
público e dos jurisdicionados administrativos; i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que
necessite do atendimento em serviços públicos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer
sua função, poder ou autoridade com finalidade j) desviar servidor público para atendimento a
estranha ao interesse público, mesmo que interesse particular;
observando as formalidades legais e não
cometendo qualquer violação expressa à lei; l) retirar da repartição pública, sem estar
legalmente autorizado, qualquer documento, livro
v) divulgar e informar a todos os integrantes ou bem pertencente ao patrimônio público;
da sua classe sobre a existência deste Código de
Ética, estimulando o seu integral cumprimento. m) fazer uso de informações privilegiadas
obtidas no âmbito interno de seu serviço, em
Seção III benefício próprio, de parentes, de amigos ou de
terceiros;
Das Vedações ao Servidor Público
n) apresentar-se embriagado no serviço ou
XV - E vedado ao servidor público; fora dele habitualmente;

a) o uso do cargo ou função, facilidades, o) dar o seu concurso a qualquer instituição


amizades, tempo, posição e influências, para obter que atente contra a moral, a honestidade ou a
qualquer favorecimento, para si ou para outrem; dignidade da pessoa humana;

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p) exercer atividade profissional aética ou registros sobre sua conduta ética, para o efeito de
ligar o seu nome a empreendimentos de cunho instruir e fundamentar promoções e para todos os
duvidoso. demais procedimentos próprios da carreira do
servidor público.
CAPÍTULO II
XXII - A pena aplicável ao servidor público
DAS COMISSÕES DE ÉTICA pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer,
assinado por todos os seus integrantes, com
XVI - Em todos os órgãos e entidades da
ciência do faltoso.
Administração Pública Federal direta, indireta
autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou
entidade que exerça atribuições delegadas pelo XXIV - Para fins de apuração do
poder público, deverá ser criada uma Comissão de comprometimento ético, entende-se por servidor
Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre público todo aquele que, por força de lei, contrato
a ética profissional do servidor, no tratamento com ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de
as pessoas e com o patrimônio público, natureza permanente, temporária ou excepcional,
competindo-lhe conhecer concretamente de ainda que sem retribuição financeira, desde que
imputação ou de procedimento susceptível de ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do
censura. poder estatal, como as autarquias, as fundações
públicas, as entidades paraestatais, as empresas
públicas e as sociedades de economia mista, ou
XVIII - À Comissão de Ética incumbe
em qualquer setor onde prevaleça o interesse do
fornecer, aos organismos encarregados da
Estado.
execução do quadro de carreira dos servidores, os

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Lei de Acesso à Informação

Lei n. º 12.257/2011
º 12.257/2011

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Sejam bem-vindos!

É com prazer que iniciamos mais um capítulo do material PDF FOCADO do Focus
Concursos. Apresentaremos conteúdos com normativas atuais, com abordagem bem
didática e assertiva para a sua compreensão.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Conteúdo Programático .......................................................................................................2
DISPOSIÇÕES INICIAIS: .........................................................................................................3
DAS DIRETRIZES ...................................................................................................................3
DOS CONCEITOS ...................................................................................................................4
DO DEVER DO ESTADO .........................................................................................................4
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO .........................................................5
DO PEDIDO DE ACESSO ........................................................................................................6
DOS RECURSOS ....................................................................................................................7
DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO .....................................................................7
DA CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO QUANTO AO GRAU E PRAZOS DE SIGILO ..................7
DA PROTEÇÃO E DO CONTROLE DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS ............................................9
DAS RESPONSABILIDADES .................................................................................................. 10
maratona de questões ....................................................................................................... 12
GABARITO: ........................................................................................................................................ 19
QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................................................. 20

LETRA DA LEI ...................................................................................................................... 40

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DISPOSIÇÕES INICIAIS:
Subordinam-se ao regime desta Lei:

I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo,


Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;

II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de


economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.

DAS DIRETRIZES
As diretrizes são:

OBSERVÂNCIA DA PUBLICIDADE COMO PRECEITO GERAL E DO


SIGILO COMO EXCEÇÃO

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES DE INTERESSE PÚBLICO ,


INDEPEND ENTEM ENTE DE SOLICITAÇÕES

UTILIZAÇÃO DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO VIABILIZAD OS PELA


DIRETRIZES
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DE


TRANSPARÊNCIA NA AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA

DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE SOCIAL DA


AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA .

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DOS CONCEITOS

DO DEVER DO ESTADO
É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,
mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em
linguagem de fácil compreensão.

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DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO


Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e
procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a:

GESTÃO TRANSPARENTE DA INFORMAÇÃO , PROPICIANDO AM PLO


ACESSO A ELA E SUA DIVULGAÇÃO

PROTEÇÃO DA INFORMAÇÃO , GARANTINDO - SE SUA


ASSEGURAR
DISPONIBILID AD E, AUTEN TICID AD E E INTEGRIDAD E

PROTEÇÃO DA INFORMAÇÃO SIGILOSA E DA INFORMAÇÃO


PESSOAL, OBSERVADA A SUA DISPONIBILID AD E, AUTEN TICID AD E,
INTEGRIDAD E E EVENTUAL RESTRIÇÃO DE ACESSO .

O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de
obter:
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local
onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada;
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus
órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de
qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua
política, organização e serviços;
VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos
públicos, licitação, contratos administrativos; e
VII - informação relativa:
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos
órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos;
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos
órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios
anteriores.

Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente
sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou

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cópia com ocultação da parte sob sigilo.

É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de


requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências,
de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.

O acesso a informações públicas será assegurado mediante:


I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do poder público,
em local com condições apropriadas para:
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações;
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades;
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação popular ou a outras
formas de divulgação.

DO PEDIDO DE ACESSO
Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos
e entidades, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do
requerente e a especificação da informação requerida.

Para o acesso a informações de interesse público, a identificação do requerente não


pode conter exigências que inviabilizem a solicitação.

O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à


informação disponível.

Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput, o órgão
ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias:

I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou


obter a certidão;

II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso


pretendido; ou

III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o
órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou
entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação.

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DOS RECURSOS
No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa do
acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez)
dias a contar da sua ciência.

O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão


impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias.

Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal,


o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo
de 5 (cinco) dias se:

I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for negado;

II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou parcialmente classificada


como sigilosa não indicar a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior
a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou desclassificação;

III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa estabelecidos nesta Lei


não tiverem sido observados; e

IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimentos previstos nesta


Lei.

DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO


Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou
administrativa de direitos fundamentais.

As informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação


dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades
públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso.

DA CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO QUANTO AO GRAU E PRAZOS DE


SIGILO
São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto,
passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:

I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional;


II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do

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País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros


Estados e organismos internacionais;
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País;
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas;
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou
tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico
nacional;
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras
e seus familiares; ou
VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em
andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações.

A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em


razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser
classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.

GRAU PRAZO

ULTRASSECRETA 25 ANOS

SECRETA 15 ANOS

RESERVADA 05 ANOS

As informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-


Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como
reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último
mandato, em caso de reeleição.

Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deverá ser


observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos restritivo
possível, considerados:

I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado; e

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II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que


defina seu termo final.

DA PROTEÇÃO E DO CONTROLE DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS


É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de informações sigilosas
produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a sua proteção.

O acesso, a divulgação e o tratamento de informação classificada como sigilosa ficarão


restritos a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente
credenciadas na forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes
públicos autorizados por lei.

O acesso à informação classificada como sigilosa cria a obrigação para aquele que a
obteve de resguardar o sigilo.
CH EFES D E M ISSÕES D IPLO M ÁTICAS E
CO N SU LARES P ERM AN EN TES N O EXTERIOR

CO M AN D AN TES D A M ARIN H A , D O EXÉRCITO E


D A A ERON Á U TICA

U LTRA SSECRETO P RESID EN TE DA REPÚ BLICA

VICE-P RESID EN TE DA REPÚ BLICA

M IN ISTROS D E ESTAD O E AU TO RID AD ES COM


AS M ESM AS PRERRO GATIVAS

AS AU TO RID AD ES D O ULTRASSECRETA

AUTARQUIAS

COM P ETÊN CIA SECRETO FU N D A ÇÕES PÚ B LICAS

EM P RESA S PÚ B LICA S

SOCIEDAD E D E ECONOM IA M ISTA

AS A U TO RID A D ES D O U LTRA SSECRETO E


SECRETO

RESERV ADO
EXERÇAM FU N ÇÕ ES D E D IREÇÃO , COM AN D O O U
CH EFIA , N ÍVEL DA S 10 1.5, O U SU PERIO R, D O
GRU PO -D IREÇÃO E A SSESSORAM EN TO
SU PERIORES, O U D E H IERARQU IA EQ UIVALEN TE ,
D E ACO RD O COM REGU LAM EN TAÇÃO
ESPECÍFICA D E CAD A Ó RGÃO O U EN TID AD E

A competência no ultrassecreto e secreto, no que se refere à classificação como


ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade responsável a agente
público, inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação.

A classificação de informação em qualquer grau de sigilo deverá ser formalizada em

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decisão que conterá, no mínimo, os seguintes elementos:


I - assunto sobre o qual versa a informação;
II - fundamento da classificação;
III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou do evento que defina o
seu termo final; e
IV - identificação da autoridade que a classificou.

A autoridade máxima de cada órgão ou entidade publicará, anualmente, em sítio à


disposição na internet e destinado à veiculação de dados e informações
administrativas, nos termos de regulamento:

I - rol das informações que tenham sido desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses;

II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com identificação para


referência futura;

III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos,


atendidos e indeferidos, bem como informações genéricas sobre os solicitantes.

DAS RESPONSABILIDADES
Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público ou
militar:
I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente
o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou
imprecisa;
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar,
total ou parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou
conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública;
III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação;
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação
sigilosa ou informação pessoal;
V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de
ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem;
VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para beneficiar
a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações
de direitos humanos por parte de agentes do Estado.

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A pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de


qualquer natureza com o poder público e deixar de observar o disposto nesta Lei
estará sujeita às seguintes sanções:

AD VERTÊNCIA

MULTA

SANÇÕES
SUSPENSÃO TEM PORÁRIA DE PARTICIPAR EM LICITAÇÃO E
IMPEDIM ENTO DE CONTRATAR COM A AD MINISTRAÇÃO
PÚBLICA POR PRAZO NÃO SUPERIOR A 2 (DOIS) AN OS

DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE PARA LICITAR OU CONTRATAR


COM A AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA , ATÉ QUE SEJA PROMOV ID A
A REABILITAÇÃO PERANTE A PRÓPRIA AUTORIDADE QUE
APLICOU A PENALID ADE .

As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser aplicadas juntamente com a do
inciso II, assegurado o direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no
prazo de 10 (dez) dias.

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MARATONA DE QUESTÕES

1) O capítulo IV da Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011, dispõe sobre as


restrições de acesso à informação. Sobre o tema, é correto afirmar que

a) informações ou documentos que, direta ou indiretamente, versem sobre violação


dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades
públicas poderão ser objeto de restrição de acesso.

b) o disposto na Lei exclui as hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça, bem


como as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade
econômica pelo Estado ou por qualquer pessoa física ou jurídica que tenha vínculo
com o poder público.

c) são consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e,


portanto, passíveis de classificação, as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito
possam prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico
ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse
estratégico nacional.

d) a informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e


em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, não
poderá ser classificada e, portanto, ter acesso restrito.

e) os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação


prevista na Lei, são 30 anos para a documentação ultrassecreta; 20 anos para a secreta;
e 5 anos para a reservada.

2) De acordo com a Lei Federal n° 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à


Informação, os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade
e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo da inviolabilidade da
intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas são originalmente

a) ostensivos.

b) sigilosos.

c) históricos.

d) permanentes.

e) oficiais.

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3) No que concerne ao previsto na Lei de Acesso à Informação, Lei no 12.527/11, é


correto afirmar:

a) quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente
sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou
cópia com ocultação da parte sob sigilo.

b) a acesso à informação de que trata a Lei compreende, entre outros, os direitos de


obter informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados
por órgãos ou entidades, com exceção dos documentos recolhidos aos arquivos
públicos.

c) os procedimentos previstos pela Lei destinam-se a assegurar o direito de acesso à


informação e devem ser executados em conformidade com os princípios da
administração pública com a diretriz básica da publicidade e do sigilo como preceito
geral, sem exceções.

d) às entidades privadas sem fins lucrativos, não são aplicadas as disposições desta
Lei, quando recebem para realização de ações de interesse público, recursos públicos
diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais e contratos de gestão.

e) o Estado deve garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,


mediante pedidos devidamente justificados e comprovados pelo solicitante, através
de procedimentos objetivos, de forma transparente e clara.

4) No que concerne à Lei de Acesso à Informação, Lei Federal n° 12.527/ 2011, é


correto afirmar que

a) assegura o direito fundamental de acesso à informação em conformidade com as


diretrizes de observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção
e divulgação de informações, exclusivamente mediante solicitações.

b) estão subordinados ao regime desta lei, os órgãos públicos integrantes da


administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, excluindo as Cortes de
Contas, e incluindo o Judiciário, o Ministério Público, as autarquias, as fundações e as
empresas públicas.

c) é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,


mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em
linguagem de fácil compreensão.

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d) compreende o direito de se obter orientação sobre os


procedimentos para acesso, o local onde poderá ser obtida a informação contida em
registros ou apenas nos documentos recolhidos em arquivos públicos.

e) compreende o acesso às informações referentes a projetos de pesquisa e


desenvolvimento científicos ou tecnológicos independentemente do sigilo
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

5) Segundo a Lei n° 12.527/2011, um dos objetivos do Núcleo de Segurança e


Credenciamento (NSC), instituído no âmbito do Gabinete de Segurança Institucional
da Presidência da República, é

a) promover e propor a regulamentação do credenciamento de segurança de pessoas


físicas, empresas, órgãos e entidades para tratamento de informações sigilosas.

b) requisitar da autoridade, que classificar a informação como ultrassecreta e secreta,


esclarecimento sobre o conteúdo parcial ou integral da informação.

c) rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou


mediante provocação de pessoa interessada, observado o disposto no art. 7º e demais
dispositivos dessa Lei.

d) indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, de acesso


pretendido por qualquer pessoa física ou jurídica.

e) possibilitar a gravação de relatórios mensais ou anuais em diversos formatos


eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo
a facilitar a análise das informações solicitadas.

6) De acordo com a Lei de Acesso à Informação, cabe aos órgãos e às entidades do


poder público, observados as normas e os procedimentos específicos aplicáveis,
assegurar a

a) divulgação de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e suas entidades,


assegurando a sua veiculação na imprensa de todo o território nacional.

b) desclassificação do sigilo de informações no âmbito da administração pública


federal.

c) publicação semanal, em sítio à disposição na internet e destinado à veiculação de


dados e informações administrativas, nos termos de regulamento, de relatório

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estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação


recebidos, atendidos e indeferidos.

d) liberação de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa,


com o intuito de constituir processo de apuração de irregularidades em que o titular
das informações estiver envolvido.

e) proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua


disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso.

7) A atribuição a documentos, ou às informações neles contidas, de graus de sigilo,


conforme a Lei n° 12.527/2011, denomina-se

a) classificação.

b) criptografia.

c) avaliação.

d) desclassificação.

e) registratur.

8) Levando-se em consideração o Capítulo IV – Das restrições de acesso à informação


– da Lei n° 12.527/2011, é correto afirmar que

a) as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão


seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo
de 100 anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente
autorizados e à pessoa a que elas se referirem.

b) as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem não


poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros, seja diante de previsão
legal, seja por consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

c) quando as informações pessoais forem necessárias à prevenção e diagnóstico


médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização única
e exclusivamente para tratamento médico, será exigido consentimento expresso da
pessoa a que as informações se referirem.

d) quando as informações forem necessárias à realização de estatísticas e pesquisas


científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, será exigido

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consentimento expresso da pessoa a que as informações se


referirem, sendo vedada a identificação da pessoa em questão.

e) a restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de


pessoa poderá ser invocada em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos
de maior relevância.

9) A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e


em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá
ser classificada como

a) sigilosa (25 anos), secreta (15 anos) e reservada (5 anos).

b) ultrassecreta (20 anos), secreta (10 anos) e sigilosa (5 anos).

c) reservada (25 anos), ultrassecreta (15 anos) e secreta (5 anos).

d) ultrassecreta (25 anos), secreta (15 anos) e reservada (5 anos).

e) secreta (25 anos), ultrassecreta (10 anos) e reservada (5 anos).

10) De acordo com o Capítulo III da Lei de Acesso à Informação – Do procedimento


de acesso à informação –, é correto afirmar que

a) para o acesso a informações de interesse público, a fim de viabilizar a solicitação, a


identificação do requerente deve conter o máximo possível de dados.

b) os órgãos e entidades do poder público devem observar as exigências necessárias


relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse
público.

c) os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de


encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na internet.

d) os órgãos ou entidades do poder público devem autorizar ou conceder o acesso à


informação disponível no prazo mínimo de 20 dias a contar da data da solicitação.

e) a informação armazenada em formato digital será fornecida de forma impressa,


sem ônus para o solicitante.

11) Para os efeitos da Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome dado à

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qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo


detalhamento possível, sem modificações, é

a) Autenticidade

b) Disponibilidade

c) Integridade

d) Organicidade

e) Primariedade

12) Com base na Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), analise as assertivas
abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) O Presidente da República pode elaborar documentos em todos os graus de sigilo,


desde o grau reservado até o ultrassecreto.

( ) O prazo máximo para restrição de acesso à informação secreta é de 15 (quinze)


anos.

( ) A competência para atribuir classificação de grau ultrassecreto e secreto não pode


ser delegada para autoridade responsável a agente público, mesmo que seja em
missão no exterior.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) F – V – F.

b) V – F – F.

c) F – F – V.

d) V – V – V.

e) V – V – F.

13) A Lei nº 12.527/2011, Lei de Acesso à Informação, apresenta a Classificação da


Informação quanto ao Grau e Prazos de Sigilo. Assinale a alternativa que apresenta a
correta correspondência entre o grau e o prazo de sigilo de uma informação.

a) Ultrassecreta: 20 anos.

b) Secreta: 25 anos.

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c) Reservada: 5 anos.

d) Sigilosa: 30 anos.

e) Sigilosa referente à honra e à imagem das pessoas será restrito por um prazo
máximo de 50 anos.

14) Depois da Lei n° 12.527/2011, o acesso a informações públicas ficou assegurado


mediante criação do atendimento e da orientação ao público quanto ao acesso a
informações, à tramitação de documentos e ao recebimento de requerimentos. Qual
foi a instância estabelecida por essa lei?

a) Serviço de informações ao cidadão.

b) Arquivo central.

c) Protocolo.
d) Serviço de arquivos.

e) Setor de tecnologia da informação.

15) A Lei n° 12.527/2011 regula o acesso a informações com procedimentos a serem


observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Os procedimentos
previstos nessa lei são para assegurar o direito fundamental de acesso à informação,
em conformidade com os princípios básicos da administração pública. Assinale a
alternativa que apresenta uma diretriz dessa lei de acesso a informações.

a) Observância do sigilo como preceito geral e da publicidade como exceção.

b) Divulgação de informações de interesse público, independentemente de


solicitações.

c) Utilização de meios tradicionais para divulgação de dados pessoais nos órgãos


públicos.

d) Fomento ao desenvolvimento da cultura de sigilo na administração pública.

e) Desenvolvimento do controle estatal da administração pública.

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GABARITO:
1 2 3 4 5

C B A C A

6 7 8 9 10

E A A E C

11 12 13 14 15

E E C A B

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QUESTÕES COMENTADAS
1) O capítulo IV da Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011, dispõe sobre as
restrições de acesso à informação. Sobre o tema, é correto afirmar que

a) informações ou documentos que, direta ou indiretamente, versem sobre violação


dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades
públicas poderão ser objeto de restrição de acesso.

b) o disposto na Lei exclui as hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça, bem


como as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade
econômica pelo Estado ou por qualquer pessoa física ou jurídica que tenha vínculo
com o poder público.

c) são consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e,


portanto, passíveis de classificação, as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito
possam prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico
ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse
estratégico nacional.

d) a informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e


em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, não
poderá ser classificada e, portanto, ter acesso restrito.

e) os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação


prevista na Lei, são 30 anos para a documentação ultrassecreta; 20 anos para a secreta;
e 5 anos para a reservada.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra C.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) informações ou documentos que, direta ou indiretamente, versem sobre


violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de
autoridades públicas poderão ser objeto de restrição de acesso. A alternativa
encontra-se errada! As informações ou documentos que versem sobre condutas que
impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando
de autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso.

b) o disposto na Lei exclui as hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça,

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bem como as hipóteses de segredo industrial decorrentes


da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por qualquer pessoa
física ou jurídica que tenha vínculo com o poder público. A alternativa encontra-
se errada! Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses legais de sigilo
e de segredo de justiça nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da
exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou
entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público.

c) são consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e,


portanto, passíveis de classificação, as informações cuja divulgação ou acesso
irrestrito possam prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e
desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens,
instalações ou áreas de interesse estratégico nacional. A alternativa encontra-se
correta! Artigo 23, inciso VI.

d) a informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor


e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado,
não poderá ser classificada e, portanto, ter acesso restrito. A alternativa
encontra-se errada! A informação em poder dos órgãos e entidades públicas,
observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade
ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.

e) os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a


classificação prevista na Lei, são 30 anos para a documentação ultrassecreta; 20
anos para a secreta; e 5 anos para a reservada.

Para te ajudar:

2) De acordo com a Lei Federal n° 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à


Informação, os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade
e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo da inviolabilidade da

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intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas


são originalmente

a) ostensivos.

b) sigilosos.

c) históricos.

d) permanentes.

e) oficiais.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra B.

Informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso


público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do
Estado.

É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de informações sigilosas


produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a sua proteção.

Oportunidade em que nasce os graus de sigilos!

3) No que concerne ao previsto na Lei de Acesso à Informação, Lei no 12.527/11, é


correto afirmar:

a) quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente
sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou
cópia com ocultação da parte sob sigilo.

b) a acesso à informação de que trata a Lei compreende, entre outros, os direitos de


obter informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados
por órgãos ou entidades, com exceção dos documentos recolhidos aos arquivos
públicos.

c) os procedimentos previstos pela Lei destinam-se a assegurar o direito de acesso à


informação e devem ser executados em conformidade com os princípios da
administração pública com a diretriz básica da publicidade e do sigilo como preceito
geral, sem exceções.

d) às entidades privadas sem fins lucrativos, não são aplicadas as disposições desta
Lei, quando recebem para realização de ações de interesse público, recursos públicos

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diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais e


contratos de gestão.

e) o Estado deve garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,


mediante pedidos devidamente justificados e comprovados pelo solicitante, através
de procedimentos objetivos, de forma transparente e clara.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra A.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela
parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de
certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. A alternativa
encontra-se correta! Conforme artigo 7, §2°.

b) a acesso à informação de que trata a Lei compreende, entre outros, os direitos


de obter informação contida em registros ou documentos, produzidos ou
acumulados por órgãos ou entidades, com exceção dos documentos recolhidos
aos arquivos públicos! A alternativa encontra-se errada! O acesso à informação de
que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter informação contida
em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou
entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;

c) os procedimentos previstos pela Lei destinam-se a assegurar o direito de


acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios
da administração pública com a diretriz básica da publicidade e do sigilo como
preceito geral, sem exceções. A alternativa encontra-se errada! Para te ajudar:

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OBSERVÂNCIA DA PUBLICIDADE COMO PRECEITO GERAL E DO


SIGILO COMO EXCEÇÃO

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES DE INTERESSE PÚBLICO ,


INDEPEND ENTEM ENTE DE SOLICITAÇÕES

UTILIZAÇÃO DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO VIABILIZAD OS PELA


DIRETRIZES
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DE


TRANSPARÊNCIA NA AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA

DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE SOCIAL DA


AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA .

d) às entidades privadas sem fins lucrativos, não são aplicadas as disposições


desta Lei, quando recebem para realização de ações de interesse público,
recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais e
contratos de gestão. A alternativa encontra-se errada! Aplicam-se as disposições
desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para
realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento
ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios,
acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.

e) o Estado deve garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,


mediante pedidos devidamente justificados e comprovados pelo solicitante,
através de procedimentos objetivos, de forma transparente e clara. A alternativa
encontra-se errada! É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que

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será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de


forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão.

4) No que concerne à Lei de Acesso à Informação, Lei Federal n° 12.527/ 2011, é


correto afirmar que

a) assegura o direito fundamental de acesso à informação em conformidade com as


diretrizes de observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção
e divulgação de informações, exclusivamente mediante solicitações.

b) estão subordinados ao regime desta lei, os órgãos públicos integrantes da


administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, excluindo as Cortes de
Contas, e incluindo o Judiciário, o Ministério Público, as autarquias, as fundações e as
empresas públicas.

c) é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,


mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em
linguagem de fácil compreensão.

d) compreende o direito de se obter orientação sobre os procedimentos para acesso,


o local onde poderá ser obtida a informação contida em registros ou apenas nos
documentos recolhidos em arquivos públicos.

e) compreende o acesso às informações referentes a projetos de pesquisa e


desenvolvimento científicos ou tecnológicos independentemente do sigilo
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra C.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) a) assegura o direito fundamental de acesso à informação em conformidade


com as diretrizes de observância da publicidade como preceito geral e do sigilo
como exceção e divulgação de informações, exclusivamente mediante
solicitações. A alternativa encontra-se errada! Para te ajudar:

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OBSERVÂNCIA DA PUBLICIDADE COMO PRECEITO GERAL E DO


SIGILO COMO EXCEÇÃO

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES DE INTERESSE PÚBLICO ,


INDEPEND ENTEM ENTE DE SOLICITAÇÕES

UTILIZAÇÃO DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO VIABILIZAD OS PELA


DIRETRIZES
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DE


TRANSPARÊNCIA NA AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA

DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE SOCIAL DA


AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA .

b) estão subordinados ao regime desta lei, os órgãos públicos integrantes da


administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, excluindo as Cortes de
Contas, e incluindo o Judiciário, o Ministério Público, as autarquias, as fundações
e as empresas públicas. A alternativa encontra-se errada Subordinam-se ao regime
desta Lei os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes
Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério
Público.

c) é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será


franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente,
clara e em linguagem de fácil compreensão. A alternativa encontra-se correta!
Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será
franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara

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e em linguagem de fácil compreensão.

d) compreende o direito de se obter orientação sobre os procedimentos para


acesso, o local onde poderá ser obtida a informação contida em registros ou
apenas nos documentos recolhidos em arquivos públicos. A alternativa
encontra-se errada! O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre
outros, os direitos de obter orientação sobre os procedimentos para a consecução de
acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação
almejada e informação contida em registros ou documentos, produzidos ou
acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;

e) compreende o acesso às informações referentes a projetos de pesquisa e


desenvolvimento científicos ou tecnológicos independentemente do sigilo
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. A alternativa encontra-se
errada! O acesso à informação previsto, não compreende as informações referentes
a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

5) Segundo a Lei n° 12.527/2011, um dos objetivos do Núcleo de Segurança e


Credenciamento (NSC), instituído no âmbito do Gabinete de Segurança Institucional
da Presidência da República, é

a) promover e propor a regulamentação do credenciamento de segurança de pessoas


físicas, empresas, órgãos e entidades para tratamento de informações sigilosas.

b) requisitar da autoridade, que classificar a informação como ultrassecreta e secreta,


esclarecimento sobre o conteúdo parcial ou integral da informação.

c) rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou


mediante provocação de pessoa interessada, observado o disposto no art. 7º e demais
dispositivos dessa Lei.

d) indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, de acesso


pretendido por qualquer pessoa física ou jurídica.

e) possibilitar a gravação de relatórios mensais ou anuais em diversos formatos


eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo
a facilitar a análise das informações solicitadas.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra A.

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Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos


lá:

a) a) promover e propor a regulamentação do credenciamento de segurança de


pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades para tratamento de informações
sigilosas. A alternativa encontra-se correta! Conforme artigo 37, inciso I.

b) requisitar da autoridade, que classificar a informação como ultrassecreta e


secreta, esclarecimento sobre o conteúdo parcial ou integral da informação. A
alternativa encontra-se errada! É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de
Informações, que decidirá, no âmbito da administração pública federal, sobre o
tratamento e a classificação de informações sigilosas e terá competência para
requisitar da autoridade que classificar informação como ultrassecreta e secreta
esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral da informação;

c) rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou


mediante provocação de pessoa interessada, observado o disposto no art. 7º e
demais dispositivos dessa Lei. A alternativa encontra-se errada! É instituída a
Comissão Mista de Reavaliação de Informações, que decidirá, no âmbito da
administração pública federal, sobre o tratamento e a classificação de informações
sigilosas e terá competência para rever a classificação de informações ultrassecretas
ou secretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada.

d) indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, de acesso


pretendido por qualquer pessoa física ou jurídica. A alternativa encontra-se
errada! Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput,
o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte)
dias comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução
ou obter a certidão.

e) possibilitar a gravação de relatórios mensais ou anuais em diversos formatos


eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de
modo a facilitar a análise das informações solicitadas. A alternativa encontra-se
errada! Os sítios deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, possibilitar
a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não
proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das
informações.

6) De acordo com a Lei de Acesso à Informação, cabe aos órgãos e às entidades do


poder público, observados as normas e os procedimentos específicos aplicáveis,

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assegurar a

a) divulgação de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e suas entidades,


assegurando a sua veiculação na imprensa de todo o território nacional.

b) desclassificação do sigilo de informações no âmbito da administração pública


federal.

c) publicação semanal, em sítio à disposição na internet e destinado à veiculação de


dados e informações administrativas, nos termos de regulamento, de relatório
estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos, atendidos e
indeferidos.

d) liberação de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa,


com o intuito de constituir processo de apuração de irregularidades em que o titular
das informações estiver envolvido.

e) proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua


disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra E.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) divulgação de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e suas


entidades, assegurando a sua veiculação na imprensa de todo o território
nacional. A alternativa encontra-se errada! É dever do Estado controlar o acesso
e a divulgação de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades,
assegurando a sua proteção.

b) desclassificação do sigilo de informações no âmbito da administração pública


federal. A alternativa encontra-se errada! A classificação das informações será
reavaliada pela autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente
superior, mediante provocação ou de ofício, nos termos e prazos previstos em
regulamento, com vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo.

c) publicação semanal, em sítio à disposição na internet e destinado à veiculação


de dados e informações administrativas, nos termos de regulamento, de
relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos,
atendidos e indeferidos. A alternativa encontra-se errada! A autoridade máxima
de cada órgão ou entidade publicará, anualmente, em sítio à disposição na internet
e destinado à veiculação de dados e informações administrativas, nos termos de

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regulamento.

d) liberação de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de


pessoa, com o intuito de constituir processo de apuração de irregularidades em
que o titular das informações estiver envolvido. A alternativa encontra-se errada!
A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa
não poderá ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apuração de
irregularidades em que o titular das informações estiver envolvido, bem como em
ações voltadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância.

e) proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua


disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso. A
alternativa encontra-se correta!

GESTÃO TRANSPARENTE DA INFORMAÇÃO , PROPICIANDO AM PLO


ACESSO A ELA E SUA DIVULGAÇÃO

PROTEÇÃO DA INFORMAÇÃO , GARANTINDO - SE SUA


ASSEGURAR
DISPONIBILID AD E, AUTEN TICID AD E E INTEGRIDAD E

PROTEÇÃO DA INFORMAÇÃO SIGILOSA E DA INFORMAÇÃO


PESSOAL, OBSERVADA A SUA DISPONIBILID AD E, AUTEN TICID AD E,
INTEGRIDAD E E EVENTUAL RESTRIÇÃO DE ACESSO .

7) A atribuição a documentos, ou às informações neles contidas, de graus de sigilo,


conforme a Lei n° 12.527/2011, denomina-se

a) classificação.

b) criptografia.

c) avaliação.

d) desclassificação.

e) registratur.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra A.

Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deverá ser

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observado o interesse público da informação e utilizado o


critério menos restritivo possível, considerados:

I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado; e

II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final.

8) Levando-se em consideração o Capítulo IV – Das restrições de acesso à informação


– da Lei n° 12.527/2011, é correto afirmar que

a) as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão


seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo
de 100 anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente
autorizados e à pessoa a que elas se referirem.

b) as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem não


poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros, seja diante de previsão
legal, seja por consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

c) quando as informações pessoais forem necessárias à prevenção e diagnóstico


médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização única
e exclusivamente para tratamento médico, será exigido consentimento expresso da
pessoa a que as informações se referirem.

d) quando as informações forem necessárias à realização de estatísticas e pesquisas


científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, será exigido
consentimento expresso da pessoa a que as informações se referirem, sendo vedada
a identificação da pessoa em questão.

e) a restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de


pessoa poderá ser invocada em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos
de maior relevância.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra A.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem


terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo
prazo máximo de 100 anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos
legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem. A alternativa

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encontra-se correta! As informações pessoais, a que se refere


este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso
restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100
(cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente
autorizados e à pessoa a que elas se referirem

B) as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem


não poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros, seja diante
de previsão legal, seja por consentimento expresso da pessoa a que elas se
referirem. A alternativa encontra-se errada! As informações pessoais, a que se
refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem poderão ter
autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou
consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

c) quando as informações pessoais forem necessárias à prevenção e diagnóstico


médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização
única e exclusivamente para tratamento médico, será exigido consentimento
expresso da pessoa a que as informações se referirem. A alternativa encontra-se
errada! O consentimento não será exigido quando as informações forem necessárias
à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente
incapaz, e para utilização única e exclusivamente para o tratamento médico;

d) quando as informações forem necessárias à realização de estatísticas e


pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, será
exigido consentimento expresso da pessoa a que as informações se referirem,
sendo vedada a identificação da pessoa em questão. A alternativa encontra-se
errada! O consentimento não será exigido quando as informações forem necessárias
à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou
geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a que as informações
se referirem

e) a restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de


pessoa poderá ser invocada em ações voltadas para a recuperação de fatos
históricos de maior relevância. A alternativa encontra-se errada! A restrição de
acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa não poderá
ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades em
que o titular das informações estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a
recuperação de fatos históricos de maior relevância.

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9) A informação em poder dos órgãos e entidades públicas,


observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade
ou do Estado, poderá ser classificada como

a) sigilosa (25 anos), secreta (15 anos) e reservada (5 anos).

b) ultrassecreta (20 anos), secreta (10 anos) e sigilosa (5 anos).

c) reservada (25 anos), ultrassecreta (15 anos) e secreta (5 anos).

d) ultrassecreta (25 anos), secreta (15 anos) e reservada (5 anos).

e) secreta (25 anos), ultrassecreta (10 anos) e reservada (5 anos).

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra E.

Para te ajudar:

10) De acordo com o Capítulo III da Lei de Acesso à Informação – Do procedimento


de acesso à informação –, é correto afirmar que

a) para o acesso a informações de interesse público, a fim de viabilizar a solicitação, a


identificação do requerente deve conter o máximo possível de dados.

b) os órgãos e entidades do poder público devem observar as exigências necessárias


relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse
público.

c) os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de


encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na internet.

d) os órgãos ou entidades do poder público devem autorizar ou conceder o acesso à


informação disponível no prazo mínimo de 20 dias a contar da data da solicitação.

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e) a informação armazenada em formato digital será fornecida


de forma impressa, sem ônus para o solicitante.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra C.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) para o acesso a informações de interesse público, a fim de viabilizar a


solicitação, a identificação do requerente deve conter o máximo possível de
dados. A alternativa encontra-se errada! Para o acesso a informações de interesse
público, a identificação do requerente não pode conter exigências que inviabilizem a
solicitação.

b) os órgãos e entidades do poder público devem observar as exigências


necessárias relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações
de interesse público. A alternativa encontra-se errada! São vedadas quaisquer
exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de
interesse público.

c) os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de


encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na
internet. A alternativa encontra-se correta! Conforme artigo 10, parágrafo 2°.

d) os órgãos ou entidades do poder público devem autorizar ou conceder o


acesso à informação disponível no prazo mínimo de 20 dias a contar da data da
solicitação. A alternativa encontra-se errada! Não sendo possível conceder o
acesso imediato, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não
superior a 20 (vinte) dias.

e) a informação armazenada em formato digital será fornecida de forma


impressa, sem ônus para o solicitante. A alternativa encontra-se errada! A
informação armazenada em formato digital será fornecida nesse formato, caso haja
anuência do requerente.

11) Para os efeitos da Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome dado à


qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo detalhamento possível,
sem modificações, é

a) Autenticidade

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b) Disponibilidade

c) Integridade

d) Organicidade

e) Primariedade

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra E.

Para facilitar:

12) Com base na Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), analise as assertivas
abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

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( ) O Presidente da República pode elaborar documentos em


todos os graus de sigilo, desde o grau reservado até o ultrassecreto.

( ) O prazo máximo para restrição de acesso à informação secreta é de 15 (quinze)


anos.

( ) A competência para atribuir classificação de grau ultrassecreto e secreto não pode


ser delegada para autoridade responsável a agente público, mesmo que seja em
missão no exterior.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) F – V – F.

b) V – F – F.

c) F – F – V.

d) V – V – V.
e) V – V – F.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra E.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

( V ) O Presidente da República pode elaborar documentos em todos os graus de


sigilo, desde o grau reservado até o ultrassecreto.

( V ) O prazo máximo para restrição de acesso à informação secreta é de 15


(quinze) anos.

( F ) A competência para atribuir classificação de grau ultrassecreto e secreto não


pode ser delegada para autoridade responsável a agente público, mesmo que
seja em missão no exterior. A competência, no que se refere à classificação como
ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade responsável a agente
público, inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação.

13) A Lei nº 12.527/2011, Lei de Acesso à Informação, apresenta a Classificação da


Informação quanto ao Grau e Prazos de Sigilo. Assinale a alternativa que apresenta a
correta correspondência entre o grau e o prazo de sigilo de uma informação.

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a) Ultrassecreta: 20 anos.

b) Secreta: 25 anos.

c) Reservada: 5 anos.

d) Sigilosa: 30 anos.

e) Sigilosa referente à honra e à imagem das pessoas será restrito por um prazo
máximo de 50 anos.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra C.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

14) Depois da Lei n° 12.527/2011, o acesso a informações públicas ficou assegurado


mediante criação do atendimento e da orientação ao público quanto ao acesso a
informações, à tramitação de documentos e ao recebimento de requerimentos. Qual
foi a instância estabelecida por essa lei?

a) Serviço de informações ao cidadão.

b) Arquivo central.

c) Protocolo.

d) Serviço de arquivos.

e) Setor de tecnologia da informação.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra A.

O acesso a informações públicas será assegurado mediante:

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I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos


e entidades do poder público, em local com condições apropriadas para:

a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações;

b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades;

c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e

II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação popular ou


a outras formas de divulgação.

15) A Lei n° 12.527/2011 regula o acesso a informações com procedimentos a serem


observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Os procedimentos
previstos nessa lei são para assegurar o direito fundamental de acesso à informação,
em conformidade com os princípios básicos da administração pública. Assinale a
alternativa que apresenta uma diretriz dessa lei de acesso a informações.

a) Observância do sigilo como preceito geral e da publicidade como exceção.

b) Divulgação de informações de interesse público, independentemente de


solicitações.

c) Utilização de meios tradicionais para divulgação de dados pessoais nos órgãos


públicos.

d) Fomento ao desenvolvimento da cultura de sigilo na administração pública.

e) Desenvolvimento do controle estatal da administração pública.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra C.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) Observância do sigilo como preceito geral e da publicidade como exceção. A


alternativa encontra-se errada! Observância da publicidade como preceito geral e
do sigilo como exceção

b) Divulgação de informações de interesse público, independentemente de


solicitações. A alternativa encontra-se correta! Conforme artigo 3, inciso II.

c) Utilização de meios tradicionais para divulgação de dados pessoais nos órgãos


públicos. A alternativa encontra-se errada! Utilização de meios de comunicação

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viabilizados pela tecnologia da informação;

d) Fomento ao desenvolvimento da cultura de sigilo na administração pública. A


alternativa encontra-se errada! Fomento ao desenvolvimento da cultura de
transparência na administração pública

e) Desenvolvimento do controle estatal da administração pública. A alternativa


encontra-se errada! Desenvolvimento do controle social da administração pública.

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LETRA DA LEI

LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei,


2011. no que couber, às entidades privadas sem fins
lucrativos que recebam, para realização de ações
Regula o acesso a de interesse público, recursos públicos diretamente
informações previsto no do orçamento ou mediante subvenções sociais,
inciso XXXIII do art. 5º , contrato de gestão, termo de parceria, convênios,
no inciso II do § 3º do art. acordo, ajustes ou outros instrumentos
congêneres.
Mensagem de veto 37 e no § 2º do art. 216
da Constituição Federal;
altera a Lei nº 8.112, de Parágrafo único. A publicidade a que estão
Vigência 11 de dezembro de 1990; submetidas as entidades citadas no caput refere-
revoga a Lei nº 11.111, se à parcela dos recursos públicos recebidos e à
Regulamento de 5 de maio de 2005, e sua destinação, sem prejuízo das prestações de
dispositivos da Lei nº contas a que estejam legalmente obrigadas.
8.159, de 8 de janeiro de
1991; e dá outras Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei
providências. destinam-se a assegurar o direito fundamental de
acesso à informação e devem ser executados em
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço conformidade com os princípios básicos da
saber que o Congresso Nacional decreta e eu administração pública e com as seguintes
sanciono a seguinte Lei: diretrizes:

CAPÍTULO I I - observância da publicidade como preceito


geral e do sigilo como exceção;

DISPOSIÇÕES GERAIS II - divulgação de informações de interesse


público, independentemente de solicitações;
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os
procedimentos a serem observados pela União, III - utilização de meios de comunicação
Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim viabilizados pela tecnologia da informação;
de garantir o acesso a informações previsto
no inciso XXXIII do art. 5º , no inciso II do § 3º do
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura
art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição
de transparência na administração pública;
Federal.
V - desenvolvimento do controle social da
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime
administração pública.
desta Lei:
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-
I - os órgãos públicos integrantes da
se:
administração direta dos Poderes Executivo,
Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e
Judiciário e do Ministério Público; I - informação: dados, processados ou não,
que podem ser utilizados para produção e
transmissão de conhecimento, contidos em
II - as autarquias, as fundações públicas, as
qualquer meio, suporte ou formato;
empresas públicas, as sociedades de economia
mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal II - documento: unidade de registro de
e Municípios. informações, qualquer que seja o suporte ou
formato;

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III - informação disponibilidade, autenticidade, integridade e


sigilosa: aquela submetida temporariamente à eventual restrição de acesso.
restrição de acesso público em razão de sua
imprescindibilidade para a segurança da sociedade Art. 7º O acesso à informação de que trata
e do Estado; esta Lei compreende, entre outros, os direitos de
obter:
IV - informação pessoal: aquela relacionada
à pessoa natural identificada ou identificável; I - orientação sobre os procedimentos para a
consecução de acesso, bem como sobre o local
V - tratamento da informação: conjunto de onde poderá ser encontrada ou obtida a informação
ações referentes à produção, recepção, almejada;
classificação, utilização, acesso, reprodução,
transporte, transmissão, distribuição, II - informação contida em registros ou
arquivamento, armazenamento, eliminação, documentos, produzidos ou acumulados por seus
avaliação, destinação ou controle da informação; órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos
públicos;
VI - disponibilidade: qualidade da informação
que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, III - informação produzida ou custodiada por
equipamentos ou sistemas autorizados; pessoa física ou entidade privada decorrente de
qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades,
VII - autenticidade: qualidade da informação mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
que tenha sido produzida, expedida, recebida ou
modificada por determinado indivíduo, IV - informação primária, íntegra, autêntica e
equipamento ou sistema; atualizada;

VIII - integridade: qualidade da informação V - informação sobre atividades exercidas


não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à
e destino; sua política, organização e serviços;

IX - primariedade: qualidade da informação VI - informação pertinente à administração


coletada na fonte, com o máximo de detalhamento do patrimônio público, utilização de recursos
possível, sem modificações. públicos, licitação, contratos administrativos; e

Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de VII - informação relativa:


acesso à informação, que será franqueada,
mediante procedimentos objetivos e ágeis, de a) à implementação, acompanhamento e
forma transparente, clara e em linguagem de fácil resultados dos programas, projetos e ações dos
compreensão. órgãos e entidades públicas, bem como metas e
indicadores propostos;
CAPÍTULO II
b) ao resultado de inspeções, auditorias,
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA prestações e tomadas de contas realizadas pelos
DIVULGAÇÃO órgãos de controle interno e externo, incluindo
prestações de contas relativas a exercícios
Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do anteriores.
poder público, observadas as normas e
procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: VIII – (VETADO). (Incluído pela Lei nº
14.345, de 2022)
I - gestão transparente da informação,
propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação; § 1º O acesso à informação previsto
no caput não compreende as informações
II - proteção da informação, garantindo-se referentes a projetos de pesquisa e
sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da
III - proteção da informação sigilosa e da sociedade e do Estado.
informação pessoal, observada a sua

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§ 2º Quando VI - respostas a perguntas mais frequentes


não for autorizado acesso integral à informação por da sociedade.
ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o
acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, § 2º Para cumprimento do disposto
extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. no caput, os órgãos e entidades públicas deverão
utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de
§ 3º O direito de acesso aos documentos ou que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em
às informações neles contidas utilizados como sítios oficiais da rede mundial de computadores
fundamento da tomada de decisão e do ato (internet).
administrativo será assegurado com a edição do
ato decisório respectivo. § 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na
forma de regulamento, atender, entre outros, aos
§ 4º A negativa de acesso às informações seguintes requisitos:
objeto de pedido formulado aos órgãos e entidades
referidas no art. 1º , quando não fundamentada, I - conter ferramenta de pesquisa de
sujeitará o responsável a medidas disciplinares, conteúdo que permita o acesso à informação de
nos termos do art. 32 desta Lei. forma objetiva, transparente, clara e em linguagem
de fácil compreensão;
§ 5º Informado do extravio da informação
solicitada, poderá o interessado requerer à II - possibilitar a gravação de relatórios em
autoridade competente a imediata abertura de diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e
sindicância para apurar o desaparecimento da não proprietários, tais como planilhas e texto, de
respectiva documentação. modo a facilitar a análise das informações;

§ 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º III - possibilitar o acesso automatizado por


deste artigo, o responsável pela guarda da sistemas externos em formatos abertos,
informação extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) estruturados e legíveis por máquina;
dias, justificar o fato e indicar testemunhas que
comprovem sua alegação. IV - divulgar em detalhes os formatos
utilizados para estruturação da informação;
Art. 8º É dever dos órgãos e entidades
públicas promover, independentemente de V - garantir a autenticidade e a integridade
requerimentos, a divulgação em local de fácil das informações disponíveis para acesso;
acesso, no âmbito de suas competências, de
informações de interesse coletivo ou geral por eles
produzidas ou custodiadas. VI - manter atualizadas as informações
disponíveis para acesso;
§ 1º Na divulgação das informações a que se
refere o caput, deverão constar, no mínimo: VII - indicar local e instruções que permitam
ao interessado comunicar-se, por via eletrônica ou
telefônica, com o órgão ou entidade detentora do
I - registro das competências e estrutura sítio; e
organizacional, endereços e telefones das
respectivas unidades e horários de atendimento ao
público; VIII - adotar as medidas necessárias para
garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas
com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei nº
II - registros de quaisquer repasses ou
10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da
transferências de recursos financeiros; Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo nº
III - registros das despesas; 186, de 9 de julho de 2008.

IV - informações concernentes a § 4º Os Municípios com população de até


procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da
editais e resultados, bem como a todos os contratos divulgação obrigatória na internet a que se refere o
celebrados; § 2º , mantida a obrigatoriedade de divulgação, em
tempo real, de informações relativas à execução
V - dados gerais para o acompanhamento de orçamentária e financeira, nos critérios e prazos
programas, ações, projetos e obras de órgãos e previstos no art. 73-B da Lei Complementar nº 101,
entidades; e

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de 4 de maio de 2000 § 1º Não sendo possível conceder o acesso


(Lei de Responsabilidade Fiscal). imediato, na forma disposta no caput, o órgão ou
entidade que receber o pedido deverá, em prazo
Art. 9º O acesso a informações públicas será não superior a 20 (vinte) dias:
assegurado mediante:
I - comunicar a data, local e modo para se
I - criação de serviço de informações ao realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a
cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, certidão;
em local com condições apropriadas para:
II - indicar as razões de fato ou de direito da
a) atender e orientar o público quanto ao recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou
acesso a informações;
III - comunicar que não possui a informação,
b) informar sobre a tramitação de indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a
documentos nas suas respectivas unidades; entidade que a detém, ou, ainda, remeter o
requerimento a esse órgão ou entidade,
cientificando o interessado da remessa de seu
c) protocolizar documentos e requerimentos
de acesso a informações; e pedido de informação.

§ 2º O prazo referido no § 1º poderá ser


II - realização de audiências ou consultas
prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante
públicas, incentivo à participação popular ou a
justificativa expressa, da qual será cientificado o
outras formas de divulgação.
requerente.
CAPÍTULO III
§ 3º Sem prejuízo da segurança e da
proteção das informações e do cumprimento da
DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá
INFORMAÇÃO oferecer meios para que o próprio requerente
possa pesquisar a informação de que necessitar.
Seção I
§ 4º Quando não for autorizado o acesso por
Do Pedido de Acesso se tratar de informação total ou parcialmente
sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a
Art. 10. Qualquer interessado poderá possibilidade de recurso, prazos e condições para
apresentar pedido de acesso a informações aos sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada
órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, a autoridade competente para sua apreciação.
por qualquer meio legítimo, devendo o pedido
conter a identificação do requerente e a § 5º A informação armazenada em formato
especificação da informação requerida. digital será fornecida nesse formato, caso haja
anuência do requerente.
§ 1º Para o acesso a informações de
interesse público, a identificação do requerente não § 6º Caso a informação solicitada esteja
pode conter exigências que inviabilizem a disponível ao público em formato impresso,
solicitação. eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso
universal, serão informados ao requerente, por
§ 2º Os órgãos e entidades do poder público escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá
devem viabilizar alternativa de encaminhamento de consultar, obter ou reproduzir a referida
pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais informação, procedimento esse que desonerará o
na internet. órgão ou entidade pública da obrigação de seu
fornecimento direto, salvo se o requerente declarar
§ 3º São vedadas quaisquer exigências não dispor de meios para realizar por si mesmo tais
relativas aos motivos determinantes da solicitação procedimentos.
de informações de interesse público.
Art. 12. O serviço de busca e de
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá fornecimento de informação é gratuito. (Redação
autorizar ou conceder o acesso imediato à dada pela Lei nº 14.129, de 2021) (Vigência)
informação disponível.

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§ 1º O órgão ou II - a decisão de negativa de acesso à


a entidade poderá cobrar exclusivamente o valor informação total ou parcialmente classificada como
necessário ao ressarcimento dos custos dos sigilosa não indicar a autoridade classificadora ou
serviços e dos materiais utilizados, quando o a hierarquicamente superior a quem possa ser
serviço de busca e de fornecimento da informação dirigido pedido de acesso ou desclassificação;
exigir reprodução de documentos pelo órgão ou
pela entidade pública consultada. (Incluído pela III - os procedimentos de classificação de
Lei nº 14.129, de 2021) (Vigência) informação sigilosa estabelecidos nesta Lei não
tiverem sido observados; e
§ 2º Estará isento de ressarcir os custos
previstos no § 1º deste artigo aquele cuja situação
IV - estiverem sendo descumpridos prazos
econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do
ou outros procedimentos previstos nesta Lei.
sustento próprio ou da família, declarada nos
termos da Lei nº 7.115, de 29 de agosto de
1983. (Incluído pela Lei nº 14.129, de § 1º O recurso previsto neste artigo somente
2021) (Vigência) poderá ser dirigido à Controladoria-Geral da União
depois de submetido à apreciação de pelo menos
uma autoridade hierarquicamente superior àquela
Art. 13. Quando se tratar de acesso à
que exarou a decisão impugnada, que deliberará
informação contida em documento cuja
no prazo de 5 (cinco) dias.
manipulação possa prejudicar sua integridade,
deverá ser oferecida a consulta de cópia, com
certificação de que esta confere com o original. § 2º Verificada a procedência das razões do
recurso, a Controladoria-Geral da União
determinará ao órgão ou entidade que adote as
Parágrafo único. Na impossibilidade de
providências necessárias para dar cumprimento ao
obtenção de cópias, o interessado poderá solicitar
disposto nesta Lei.
que, a suas expensas e sob supervisão de servidor
público, a reprodução seja feita por outro meio que
não ponha em risco a conservação do documento § 3º Negado o acesso à informação pela
original. Controladoria-Geral da União, poderá ser
interposto recurso à Comissão Mista de
Reavaliação de Informações, a que se refere o art.
Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro
35.
teor de decisão de negativa de acesso, por certidão
ou cópia.
Art. 17. No caso de indeferimento de pedido
de desclassificação de informação protocolado em
Seção II
órgão da administração pública federal, poderá o
requerente recorrer ao Ministro de Estado da área,
Dos Recursos sem prejuízo das competências da Comissão Mista
de Reavaliação de Informações, previstas no art.
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso 35, e do disposto no art. 16.
a informações ou às razões da negativa do acesso,
poderá o interessado interpor recurso contra a § 1º O recurso previsto neste artigo somente
decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua poderá ser dirigido às autoridades mencionadas
ciência. depois de submetido à apreciação de pelo menos
uma autoridade hierarquicamente superior à
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade que exarou a decisão impugnada e, no
autoridade hierarquicamente superior à que exarou caso das Forças Armadas, ao respectivo Comando.
a decisão impugnada, que deverá se manifestar no
prazo de 5 (cinco) dias. § 2º Indeferido o recurso previsto
no caput que tenha como objeto a desclassificação
Art. 16. Negado o acesso a informação pelos de informação secreta ou ultrassecreta, caberá
órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o recurso à Comissão Mista de Reavaliação de
requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral Informações prevista no art. 35.
da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias
se: Art. 18. Os procedimentos de revisão de
decisões denegatórias proferidas no recurso
I - o acesso à informação não classificada previsto no art. 15 e de revisão de classificação de
como sigilosa for negado; documentos sigilosos serão objeto de
regulamentação própria dos Poderes Legislativo e

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Judiciário e do passíveis de classificação as informações cuja


Ministério Público, em seus respectivos divulgação ou acesso irrestrito possam:
âmbitos, assegurado ao solicitante, em qualquer
caso, o direito de ser informado sobre o andamento I - pôr em risco a defesa e a soberania
de seu pedido. nacionais ou a integridade do território nacional;

Art. 19. (VETADO). II - prejudicar ou pôr em risco a condução de


negociações ou as relações internacionais do País,
§ 1º (VETADO). ou as que tenham sido fornecidas em caráter
sigiloso por outros Estados e organismos
§ 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do internacionais;
Ministério Público informarão ao Conselho
Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do III - pôr em risco a vida, a segurança ou a
Ministério Público, respectivamente, as decisões saúde da população;
que, em grau de recurso, negarem acesso a
informações de interesse público. IV - oferecer elevado risco à estabilidade
financeira, econômica ou monetária do País;
Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que
couber, a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao V - prejudicar ou causar risco a planos ou
procedimento de que trata este Capítulo. operações estratégicos das Forças Armadas;

CAPÍTULO IV VI - prejudicar ou causar risco a projetos de


pesquisa e desenvolvimento científico ou
DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À tecnológico, assim como a sistemas, bens,
INFORMAÇÃO instalações ou áreas de interesse estratégico
nacional;
Seção I
VII - pôr em risco a segurança de instituições
Disposições Gerais ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras
e seus familiares; ou
Art. 21. Não poderá ser negado acesso à
informação necessária à tutela judicial ou VIII - comprometer atividades de inteligência,
administrativa de direitos fundamentais. bem como de investigação ou fiscalização em
andamento, relacionadas com a prevenção ou
repressão de infrações.
Parágrafo único. As informações ou
documentos que versem sobre condutas que
impliquem violação dos direitos humanos praticada Art. 24. A informação em poder dos órgãos e
por agentes públicos ou a mando de autoridades entidades públicas, observado o seu teor e em
públicas não poderão ser objeto de restrição de razão de sua imprescindibilidade à segurança da
acesso. sociedade ou do Estado, poderá ser classificada
como ultrassecreta, secreta ou reservada.
Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as
demais hipóteses legais de sigilo e de segredo de § 1º Os prazos máximos de restrição de
justiça nem as hipóteses de segredo industrial acesso à informação, conforme a classificação
decorrentes da exploração direta de atividade prevista no caput, vigoram a partir da data de sua
econômica pelo Estado ou por pessoa física ou produção e são os seguintes:
entidade privada que tenha qualquer vínculo com o
poder público. I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;

Seção II II - secreta: 15 (quinze) anos; e

Da Classificação da Informação quanto ao III - reservada: 5 (cinco) anos.


Grau e Prazos de Sigilo
§ 2º As informações que puderem colocar
Art. 23. São consideradas imprescindíveis à em risco a segurança do Presidente e Vice-
segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, Presidente da República e respectivos cônjuges e
filhos(as) serão classificadas como reservadas e

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ficarão sob sigilo até o segurança para tratamento de informações


término do mandato em exercício ou do último sigilosas.
mandato, em caso de reeleição.
Parágrafo único. A pessoa física ou entidade
§ 3º Alternativamente aos prazos previstos privada que, em razão de qualquer vínculo com o
no § 1º , poderá ser estabelecida como termo final poder público, executar atividades de tratamento
de restrição de acesso a ocorrência de determinado de informações sigilosas adotará as providências
evento, desde que este ocorra antes do transcurso necessárias para que seus empregados, prepostos
do prazo máximo de classificação. ou representantes observem as medidas e
procedimentos de segurança das informações
§ 4º Transcorrido o prazo de classificação ou resultantes da aplicação desta Lei.
consumado o evento que defina o seu termo final,
a informação tornar-se-á, automaticamente, de Seção IV
acesso público.
Dos Procedimentos de Classificação,
§ 5º Para a classificação da informação em Reclassificação e Desclassificação
determinado grau de sigilo, deverá ser observado o
interesse público da informação e utilizado o critério Art. 27. A classificação do sigilo de
menos restritivo possível, considerados: informações no âmbito da administração pública
federal é de competência: (Regulamento)
I - a gravidade do risco ou dano à segurança
da sociedade e do Estado; e I - no grau de ultrassecreto, das seguintes
autoridades:
II - o prazo máximo de restrição de acesso
ou o evento que defina seu termo final. a) Presidente da República;

Seção III b) Vice-Presidente da República;

Da Proteção e do Controle de Informações c) Ministros de Estado e autoridades com as


Sigilosas mesmas prerrogativas;

Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso d) Comandantes da Marinha, do Exército e


e a divulgação de informações sigilosas produzidas da Aeronáutica; e
por seus órgãos e entidades, assegurando a sua
proteção. (Regulamento) e) Chefes de Missões Diplomáticas e
Consulares permanentes no exterior;
§ 1º O acesso, a divulgação e o tratamento
de informação classificada como sigilosa ficarão II - no grau de secreto, das autoridades
restritos a pessoas que tenham necessidade de referidas no inciso I, dos titulares de autarquias,
conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas fundações ou empresas públicas e sociedades de
na forma do regulamento, sem prejuízo das economia mista; e
atribuições dos agentes públicos autorizados por
lei.
III - no grau de reservado, das autoridades
referidas nos incisos I e II e das que exerçam
§ 2º O acesso à informação classificada funções de direção, comando ou chefia, nível DAS
como sigilosa cria a obrigação para aquele que a 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e
obteve de resguardar o sigilo. Assessoramento Superiores, ou de hierarquia
equivalente, de acordo com regulamentação
§ 3º Regulamento disporá sobre específica de cada órgão ou entidade, observado o
procedimentos e medidas a serem adotados para o disposto nesta Lei.
tratamento de informação sigilosa, de modo a
protegê-la contra perda, alteração indevida, § 1º A competência prevista nos incisos I e II,
acesso, transmissão e divulgação não autorizados. no que se refere à classificação como ultrassecreta
e secreta, poderá ser delegada pela autoridade
Art. 26. As autoridades públicas adotarão as responsável a agente público, inclusive em missão
providências necessárias para que o pessoal a elas no exterior, vedada a subdelegação.
subordinado hierarquicamente conheça as normas
e observe as medidas e procedimentos de

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§ 2º A Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão


classificação de informação no grau de sigilo ou entidade publicará, anualmente, em sítio à
ultrassecreto pelas autoridades previstas nas disposição na internet e destinado à veiculação de
alíneas “d” e “e” do inciso I deverá ser ratificada dados e informações administrativas, nos termos
pelos respectivos Ministros de Estado, no prazo de regulamento:
previsto em regulamento.
I - rol das informações que tenham sido
§ 3º A autoridade ou outro agente público desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses;
que classificar informação como ultrassecreta
deverá encaminhar a decisão de que trata o art. 28 II - rol de documentos classificados em cada
à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, grau de sigilo, com identificação para referência
a que se refere o art. 35, no prazo previsto em futura;
regulamento.
III - relatório estatístico contendo a
Art. 28. A classificação de informação em quantidade de pedidos de informação recebidos,
qualquer grau de sigilo deverá ser formalizada em atendidos e indeferidos, bem como informações
decisão que conterá, no mínimo, os seguintes genéricas sobre os solicitantes.
elementos:
§ 1º Os órgãos e entidades deverão manter
I - assunto sobre o qual versa a informação; exemplar da publicação prevista no caput para
consulta pública em suas sedes.
II - fundamento da classificação, observados
os critérios estabelecidos no art. 24; § 2º Os órgãos e entidades manterão extrato
com a lista de informações classificadas,
III - indicação do prazo de sigilo, contado em acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos
anos, meses ou dias, ou do evento que defina o seu fundamentos da classificação.
termo final, conforme limites previstos no art. 24; e
Seção V
IV - identificação da autoridade que a
classificou. Das Informações Pessoais

Parágrafo único. A decisão referida Art. 31. O tratamento das informações


no caput será mantida no mesmo grau de sigilo da pessoais deve ser feito de forma transparente e
informação classificada. com respeito à intimidade, vida privada, honra e
imagem das pessoas, bem como às liberdades e
Art. 29. A classificação das informações será garantias individuais.
reavaliada pela autoridade classificadora ou por
autoridade hierarquicamente superior, mediante § 1º As informações pessoais, a que se
provocação ou de ofício, nos termos e prazos refere este artigo, relativas à intimidade, vida
previstos em regulamento, com vistas à sua privada, honra e imagem:
desclassificação ou à redução do prazo de sigilo,
observado o disposto no art. I - terão seu acesso restrito,
24. (Regulamento)
independentemente de classificação de sigilo e
pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da
§ 1º O regulamento a que se refere sua data de produção, a agentes públicos
o caput deverá considerar as peculiaridades das legalmente autorizados e à pessoa a que elas se
informações produzidas no exterior por autoridades referirem; e
ou agentes públicos.
II - poderão ter autorizada sua divulgação ou
§ 2º Na reavaliação a que se refere acesso por terceiros diante de previsão legal ou
o caput, deverão ser examinadas a permanência consentimento expresso da pessoa a que elas se
dos motivos do sigilo e a possibilidade de danos referirem.
decorrentes do acesso ou da divulgação da
informação. § 2º Aquele que obtiver acesso às
informações de que trata este artigo será
§ 3º Na hipótese de redução do prazo de responsabilizado por seu uso indevido.
sigilo da informação, o novo prazo de restrição
manterá como termo inicial a data da sua produção.

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§ 3º O IV - divulgar ou permitir a divulgação ou


consentimento referido no inciso II do § 1º não será acessar ou permitir acesso indevido à informação
exigido quando as informações forem necessárias: sigilosa ou informação pessoal;

I - à prevenção e diagnóstico médico, quando V - impor sigilo à informação para obter


a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de
para utilização única e exclusivamente para o ocultação de ato ilegal cometido por si ou por
tratamento médico; outrem;

II - à realização de estatísticas e pesquisas VI - ocultar da revisão de autoridade superior


científicas de evidente interesse público ou geral, competente informação sigilosa para beneficiar a si
previstos em lei, sendo vedada a identificação da ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e
pessoa a que as informações se referirem;
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio,
III - ao cumprimento de ordem judicial; documentos concernentes a possíveis violações de
direitos humanos por parte de agentes do Estado.
IV - à defesa de direitos humanos; ou
§ 1º Atendido o princípio do contraditório, da
V - à proteção do interesse público e geral ampla defesa e do devido processo legal, as
preponderante. condutas descritas no caput serão consideradas:

§ 4º A restrição de acesso à informação I - para fins dos regulamentos disciplinares


relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa das Forças Armadas, transgressões militares
não poderá ser invocada com o intuito de prejudicar médias ou graves, segundo os critérios neles
processo de apuração de irregularidades em que o estabelecidos, desde que não tipificadas em lei
titular das informações estiver envolvido, bem como como crime ou contravenção penal; ou
em ações voltadas para a recuperação de fatos
históricos de maior relevância. II - para fins do disposto na Lei nº 8.112, de
11 de dezembro de 1990, e suas alterações,
§ 5º Regulamento disporá sobre os infrações administrativas, que deverão ser
procedimentos para tratamento de informação apenadas, no mínimo, com suspensão, segundo os
pessoal. critérios nela estabelecidos.

CAPÍTULO V § 2º Pelas condutas descritas


no caput, poderá o militar ou agente público
responder, também, por improbidade
DAS RESPONSABILIDADES
administrativa, conforme o disposto nas Leis nºs
1.079, de 10 de abril de 1950, e 8.429, de 2 de
Art. 32. Constituem condutas ilícitas que junho de 1992.
ensejam responsabilidade do agente público ou
militar:
Art. 33. A pessoa física ou entidade privada
que detiver informações em virtude de vínculo de
I - recusar-se a fornecer informação qualquer natureza com o poder público e deixar de
requerida nos termos desta Lei, retardar observar o disposto nesta Lei estará sujeita às
deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la seguintes sanções:
intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou
imprecisa;
I - advertência;
II - utilizar indevidamente, bem como
II - multa;
subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou
ocultar, total ou parcialmente, informação que se
encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou III - rescisão do vínculo com o poder público;
conhecimento em razão do exercício das
atribuições de cargo, emprego ou função pública; IV - suspensão temporária de participar em
licitação e impedimento de contratar com a
III - agir com dolo ou má-fé na análise das administração pública por prazo não superior a 2
solicitações de acesso à informação; (dois) anos; e

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V - declaração provocação de pessoa interessada, observado o


de inidoneidade para licitar ou contratar com a disposto no art. 7º e demais dispositivos desta Lei;
administração pública, até que seja promovida a e
reabilitação perante a própria autoridade que
aplicou a penalidade. III - prorrogar o prazo de sigilo de informação
classificada como ultrassecreta, sempre por prazo
§ 1º As sanções previstas nos incisos I, III e determinado, enquanto o seu acesso ou divulgação
IV poderão ser aplicadas juntamente com a do puder ocasionar ameaça externa à soberania
inciso II, assegurado o direito de defesa do nacional ou à integridade do território nacional ou
interessado, no respectivo processo, no prazo de grave risco às relações internacionais do País,
10 (dez) dias. observado o prazo previsto no § 1º do art. 24.

§ 2º A reabilitação referida no inciso V será § 2º O prazo referido no inciso III é limitado a


autorizada somente quando o interessado efetivar uma única renovação.
o ressarcimento ao órgão ou entidade dos prejuízos
resultantes e após decorrido o prazo da sanção § 3º A revisão de ofício a que se refere o
aplicada com base no inciso IV. inciso II do § 1º deverá ocorrer, no máximo, a cada
4 (quatro) anos, após a reavaliação prevista no art.
§ 3º A aplicação da sanção prevista no inciso 39, quando se tratar de documentos ultrassecretos
V é de competência exclusiva da autoridade ou secretos.
máxima do órgão ou entidade pública, facultada a
defesa do interessado, no respectivo processo, no § 4º A não deliberação sobre a revisão pela
prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista. Comissão Mista de Reavaliação de Informações
nos prazos previstos no § 3º implicará a
Art. 34. Os órgãos e entidades públicas desclassificação automática das informações.
respondem diretamente pelos danos causados em
decorrência da divulgação não autorizada ou § 5º Regulamento disporá sobre a
utilização indevida de informações sigilosas ou composição, organização e funcionamento da
informações pessoais, cabendo a apuração de Comissão Mista de Reavaliação de Informações,
responsabilidade funcional nos casos de dolo ou observado o mandato de 2 (dois) anos para seus
culpa, assegurado o respectivo direito de regresso. integrantes e demais disposições desta
Lei. (Regulamento)
Parágrafo único. O disposto neste artigo
aplica-se à pessoa física ou entidade privada que, Art. 36. O tratamento de informação sigilosa
em virtude de vínculo de qualquer natureza com resultante de tratados, acordos ou atos
órgãos ou entidades, tenha acesso a informação internacionais atenderá às normas e
sigilosa ou pessoal e a submeta a tratamento recomendações constantes desses instrumentos.
indevido.
Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete
CAPÍTULO VI de Segurança Institucional da Presidência da
República, o Núcleo de Segurança e
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Credenciamento (NSC), que tem por
objetivos: (Regulamento)
Art. 35. (VETADO).
I - promover e propor a regulamentação do
§ 1º É instituída a Comissão Mista de credenciamento de segurança de pessoas físicas,
Reavaliação de Informações, que decidirá, no empresas, órgãos e entidades para tratamento de
âmbito da administração pública federal, sobre o informações sigilosas; e
tratamento e a classificação de informações
sigilosas e terá competência para: II - garantir a segurança de informações
sigilosas, inclusive aquelas provenientes de países
I - requisitar da autoridade que classificar ou organizações internacionais com os quais a
informação como ultrassecreta e secreta República Federativa do Brasil tenha firmado
esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral da tratado, acordo, contrato ou qualquer outro ato
informação; internacional, sem prejuízo das atribuições do
Ministério das Relações Exteriores e dos demais
órgãos competentes.
II - rever a classificação de informações
ultrassecretas ou secretas, de ofício ou mediante

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Parágrafo único. IV - orientar as respectivas unidades no que


Regulamento disporá sobre a composição, se refere ao cumprimento do disposto nesta Lei e
organização e funcionamento do NSC. seus regulamentos.

Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei nº Art. 41. O Poder Executivo Federal
9.507, de 12 de novembro de 1997, em relação à designará órgão da administração pública federal
informação de pessoa, física ou jurídica, constante responsável:
de registro ou banco de dados de entidades
governamentais ou de caráter público. I - pela promoção de campanha de
abrangência nacional de fomento à cultura da
Art. 39. Os órgãos e entidades públicas transparência na administração pública e
deverão proceder à reavaliação das informações conscientização do direito fundamental de acesso
classificadas como ultrassecretas e secretas no à informação;
prazo máximo de 2 (dois) anos, contado do termo
inicial de vigência desta Lei. II - pelo treinamento de agentes públicos no
que se refere ao desenvolvimento de práticas
§ 1º A restrição de acesso a informações, em relacionadas à transparência na administração
razão da reavaliação prevista no caput, deverá pública;
observar os prazos e condições previstos nesta Lei.
III - pelo monitoramento da aplicação da lei
§ 2º No âmbito da administração pública no âmbito da administração pública federal,
federal, a reavaliação prevista no caput poderá ser concentrando e consolidando a publicação de
revista, a qualquer tempo, pela Comissão Mista de informações estatísticas relacionadas no art. 30;
Reavaliação de Informações, observados os
termos desta Lei. IV - pelo encaminhamento ao Congresso
Nacional de relatório anual com informações
§ 3º Enquanto não transcorrido o prazo de atinentes à implementação desta Lei.
reavaliação previsto no caput, será mantida a
classificação da informação nos termos da Art. 42. O Poder Executivo regulamentará o
legislação precedente. disposto nesta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta)
dias a contar da data de sua publicação.
§ 4º As informações classificadas como
secretas e ultrassecretas não reavaliadas no prazo Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei no
previsto no caput serão consideradas, 8.112, de 11 de dezembro de 1990, passa a vigorar
automaticamente, de acesso público. com a seguinte redação:

Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a “Art. 116.


contar da vigência desta Lei, o dirigente máximo de ...................................................................
cada órgão ou entidade da administração pública
federal direta e indireta designará autoridade que .........................................................................
lhe seja diretamente subordinada para, no âmbito ...................
do respectivo órgão ou entidade, exercer as
seguintes atribuições:
VI - levar as irregularidades de que tiver
ciência em razão do cargo ao conhecimento da
I - assegurar o cumprimento das normas autoridade superior ou, quando houver suspeita de
relativas ao acesso a informação, de forma
envolvimento desta, ao conhecimento de outra
eficiente e adequada aos objetivos desta Lei; autoridade competente para apuração;

II - monitorar a implementação do disposto .........................................................................


nesta Lei e apresentar relatórios periódicos sobre o ........” (NR)
seu cumprimento;
Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei nº
III - recomendar as medidas indispensáveis 8.112, de 1990, passa a vigorar acrescido do
à implementação e ao aperfeiçoamento das seguinte art. 126-A:
normas e procedimentos necessários ao correto
cumprimento do disposto nesta Lei; e
“Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser
responsabilizado civil, penal ou

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administrativamente Art. 46. Revogam-se:


por dar ciência à autoridade superior ou, quando
houver suspeita de envolvimento desta, a outra I - a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005 ; e
autoridade competente para apuração de
informação concernente à prática de crimes ou II - os arts. 22 a 24 da Lei nº 8.159, de 8 de
improbidade de que tenha conhecimento, ainda janeiro de 1991.
que em decorrência do exercício de cargo,
emprego ou função pública.”
Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e
oitenta) dias após a data de sua publicação.
Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, em legislação própria,
obedecidas as normas gerais estabelecidas nesta Brasília, 18 de novembro de 2011; 190º da
Lei, definir regras específicas, especialmente Independência e 123º da República.
quanto ao disposto no art. 9º e na Seção II do
Capítulo III.

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Lei de Acesso à Informação

Lei n. º 12.257/2011
º 12.257/2011

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Sejam bem-vindos!

É com prazer que iniciamos mais um capítulo do material PDF FOCADO do Focus
Concursos. Apresentaremos conteúdos com normativas atuais, com abordagem bem
didática e assertiva para a sua compreensão.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Conteúdo Programático .......................................................................................................2
DISPOSIÇÕES INICIAIS: .........................................................................................................3
DAS DIRETRIZES ...................................................................................................................3
DOS CONCEITOS ...................................................................................................................4
DO DEVER DO ESTADO .........................................................................................................4
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO .........................................................5
DO PEDIDO DE ACESSO ........................................................................................................6
DOS RECURSOS ....................................................................................................................7
DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO .....................................................................7
DA CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO QUANTO AO GRAU E PRAZOS DE SIGILO ..................7
DA PROTEÇÃO E DO CONTROLE DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS ............................................9
DAS RESPONSABILIDADES .................................................................................................. 10
maratona de questões ....................................................................................................... 12
GABARITO: ........................................................................................................................................ 19
QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................................................. 20

LETRA DA LEI ...................................................................................................................... 40

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DISPOSIÇÕES INICIAIS:
Subordinam-se ao regime desta Lei:

I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo,


Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;

II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de


economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.

DAS DIRETRIZES
As diretrizes são:

OBSERVÂNCIA DA PUBLICIDADE COMO PRECEITO GERAL E DO


SIGILO COMO EXCEÇÃO

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES DE INTERESSE PÚBLICO ,


INDEPEND ENTEM ENTE DE SOLICITAÇÕES

UTILIZAÇÃO DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO VIABILIZAD OS PELA


DIRETRIZES
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DE


TRANSPARÊNCIA NA AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA

DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE SOCIAL DA


AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA .

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DOS CONCEITOS

DO DEVER DO ESTADO
É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,
mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em
linguagem de fácil compreensão.

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DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO


Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e
procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a:

GESTÃO TRANSPARENTE DA INFORMAÇÃO , PROPICIANDO AM PLO


ACESSO A ELA E SUA DIVULGAÇÃO

PROTEÇÃO DA INFORMAÇÃO , GARANTINDO - SE SUA


ASSEGURAR
DISPONIBILID AD E, AUTEN TICID AD E E INTEGRIDAD E

PROTEÇÃO DA INFORMAÇÃO SIGILOSA E DA INFORMAÇÃO


PESSOAL, OBSERVADA A SUA DISPONIBILID AD E, AUTEN TICID AD E,
INTEGRIDAD E E EVENTUAL RESTRIÇÃO DE ACESSO .

O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de
obter:
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local
onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada;
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus
órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de
qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua
política, organização e serviços;
VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos
públicos, licitação, contratos administrativos; e
VII - informação relativa:
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos
órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos;
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos
órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios
anteriores.

Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente
sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou

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cópia com ocultação da parte sob sigilo.

É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de


requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências,
de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.

O acesso a informações públicas será assegurado mediante:


I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do poder público,
em local com condições apropriadas para:
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações;
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades;
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação popular ou a outras
formas de divulgação.

DO PEDIDO DE ACESSO
Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos
e entidades, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do
requerente e a especificação da informação requerida.

Para o acesso a informações de interesse público, a identificação do requerente não


pode conter exigências que inviabilizem a solicitação.

O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à


informação disponível.

Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput, o órgão
ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias:

I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou


obter a certidão;

II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso


pretendido; ou

III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o
órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou
entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação.

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DOS RECURSOS
No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa do
acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez)
dias a contar da sua ciência.

O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão


impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias.

Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal,


o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo
de 5 (cinco) dias se:

I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for negado;

II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou parcialmente classificada


como sigilosa não indicar a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior
a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou desclassificação;

III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa estabelecidos nesta Lei


não tiverem sido observados; e

IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimentos previstos nesta


Lei.

DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO


Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou
administrativa de direitos fundamentais.

As informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação


dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades
públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso.

DA CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO QUANTO AO GRAU E PRAZOS DE


SIGILO
São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto,
passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:

I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional;


II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do

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País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros


Estados e organismos internacionais;
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País;
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas;
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou
tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico
nacional;
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras
e seus familiares; ou
VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em
andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações.

A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em


razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser
classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.

GRAU PRAZO

ULTRASSECRETA 25 ANOS

SECRETA 15 ANOS

RESERVADA 05 ANOS

As informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-


Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como
reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último
mandato, em caso de reeleição.

Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deverá ser


observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos restritivo
possível, considerados:

I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado; e

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II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que


defina seu termo final.

DA PROTEÇÃO E DO CONTROLE DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS


É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de informações sigilosas
produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a sua proteção.

O acesso, a divulgação e o tratamento de informação classificada como sigilosa ficarão


restritos a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente
credenciadas na forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes
públicos autorizados por lei.

O acesso à informação classificada como sigilosa cria a obrigação para aquele que a
obteve de resguardar o sigilo.
CH EFES D E M ISSÕES D IPLO M ÁTICAS E
CO N SU LARES P ERM AN EN TES N O EXTERIOR

CO M AN D AN TES D A M ARIN H A , D O EXÉRCITO E


D A A ERON Á U TICA

U LTRA SSECRETO P RESID EN TE DA REPÚ BLICA

VICE-P RESID EN TE DA REPÚ BLICA

M IN ISTROS D E ESTAD O E AU TO RID AD ES COM


AS M ESM AS PRERRO GATIVAS

AS AU TO RID AD ES D O ULTRASSECRETA

AUTARQUIAS

COM P ETÊN CIA SECRETO FU N D A ÇÕES PÚ B LICAS

EM P RESA S PÚ B LICA S

SOCIEDAD E D E ECONOM IA M ISTA

AS A U TO RID A D ES D O U LTRA SSECRETO E


SECRETO

RESERV ADO
EXERÇAM FU N ÇÕ ES D E D IREÇÃO , COM AN D O O U
CH EFIA , N ÍVEL DA S 10 1.5, O U SU PERIO R, D O
GRU PO -D IREÇÃO E A SSESSORAM EN TO
SU PERIORES, O U D E H IERARQU IA EQ UIVALEN TE ,
D E ACO RD O COM REGU LAM EN TAÇÃO
ESPECÍFICA D E CAD A Ó RGÃO O U EN TID AD E

A competência no ultrassecreto e secreto, no que se refere à classificação como


ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade responsável a agente
público, inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação.

A classificação de informação em qualquer grau de sigilo deverá ser formalizada em

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decisão que conterá, no mínimo, os seguintes elementos:


I - assunto sobre o qual versa a informação;
II - fundamento da classificação;
III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou do evento que defina o
seu termo final; e
IV - identificação da autoridade que a classificou.

A autoridade máxima de cada órgão ou entidade publicará, anualmente, em sítio à


disposição na internet e destinado à veiculação de dados e informações
administrativas, nos termos de regulamento:

I - rol das informações que tenham sido desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses;

II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com identificação para


referência futura;

III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos,


atendidos e indeferidos, bem como informações genéricas sobre os solicitantes.

DAS RESPONSABILIDADES
Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público ou
militar:
I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente
o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou
imprecisa;
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar,
total ou parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou
conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública;
III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação;
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação
sigilosa ou informação pessoal;
V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de
ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem;
VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para beneficiar
a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações
de direitos humanos por parte de agentes do Estado.

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A pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de


qualquer natureza com o poder público e deixar de observar o disposto nesta Lei
estará sujeita às seguintes sanções:

AD VERTÊNCIA

MULTA

SANÇÕES
SUSPENSÃO TEM PORÁRIA DE PARTICIPAR EM LICITAÇÃO E
IMPEDIM ENTO DE CONTRATAR COM A AD MINISTRAÇÃO
PÚBLICA POR PRAZO NÃO SUPERIOR A 2 (DOIS) AN OS

DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE PARA LICITAR OU CONTRATAR


COM A AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA , ATÉ QUE SEJA PROMOV ID A
A REABILITAÇÃO PERANTE A PRÓPRIA AUTORIDADE QUE
APLICOU A PENALID ADE .

As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser aplicadas juntamente com a do
inciso II, assegurado o direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no
prazo de 10 (dez) dias.

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MARATONA DE QUESTÕES

1) O capítulo IV da Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011, dispõe sobre as


restrições de acesso à informação. Sobre o tema, é correto afirmar que

a) informações ou documentos que, direta ou indiretamente, versem sobre violação


dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades
públicas poderão ser objeto de restrição de acesso.

b) o disposto na Lei exclui as hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça, bem


como as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade
econômica pelo Estado ou por qualquer pessoa física ou jurídica que tenha vínculo
com o poder público.

c) são consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e,


portanto, passíveis de classificação, as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito
possam prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico
ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse
estratégico nacional.

d) a informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e


em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, não
poderá ser classificada e, portanto, ter acesso restrito.

e) os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação


prevista na Lei, são 30 anos para a documentação ultrassecreta; 20 anos para a secreta;
e 5 anos para a reservada.

2) De acordo com a Lei Federal n° 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à


Informação, os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade
e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo da inviolabilidade da
intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas são originalmente

a) ostensivos.

b) sigilosos.

c) históricos.

d) permanentes.

e) oficiais.

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3) No que concerne ao previsto na Lei de Acesso à Informação, Lei no 12.527/11, é


correto afirmar:

a) quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente
sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou
cópia com ocultação da parte sob sigilo.

b) a acesso à informação de que trata a Lei compreende, entre outros, os direitos de


obter informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados
por órgãos ou entidades, com exceção dos documentos recolhidos aos arquivos
públicos.

c) os procedimentos previstos pela Lei destinam-se a assegurar o direito de acesso à


informação e devem ser executados em conformidade com os princípios da
administração pública com a diretriz básica da publicidade e do sigilo como preceito
geral, sem exceções.

d) às entidades privadas sem fins lucrativos, não são aplicadas as disposições desta
Lei, quando recebem para realização de ações de interesse público, recursos públicos
diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais e contratos de gestão.

e) o Estado deve garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,


mediante pedidos devidamente justificados e comprovados pelo solicitante, através
de procedimentos objetivos, de forma transparente e clara.

4) No que concerne à Lei de Acesso à Informação, Lei Federal n° 12.527/ 2011, é


correto afirmar que

a) assegura o direito fundamental de acesso à informação em conformidade com as


diretrizes de observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção
e divulgação de informações, exclusivamente mediante solicitações.

b) estão subordinados ao regime desta lei, os órgãos públicos integrantes da


administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, excluindo as Cortes de
Contas, e incluindo o Judiciário, o Ministério Público, as autarquias, as fundações e as
empresas públicas.

c) é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,


mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em
linguagem de fácil compreensão.

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d) compreende o direito de se obter orientação sobre os


procedimentos para acesso, o local onde poderá ser obtida a informação contida em
registros ou apenas nos documentos recolhidos em arquivos públicos.

e) compreende o acesso às informações referentes a projetos de pesquisa e


desenvolvimento científicos ou tecnológicos independentemente do sigilo
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

5) Segundo a Lei n° 12.527/2011, um dos objetivos do Núcleo de Segurança e


Credenciamento (NSC), instituído no âmbito do Gabinete de Segurança Institucional
da Presidência da República, é

a) promover e propor a regulamentação do credenciamento de segurança de pessoas


físicas, empresas, órgãos e entidades para tratamento de informações sigilosas.

b) requisitar da autoridade, que classificar a informação como ultrassecreta e secreta,


esclarecimento sobre o conteúdo parcial ou integral da informação.

c) rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou


mediante provocação de pessoa interessada, observado o disposto no art. 7º e demais
dispositivos dessa Lei.

d) indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, de acesso


pretendido por qualquer pessoa física ou jurídica.

e) possibilitar a gravação de relatórios mensais ou anuais em diversos formatos


eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo
a facilitar a análise das informações solicitadas.

6) De acordo com a Lei de Acesso à Informação, cabe aos órgãos e às entidades do


poder público, observados as normas e os procedimentos específicos aplicáveis,
assegurar a

a) divulgação de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e suas entidades,


assegurando a sua veiculação na imprensa de todo o território nacional.

b) desclassificação do sigilo de informações no âmbito da administração pública


federal.

c) publicação semanal, em sítio à disposição na internet e destinado à veiculação de


dados e informações administrativas, nos termos de regulamento, de relatório

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estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação


recebidos, atendidos e indeferidos.

d) liberação de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa,


com o intuito de constituir processo de apuração de irregularidades em que o titular
das informações estiver envolvido.

e) proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua


disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso.

7) A atribuição a documentos, ou às informações neles contidas, de graus de sigilo,


conforme a Lei n° 12.527/2011, denomina-se

a) classificação.

b) criptografia.

c) avaliação.

d) desclassificação.

e) registratur.

8) Levando-se em consideração o Capítulo IV – Das restrições de acesso à informação


– da Lei n° 12.527/2011, é correto afirmar que

a) as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão


seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo
de 100 anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente
autorizados e à pessoa a que elas se referirem.

b) as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem não


poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros, seja diante de previsão
legal, seja por consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

c) quando as informações pessoais forem necessárias à prevenção e diagnóstico


médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização única
e exclusivamente para tratamento médico, será exigido consentimento expresso da
pessoa a que as informações se referirem.

d) quando as informações forem necessárias à realização de estatísticas e pesquisas


científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, será exigido

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consentimento expresso da pessoa a que as informações se


referirem, sendo vedada a identificação da pessoa em questão.

e) a restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de


pessoa poderá ser invocada em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos
de maior relevância.

9) A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e


em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá
ser classificada como

a) sigilosa (25 anos), secreta (15 anos) e reservada (5 anos).

b) ultrassecreta (20 anos), secreta (10 anos) e sigilosa (5 anos).

c) reservada (25 anos), ultrassecreta (15 anos) e secreta (5 anos).

d) ultrassecreta (25 anos), secreta (15 anos) e reservada (5 anos).

e) secreta (25 anos), ultrassecreta (10 anos) e reservada (5 anos).

10) De acordo com o Capítulo III da Lei de Acesso à Informação – Do procedimento


de acesso à informação –, é correto afirmar que

a) para o acesso a informações de interesse público, a fim de viabilizar a solicitação, a


identificação do requerente deve conter o máximo possível de dados.

b) os órgãos e entidades do poder público devem observar as exigências necessárias


relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse
público.

c) os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de


encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na internet.

d) os órgãos ou entidades do poder público devem autorizar ou conceder o acesso à


informação disponível no prazo mínimo de 20 dias a contar da data da solicitação.

e) a informação armazenada em formato digital será fornecida de forma impressa,


sem ônus para o solicitante.

11) Para os efeitos da Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome dado à

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qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo


detalhamento possível, sem modificações, é

a) Autenticidade

b) Disponibilidade

c) Integridade

d) Organicidade

e) Primariedade

12) Com base na Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), analise as assertivas
abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) O Presidente da República pode elaborar documentos em todos os graus de sigilo,


desde o grau reservado até o ultrassecreto.

( ) O prazo máximo para restrição de acesso à informação secreta é de 15 (quinze)


anos.

( ) A competência para atribuir classificação de grau ultrassecreto e secreto não pode


ser delegada para autoridade responsável a agente público, mesmo que seja em
missão no exterior.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) F – V – F.

b) V – F – F.

c) F – F – V.

d) V – V – V.

e) V – V – F.

13) A Lei nº 12.527/2011, Lei de Acesso à Informação, apresenta a Classificação da


Informação quanto ao Grau e Prazos de Sigilo. Assinale a alternativa que apresenta a
correta correspondência entre o grau e o prazo de sigilo de uma informação.

a) Ultrassecreta: 20 anos.

b) Secreta: 25 anos.

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c) Reservada: 5 anos.

d) Sigilosa: 30 anos.

e) Sigilosa referente à honra e à imagem das pessoas será restrito por um prazo
máximo de 50 anos.

14) Depois da Lei n° 12.527/2011, o acesso a informações públicas ficou assegurado


mediante criação do atendimento e da orientação ao público quanto ao acesso a
informações, à tramitação de documentos e ao recebimento de requerimentos. Qual
foi a instância estabelecida por essa lei?

a) Serviço de informações ao cidadão.

b) Arquivo central.

c) Protocolo.
d) Serviço de arquivos.

e) Setor de tecnologia da informação.

15) A Lei n° 12.527/2011 regula o acesso a informações com procedimentos a serem


observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Os procedimentos
previstos nessa lei são para assegurar o direito fundamental de acesso à informação,
em conformidade com os princípios básicos da administração pública. Assinale a
alternativa que apresenta uma diretriz dessa lei de acesso a informações.

a) Observância do sigilo como preceito geral e da publicidade como exceção.

b) Divulgação de informações de interesse público, independentemente de


solicitações.

c) Utilização de meios tradicionais para divulgação de dados pessoais nos órgãos


públicos.

d) Fomento ao desenvolvimento da cultura de sigilo na administração pública.

e) Desenvolvimento do controle estatal da administração pública.

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GABARITO:
1 2 3 4 5

C B A C A

6 7 8 9 10

E A A E C

11 12 13 14 15

E E C A B

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QUESTÕES COMENTADAS
1) O capítulo IV da Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011, dispõe sobre as
restrições de acesso à informação. Sobre o tema, é correto afirmar que

a) informações ou documentos que, direta ou indiretamente, versem sobre violação


dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades
públicas poderão ser objeto de restrição de acesso.

b) o disposto na Lei exclui as hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça, bem


como as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade
econômica pelo Estado ou por qualquer pessoa física ou jurídica que tenha vínculo
com o poder público.

c) são consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e,


portanto, passíveis de classificação, as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito
possam prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico
ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse
estratégico nacional.

d) a informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e


em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, não
poderá ser classificada e, portanto, ter acesso restrito.

e) os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação


prevista na Lei, são 30 anos para a documentação ultrassecreta; 20 anos para a secreta;
e 5 anos para a reservada.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra C.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) informações ou documentos que, direta ou indiretamente, versem sobre


violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de
autoridades públicas poderão ser objeto de restrição de acesso. A alternativa
encontra-se errada! As informações ou documentos que versem sobre condutas que
impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando
de autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso.

b) o disposto na Lei exclui as hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça,

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bem como as hipóteses de segredo industrial decorrentes


da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por qualquer pessoa
física ou jurídica que tenha vínculo com o poder público. A alternativa encontra-
se errada! Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses legais de sigilo
e de segredo de justiça nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da
exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou
entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público.

c) são consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e,


portanto, passíveis de classificação, as informações cuja divulgação ou acesso
irrestrito possam prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e
desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens,
instalações ou áreas de interesse estratégico nacional. A alternativa encontra-se
correta! Artigo 23, inciso VI.

d) a informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor


e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado,
não poderá ser classificada e, portanto, ter acesso restrito. A alternativa
encontra-se errada! A informação em poder dos órgãos e entidades públicas,
observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade
ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.

e) os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a


classificação prevista na Lei, são 30 anos para a documentação ultrassecreta; 20
anos para a secreta; e 5 anos para a reservada.

Para te ajudar:

2) De acordo com a Lei Federal n° 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à


Informação, os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade
e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo da inviolabilidade da

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intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas


são originalmente

a) ostensivos.

b) sigilosos.

c) históricos.

d) permanentes.

e) oficiais.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra B.

Informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso


público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do
Estado.

É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de informações sigilosas


produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a sua proteção.

Oportunidade em que nasce os graus de sigilos!

3) No que concerne ao previsto na Lei de Acesso à Informação, Lei no 12.527/11, é


correto afirmar:

a) quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente
sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou
cópia com ocultação da parte sob sigilo.

b) a acesso à informação de que trata a Lei compreende, entre outros, os direitos de


obter informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados
por órgãos ou entidades, com exceção dos documentos recolhidos aos arquivos
públicos.

c) os procedimentos previstos pela Lei destinam-se a assegurar o direito de acesso à


informação e devem ser executados em conformidade com os princípios da
administração pública com a diretriz básica da publicidade e do sigilo como preceito
geral, sem exceções.

d) às entidades privadas sem fins lucrativos, não são aplicadas as disposições desta
Lei, quando recebem para realização de ações de interesse público, recursos públicos

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diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais e


contratos de gestão.

e) o Estado deve garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,


mediante pedidos devidamente justificados e comprovados pelo solicitante, através
de procedimentos objetivos, de forma transparente e clara.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra A.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela
parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de
certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. A alternativa
encontra-se correta! Conforme artigo 7, §2°.

b) a acesso à informação de que trata a Lei compreende, entre outros, os direitos


de obter informação contida em registros ou documentos, produzidos ou
acumulados por órgãos ou entidades, com exceção dos documentos recolhidos
aos arquivos públicos! A alternativa encontra-se errada! O acesso à informação de
que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter informação contida
em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou
entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;

c) os procedimentos previstos pela Lei destinam-se a assegurar o direito de


acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios
da administração pública com a diretriz básica da publicidade e do sigilo como
preceito geral, sem exceções. A alternativa encontra-se errada! Para te ajudar:

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OBSERVÂNCIA DA PUBLICIDADE COMO PRECEITO GERAL E DO


SIGILO COMO EXCEÇÃO

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES DE INTERESSE PÚBLICO ,


INDEPEND ENTEM ENTE DE SOLICITAÇÕES

UTILIZAÇÃO DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO VIABILIZAD OS PELA


DIRETRIZES
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DE


TRANSPARÊNCIA NA AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA

DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE SOCIAL DA


AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA .

d) às entidades privadas sem fins lucrativos, não são aplicadas as disposições


desta Lei, quando recebem para realização de ações de interesse público,
recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais e
contratos de gestão. A alternativa encontra-se errada! Aplicam-se as disposições
desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para
realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento
ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios,
acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.

e) o Estado deve garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,


mediante pedidos devidamente justificados e comprovados pelo solicitante,
através de procedimentos objetivos, de forma transparente e clara. A alternativa
encontra-se errada! É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que

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será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de


forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão.

4) No que concerne à Lei de Acesso à Informação, Lei Federal n° 12.527/ 2011, é


correto afirmar que

a) assegura o direito fundamental de acesso à informação em conformidade com as


diretrizes de observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção
e divulgação de informações, exclusivamente mediante solicitações.

b) estão subordinados ao regime desta lei, os órgãos públicos integrantes da


administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, excluindo as Cortes de
Contas, e incluindo o Judiciário, o Ministério Público, as autarquias, as fundações e as
empresas públicas.

c) é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,


mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em
linguagem de fácil compreensão.

d) compreende o direito de se obter orientação sobre os procedimentos para acesso,


o local onde poderá ser obtida a informação contida em registros ou apenas nos
documentos recolhidos em arquivos públicos.

e) compreende o acesso às informações referentes a projetos de pesquisa e


desenvolvimento científicos ou tecnológicos independentemente do sigilo
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra C.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) a) assegura o direito fundamental de acesso à informação em conformidade


com as diretrizes de observância da publicidade como preceito geral e do sigilo
como exceção e divulgação de informações, exclusivamente mediante
solicitações. A alternativa encontra-se errada! Para te ajudar:

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OBSERVÂNCIA DA PUBLICIDADE COMO PRECEITO GERAL E DO


SIGILO COMO EXCEÇÃO

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES DE INTERESSE PÚBLICO ,


INDEPEND ENTEM ENTE DE SOLICITAÇÕES

UTILIZAÇÃO DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO VIABILIZAD OS PELA


DIRETRIZES
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DE


TRANSPARÊNCIA NA AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA

DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE SOCIAL DA


AD MINISTRAÇÃO PÚBLICA .

b) estão subordinados ao regime desta lei, os órgãos públicos integrantes da


administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, excluindo as Cortes de
Contas, e incluindo o Judiciário, o Ministério Público, as autarquias, as fundações
e as empresas públicas. A alternativa encontra-se errada Subordinam-se ao regime
desta Lei os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes
Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério
Público.

c) é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será


franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente,
clara e em linguagem de fácil compreensão. A alternativa encontra-se correta!
Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será
franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara

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e em linguagem de fácil compreensão.

d) compreende o direito de se obter orientação sobre os procedimentos para


acesso, o local onde poderá ser obtida a informação contida em registros ou
apenas nos documentos recolhidos em arquivos públicos. A alternativa
encontra-se errada! O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre
outros, os direitos de obter orientação sobre os procedimentos para a consecução de
acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação
almejada e informação contida em registros ou documentos, produzidos ou
acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;

e) compreende o acesso às informações referentes a projetos de pesquisa e


desenvolvimento científicos ou tecnológicos independentemente do sigilo
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. A alternativa encontra-se
errada! O acesso à informação previsto, não compreende as informações referentes
a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

5) Segundo a Lei n° 12.527/2011, um dos objetivos do Núcleo de Segurança e


Credenciamento (NSC), instituído no âmbito do Gabinete de Segurança Institucional
da Presidência da República, é

a) promover e propor a regulamentação do credenciamento de segurança de pessoas


físicas, empresas, órgãos e entidades para tratamento de informações sigilosas.

b) requisitar da autoridade, que classificar a informação como ultrassecreta e secreta,


esclarecimento sobre o conteúdo parcial ou integral da informação.

c) rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou


mediante provocação de pessoa interessada, observado o disposto no art. 7º e demais
dispositivos dessa Lei.

d) indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, de acesso


pretendido por qualquer pessoa física ou jurídica.

e) possibilitar a gravação de relatórios mensais ou anuais em diversos formatos


eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo
a facilitar a análise das informações solicitadas.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra A.

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Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos


lá:

a) a) promover e propor a regulamentação do credenciamento de segurança de


pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades para tratamento de informações
sigilosas. A alternativa encontra-se correta! Conforme artigo 37, inciso I.

b) requisitar da autoridade, que classificar a informação como ultrassecreta e


secreta, esclarecimento sobre o conteúdo parcial ou integral da informação. A
alternativa encontra-se errada! É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de
Informações, que decidirá, no âmbito da administração pública federal, sobre o
tratamento e a classificação de informações sigilosas e terá competência para
requisitar da autoridade que classificar informação como ultrassecreta e secreta
esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral da informação;

c) rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou


mediante provocação de pessoa interessada, observado o disposto no art. 7º e
demais dispositivos dessa Lei. A alternativa encontra-se errada! É instituída a
Comissão Mista de Reavaliação de Informações, que decidirá, no âmbito da
administração pública federal, sobre o tratamento e a classificação de informações
sigilosas e terá competência para rever a classificação de informações ultrassecretas
ou secretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada.

d) indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, de acesso


pretendido por qualquer pessoa física ou jurídica. A alternativa encontra-se
errada! Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput,
o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte)
dias comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução
ou obter a certidão.

e) possibilitar a gravação de relatórios mensais ou anuais em diversos formatos


eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de
modo a facilitar a análise das informações solicitadas. A alternativa encontra-se
errada! Os sítios deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, possibilitar
a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não
proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das
informações.

6) De acordo com a Lei de Acesso à Informação, cabe aos órgãos e às entidades do


poder público, observados as normas e os procedimentos específicos aplicáveis,

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assegurar a

a) divulgação de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e suas entidades,


assegurando a sua veiculação na imprensa de todo o território nacional.

b) desclassificação do sigilo de informações no âmbito da administração pública


federal.

c) publicação semanal, em sítio à disposição na internet e destinado à veiculação de


dados e informações administrativas, nos termos de regulamento, de relatório
estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos, atendidos e
indeferidos.

d) liberação de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa,


com o intuito de constituir processo de apuração de irregularidades em que o titular
das informações estiver envolvido.

e) proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua


disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra E.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) divulgação de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e suas


entidades, assegurando a sua veiculação na imprensa de todo o território
nacional. A alternativa encontra-se errada! É dever do Estado controlar o acesso
e a divulgação de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades,
assegurando a sua proteção.

b) desclassificação do sigilo de informações no âmbito da administração pública


federal. A alternativa encontra-se errada! A classificação das informações será
reavaliada pela autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente
superior, mediante provocação ou de ofício, nos termos e prazos previstos em
regulamento, com vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo.

c) publicação semanal, em sítio à disposição na internet e destinado à veiculação


de dados e informações administrativas, nos termos de regulamento, de
relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos,
atendidos e indeferidos. A alternativa encontra-se errada! A autoridade máxima
de cada órgão ou entidade publicará, anualmente, em sítio à disposição na internet
e destinado à veiculação de dados e informações administrativas, nos termos de

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regulamento.

d) liberação de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de


pessoa, com o intuito de constituir processo de apuração de irregularidades em
que o titular das informações estiver envolvido. A alternativa encontra-se errada!
A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa
não poderá ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apuração de
irregularidades em que o titular das informações estiver envolvido, bem como em
ações voltadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância.

e) proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua


disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso. A
alternativa encontra-se correta!

GESTÃO TRANSPARENTE DA INFORMAÇÃO , PROPICIANDO AM PLO


ACESSO A ELA E SUA DIVULGAÇÃO

PROTEÇÃO DA INFORMAÇÃO , GARANTINDO - SE SUA


ASSEGURAR
DISPONIBILID AD E, AUTEN TICID AD E E INTEGRIDAD E

PROTEÇÃO DA INFORMAÇÃO SIGILOSA E DA INFORMAÇÃO


PESSOAL, OBSERVADA A SUA DISPONIBILID AD E, AUTEN TICID AD E,
INTEGRIDAD E E EVENTUAL RESTRIÇÃO DE ACESSO .

7) A atribuição a documentos, ou às informações neles contidas, de graus de sigilo,


conforme a Lei n° 12.527/2011, denomina-se

a) classificação.

b) criptografia.

c) avaliação.

d) desclassificação.

e) registratur.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra A.

Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deverá ser

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observado o interesse público da informação e utilizado o


critério menos restritivo possível, considerados:

I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado; e

II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final.

8) Levando-se em consideração o Capítulo IV – Das restrições de acesso à informação


– da Lei n° 12.527/2011, é correto afirmar que

a) as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão


seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo
de 100 anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente
autorizados e à pessoa a que elas se referirem.

b) as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem não


poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros, seja diante de previsão
legal, seja por consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

c) quando as informações pessoais forem necessárias à prevenção e diagnóstico


médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização única
e exclusivamente para tratamento médico, será exigido consentimento expresso da
pessoa a que as informações se referirem.

d) quando as informações forem necessárias à realização de estatísticas e pesquisas


científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, será exigido
consentimento expresso da pessoa a que as informações se referirem, sendo vedada
a identificação da pessoa em questão.

e) a restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de


pessoa poderá ser invocada em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos
de maior relevância.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra A.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem


terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo
prazo máximo de 100 anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos
legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem. A alternativa

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encontra-se correta! As informações pessoais, a que se refere


este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso
restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100
(cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente
autorizados e à pessoa a que elas se referirem

B) as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem


não poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros, seja diante
de previsão legal, seja por consentimento expresso da pessoa a que elas se
referirem. A alternativa encontra-se errada! As informações pessoais, a que se
refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem poderão ter
autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou
consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

c) quando as informações pessoais forem necessárias à prevenção e diagnóstico


médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização
única e exclusivamente para tratamento médico, será exigido consentimento
expresso da pessoa a que as informações se referirem. A alternativa encontra-se
errada! O consentimento não será exigido quando as informações forem necessárias
à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente
incapaz, e para utilização única e exclusivamente para o tratamento médico;

d) quando as informações forem necessárias à realização de estatísticas e


pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, será
exigido consentimento expresso da pessoa a que as informações se referirem,
sendo vedada a identificação da pessoa em questão. A alternativa encontra-se
errada! O consentimento não será exigido quando as informações forem necessárias
à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou
geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a que as informações
se referirem

e) a restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de


pessoa poderá ser invocada em ações voltadas para a recuperação de fatos
históricos de maior relevância. A alternativa encontra-se errada! A restrição de
acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa não poderá
ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades em
que o titular das informações estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a
recuperação de fatos históricos de maior relevância.

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9) A informação em poder dos órgãos e entidades públicas,


observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade
ou do Estado, poderá ser classificada como

a) sigilosa (25 anos), secreta (15 anos) e reservada (5 anos).

b) ultrassecreta (20 anos), secreta (10 anos) e sigilosa (5 anos).

c) reservada (25 anos), ultrassecreta (15 anos) e secreta (5 anos).

d) ultrassecreta (25 anos), secreta (15 anos) e reservada (5 anos).

e) secreta (25 anos), ultrassecreta (10 anos) e reservada (5 anos).

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra E.

Para te ajudar:

10) De acordo com o Capítulo III da Lei de Acesso à Informação – Do procedimento


de acesso à informação –, é correto afirmar que

a) para o acesso a informações de interesse público, a fim de viabilizar a solicitação, a


identificação do requerente deve conter o máximo possível de dados.

b) os órgãos e entidades do poder público devem observar as exigências necessárias


relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse
público.

c) os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de


encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na internet.

d) os órgãos ou entidades do poder público devem autorizar ou conceder o acesso à


informação disponível no prazo mínimo de 20 dias a contar da data da solicitação.

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e) a informação armazenada em formato digital será fornecida


de forma impressa, sem ônus para o solicitante.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra C.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) para o acesso a informações de interesse público, a fim de viabilizar a


solicitação, a identificação do requerente deve conter o máximo possível de
dados. A alternativa encontra-se errada! Para o acesso a informações de interesse
público, a identificação do requerente não pode conter exigências que inviabilizem a
solicitação.

b) os órgãos e entidades do poder público devem observar as exigências


necessárias relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações
de interesse público. A alternativa encontra-se errada! São vedadas quaisquer
exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de
interesse público.

c) os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de


encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na
internet. A alternativa encontra-se correta! Conforme artigo 10, parágrafo 2°.

d) os órgãos ou entidades do poder público devem autorizar ou conceder o


acesso à informação disponível no prazo mínimo de 20 dias a contar da data da
solicitação. A alternativa encontra-se errada! Não sendo possível conceder o
acesso imediato, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não
superior a 20 (vinte) dias.

e) a informação armazenada em formato digital será fornecida de forma


impressa, sem ônus para o solicitante. A alternativa encontra-se errada! A
informação armazenada em formato digital será fornecida nesse formato, caso haja
anuência do requerente.

11) Para os efeitos da Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome dado à


qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo detalhamento possível,
sem modificações, é

a) Autenticidade

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b) Disponibilidade

c) Integridade

d) Organicidade

e) Primariedade

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra E.

Para facilitar:

12) Com base na Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), analise as assertivas
abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

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( ) O Presidente da República pode elaborar documentos em


todos os graus de sigilo, desde o grau reservado até o ultrassecreto.

( ) O prazo máximo para restrição de acesso à informação secreta é de 15 (quinze)


anos.

( ) A competência para atribuir classificação de grau ultrassecreto e secreto não pode


ser delegada para autoridade responsável a agente público, mesmo que seja em
missão no exterior.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) F – V – F.

b) V – F – F.

c) F – F – V.

d) V – V – V.
e) V – V – F.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra E.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

( V ) O Presidente da República pode elaborar documentos em todos os graus de


sigilo, desde o grau reservado até o ultrassecreto.

( V ) O prazo máximo para restrição de acesso à informação secreta é de 15


(quinze) anos.

( F ) A competência para atribuir classificação de grau ultrassecreto e secreto não


pode ser delegada para autoridade responsável a agente público, mesmo que
seja em missão no exterior. A competência, no que se refere à classificação como
ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade responsável a agente
público, inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação.

13) A Lei nº 12.527/2011, Lei de Acesso à Informação, apresenta a Classificação da


Informação quanto ao Grau e Prazos de Sigilo. Assinale a alternativa que apresenta a
correta correspondência entre o grau e o prazo de sigilo de uma informação.

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a) Ultrassecreta: 20 anos.

b) Secreta: 25 anos.

c) Reservada: 5 anos.

d) Sigilosa: 30 anos.

e) Sigilosa referente à honra e à imagem das pessoas será restrito por um prazo
máximo de 50 anos.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra C.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

14) Depois da Lei n° 12.527/2011, o acesso a informações públicas ficou assegurado


mediante criação do atendimento e da orientação ao público quanto ao acesso a
informações, à tramitação de documentos e ao recebimento de requerimentos. Qual
foi a instância estabelecida por essa lei?

a) Serviço de informações ao cidadão.

b) Arquivo central.

c) Protocolo.

d) Serviço de arquivos.

e) Setor de tecnologia da informação.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra A.

O acesso a informações públicas será assegurado mediante:

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I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos


e entidades do poder público, em local com condições apropriadas para:

a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações;

b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades;

c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e

II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação popular ou


a outras formas de divulgação.

15) A Lei n° 12.527/2011 regula o acesso a informações com procedimentos a serem


observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Os procedimentos
previstos nessa lei são para assegurar o direito fundamental de acesso à informação,
em conformidade com os princípios básicos da administração pública. Assinale a
alternativa que apresenta uma diretriz dessa lei de acesso a informações.

a) Observância do sigilo como preceito geral e da publicidade como exceção.

b) Divulgação de informações de interesse público, independentemente de


solicitações.

c) Utilização de meios tradicionais para divulgação de dados pessoais nos órgãos


públicos.

d) Fomento ao desenvolvimento da cultura de sigilo na administração pública.

e) Desenvolvimento do controle estatal da administração pública.

COMENTÁRIOS:

Alternativa correta é a Letra C.

Para facilitar, vou responder alternativa por alternativa, vamos lá:

a) Observância do sigilo como preceito geral e da publicidade como exceção. A


alternativa encontra-se errada! Observância da publicidade como preceito geral e
do sigilo como exceção

b) Divulgação de informações de interesse público, independentemente de


solicitações. A alternativa encontra-se correta! Conforme artigo 3, inciso II.

c) Utilização de meios tradicionais para divulgação de dados pessoais nos órgãos


públicos. A alternativa encontra-se errada! Utilização de meios de comunicação

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viabilizados pela tecnologia da informação;

d) Fomento ao desenvolvimento da cultura de sigilo na administração pública. A


alternativa encontra-se errada! Fomento ao desenvolvimento da cultura de
transparência na administração pública

e) Desenvolvimento do controle estatal da administração pública. A alternativa


encontra-se errada! Desenvolvimento do controle social da administração pública.

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LETRA DA LEI

LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei,


2011. no que couber, às entidades privadas sem fins
lucrativos que recebam, para realização de ações
Regula o acesso a de interesse público, recursos públicos diretamente
informações previsto no do orçamento ou mediante subvenções sociais,
inciso XXXIII do art. 5º , contrato de gestão, termo de parceria, convênios,
no inciso II do § 3º do art. acordo, ajustes ou outros instrumentos
congêneres.
Mensagem de veto 37 e no § 2º do art. 216
da Constituição Federal;
altera a Lei nº 8.112, de Parágrafo único. A publicidade a que estão
Vigência 11 de dezembro de 1990; submetidas as entidades citadas no caput refere-
revoga a Lei nº 11.111, se à parcela dos recursos públicos recebidos e à
Regulamento de 5 de maio de 2005, e sua destinação, sem prejuízo das prestações de
dispositivos da Lei nº contas a que estejam legalmente obrigadas.
8.159, de 8 de janeiro de
1991; e dá outras Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei
providências. destinam-se a assegurar o direito fundamental de
acesso à informação e devem ser executados em
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço conformidade com os princípios básicos da
saber que o Congresso Nacional decreta e eu administração pública e com as seguintes
sanciono a seguinte Lei: diretrizes:

CAPÍTULO I I - observância da publicidade como preceito


geral e do sigilo como exceção;

DISPOSIÇÕES GERAIS II - divulgação de informações de interesse


público, independentemente de solicitações;
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os
procedimentos a serem observados pela União, III - utilização de meios de comunicação
Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim viabilizados pela tecnologia da informação;
de garantir o acesso a informações previsto
no inciso XXXIII do art. 5º , no inciso II do § 3º do
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura
art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição
de transparência na administração pública;
Federal.
V - desenvolvimento do controle social da
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime
administração pública.
desta Lei:
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-
I - os órgãos públicos integrantes da
se:
administração direta dos Poderes Executivo,
Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e
Judiciário e do Ministério Público; I - informação: dados, processados ou não,
que podem ser utilizados para produção e
transmissão de conhecimento, contidos em
II - as autarquias, as fundações públicas, as
qualquer meio, suporte ou formato;
empresas públicas, as sociedades de economia
mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal II - documento: unidade de registro de
e Municípios. informações, qualquer que seja o suporte ou
formato;

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III - informação disponibilidade, autenticidade, integridade e


sigilosa: aquela submetida temporariamente à eventual restrição de acesso.
restrição de acesso público em razão de sua
imprescindibilidade para a segurança da sociedade Art. 7º O acesso à informação de que trata
e do Estado; esta Lei compreende, entre outros, os direitos de
obter:
IV - informação pessoal: aquela relacionada
à pessoa natural identificada ou identificável; I - orientação sobre os procedimentos para a
consecução de acesso, bem como sobre o local
V - tratamento da informação: conjunto de onde poderá ser encontrada ou obtida a informação
ações referentes à produção, recepção, almejada;
classificação, utilização, acesso, reprodução,
transporte, transmissão, distribuição, II - informação contida em registros ou
arquivamento, armazenamento, eliminação, documentos, produzidos ou acumulados por seus
avaliação, destinação ou controle da informação; órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos
públicos;
VI - disponibilidade: qualidade da informação
que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, III - informação produzida ou custodiada por
equipamentos ou sistemas autorizados; pessoa física ou entidade privada decorrente de
qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades,
VII - autenticidade: qualidade da informação mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
que tenha sido produzida, expedida, recebida ou
modificada por determinado indivíduo, IV - informação primária, íntegra, autêntica e
equipamento ou sistema; atualizada;

VIII - integridade: qualidade da informação V - informação sobre atividades exercidas


não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à
e destino; sua política, organização e serviços;

IX - primariedade: qualidade da informação VI - informação pertinente à administração


coletada na fonte, com o máximo de detalhamento do patrimônio público, utilização de recursos
possível, sem modificações. públicos, licitação, contratos administrativos; e

Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de VII - informação relativa:


acesso à informação, que será franqueada,
mediante procedimentos objetivos e ágeis, de a) à implementação, acompanhamento e
forma transparente, clara e em linguagem de fácil resultados dos programas, projetos e ações dos
compreensão. órgãos e entidades públicas, bem como metas e
indicadores propostos;
CAPÍTULO II
b) ao resultado de inspeções, auditorias,
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA prestações e tomadas de contas realizadas pelos
DIVULGAÇÃO órgãos de controle interno e externo, incluindo
prestações de contas relativas a exercícios
Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do anteriores.
poder público, observadas as normas e
procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: VIII – (VETADO). (Incluído pela Lei nº
14.345, de 2022)
I - gestão transparente da informação,
propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação; § 1º O acesso à informação previsto
no caput não compreende as informações
II - proteção da informação, garantindo-se referentes a projetos de pesquisa e
sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da
III - proteção da informação sigilosa e da sociedade e do Estado.
informação pessoal, observada a sua

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§ 2º Quando VI - respostas a perguntas mais frequentes


não for autorizado acesso integral à informação por da sociedade.
ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o
acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, § 2º Para cumprimento do disposto
extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. no caput, os órgãos e entidades públicas deverão
utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de
§ 3º O direito de acesso aos documentos ou que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em
às informações neles contidas utilizados como sítios oficiais da rede mundial de computadores
fundamento da tomada de decisão e do ato (internet).
administrativo será assegurado com a edição do
ato decisório respectivo. § 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na
forma de regulamento, atender, entre outros, aos
§ 4º A negativa de acesso às informações seguintes requisitos:
objeto de pedido formulado aos órgãos e entidades
referidas no art. 1º , quando não fundamentada, I - conter ferramenta de pesquisa de
sujeitará o responsável a medidas disciplinares, conteúdo que permita o acesso à informação de
nos termos do art. 32 desta Lei. forma objetiva, transparente, clara e em linguagem
de fácil compreensão;
§ 5º Informado do extravio da informação
solicitada, poderá o interessado requerer à II - possibilitar a gravação de relatórios em
autoridade competente a imediata abertura de diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e
sindicância para apurar o desaparecimento da não proprietários, tais como planilhas e texto, de
respectiva documentação. modo a facilitar a análise das informações;

§ 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º III - possibilitar o acesso automatizado por


deste artigo, o responsável pela guarda da sistemas externos em formatos abertos,
informação extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) estruturados e legíveis por máquina;
dias, justificar o fato e indicar testemunhas que
comprovem sua alegação. IV - divulgar em detalhes os formatos
utilizados para estruturação da informação;
Art. 8º É dever dos órgãos e entidades
públicas promover, independentemente de V - garantir a autenticidade e a integridade
requerimentos, a divulgação em local de fácil das informações disponíveis para acesso;
acesso, no âmbito de suas competências, de
informações de interesse coletivo ou geral por eles
produzidas ou custodiadas. VI - manter atualizadas as informações
disponíveis para acesso;
§ 1º Na divulgação das informações a que se
refere o caput, deverão constar, no mínimo: VII - indicar local e instruções que permitam
ao interessado comunicar-se, por via eletrônica ou
telefônica, com o órgão ou entidade detentora do
I - registro das competências e estrutura sítio; e
organizacional, endereços e telefones das
respectivas unidades e horários de atendimento ao
público; VIII - adotar as medidas necessárias para
garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas
com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei nº
II - registros de quaisquer repasses ou
10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da
transferências de recursos financeiros; Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo nº
III - registros das despesas; 186, de 9 de julho de 2008.

IV - informações concernentes a § 4º Os Municípios com população de até


procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da
editais e resultados, bem como a todos os contratos divulgação obrigatória na internet a que se refere o
celebrados; § 2º , mantida a obrigatoriedade de divulgação, em
tempo real, de informações relativas à execução
V - dados gerais para o acompanhamento de orçamentária e financeira, nos critérios e prazos
programas, ações, projetos e obras de órgãos e previstos no art. 73-B da Lei Complementar nº 101,
entidades; e

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de 4 de maio de 2000 § 1º Não sendo possível conceder o acesso


(Lei de Responsabilidade Fiscal). imediato, na forma disposta no caput, o órgão ou
entidade que receber o pedido deverá, em prazo
Art. 9º O acesso a informações públicas será não superior a 20 (vinte) dias:
assegurado mediante:
I - comunicar a data, local e modo para se
I - criação de serviço de informações ao realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a
cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, certidão;
em local com condições apropriadas para:
II - indicar as razões de fato ou de direito da
a) atender e orientar o público quanto ao recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou
acesso a informações;
III - comunicar que não possui a informação,
b) informar sobre a tramitação de indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a
documentos nas suas respectivas unidades; entidade que a detém, ou, ainda, remeter o
requerimento a esse órgão ou entidade,
cientificando o interessado da remessa de seu
c) protocolizar documentos e requerimentos
de acesso a informações; e pedido de informação.

§ 2º O prazo referido no § 1º poderá ser


II - realização de audiências ou consultas
prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante
públicas, incentivo à participação popular ou a
justificativa expressa, da qual será cientificado o
outras formas de divulgação.
requerente.
CAPÍTULO III
§ 3º Sem prejuízo da segurança e da
proteção das informações e do cumprimento da
DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá
INFORMAÇÃO oferecer meios para que o próprio requerente
possa pesquisar a informação de que necessitar.
Seção I
§ 4º Quando não for autorizado o acesso por
Do Pedido de Acesso se tratar de informação total ou parcialmente
sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a
Art. 10. Qualquer interessado poderá possibilidade de recurso, prazos e condições para
apresentar pedido de acesso a informações aos sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada
órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, a autoridade competente para sua apreciação.
por qualquer meio legítimo, devendo o pedido
conter a identificação do requerente e a § 5º A informação armazenada em formato
especificação da informação requerida. digital será fornecida nesse formato, caso haja
anuência do requerente.
§ 1º Para o acesso a informações de
interesse público, a identificação do requerente não § 6º Caso a informação solicitada esteja
pode conter exigências que inviabilizem a disponível ao público em formato impresso,
solicitação. eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso
universal, serão informados ao requerente, por
§ 2º Os órgãos e entidades do poder público escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá
devem viabilizar alternativa de encaminhamento de consultar, obter ou reproduzir a referida
pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais informação, procedimento esse que desonerará o
na internet. órgão ou entidade pública da obrigação de seu
fornecimento direto, salvo se o requerente declarar
§ 3º São vedadas quaisquer exigências não dispor de meios para realizar por si mesmo tais
relativas aos motivos determinantes da solicitação procedimentos.
de informações de interesse público.
Art. 12. O serviço de busca e de
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá fornecimento de informação é gratuito. (Redação
autorizar ou conceder o acesso imediato à dada pela Lei nº 14.129, de 2021) (Vigência)
informação disponível.

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§ 1º O órgão ou II - a decisão de negativa de acesso à


a entidade poderá cobrar exclusivamente o valor informação total ou parcialmente classificada como
necessário ao ressarcimento dos custos dos sigilosa não indicar a autoridade classificadora ou
serviços e dos materiais utilizados, quando o a hierarquicamente superior a quem possa ser
serviço de busca e de fornecimento da informação dirigido pedido de acesso ou desclassificação;
exigir reprodução de documentos pelo órgão ou
pela entidade pública consultada. (Incluído pela III - os procedimentos de classificação de
Lei nº 14.129, de 2021) (Vigência) informação sigilosa estabelecidos nesta Lei não
tiverem sido observados; e
§ 2º Estará isento de ressarcir os custos
previstos no § 1º deste artigo aquele cuja situação
IV - estiverem sendo descumpridos prazos
econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do
ou outros procedimentos previstos nesta Lei.
sustento próprio ou da família, declarada nos
termos da Lei nº 7.115, de 29 de agosto de
1983. (Incluído pela Lei nº 14.129, de § 1º O recurso previsto neste artigo somente
2021) (Vigência) poderá ser dirigido à Controladoria-Geral da União
depois de submetido à apreciação de pelo menos
uma autoridade hierarquicamente superior àquela
Art. 13. Quando se tratar de acesso à
que exarou a decisão impugnada, que deliberará
informação contida em documento cuja
no prazo de 5 (cinco) dias.
manipulação possa prejudicar sua integridade,
deverá ser oferecida a consulta de cópia, com
certificação de que esta confere com o original. § 2º Verificada a procedência das razões do
recurso, a Controladoria-Geral da União
determinará ao órgão ou entidade que adote as
Parágrafo único. Na impossibilidade de
providências necessárias para dar cumprimento ao
obtenção de cópias, o interessado poderá solicitar
disposto nesta Lei.
que, a suas expensas e sob supervisão de servidor
público, a reprodução seja feita por outro meio que
não ponha em risco a conservação do documento § 3º Negado o acesso à informação pela
original. Controladoria-Geral da União, poderá ser
interposto recurso à Comissão Mista de
Reavaliação de Informações, a que se refere o art.
Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro
35.
teor de decisão de negativa de acesso, por certidão
ou cópia.
Art. 17. No caso de indeferimento de pedido
de desclassificação de informação protocolado em
Seção II
órgão da administração pública federal, poderá o
requerente recorrer ao Ministro de Estado da área,
Dos Recursos sem prejuízo das competências da Comissão Mista
de Reavaliação de Informações, previstas no art.
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso 35, e do disposto no art. 16.
a informações ou às razões da negativa do acesso,
poderá o interessado interpor recurso contra a § 1º O recurso previsto neste artigo somente
decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua poderá ser dirigido às autoridades mencionadas
ciência. depois de submetido à apreciação de pelo menos
uma autoridade hierarquicamente superior à
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade que exarou a decisão impugnada e, no
autoridade hierarquicamente superior à que exarou caso das Forças Armadas, ao respectivo Comando.
a decisão impugnada, que deverá se manifestar no
prazo de 5 (cinco) dias. § 2º Indeferido o recurso previsto
no caput que tenha como objeto a desclassificação
Art. 16. Negado o acesso a informação pelos de informação secreta ou ultrassecreta, caberá
órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o recurso à Comissão Mista de Reavaliação de
requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral Informações prevista no art. 35.
da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias
se: Art. 18. Os procedimentos de revisão de
decisões denegatórias proferidas no recurso
I - o acesso à informação não classificada previsto no art. 15 e de revisão de classificação de
como sigilosa for negado; documentos sigilosos serão objeto de
regulamentação própria dos Poderes Legislativo e

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Judiciário e do passíveis de classificação as informações cuja


Ministério Público, em seus respectivos divulgação ou acesso irrestrito possam:
âmbitos, assegurado ao solicitante, em qualquer
caso, o direito de ser informado sobre o andamento I - pôr em risco a defesa e a soberania
de seu pedido. nacionais ou a integridade do território nacional;

Art. 19. (VETADO). II - prejudicar ou pôr em risco a condução de


negociações ou as relações internacionais do País,
§ 1º (VETADO). ou as que tenham sido fornecidas em caráter
sigiloso por outros Estados e organismos
§ 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do internacionais;
Ministério Público informarão ao Conselho
Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do III - pôr em risco a vida, a segurança ou a
Ministério Público, respectivamente, as decisões saúde da população;
que, em grau de recurso, negarem acesso a
informações de interesse público. IV - oferecer elevado risco à estabilidade
financeira, econômica ou monetária do País;
Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que
couber, a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao V - prejudicar ou causar risco a planos ou
procedimento de que trata este Capítulo. operações estratégicos das Forças Armadas;

CAPÍTULO IV VI - prejudicar ou causar risco a projetos de


pesquisa e desenvolvimento científico ou
DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À tecnológico, assim como a sistemas, bens,
INFORMAÇÃO instalações ou áreas de interesse estratégico
nacional;
Seção I
VII - pôr em risco a segurança de instituições
Disposições Gerais ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras
e seus familiares; ou
Art. 21. Não poderá ser negado acesso à
informação necessária à tutela judicial ou VIII - comprometer atividades de inteligência,
administrativa de direitos fundamentais. bem como de investigação ou fiscalização em
andamento, relacionadas com a prevenção ou
repressão de infrações.
Parágrafo único. As informações ou
documentos que versem sobre condutas que
impliquem violação dos direitos humanos praticada Art. 24. A informação em poder dos órgãos e
por agentes públicos ou a mando de autoridades entidades públicas, observado o seu teor e em
públicas não poderão ser objeto de restrição de razão de sua imprescindibilidade à segurança da
acesso. sociedade ou do Estado, poderá ser classificada
como ultrassecreta, secreta ou reservada.
Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as
demais hipóteses legais de sigilo e de segredo de § 1º Os prazos máximos de restrição de
justiça nem as hipóteses de segredo industrial acesso à informação, conforme a classificação
decorrentes da exploração direta de atividade prevista no caput, vigoram a partir da data de sua
econômica pelo Estado ou por pessoa física ou produção e são os seguintes:
entidade privada que tenha qualquer vínculo com o
poder público. I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;

Seção II II - secreta: 15 (quinze) anos; e

Da Classificação da Informação quanto ao III - reservada: 5 (cinco) anos.


Grau e Prazos de Sigilo
§ 2º As informações que puderem colocar
Art. 23. São consideradas imprescindíveis à em risco a segurança do Presidente e Vice-
segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, Presidente da República e respectivos cônjuges e
filhos(as) serão classificadas como reservadas e

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ficarão sob sigilo até o segurança para tratamento de informações


término do mandato em exercício ou do último sigilosas.
mandato, em caso de reeleição.
Parágrafo único. A pessoa física ou entidade
§ 3º Alternativamente aos prazos previstos privada que, em razão de qualquer vínculo com o
no § 1º , poderá ser estabelecida como termo final poder público, executar atividades de tratamento
de restrição de acesso a ocorrência de determinado de informações sigilosas adotará as providências
evento, desde que este ocorra antes do transcurso necessárias para que seus empregados, prepostos
do prazo máximo de classificação. ou representantes observem as medidas e
procedimentos de segurança das informações
§ 4º Transcorrido o prazo de classificação ou resultantes da aplicação desta Lei.
consumado o evento que defina o seu termo final,
a informação tornar-se-á, automaticamente, de Seção IV
acesso público.
Dos Procedimentos de Classificação,
§ 5º Para a classificação da informação em Reclassificação e Desclassificação
determinado grau de sigilo, deverá ser observado o
interesse público da informação e utilizado o critério Art. 27. A classificação do sigilo de
menos restritivo possível, considerados: informações no âmbito da administração pública
federal é de competência: (Regulamento)
I - a gravidade do risco ou dano à segurança
da sociedade e do Estado; e I - no grau de ultrassecreto, das seguintes
autoridades:
II - o prazo máximo de restrição de acesso
ou o evento que defina seu termo final. a) Presidente da República;

Seção III b) Vice-Presidente da República;

Da Proteção e do Controle de Informações c) Ministros de Estado e autoridades com as


Sigilosas mesmas prerrogativas;

Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso d) Comandantes da Marinha, do Exército e


e a divulgação de informações sigilosas produzidas da Aeronáutica; e
por seus órgãos e entidades, assegurando a sua
proteção. (Regulamento) e) Chefes de Missões Diplomáticas e
Consulares permanentes no exterior;
§ 1º O acesso, a divulgação e o tratamento
de informação classificada como sigilosa ficarão II - no grau de secreto, das autoridades
restritos a pessoas que tenham necessidade de referidas no inciso I, dos titulares de autarquias,
conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas fundações ou empresas públicas e sociedades de
na forma do regulamento, sem prejuízo das economia mista; e
atribuições dos agentes públicos autorizados por
lei.
III - no grau de reservado, das autoridades
referidas nos incisos I e II e das que exerçam
§ 2º O acesso à informação classificada funções de direção, comando ou chefia, nível DAS
como sigilosa cria a obrigação para aquele que a 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e
obteve de resguardar o sigilo. Assessoramento Superiores, ou de hierarquia
equivalente, de acordo com regulamentação
§ 3º Regulamento disporá sobre específica de cada órgão ou entidade, observado o
procedimentos e medidas a serem adotados para o disposto nesta Lei.
tratamento de informação sigilosa, de modo a
protegê-la contra perda, alteração indevida, § 1º A competência prevista nos incisos I e II,
acesso, transmissão e divulgação não autorizados. no que se refere à classificação como ultrassecreta
e secreta, poderá ser delegada pela autoridade
Art. 26. As autoridades públicas adotarão as responsável a agente público, inclusive em missão
providências necessárias para que o pessoal a elas no exterior, vedada a subdelegação.
subordinado hierarquicamente conheça as normas
e observe as medidas e procedimentos de

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§ 2º A Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão


classificação de informação no grau de sigilo ou entidade publicará, anualmente, em sítio à
ultrassecreto pelas autoridades previstas nas disposição na internet e destinado à veiculação de
alíneas “d” e “e” do inciso I deverá ser ratificada dados e informações administrativas, nos termos
pelos respectivos Ministros de Estado, no prazo de regulamento:
previsto em regulamento.
I - rol das informações que tenham sido
§ 3º A autoridade ou outro agente público desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses;
que classificar informação como ultrassecreta
deverá encaminhar a decisão de que trata o art. 28 II - rol de documentos classificados em cada
à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, grau de sigilo, com identificação para referência
a que se refere o art. 35, no prazo previsto em futura;
regulamento.
III - relatório estatístico contendo a
Art. 28. A classificação de informação em quantidade de pedidos de informação recebidos,
qualquer grau de sigilo deverá ser formalizada em atendidos e indeferidos, bem como informações
decisão que conterá, no mínimo, os seguintes genéricas sobre os solicitantes.
elementos:
§ 1º Os órgãos e entidades deverão manter
I - assunto sobre o qual versa a informação; exemplar da publicação prevista no caput para
consulta pública em suas sedes.
II - fundamento da classificação, observados
os critérios estabelecidos no art. 24; § 2º Os órgãos e entidades manterão extrato
com a lista de informações classificadas,
III - indicação do prazo de sigilo, contado em acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos
anos, meses ou dias, ou do evento que defina o seu fundamentos da classificação.
termo final, conforme limites previstos no art. 24; e
Seção V
IV - identificação da autoridade que a
classificou. Das Informações Pessoais

Parágrafo único. A decisão referida Art. 31. O tratamento das informações


no caput será mantida no mesmo grau de sigilo da pessoais deve ser feito de forma transparente e
informação classificada. com respeito à intimidade, vida privada, honra e
imagem das pessoas, bem como às liberdades e
Art. 29. A classificação das informações será garantias individuais.
reavaliada pela autoridade classificadora ou por
autoridade hierarquicamente superior, mediante § 1º As informações pessoais, a que se
provocação ou de ofício, nos termos e prazos refere este artigo, relativas à intimidade, vida
previstos em regulamento, com vistas à sua privada, honra e imagem:
desclassificação ou à redução do prazo de sigilo,
observado o disposto no art. I - terão seu acesso restrito,
24. (Regulamento)
independentemente de classificação de sigilo e
pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da
§ 1º O regulamento a que se refere sua data de produção, a agentes públicos
o caput deverá considerar as peculiaridades das legalmente autorizados e à pessoa a que elas se
informações produzidas no exterior por autoridades referirem; e
ou agentes públicos.
II - poderão ter autorizada sua divulgação ou
§ 2º Na reavaliação a que se refere acesso por terceiros diante de previsão legal ou
o caput, deverão ser examinadas a permanência consentimento expresso da pessoa a que elas se
dos motivos do sigilo e a possibilidade de danos referirem.
decorrentes do acesso ou da divulgação da
informação. § 2º Aquele que obtiver acesso às
informações de que trata este artigo será
§ 3º Na hipótese de redução do prazo de responsabilizado por seu uso indevido.
sigilo da informação, o novo prazo de restrição
manterá como termo inicial a data da sua produção.

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§ 3º O IV - divulgar ou permitir a divulgação ou


consentimento referido no inciso II do § 1º não será acessar ou permitir acesso indevido à informação
exigido quando as informações forem necessárias: sigilosa ou informação pessoal;

I - à prevenção e diagnóstico médico, quando V - impor sigilo à informação para obter


a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de
para utilização única e exclusivamente para o ocultação de ato ilegal cometido por si ou por
tratamento médico; outrem;

II - à realização de estatísticas e pesquisas VI - ocultar da revisão de autoridade superior


científicas de evidente interesse público ou geral, competente informação sigilosa para beneficiar a si
previstos em lei, sendo vedada a identificação da ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e
pessoa a que as informações se referirem;
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio,
III - ao cumprimento de ordem judicial; documentos concernentes a possíveis violações de
direitos humanos por parte de agentes do Estado.
IV - à defesa de direitos humanos; ou
§ 1º Atendido o princípio do contraditório, da
V - à proteção do interesse público e geral ampla defesa e do devido processo legal, as
preponderante. condutas descritas no caput serão consideradas:

§ 4º A restrição de acesso à informação I - para fins dos regulamentos disciplinares


relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa das Forças Armadas, transgressões militares
não poderá ser invocada com o intuito de prejudicar médias ou graves, segundo os critérios neles
processo de apuração de irregularidades em que o estabelecidos, desde que não tipificadas em lei
titular das informações estiver envolvido, bem como como crime ou contravenção penal; ou
em ações voltadas para a recuperação de fatos
históricos de maior relevância. II - para fins do disposto na Lei nº 8.112, de
11 de dezembro de 1990, e suas alterações,
§ 5º Regulamento disporá sobre os infrações administrativas, que deverão ser
procedimentos para tratamento de informação apenadas, no mínimo, com suspensão, segundo os
pessoal. critérios nela estabelecidos.

CAPÍTULO V § 2º Pelas condutas descritas


no caput, poderá o militar ou agente público
responder, também, por improbidade
DAS RESPONSABILIDADES
administrativa, conforme o disposto nas Leis nºs
1.079, de 10 de abril de 1950, e 8.429, de 2 de
Art. 32. Constituem condutas ilícitas que junho de 1992.
ensejam responsabilidade do agente público ou
militar:
Art. 33. A pessoa física ou entidade privada
que detiver informações em virtude de vínculo de
I - recusar-se a fornecer informação qualquer natureza com o poder público e deixar de
requerida nos termos desta Lei, retardar observar o disposto nesta Lei estará sujeita às
deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la seguintes sanções:
intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou
imprecisa;
I - advertência;
II - utilizar indevidamente, bem como
II - multa;
subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou
ocultar, total ou parcialmente, informação que se
encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou III - rescisão do vínculo com o poder público;
conhecimento em razão do exercício das
atribuições de cargo, emprego ou função pública; IV - suspensão temporária de participar em
licitação e impedimento de contratar com a
III - agir com dolo ou má-fé na análise das administração pública por prazo não superior a 2
solicitações de acesso à informação; (dois) anos; e

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V - declaração provocação de pessoa interessada, observado o


de inidoneidade para licitar ou contratar com a disposto no art. 7º e demais dispositivos desta Lei;
administração pública, até que seja promovida a e
reabilitação perante a própria autoridade que
aplicou a penalidade. III - prorrogar o prazo de sigilo de informação
classificada como ultrassecreta, sempre por prazo
§ 1º As sanções previstas nos incisos I, III e determinado, enquanto o seu acesso ou divulgação
IV poderão ser aplicadas juntamente com a do puder ocasionar ameaça externa à soberania
inciso II, assegurado o direito de defesa do nacional ou à integridade do território nacional ou
interessado, no respectivo processo, no prazo de grave risco às relações internacionais do País,
10 (dez) dias. observado o prazo previsto no § 1º do art. 24.

§ 2º A reabilitação referida no inciso V será § 2º O prazo referido no inciso III é limitado a


autorizada somente quando o interessado efetivar uma única renovação.
o ressarcimento ao órgão ou entidade dos prejuízos
resultantes e após decorrido o prazo da sanção § 3º A revisão de ofício a que se refere o
aplicada com base no inciso IV. inciso II do § 1º deverá ocorrer, no máximo, a cada
4 (quatro) anos, após a reavaliação prevista no art.
§ 3º A aplicação da sanção prevista no inciso 39, quando se tratar de documentos ultrassecretos
V é de competência exclusiva da autoridade ou secretos.
máxima do órgão ou entidade pública, facultada a
defesa do interessado, no respectivo processo, no § 4º A não deliberação sobre a revisão pela
prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista. Comissão Mista de Reavaliação de Informações
nos prazos previstos no § 3º implicará a
Art. 34. Os órgãos e entidades públicas desclassificação automática das informações.
respondem diretamente pelos danos causados em
decorrência da divulgação não autorizada ou § 5º Regulamento disporá sobre a
utilização indevida de informações sigilosas ou composição, organização e funcionamento da
informações pessoais, cabendo a apuração de Comissão Mista de Reavaliação de Informações,
responsabilidade funcional nos casos de dolo ou observado o mandato de 2 (dois) anos para seus
culpa, assegurado o respectivo direito de regresso. integrantes e demais disposições desta
Lei. (Regulamento)
Parágrafo único. O disposto neste artigo
aplica-se à pessoa física ou entidade privada que, Art. 36. O tratamento de informação sigilosa
em virtude de vínculo de qualquer natureza com resultante de tratados, acordos ou atos
órgãos ou entidades, tenha acesso a informação internacionais atenderá às normas e
sigilosa ou pessoal e a submeta a tratamento recomendações constantes desses instrumentos.
indevido.
Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete
CAPÍTULO VI de Segurança Institucional da Presidência da
República, o Núcleo de Segurança e
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Credenciamento (NSC), que tem por
objetivos: (Regulamento)
Art. 35. (VETADO).
I - promover e propor a regulamentação do
§ 1º É instituída a Comissão Mista de credenciamento de segurança de pessoas físicas,
Reavaliação de Informações, que decidirá, no empresas, órgãos e entidades para tratamento de
âmbito da administração pública federal, sobre o informações sigilosas; e
tratamento e a classificação de informações
sigilosas e terá competência para: II - garantir a segurança de informações
sigilosas, inclusive aquelas provenientes de países
I - requisitar da autoridade que classificar ou organizações internacionais com os quais a
informação como ultrassecreta e secreta República Federativa do Brasil tenha firmado
esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral da tratado, acordo, contrato ou qualquer outro ato
informação; internacional, sem prejuízo das atribuições do
Ministério das Relações Exteriores e dos demais
órgãos competentes.
II - rever a classificação de informações
ultrassecretas ou secretas, de ofício ou mediante

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Parágrafo único. IV - orientar as respectivas unidades no que


Regulamento disporá sobre a composição, se refere ao cumprimento do disposto nesta Lei e
organização e funcionamento do NSC. seus regulamentos.

Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei nº Art. 41. O Poder Executivo Federal
9.507, de 12 de novembro de 1997, em relação à designará órgão da administração pública federal
informação de pessoa, física ou jurídica, constante responsável:
de registro ou banco de dados de entidades
governamentais ou de caráter público. I - pela promoção de campanha de
abrangência nacional de fomento à cultura da
Art. 39. Os órgãos e entidades públicas transparência na administração pública e
deverão proceder à reavaliação das informações conscientização do direito fundamental de acesso
classificadas como ultrassecretas e secretas no à informação;
prazo máximo de 2 (dois) anos, contado do termo
inicial de vigência desta Lei. II - pelo treinamento de agentes públicos no
que se refere ao desenvolvimento de práticas
§ 1º A restrição de acesso a informações, em relacionadas à transparência na administração
razão da reavaliação prevista no caput, deverá pública;
observar os prazos e condições previstos nesta Lei.
III - pelo monitoramento da aplicação da lei
§ 2º No âmbito da administração pública no âmbito da administração pública federal,
federal, a reavaliação prevista no caput poderá ser concentrando e consolidando a publicação de
revista, a qualquer tempo, pela Comissão Mista de informações estatísticas relacionadas no art. 30;
Reavaliação de Informações, observados os
termos desta Lei. IV - pelo encaminhamento ao Congresso
Nacional de relatório anual com informações
§ 3º Enquanto não transcorrido o prazo de atinentes à implementação desta Lei.
reavaliação previsto no caput, será mantida a
classificação da informação nos termos da Art. 42. O Poder Executivo regulamentará o
legislação precedente. disposto nesta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta)
dias a contar da data de sua publicação.
§ 4º As informações classificadas como
secretas e ultrassecretas não reavaliadas no prazo Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei no
previsto no caput serão consideradas, 8.112, de 11 de dezembro de 1990, passa a vigorar
automaticamente, de acesso público. com a seguinte redação:

Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a “Art. 116.


contar da vigência desta Lei, o dirigente máximo de ...................................................................
cada órgão ou entidade da administração pública
federal direta e indireta designará autoridade que .........................................................................
lhe seja diretamente subordinada para, no âmbito ...................
do respectivo órgão ou entidade, exercer as
seguintes atribuições:
VI - levar as irregularidades de que tiver
ciência em razão do cargo ao conhecimento da
I - assegurar o cumprimento das normas autoridade superior ou, quando houver suspeita de
relativas ao acesso a informação, de forma
envolvimento desta, ao conhecimento de outra
eficiente e adequada aos objetivos desta Lei; autoridade competente para apuração;

II - monitorar a implementação do disposto .........................................................................


nesta Lei e apresentar relatórios periódicos sobre o ........” (NR)
seu cumprimento;
Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei nº
III - recomendar as medidas indispensáveis 8.112, de 1990, passa a vigorar acrescido do
à implementação e ao aperfeiçoamento das seguinte art. 126-A:
normas e procedimentos necessários ao correto
cumprimento do disposto nesta Lei; e
“Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser
responsabilizado civil, penal ou

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administrativamente Art. 46. Revogam-se:


por dar ciência à autoridade superior ou, quando
houver suspeita de envolvimento desta, a outra I - a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005 ; e
autoridade competente para apuração de
informação concernente à prática de crimes ou II - os arts. 22 a 24 da Lei nº 8.159, de 8 de
improbidade de que tenha conhecimento, ainda janeiro de 1991.
que em decorrência do exercício de cargo,
emprego ou função pública.”
Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e
oitenta) dias após a data de sua publicação.
Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, em legislação própria,
obedecidas as normas gerais estabelecidas nesta Brasília, 18 de novembro de 2011; 190º da
Lei, definir regras específicas, especialmente Independência e 123º da República.
quanto ao disposto no art. 9º e na Seção II do
Capítulo III.

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Legislações

Lei 14.129 de 2021 – Lei do Governo Digital

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1 Apresentação
Sejam bem-vindos a mais uma aula de Legislações!

É com prazer que iniciamos mais um capítulo do material PDF FOCADO do Focus
Concursos. Apresentaremos conteúdos com normativas atuais, com abordagem bem
didática e assertiva para a sua compreensão.

Ressaltamos que o PDF FOCADO conta com a produção intelectual das aulas do
professor, além das complementações, atualizações e revisões elaboradas pela nossa
equipe Pedagógica do Focus Concursos.

A respeito das complementações, frisamos que, este material pode conter


informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas, claro, com tudo que é
necessário para a sua aprovação, com a profundidade necessária – nem mais, nem
menos.

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2 Roteiro do PDF FOCADO


Bom, feita esta análise geral, você já deve ter percebido que estamos no caminho certo.
Preciso que você, futuro aprovado(a), juntamente com este professor que passa a ser o seu
maior torcedor, organize seus estudos da seguinte forma:

Estrutura do PDF FOCADO:

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das videoaulas.
Este material pode conter informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas,
claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com a profundidade
necessária – nem mais, nem menos.);

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs para
complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso. VAMOS
NESSA!

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3 Sumário
1 Apresentação.......................................................................................................................2
2 Roteiro do PDF FOCADO .......................................................................................................3
4 Disposições Gerais ...............................................................................................................5
5 Da Digitalização ................................................................................................................. 10
6 Do Governo Digital............................................................................................................. 12
7 Das Redes de Conhecimento ............................................................................................... 13
8 Dos Componentes do Governo Digital ................................................................................ 13
9 Das Plataformas de Governo Digital ................................................................................... 14
10 Da Prestação Digital dos Serviços ....................................................................................... 15
11 Dos Direitos dos Usuários da prestação digital de serviços públicos .................................... 17
12 Do Número suficiente para identificação ............................................................................ 17
13 Do governo como Plataforma ............................................................................................ 18
14 Da Interoperabilidade de dados entre órgãos Públicos ....................................................... 21
15 Do domicílio Eletrônico ...................................................................................................... 23
16 DOS LABORATÓRIOS DE INOVAÇÃO ................................................................................... 23
17 DA GOVERNANÇA, DA GESTÃO DE RISCOS, DO CONTROLE E DA AUDITORIA ....................... 24
18 Resumo em Questões ......................................................................................................... 26
18.1 Gabarito ............................................................................................................................... 30

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4 Disposições Gerais
Esta Lei foi criada para estabelecer algumas regras e princípios que vão ajudar a
administração pública a ser mais eficiente. Ela quer fazer isso principalmente através
de quatro coisas importantes: desburocratização (tornar os processos mais simples,
sem tantos papéis e burocracias), inovação (criar coisas novas e melhores formas de
fazer as coisas), transformação digital (usar a tecnologia para melhorar os serviços) e
participação do cidadão (envolver mais as pessoas nas decisões do governo).

Esse pedacinho da lei diz que, ao aplicar essa lei, é importante seguir o que já está
escrito em outras leis. São elas: a Lei de Acesso à Informação, a Lei Geral de Proteção
de Dados Pessoais, o Código Tributário Nacional e outras leis importantes.

Seguindo os ditames do artigo 2º, a lei diz para quem ela serve. Ela se aplica aos
órgãos do governo federal, como o Executivo, Judiciário, Legislativo, e até mesmo o
Tribunal de Contas da União e o Ministério Público da União. Além disso, vale também
para as empresas e entidades ligadas ao governo, como empresas públicas,
sociedades de economia mista, autarquias e fundações públicas. Isso quer dizer que
muitas partes do governo, tanto diretas quanto indiretas, precisam seguir as regras
dessa lei.

Entretanto, tem uma exceção: empresas públicas e sociedades de economia mista que
não prestam serviço público não precisam seguir essas regras. Além disso, as
referências a Estados, Municípios e ao Distrito Federal só valem se eles também
adotarem essas regras através de leis próprias.

Resumindo, essa lei quer tornar o governo mais eficiente usando tecnologia,
simplificando processos, sendo inovador e envolvendo mais as pessoas. E ela se aplica
a várias partes do governo, mas tem algumas exceções.

Vamos entender outro trecho de uma lei importante chamada "Governo Digital". Essa
lei tem algumas regras e princípios para tornar o governo mais eficiente e melhorar a
forma como ele se relaciona com a sociedade. Vamos dar uma olhada nos pontos
principais?

I - a desburocratização, a modernização, o fortalecimento e a simplificação da relação


do poder público com a sociedade, mediante serviços digitais, acessíveis inclusive por
dispositivos móveis;
Desburocratização e Modernização: A lei quer que o governo seja mais simples e
moderno, usando serviços digitais que possam ser acessados pelo celular.

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II - a disponibilização em plataforma única do acesso às informações e aos serviços


públicos, observadas as restrições legalmente previstas e sem prejuízo, quando
indispensável, da prestação de caráter presencial;
Plataforma Única: As informações e serviços públicos devem estar em um só lugar,
facilitando o acesso, mas ainda respeitando as leis.

III - a possibilidade aos cidadãos, às pessoas jurídicas e aos outros entes públicos de
demandar e de acessar serviços públicos por meio digital, sem necessidade de
solicitação presencial;
Acesso Digital sem Presença: As pessoas podem pedir e acessar serviços do governo
online, sem precisar ir pessoalmente.

IV - a transparência na execução dos serviços públicos e o monitoramento da


qualidade desses serviços;
Transparência e Qualidade: O governo deve ser transparente sobre como faz seus
serviços e monitorar a qualidade deles.

V - o incentivo à participação social no controle e na fiscalização da administração


pública;
Participação Social: A lei incentiva que as pessoas participem mais nas decisões do
governo.

VI - o dever do gestor público de prestar contas diretamente à população sobre a


gestão dos recursos públicos;
Prestação de Contas: Os líderes do governo têm a obrigação de explicar diretamente
para a população como estão usando o dinheiro público.

VII - o uso de linguagem clara e compreensível a qualquer cidadão;


Linguagem Simples: As informações do governo devem ser explicadas de maneira
clara para que qualquer pessoa entenda.

VIII - o uso da tecnologia para otimizar processos de trabalho da administração


pública;
Uso de Tecnologia: O governo deve usar a tecnologia para melhorar seu trabalho.

IX - a atuação integrada entre os órgãos e as entidades envolvidos na prestação e no


controle dos serviços públicos, com o compartilhamento de dados pessoais em
ambiente seguro quando for indispensável para a prestação do serviço, nos termos
da Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais),
e, quando couber, com a transferência de sigilo, nos termos do art. 198 da Lei nº 5.172,

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de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), e da Lei Complementar nº


105, de 10 de janeiro de 2001;
Colaboração entre Órgãos: Diferentes partes do governo devem trabalhar juntas e
compartilhar informações de maneira segura.

X - a simplificação dos procedimentos de solicitação, oferta e acompanhamento dos


serviços públicos, com foco na universalização do acesso e no autosserviço;
Simplicidade nos Procedimentos: Os processos para pedir, oferecer e acompanhar
os serviços públicos devem ser simples, focando em tornar o acesso universal e
permitindo que as pessoas façam coisas por si mesmas.

XI - a eliminação de formalidades e de exigências cujo custo econômico ou social seja


superior ao risco envolvido;
Eliminação de Exigências Desnecessárias: O governo deve parar de pedir coisas que
são difíceis ou caras demais, a menos que realmente seja necessário.

XII - a imposição imediata e de uma única vez ao interessado das exigências


necessárias à prestação dos serviços públicos, justificada exigência posterior apenas
em caso de dúvida superveniente;
Presunção de Boa-Fé: Acreditar que as pessoas estão agindo corretamente ao usar
os serviços do governo.

XIII - a vedação de exigência de prova de fato já comprovado pela apresentação de


documento ou de informação válida;
Atendimento Presencial quando Necessário: Mesmo com serviços online, algumas
coisas ainda podem ser feitas pessoalmente.

XIV - a interoperabilidade de sistemas e a promoção de dados abertos;


Proteção de Dados Pessoais: As informações pessoais das pessoas devem ser
protegidas, conforme uma outra lei chamada "Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais".

XV - a presunção de boa-fé do usuário dos serviços públicos;

XVI - a permanência da possibilidade de atendimento presencial, de acordo com as


características, a relevância e o público-alvo do serviço;

XVII - a proteção de dados pessoais, nos termos da Lei nº 13.709, de 14 de agosto de


2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais);

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XVIII - o cumprimento de compromissos e de padrões de qualidade divulgados na


Carta de Serviços ao Usuário;
Compromissos e Padrões de Qualidade: O governo deve cumprir o que promete
sobre a qualidade dos serviços.

XIX - a acessibilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, nos


termos da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência);
Acessibilidade para Pessoas com Deficiência: Garantir que os serviços sejam
acessíveis para todos, incluindo pessoas com deficiência.

XX - o estímulo a ações educativas para qualificação dos servidores públicos para o


uso das tecnologias digitais e para a inclusão digital da população;
Educação Digital: Incentivar a educação sobre tecnologia, tanto para os funcionários
públicos quanto para a população em geral.

XXI - o apoio técnico aos entes federados para implantação e adoção de estratégias
que visem à transformação digital da administração pública;
Apoio Técnico para Transformação Digital: Ajudar outras partes do país a usar
tecnologia para melhorar o governo.

XXII - o estímulo ao uso das assinaturas eletrônicas nas interações e nas


comunicações entre órgãos públicos e entre estes e os cidadãos;
Uso de Assinaturas Eletrônicas: Estimular o uso de assinaturas digitais para tornar as
interações mais seguras.

XXIII - a implantação do governo como plataforma e a promoção do uso de dados,


preferencialmente anonimizados, por pessoas físicas e jurídicas de diferentes setores
da sociedade, resguardado o disposto nos arts. 7º e 11 da Lei nº 13.709, de 14 de
agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), com vistas, especialmente,
à formulação de políticas públicas, de pesquisas científicas, de geração de negócios e
de controle social;
Governo como Plataforma: Usar o governo como uma plataforma para que dados
(preferencialmente sem revelar quem são as pessoas) possam ser usados por
diferentes setores da sociedade para pesquisas, negócios, controle social e políticas
públicas.

XXIV - o tratamento adequado a idosos, nos termos da Lei nº 10.741, de 1º de outubro


de 2003 (Estatuto do Idoso);
Tratamento Adequado aos Idosos: Garantir que as pessoas mais velhas sejam
tratadas de maneira correta.

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XXV - a adoção preferencial, no uso da internet e de suas aplicações, de tecnologias,


de padrões e de formatos abertos e livres, conforme disposto no inciso V do caput do
art. 24 e no art. 25 da Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 (Marco Civil da Internet); e
Uso Preferencial de Tecnologias Abertas: Usar tecnologias e padrões que sejam
abertos e livres na internet.

XXVI - a promoção do desenvolvimento tecnológico e da inovação no setor público.


Estímulo à Inovação no Setor Público: Encorajar o desenvolvimento de novas
tecnologias e ideias no governo.

Avançando no conteúdo, para os fins desta Lei, considera-se:


NOMENCLATURA CONCEITO

Autosserviço Acesso pelo cidadão a serviço público


prestado por meio digital, sem necessidade de
mediação humana
Base nacional de serviços Base de dados que contém as informações
públicos necessárias sobre a oferta de serviços públicos
de todos os prestadores desses serviços
Dados abertos Dados acessíveis ao público, representados em
meio digital, estruturados em formato aberto,
processáveis por máquina, referenciados na
internet e disponibilizados sob licença aberta
que permita sua livre utilização, consumo ou
tratamento por qualquer pessoa, física ou
jurídica
Dado acessível ao público Qualquer dado gerado ou acumulado pelos
entes públicos que não esteja sob sigilo ou sob
restrição de acesso
Formato aberto Formato de arquivo não proprietário, cuja
especificação esteja documentada
publicamente e seja de livre conhecimento e
implementação, livre de patentes ou de
qualquer outra restrição legal quanto à sua
utilização

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Governo como plataforma Infraestrutura tecnológica que facilite o uso de


dados de acesso público e promova a
interação entre diversos agentes, de forma
segura, eficiente e responsável, para estímulo
à inovação, à exploração de atividade
econômica e à prestação de serviços à
população
Laboratório de inovação Espaço aberto à participação e à colaboração
da sociedade para o desenvolvimento de
ideias, de ferramentas e de métodos
inovadores para a gestão pública, a prestação
de serviços públicos e a participação do
cidadão para o exercício do controle sobre a
administração pública
Plataformas de governo digital Ferramentas digitais e serviços comuns aos
órgãos, normalmente ofertados de forma
centralizada e compartilhada, necessárias para
a oferta digital de serviços e de políticas
públicas
Registros de referência Informação íntegra e precisa oriunda de uma
ou mais fontes de dados, centralizadas ou
descentralizadas, sobre elementos
fundamentais para a prestação de serviços e
para a gestão de políticas públicas; e
Transparência ativa Disponibilização de dados pela administração
pública independentemente de solicitações

5 Da Digitalização
Vamos entender mais dois trechos dessa lei que fala sobre como o governo vai usar a
tecnologia para gerenciar suas políticas e processos administrativos.

O governo vai usar a tecnologia em suas políticas e na administração. Ele diz que o
governo vai utilizar soluções digitais, o que significa que vai usar programas de
computador, aplicativos, e outras coisas do tipo, para cuidar de suas políticas e de
tudo o que precisa ser administrado.

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Ademais, os órgãos públicos que emitem documentos importantes, como atestados,


certidões, diplomas, ou outros que têm validade legal, podem fazer isso em formato
digital. Eles vão assinar eletronicamente esses documentos, o que significa que eles
vão usar assinaturas digitais para confirmar que esses documentos são verdadeiros e
válidos.

Destacar-se que os processos administrativos (os trâmites dentro do governo) vão


funcionar usando meios eletrônicos, ou seja, usando a tecnologia. Ele diz que todos
os passos desse processo serão feitos de maneira eletrônica, a menos que a pessoa
que está participando desse processo peça de outra forma. Isso pode acontecer
quando usar a tecnologia é difícil, quando o sistema eletrônico não estiver
funcionando ou se usar a tecnologia for atrapalhar o processo de alguma forma.

O parágrafo único do artigo 6º fala sobre situações especiais. Se, por algum motivo,
não for possível fazer um passo do processo eletronicamente, ou se usar a tecnologia
for causar problemas, então esse passo pode ser feito da forma tradicional, em papel.
Mas depois, esse documento em papel precisa ser transformado em formato digital,
escaneando ele, por exemplo.

Resumindo, esses artigos estão dizendo que o governo vai usar muita tecnologia para
cuidar de suas coisas, emitir documentos importantes digitalmente e administrar
processos de maneira eletrônica. Mas em casos especiais, quando necessário, ainda
podem usar o papel, desde que depois transformem tudo em formato digital.

Já os documentos e os atos processuais serão válidos em meio digital mediante o uso


de assinatura eletrônica, desde que respeitados parâmetros de autenticidade, de
integridade e de segurança adequados para os níveis de risco em relação à criticidade
da decisão, da informação ou do serviço específico, nos termos da lei.

Destaco que o disposto neste artigo não se aplica às hipóteses legais de anonimato.

Avançando na matéria, nos deparamos com o artigo 8º, que nos explica quando
consideramos que um ato, uma etapa do processo administrativo, foi realizado
quando usamos computadores e sistemas eletrônicos.

Se temos uma tarefa que precisa ser feita em um prazo determinado, como enviar um
documento até uma certa data, e fazemos isso usando computadores, esse ato é
considerado feito na hora em que o sistema eletrônico do governo recebe a
informação. E, importante, se o prazo é até meia-noite, podemos enviar até 23h59 no
horário de Brasília.

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Já as regras específicas sobre prazos e condições, como o que fazer se o sistema não
estiver funcionando, vão ser explicadas em regulamentos adicionais, que são como
regras mais detalhadas que explicam como tudo funciona.

No que tange ao acesso à íntegra do processo para vista pessoal do interessado


poderá ocorrer por intermédio da disponibilização de sistema informatizado de
gestão ou por acesso à cópia do documento, preferencialmente em meio eletrônico.

A classificação da informação quanto ao grau de sigilo e a possibilidade de limitação


do acesso aos servidores autorizados e aos interessados no processo observarão os
termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação), e
das demais normas vigentes.

Com relação aos documentos nato-digitais assinados eletronicamente na forma do


art. 7º desta Lei são considerados originais para todos os efeitos legais.

O formato e o armazenamento dos documentos digitais deverão garantir o acesso e


a preservação das informações, nos termos da legislação arquivística nacional.

E a guarda dos documentos digitais e dos processos administrativos eletrônicos


considerados de valor permanente deverá estar de acordo com as normas previstas
pela instituição arquivística pública responsável por sua custódia.

6 Do Governo Digital
A prestação digital dos serviços públicos deverá ocorrer por meio de tecnologias de
amplo acesso pela população, inclusive pela de baixa renda ou residente em áreas
rurais e isoladas, sem prejuízo do direito do cidadão a atendimento presencial.

O acesso à prestação digital dos serviços públicos será realizado, preferencialmente,


por meio do autosserviço.

A administração pública participará, de maneira integrada e cooperativa, da


consolidação da Estratégia Nacional de Governo Digital, editada pelo Poder Executivo
federal, que observará os princípios e as diretrizes.

Vale ressaltar que a administração pública de cada ente federado poderá editar
estratégia de governo digital, no âmbito de sua competência, buscando a sua
compatibilização com a estratégia federal e a de outros entes.

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7 Das Redes de Conhecimento


O Poder Executivo federal poderá criar redes de conhecimento, com o objetivo de:

Gerar, compartilhar e disseminar


conhecimento e experiências

Formular propostas de padrões, políticas,


guias e manuais

OBJETIVO

Discutir sobre os desafios enfrentados e as


possibilidades de ação quanto ao Governo
Digital e à eficiência pública

Prospectar novas tecnologias para facilitar a


prestação de serviços públicos
disponibilizados em meio digital, o
fornecimento de informações e a participação
social por meios digitais.

Poderão participar das redes de conhecimento todos os órgãos e as entidades,


inclusive dos entes federados.

Serão assegurados às instituições científicas, tecnológicas e de inovação o acesso às


redes de conhecimento e o estabelecimento de canal de comunicação permanente
com o órgão federal a quem couber a coordenação das atividades.

8 Dos Componentes do Governo Digital


São componentes essenciais para a prestação digital dos serviços públicos na
administração pública:

I - a Base Nacional de Serviços Públicos;


II - as Cartas de Serviços ao Usuário; e
III - as Plataformas de Governo Digital.:

Poderá o Poder Executivo federal estabelecer Base Nacional de Serviços Públicos, que
reunirá informações necessárias sobre a oferta de serviços públicos em cada ente
federado.

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Cada ente federado poderá disponibilizar as informações sobre a prestação de


serviços públicos, conforme disposto nas suas Cartas de Serviços ao Usuário, na Base
Nacional de Serviços Públicos, em formato aberto e interoperável e em padrão comum
a todos os entes.

9 Das Plataformas de Governo Digital


As Plataformas de Governo Digital, instrumentos necessários para a oferta e a
prestação digital dos serviços públicos de cada ente federativo, deverão ter pelo
menos as seguintes funcionalidades:

I - ferramenta digital de solicitação de atendimento e de acompanhamento da


entrega dos serviços públicos; e
II - painel de monitoramento do desempenho dos serviços públicos.

As Plataformas de Governo Digital deverão ser acessadas por meio de portal, de


aplicativo ou de outro canal digital único e oficial, para a disponibilização de
informações institucionais, notícias e prestação de serviços públicos.

No que tange as funcionalidades de que trata o caput deste artigo deverão observar
padrões de interoperabilidade e a necessidade de integração de dados como formas
de simplificação e de eficiência nos processos e no atendimento aos usuários.

A ferramenta digital de atendimento e de acompanhamento da entrega dos serviços


públicos de que trata o inciso I do caput do art. 20 desta Lei deve apresentar, no
mínimo, as seguintes características e funcionalidades:

I - identificação do serviço público e de suas principais etapas;


II - solicitação digital do serviço;
III - agendamento digital, quando couber;
IV - acompanhamento das solicitações por etapas;
V - avaliação continuada da satisfação dos usuários em relação aos serviços
públicos prestados;
VI - identificação, quando necessária, e gestão do perfil pelo usuário;
VII - notificação do usuário;
VIII - possibilidade de pagamento digital de serviços públicos e de outras
cobranças, quando necessário;
IX - nível de segurança compatível com o grau de exigência, a natureza e a
criticidade dos serviços públicos e dos dados utilizados;
X - funcionalidade para solicitar acesso a informações acerca do tratamento

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de dados pessoais, nos termos das Leis nºs 12.527, de 18 de novembro de


2011 (Lei de Acesso à Informação), e 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral
de Proteção de Dados Pessoais); e
XI - implementação de sistema de ouvidoria, nos termos da Lei nº 13.460, de
26 de junho de 2017.

O painel de monitoramento do desempenho dos serviços públicos, deverá conter, no


mínimo, as seguintes informações, para cada serviço público ofertado:

I - quantidade de solicitações em andamento e concluídas anualmente;


I - tempo médio de atendimento; e
III - grau de satisfação dos usuários.

Deverá ser assegurada interoperabilidade e padronização mínima do painel a que se


refere o caput deste artigo, de modo a permitir a comparação entre as avaliações e os
desempenhos dos serviços públicos prestados pelos diversos entes.

Poderá o Poder Executivo federal:

I - estabelecer padrões nacionais para as soluções previstas nesta Seção;


II - disponibilizar soluções para outros entes que atendam ao disposto nesta
Seção.

10 Da Prestação Digital dos Serviços


Os órgãos e as entidades responsáveis pela prestação digital de serviços públicos
deverão, no âmbito de suas competências:

I - manter atualizadas:
a) as Cartas de Serviços ao Usuário, a Base Nacional de Serviços Públicos e as
Plataformas de Governo Digital;
b) as informações institucionais e as comunicações de interesse público;
II - monitorar e implementar ações de melhoria dos serviços públicos
prestados, com base nos resultados da avaliação de satisfação dos usuários
dos serviços;
III - integrar os serviços públicos às ferramentas de notificação aos usuários,
de assinatura eletrônica e de meios de pagamento digitais, quando aplicáveis;
IV - eliminar, inclusive por meio da interoperabilidade de dados, as exigências
desnecessárias ao usuário quanto à apresentação de informações e de
documentos comprobatórios prescindíveis;

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V - eliminar a replicação de registros de dados, exceto por razões de


desempenho ou de segurança;
VI - tornar os dados da prestação dos serviços públicos sob sua
responsabilidade interoperáveis para composição dos indicadores do painel
de monitoramento do desempenho dos serviços públicos;
VII - realizar a gestão das suas políticas públicas com base em dados e em
evidências por meio da aplicação de inteligência de dados em plataforma
digital; e
VIII - realizar testes e pesquisas com os usuários para subsidiar a oferta de
serviços simples, intuitivos, acessíveis e personalizados.:

As Plataformas de Governo Digital devem dispor de ferramentas de transparência e


de controle do tratamento de dados pessoais que sejam claras e facilmente acessíveis
e que permitam ao cidadão o exercício dos direitos previstos na Lei nº 13.709, de 14
de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).

As ferramentas previstas devem:

I - disponibilizar, entre outras, as fontes dos dados pessoais, a finalidade


específica do seu tratamento pelo respectivo órgão ou ente e a indicação de
outros órgãos ou entes com os quais é realizado o uso compartilhado de
dados pessoais, incluído o histórico de acesso ou uso compartilhado,
ressalvados os casos previstos no inciso III do caput do art. 4º da Lei nº 13.709,
de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais);
II - permitir que o cidadão efetue requisições ao órgão ou à entidade
controladora dos seus dados, especialmente aquelas previstas no art. 18 da Lei
nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) poderá editar normas


complementares para regulamentar o disposto neste artigo.

Presume-se a autenticidade de documentos apresentados por usuários dos serviços


públicos ofertados por meios digitais, desde que o envio seja assinado
eletronicamente.

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11 Dos Direitos dos Usuários da prestação digital de serviços públicos


São garantidos os seguintes direitos aos usuários da prestação digital de serviços
públicos, além daqueles constantes das Leis nºs 13.460, de 26 de junho de 2017, e
13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais):

I - gratuidade no acesso às Plataformas de Governo Digital;


II - atendimento nos termos da respectiva Carta de Serviços ao Usuário;
III - padronização de procedimentos referentes à utilização de formulários, de
guias e de outros documentos congêneres, incluídos os de formato digital;
IV - recebimento de protocolo, físico ou digital, das solicitações apresentadas;
e
V - indicação de canal preferencial de comunicação com o prestador público
para o recebimento de notificações, de mensagens, de avisos e de outras
comunicações relativas à prestação de serviços públicos e a assuntos de
interesse público.:

12 Do Número suficiente para identificação


Ficou estabelecido o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) como número suficiente para
identificação do cidadão ou da pessoa jurídica, conforme o caso, nos bancos de dados
de serviços públicos, garantida a gratuidade da inscrição e das alterações nesses
cadastros.
O número de inscrição no CPF deverá constar dos cadastros e dos documentos de
órgãos públicos, do registro civil de pessoas naturais, dos documentos de
identificação de conselhos profissionais e, especialmente, dos seguintes cadastros e
documentos:

I - certidão de nascimento;
II - certidão de casamento;
III - certidão de óbito;
IV - Documento Nacional de Identificação (DNI);
V - Número de Identificação do Trabalhador (NIT);
VI - registro no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep);
VII - Cartão Nacional de Saúde;
VIII - título de eleitor;
IX - Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
X - Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Permissão para Dirigir;

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XI - certificado militar;
XII - carteira profissional expedida pelos conselhos de fiscalização de profissão
regulamentada;
XIII - passaporte;
XIV - carteiras de identidade de que trata a Lei nº 7.116, de 29 de agosto de
1983; e
XV - outros certificados de registro e números de inscrição existentes em bases
de dados públicas federais, estaduais, distritais e municipais.

A inclusão do número de inscrição no CPF nos cadastros e nos documentos ocorrerá


sempre que a instituição responsável pelos cadastros e pelos documentos tiver acesso
a documento comprobatório ou à base de dados administrada pela Secretaria Especial
da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia.

A incorporação do número de inscrição no CPF à carteira de identidade será precedida


de consulta à base de dados administrada pela Secretaria Especial da Receita Federal
do Brasil do Ministério da Economia e de validação de acordo com essa base de dados.

Na hipótese de o requerente da carteira de identidade não estar inscrito no CPF, o


órgão de identificação realizará a sua inscrição, caso tenha integração com a base de
dados da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério Economia.

13 Do governo como Plataforma


Os dados disponibilizados pelos prestadores de serviços públicos, bem como
qualquer informação de transparência ativa, são de livre utilização pela sociedade,
observados os princípios da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

Na promoção da transparência ativa de dados, o poder público deverá observar os


seguintes requisitos:

I - observância da publicidade das bases de dados não pessoais como preceito


geral e do sigilo como exceção;
II - garantia de acesso irrestrito aos dados, os quais devem ser legíveis por
máquina e estar disponíveis em formato aberto, respeitadas as Leis nºs 12.527,
de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação), e 13.709, de 14 de
agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais);
III - descrição das bases de dados com informação suficiente sobre estrutura e
semântica dos dados, inclusive quanto à sua qualidade e à sua integridade;
IV - permissão irrestrita de uso de bases de dados publicadas em formato

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aberto;
V - completude de bases de dados, as quais devem ser disponibilizadas em
sua forma primária, com o maior grau de granularidade possível, ou referenciar
bases primárias, quando disponibilizadas de forma agregada;
VI - atualização periódica, mantido o histórico, de forma a garantir a
perenidade de dados, a padronização de estruturas de informação e o valor
dos dados à sociedade e a atender às necessidades de seus usuários;
VII - (VETADO);
VIII - respeito à privacidade dos dados pessoais e dos dados sensíveis, sem
prejuízo dos demais requisitos elencados, conforme a Lei nº 13.709, de 14 de
agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais);
IX - intercâmbio de dados entre órgãos e entidades dos diferentes Poderes e
esferas da Federação, respeitado o disposto no art. 26 da Lei nº 13.709, de 14
de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais); e
X - fomento ao desenvolvimento de novas tecnologias destinadas à
construção de ambiente de gestão pública participativa e democrática e à
melhor oferta de serviços públicos.

Sem prejuízo da legislação em vigor, os órgãos e as entidades, deverão divulgar na


internet:

I - o orçamento anual de despesas e receitas públicas do Poder ou órgão


independente;
II - a execução das despesas e receitas públicas, nos termos dos arts. 48 e 48-
A da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000;
III - os repasses de recursos federais aos Estados, aos Municípios e ao Distrito
Federal;
IV - os convênios e as operações de descentralização de recursos
orçamentários em favor de pessoas naturais e de organizações não
governamentais de qualquer natureza;
V - as licitações e as contratações realizadas pelo Poder ou órgão
independente;
VI - as notas fiscais eletrônicas relativas às compras públicas;
VII - as informações sobre os servidores e os empregados públicos federais,
bem como sobre os militares da União, incluídos nome e detalhamento dos
vínculos profissionais e de remuneração;
VIII - as viagens a serviço custeadas pelo Poder ou órgão independente;
IX - as sanções administrativas aplicadas a pessoas, a empresas, a organizações
não governamentais e a servidores públicos;

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X - os currículos dos ocupantes de cargos de chefia e direção;


XI - o inventário de bases de dados produzidos ou geridos no âmbito do órgão
ou instituição, bem como catálogo de dados abertos disponíveis;
XII - as concessões de recursos financeiros ou as renúncias de receitas para
pessoas físicas ou jurídicas, com vistas ao desenvolvimento político,
econômico, social e cultural, incluída a divulgação dos valores recebidos, da
contrapartida e dos objetivos a serem alcançados por meio da utilização
desses recursos e, no caso das renúncias individualizadas, dos dados dos
beneficiários.

Qualquer interessado poderá apresentar pedido de abertura de bases de dados da


administração pública, que deverá conter os dados de contato do requerente e a
especificação da base de dados requerida.

O requerente poderá solicitar a preservação de sua identidade quando entender que


sua identificação prejudicará o princípio da impessoalidade, caso em que o canal
responsável deverá resguardar os dados sem repassá-los ao setor, ao órgão ou à
entidade responsável pela resposta.

Já os procedimentos e os prazos previstos para o processamento de pedidos de


acesso à informação, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de
Acesso à Informação), aplicam-se às solicitações de abertura de bases de dados da
administração pública.

Para a abertura de base de dados de interesse público, as informações para


identificação do requerente não podem conter exigências que inviabilizem o exercício
de seu direito.

É importante destacar que são vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos
determinantes da solicitação de abertura de base de dados públicos.

Os pedidos de abertura de base de dados públicos, bem como as respectivas


respostas, deverão compor base de dados aberta de livre consulta.

Consideram-se automaticamente passíveis de abertura as bases de dados que não


contenham informações protegidas por lei:

Compete a cada ente federado monitorar a aplicação, o cumprimento dos prazos e os


procedimentos para abertura dos dados sob seu controle.

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A existência de inconsistências na base de dados não poderá obstar o atendimento


da solicitação de abertura.

A solicitação de abertura da base de dados será considerada atendida a partir da


notificação ao requerente sobre a disponibilização e a catalogação da base de dados
para acesso público no site oficial do órgão ou da entidade na internet.

É direito do requerente obter o inteiro teor da decisão negativa de abertura de base


de dados.

No caso de eventual decisão negativa à solicitação de abertura de base de dados ou


decisão de prorrogação de prazo, em razão de custos desproporcionais ou não
previstos pelo órgão ou pela entidade da administração pública, deverá ser
acompanhada da devida análise técnica que conclua pela inviabilidade orçamentária
da solicitação.

Já no caso de indeferimento de abertura de base de dados, poderá o interessado


interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias, contado de sua ciência.
(Promulgação partes vetadas)

O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão


impugnada, que deverá manifestar-se no prazo de 5 (cinco) dias. (Promulgação
partes vetadas)

No que tange aos órgãos gestores de dados poderão disponibilizar em transparência


ativa dados de pessoas físicas e jurídicas para fins de pesquisa acadêmica e de
monitoramento e de avaliação de políticas públicas, desde que anonimizados antes
de sua disponibilização os dados protegidos por sigilo ou com restrição de acesso
prevista, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à
Informação).

14 Da Interoperabilidade de dados entre órgãos Públicos


Os órgãos e as entidades responsáveis pela prestação digital de serviços públicos
detentores ou gestores de bases de dados, inclusive os controladores de dados
pessoais, conforme estabelecido pela Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral
de Proteção de Dados Pessoais), deverão gerir suas ferramentas digitais,
considerando:

I - a interoperabilidade de informações e de dados sob gestão dos órgãos e

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das entidades referidos no art. 2º desta Lei, respeitados as restrições legais, os


requisitos de segurança da informação e das comunicações, as limitações
tecnológicas e a relação custo-benefício da interoperabilidade;
II - a otimização dos custos de acesso a dados e o reaproveitamento, sempre
que possível, de recursos de infraestrutura de acesso a dados por múltiplos
órgãos e entidades;
III - a proteção de dados pessoais, observada a legislação vigente,
especialmente a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção
de Dados Pessoais).

Será instituído mecanismo de interoperabilidade com a finalidade de:

I - aprimorar a gestão de políticas públicas;


II - aumentar a confiabilidade dos cadastros de cidadãos existentes na
administração pública, por meio de mecanismos de manutenção da
integridade e da segurança da informação no tratamento das bases de dados,
tornando-as devidamente qualificadas e consistentes;
III - viabilizar a criação de meios unificados de identificação do cidadão para a
prestação de serviços públicos;
IV - facilitar a interoperabilidade de dados entre os órgãos de governo;
V - realizar o tratamento de informações das bases de dados a partir do
número de inscrição do cidadão no CPF, conforme previsto no art. 11 da Lei
nº 13.444, de 11 de maio de 2017.

Aplicam-se aos dados pessoais tratados por meio de mecanismos de


interoperabilidade as disposições da Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral
de Proteção de Dados Pessoais).

Já os órgãos abrangidos por esta Lei serão responsáveis pela publicidade de seus
registros de referência e pelos mecanismos de interoperabilidade de que trata esta
Seção.

As pessoas físicas e jurídicas poderão verificar a exatidão, a correção e a completude


de qualquer um dos seus dados contidos nos registros de referência, bem como
monitorar o acesso a esses dados.

Nova base de dados somente poderá ser criada quando forem esgotadas as
possibilidades de utilização dos registros de referência existentes.

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Ademais, é de responsabilidade dos órgãos e das entidades referidos no art. 2º desta


Lei os custos de adaptação de seus sistemas e de suas bases de dados para a
implementação da interoperabilidade.

15 Do domicílio Eletrônico
Os órgãos e as entidades, mediante opção do usuário, poderão realizar todas as
comunicações, as notificações e as intimações por meio eletrônico.

É importante destacar que o disposto acima não gera direito subjetivo à opção pelo
administrado caso os meios não estejam disponíveis.

O administrado poderá, a qualquer momento e independentemente de


fundamentação, optar pelo fim das comunicações, das notificações e das intimações
por meio eletrônico.

Já o ente público poderá realizar as comunicações, as notificações e as intimações por


meio de ferramenta mantida por outro ente público.

As ferramentas usadas para os atos:

I - disporão de meios que permitam comprovar a autoria das comunicações,


das notificações e das intimações;
II - terão meios de comprovação de emissão e de recebimento, ainda que não
de leitura, das comunicações, das notificações e das intimações;
III - poderão ser utilizadas mesmo que legislação especial preveja apenas as
comunicações, as notificações e as intimações pessoais ou por via postal;
IV - serão passíveis de auditoria;
V - conservarão os dados de envio e de recebimento por, pelo menos, 5 (cinco)
anos.

16 Dos Laboratórios de Inovação


Os entes públicos poderão instituir laboratórios de inovação, abertos à participação e
à colaboração da sociedade para o desenvolvimento e a experimentação de conceitos,
de ferramentas e de métodos inovadores para a gestão pública, a prestação de
serviços públicos, o tratamento de dados produzidos pelo poder público e a
participação do cidadão no controle da administração pública.

Os laboratórios de inovação terão como diretrizes:

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I - colaboração interinstitucional e com a sociedade;


II - promoção e experimentação de tecnologias abertas e livres;
III - uso de práticas de desenvolvimento e prototipação de softwares e de
métodos ágeis para formulação e implementação de políticas públicas;
IV - foco na sociedade e no cidadão;
V - fomento à participação social e à transparência pública;
VI - incentivo à inovação;
VII - apoio ao empreendedorismo inovador e fomento a ecossistema de
inovação tecnológica direcionado ao setor público;
VIII - apoio a políticas públicas orientadas por dados e com base em
evidências, a fim de subsidiar a tomada de decisão e de melhorar a gestão
pública;
IX - estímulo à participação de servidores, de estagiários e de colaboradores
em suas atividades;
X - difusão de conhecimento no âmbito da administração pública.

17 Da Governança, da gestão de riscos, do controle e da auditoria


Caberá à autoridade competente dos órgãos e das entidades referidos no art. 2º desta
Lei, observados as normas e os procedimentos específicos aplicáveis, implementar e
manter mecanismos, instâncias e práticas de governança, em consonância com os
princípios e as diretrizes estabelecidos nesta Lei.

No que tange aos mecanismos, as instâncias e as práticas de governança referidos no


caput deste artigo incluirão, no mínimo:

I - formas de acompanhamento de resultados;

II - soluções para a melhoria do desempenho das organizações;

III - instrumentos de promoção do processo decisório fundamentado em


evidências.

Os órgãos e as entidades a que se refere o art. 2º desta Lei deverão estabelecer,


manter, monitorar e aprimorar sistema de gestão de riscos e de controle interno com
vistas à identificação, à avaliação, ao tratamento, ao monitoramento e à análise crítica
de riscos da prestação digital de serviços públicos que possam impactar a consecução
dos objetivos da organização no cumprimento de sua missão institucional e na
proteção dos usuários, observados os seguintes princípios:

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I - integração da gestão de riscos ao processo de planejamento estratégico e


aos seus desdobramentos, às atividades, aos processos de trabalho e aos
projetos em todos os níveis da organização, relevantes para a execução da
estratégia e o alcance dos objetivos institucionais;
II - estabelecimento de controles internos proporcionais aos riscos, de modo
a considerar suas causas, fontes, consequências e impactos, observada a
relação custo-benefício;
III - utilização dos resultados da gestão de riscos para apoio à melhoria
contínua do desempenho e dos processos de governança, de gestão de riscos
e de controle;
IV - proteção às liberdades civis e aos direitos fundamentais.

A auditoria interna governamental deverá adicionar valor e melhorar as operações das


organizações para o alcance de seus objetivos, mediante a abordagem sistemática e
disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de governança, de gestão
de riscos e de controle, por meio da:

I - realização de trabalhos de avaliação e consultoria de forma independente,


conforme os padrões de auditoria e de ética profissional reconhecidos
internacionalmente;

II - adoção de abordagem baseada em risco para o planejamento de suas


atividades e para a definição do escopo, da natureza, da época e da extensão
dos procedimentos de auditoria;

III - promoção da prevenção, da detecção e da investigação de fraudes


praticadas por agentes públicos ou privados na utilização de recursos públicos
federais.

Bom, caros alunos e alunas, encerramos nosso tema atos Administrativos, espero
que você tenha aprendi muito com a aula de hoje e que os esquemas ajudem você a
memorizar melhor o conteúdo. Memorize tópicos destacados, e não esqueça de
realizar simulados para colocar em prática o seu conhecimento e se familiarizar com
as perguntas de concurso público.

Apesar de parecer complicado alguns temas, com a leitura frequente e técnicas de


memorização você certamente tirará de letra, então mantenha sempre o foco.

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18 Resumo em Questões
QUESTÃO 01 - Segundo a Lei n.° 14.129/2021, que dispõe sobre os princípios, as
regras e os instrumentos para o governo digital e para o aumento da eficiência
pública, assinale a alternativa correta.

A) É necessária a prova do fato mesmo que este já tenha sido comprovado pela
apresentação de documento ou de informação válida.

B) A Lei n.° 14.129/2021 aplica-se aos órgãos da administração pública direta federal,
não incluindo o Ministério Público da União.

C) A Lei n.° 14.129/2021 impõe-se apenas ao governo federal.

D) A desburocratização, a modernização, o fortalecimento e a simplificação da relação


do Poder Público com a sociedade, mediante serviços digitais, acessíveis inclusive por
dispositivos móveis, correspondem a princípios previstos na Lei n.° 14.129/2021.

E) A burocracia e o uso da tecnologia para otimizar processos de trabalho da


Administração Pública correspondem a princípios previstos na Lei n.° 14.129/2021..

QUESTÃO 02 - A Lei nº 14.129/2021 define, em seu art. 1º, sobre os princípios, regras
e instrumentos para o aumento da eficiência da administração pública, especialmente
por meio da desburocratização, da inovação, da transformação digital e da
participação do cidadão. Esta Lei aplica-se:

I. Aos órgãos da administração pública direta federal, abrangendo os Poderes


Executivo, Judiciário e Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União e o
Ministério Público da União.

II. A empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e


controladas, que não prestem serviço público.

III. Às entidades da administração pública indireta federal, incluídas as empresas


públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, que
prestem serviço público, autarquias e fundações públicas.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.

B) Apenas I e II.

C) Apenas I e III.

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D) Apenas II e III.

E) I, II e III.

QUESTÃO 03 - Na prestação digital dos serviços públicos, que trata a Lei nº


14.129/2021, deixa claro, em seu Art. 24, que os órgãos e as entidades responsáveis
pela prestação digital de serviços públicos deverão, no âmbito de suas competências:

I. Monitorar e implementar ações de melhoria dos serviços públicos prestados, com


base nos resultados da avaliação de satisfação dos usuários dos serviços.

II. Integrar os serviços públicos às ferramentas de notificação aos usuários, de


assinatura eletrônica e de meios de pagamento digitais, quando aplicáveis.

III. Eliminar, inclusive por meio da interoperabilidade de dados, as exigências


desnecessárias ao usuário quanto à apresentação de informações e de documentos
comprobatórios prescindíveis.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.

B) Apenas I e II.

C) Apenas I e III.

D) Apenas II e III.

E) I, II e III.

QUESTÃO 04 - O Art. 45 da Lei nº 14.129/2021, que trata dos laboratórios de


inovação, define as seguintes diretrizes, com EXCEÇÃO da:

A) Colaboração interinstitucional e com a sociedade.

B) Promoção e experimentação de tecnologias fechadas e pagas.

C) Foco na sociedade e no cidadão.

D) Fomento à participação social e à transparência pública.

E) Incentivo à inovação.

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QUESTÃO 05 - Com relação a governo digital e contratação de serviços de TI, julgue


o próximo item.

De acordo com a Lei n.º 14.129/2021, a estratégia de governo digital da administração


pública de cada ente federado deve estar subordinada à estratégia federal, sendo
vedada qualquer edição ou iniciativa alternativa de estratégia para interoperabilidade
técnica.

( ) Certo. ( ) Errado.

QUESTÃO 06 - As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) trouxeram uma


nova perspectiva e forma de governabilidade em todo o mundo. No Brasil, a
Administração Pública criou o Governo Digital com intuito de modernizar a estrutura
e os serviços para que atendam melhor ao cidadão. Isso posto, foi promulgada a Lei
Federal nº 14.129/2021, que dispõe sobre princípios, regras e instrumentos para o
Governo Digital e para o aumento da eficiência pública. Em seu art. 3º, são relatados
princípios e diretrizes do Governo Digital e da eficiência pública, dentre os quais se
encontra(m):

A) A simplificação dos procedimentos de solicitação, oferta e acompanhamento dos


serviços públicos, sem observar a universalização do acesso e do autosserviço.

B) O incentivo à participação internacional no controle e na fiscalização da


administração pública.

C) A interoperabilidade de sistemas e a promoção de dados abertos.

D) A restrição quanto ao uso das assinaturas eletrônicas nas interações e nas


comunicações entre órgãos públicos e entre estes e os cidadãos.

QUESTÃO 07 - Com fundamento no que dispõe a Lei nº 14.129 de 2021, está correto
afirmar que:

A) relativamente ao domicílio eletrônico de que trata o artigo 42 da Lei, o


administrado poderá, a qualquer momento, desde que de forma fundamentada, optar
pelo fim das comunicações, das notificações e das intimações por meio eletrônico.

B) a colaboração interinstitucional e com a sociedade não está arrolada dentre as


diretrizes dos laboratórios de inovação.

C) no que tange aos direitos dos usuários da prestação digital de serviços públicos, a

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gratuidade no acesso às Plataformas de Governo Digital está condicionada à


comprovação da impossibilidade de pagamento pelos serviços.

D) os órgãos e as entidades responsáveis pela prestação digital de serviços públicos


possuem o dever de eliminar a replicação de registro de dados, ainda que estes
tenham ocorrido por razões de desempenho ou segurança.

E) a validade em meio digital dos documentos e os atos processuais dependerão do


uso de assinatura eletrônica, sendo que deverão respeitar os parâmetros de
autenticidade, de integridade e de segurança adequados para os níveis de risco em
relação à criticidade da decisão, da informação ou do serviço específico.

QUESTÃO 08 - De acordo com a Lei do Governo Digital (Lei nº 14.129/2021), são


componentes essenciais para a prestação digital dos serviços públicos na
Administração Pública:

I. a Base Nacional de Serviços Públicos.

II. os Sistemas abertos.

III. as Plataformas de Governo Digital.

IV. as Cartas de Serviços ao Usuário.

V. os Protocolos.

Estão corretos apenas os itens agrupados em:

A) I, II, IV e V.

B) I, III e IV.

C) I, II, III e V.

D) II, IV e V.

E) I, II, III e IV.

QUESTÃO 09 - A Lei 14.129/2021 dispõe sobre princípios, regras e instrumentos para


o Governo Digital e para o aumento da eficiência pública. Esta Lei não se aplica:

A) As empresas públicas que não prestam serviço público.

B) Tribunal de Contas da União.

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C) Ministério Público da União.

D) Autarquia Pública.

E) Fundação Pública.

QUESTÃO 10 - A Lei do Governo Digital dispõe sobre princípios, regras e


instrumentos para o aumento da eficiência da administração pública, especialmente
por meio da desburocratização, da inovação, da transformação digital e da
participação do cidadão. Selecione a alternativa que mostra de maneira errada um
princípio ou diretriz do Governo Digital e da eficiência pública de acordo com a Lei do
Governo Digital.

A) A transparência na execução dos serviços públicos e o monitoramento da


qualidade desses serviços.

B) A proibição do atendimento presencial.

C) A interoperabilidade de sistemas e a promoção de dados abertos.

D) A eliminação de formalidades e de exigências cujo custo econômico ou social seja


superior ao risco envolvido.

E) O uso da tecnologia para otimizar processos de trabalho da administração pública.

18.1 Gabarito
01 D 06 C
02 C 07 E
03 E 08 B
04 B 09 A
05 ERRADO 10 B

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Bons estudos!

Lembre-se de que o futuro pertence aqueles que acreditam


na beleza de seus sonhos. (Eleanor Roosevelt).

Nós acreditamos e apostamos na realização dos seus objetivos.

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