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Nota do IMB
Nota do IMB
Seu tamanho relativamente curto (para um ensaio) esconde sua grande profundidade e sua
incrível sagacidade. Você pode lê-lo várias vezes — a cada releitura, descobrirá algo novo.
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Se existissem indivíduos oniscientes, se pudéssemos conhecer não apenas tudo o que influi
na realização dos nossos desejos atuais, mas também conhecer nossos desejos e
necessidades futuras, não haveria muita razão para defendermos a liberdade.
Por outro lado, a liberdade do indivíduo tornaria, evidentemente, impossível uma previsão
perfeita.
A liberdade é essencial para que o imprevisível exista; nós a desejamos porque aprendemos
a esperar dela a oportunidade de realizar a maioria dos nossos objetivos. E, justamente
porque o indivíduo sabe tão pouco e, mais ainda, como raramente podemos determinar
quem de nós conhece mais, confiamos aos esforços independentes e competitivos de muitos
a criação daquilo que desejaremos, quando tivermos a oportunidade de apreciá-lo.
Por mais humilhante que seja para o orgulho humano, devemos reconhecer que o progresso
e até a preservação da civilização dependem de um máximo de oportunidades para que o
imprevisível possa acontecer. Estas casualidades ocorrem graças à combinação de
conhecimentos e atitudes, aptidões e hábitos adquiridos pelos indivíduos, e também quando
indivíduos treinados se defrontam com problemas específicos que estão preparados para
solucionar.
Mas, mesmo assim, ainda são acasos, e não se transformam em certezas. Envolvem riscos
deliberadamente aceitos, possíveis reveses de indivíduos e grupos que têm tanto mérito
quanto outros que prosperam, possibilidade de fracassos ou de recaídas, até para a maioria,
e apenas uma probabilidade de ganhos líquidos no cômputo geral.
Seres imperfeitos
Todas as teorias políticas pressupõem, evidentemente, que a maioria dos indivíduos é muito
ignorante. Aqueles que defendem a liberdade se diferem dos outros porque incluem na
categoria de ignorantes eles próprios e também os mais sábios. Comparada com a totalidade
do conhecimento que é continuamente utilizado no processo evolutivo de uma civilização
dinâmica, a diferença que existe entre o conhecimento dos mais sábios e aquele que pode
ser deliberadamente empregado pelos mais ignorantes é insignificante.
Embora não percebamos habitualmente, todas as instituições da liberdade constituem de
adaptações a esta fundamental constatação da ignorância, adaptadas para lidar com
possibilidades e probabilidades, mas não com a certeza. Não existe certeza na ação humana
e é por esta razão que, para fazer o melhor uso do nosso conhecimento individual, devemos
seguir as normas indicadas pela experiência como as mais adequadas de um modo geral,
embora não saibamos quais serão as conseqüências de sua observância em casos
específicos.
O homem aprende pela frustração de suas esperanças. É óbvio que não devemos aumentar a
imprevisibilidade dos acontecimentos com a criação de tolas instituições humanas. Na
medida do possível, deveríamos ter como objetivo a melhoria das instituições humanas, a
fim de aumentar as possibilidades de previsão correta. Todavia, acima de tudo, deveríamos
proporcionar o máximo de oportunidades para que indivíduos que não conhecemos
aprendessem fatos que nós mesmos ainda desconhecemos e utilizassem este conhecimento
em suas ações.
E é graças aos esforços harmônicos de muitas pessoas que se pode utilizar uma quantidade
de conhecimento maior do que aquela que um indivíduo isolado pode acumular ou do que
seria possível sintetizar intelectualmente. E graças a essa utilização do conhecimento
disperso é que se tornam possíveis realizações superiores às que uma mente isolada poderia
prever.
É justamente porque liberdade significa renúncia ao controle direto dos esforços individuais
que uma sociedade livre pode fazer uso de um volume muito maior de conhecimentos do
que aquele que a mente do mais sábio governante poderia abranger.
As chances de erro
Portanto, não se pode alegar como argumento contra a liberdade individual que as pessoas
frequentemente abusam dessa liberdade. Liberdade significa, necessariamente, que cada
um acabará agindo de uma forma que poderá desagradar aos outros.
Segue-se, também, que a importância de termos liberdade de ação não está de modo algum
relacionada com a perspectiva de nós, ou a maioria, estarmos, algum dia, em condições de
utilizar tal possibilidade. Conceder apenas o grau de liberdade que todos têm a possibilidade
de exercer significaria interpretar sua função de modo totalmente errado.
Por esse raciocínio errôneo, a liberdade utilizada apenas por um homem entre um milhão
pode ser mais importante para a sociedade e mais benéfica para a maioria do que qualquer
grau de liberdade que todos nós poderíamos desfrutar. Poder-se-ia dizer até que, quanto
menor a oportunidade de se fazer uso da liberdade para determinado fim, mais preciosa ela
será para a sociedade como um todo. Quanto menor a oportunidade, tanto mais grave será
perdê-la quando surgir, pois a experiência que oferece será quase única.
Por outro lado, é provavelmente correto dizer que a maioria não se interessa diretamente
senão por uma parcela mínima das coisas importantes que uma pessoa deveria ter liberdade
de fazer. A liberdade é tão importante justamente porque não sabemos como os indivíduos a
usarão. Se não fosse assim, também seria possível chegar aos resultados da liberdade se a
maioria decidisse o que os indivíduos deveriam fazer. Mas a ação da maioria está
necessariamente restrita ao que já foi testado e averiguado, a questões que já obtiveram o
consenso no processo de análise que deve ser precedido por diferentes experiências e ações
de indivíduos diferentes.
Os benefícios que a liberdade me concede são, assim, em grande parte, o resultado do uso
que outros fazem dela e, principalmente, dos usos dos quais eu nunca me poderia valer. Por
isso, o mais importante para mim não é necessariamente a liberdade que eu próprio posso
exercer. É muito mais importante que alguém possa experimentar tudo do que a
possibilidade de todos fazerem as mesmas coisas.
Não é porque gostamos de poder fazer determinadas coisas, nem porque consideramos
algum tipo de liberdade essencial à nossa felicidade, que temos direito à liberdade. O
instinto que nos faz reagir contra qualquer restrição física, embora seja um aliado útil, nem
sempre representa padrão seguro para justificar ou delimitar a liberdade. O importante não é
o tipo de liberdade que eu próprio gostaria de exercer e sim o tipo de liberdade de que
alguém pode necessitar para beneficiar a sociedade. Só poderemos assegurar essa liberdade
a uma pessoa desconhecida se a conferirmos a todos.
Os benefícios da liberdade não são, portanto, limitados aos homens livres — ou, pelo
menos, um homem não se beneficia apenas daqueles aspectos da liberdade dos quais ele
próprio tira vantagem. Não há dúvida de que, ao longo da história, maiorias não-livres se
beneficiaram com a existência de minorias livres, e as sociedades não-livres de hoje se
beneficiam daquilo que podem obter e aprender de sociedades livres.
A tese que justifica a liberdade para alguns aplica-se, portanto, à liberdade para todos. Mas
é ainda melhor para todos que alguns sejam livres do que ninguém; e, também, bem melhor
que muitos possam gozar de plena liberdade do que todos terem uma liberdade restrita.
Estes últimos representarão uma adaptação melhor, não apenas às circunstâncias específicas
de tempo e espaço, mas a uma característica permanente do nosso meio. Nestas
"formações" espontâneas está incorporada uma percepção das leis gerais que governam a
natureza. Esta incorporação cumulativa da experiência em instrumentos e formas de ação
permitirá uma evolução do conhecimento explícito, de normas genéricas expressas que
podem ser transmitidas pela linguagem de uma pessoa a outra.
Este processo de surgimento do novo pode ser mais bem entendido na esfera intelectual
quando seu resultado são idéias novas. Neste campo, a maioria de nós percebe pelo menos
alguns estágios individuais do processo; sabe necessariamente o que está ocorrendo e, por
esta razão, em geral, reconhece a necessidade de liberdade. A maioria dos cientistas
compreende que não podemos planejar o avanço do conhecimento, que na busca rumo ao
desconhecido — e é isso que constitui a pesquisa — dependemos, em grande parte, dos
caprichos dos gênios e das circunstâncias, e que o avanço científico, assim como uma idéia
nova que surge na mente de um indivíduo, será a consequência de uma combinação de
conceitos, hábitos e circunstâncias que a sociedade proporciona a um indivíduo, resultando
tanto de acasos felizes quanto de um esforço sistemático.
Como percebemos mais facilmente que nossos avanços na esfera intelectual muitas vezes
são fruto do imprevisto e do não-planejado, somos levados a exagerar a importância da
liberdade de pensamento e a ignorar a importância da liberdade de ação. Mas a liberdade de
pesquisa e de opinião e a liberdade de expressão e discussão, cuja importância é plenamente
compreendida, são significativas somente no último estágio do processo de descoberta de
novas verdades.
A complexidade do progresso
Embora às vezes possamos identificar os processos intelectuais que conduziram a uma idéia
nova, provavelmente nunca poderíamos reconstituir a sequência e a combinação das
contribuições que não levaram à aquisição do conhecimento explícito; provavelmente nunca
poderíamos reconstituir os hábitos adequados e as aptidões que foram empregadas, os meios
e as oportunidades utilizadas e o ambiente peculiar dos atores principais que permitiram
aquele resultado.
As nossas tentativas de compreender essa parte do processo não podem ir além de mostrar,
em modelos simplificados, as forças que nele operam e de indicar o princípio geral e não o
caráter específico das influências que atuam no caso. Os homens sempre se preocupam
apenas com o que sabem. Portanto, as características que, durante o processo, não são
conhecidas ao nível da consciência costumam ser ignoradas e provavelmente nunca podem
ser identificadas em detalhe.
Todavia, embora a maior parte dos elementos não-racionais que afetam nossa ação possa
ser irracional neste sentido, a maioria dos "meros hábitos" e "instituições sem sentido", que
usamos e pressupomos em nossas ações, representa condições essenciais para a realização
de nossos objetivos, constituindo formas de adaptação da sociedade que já demonstraram
sua eficácia e utilidade, que estão sendo constantemente aperfeiçoadas e das quais depende
a dimensão daquilo que podemos realizar. Embora seja importante descobrir suas falhas,
nem por um momento poderíamos ir em frente sem confiar nelas constantemente.
A maneira pela qual aprendemos a organizar nosso dia, a nos vestir, a comer, a arrumar
nossas casas, a falar, a escrever e a utilizar outros incontáveis instrumentos e implementos
da civilização, sem esquecer a experiência prática (o know-how) da produção e do
comércio, dá-nos constantemente os fundamentos nos quais se devem basear nossas
próprias contribuições ao processo de civilização.
E, no novo uso e aperfeiçoamento dos instrumentos que nos são oferecidos pela civilização,
surgem as novas idéias que serão empregadas finalmente na esfera intelectual.
Embora o uso consciente do pensamento abstrato, uma vez iniciado, tenha até certo ponto
uma vida própria, não poderia perdurar e desenvolver-se por muito tempo sem os desafios
constantes que se apresentam, pois os indivíduos são capazes de agir de uma maneira nova,
de experimentar outras maneiras de fazer as coisas e de mudar toda a estrutura da
civilização, na tentativa de se adaptar à mudança.
A importância da liberdade, portanto, não depende do caráter elevado das atividades que ela
torna possíveis. A liberdade de ação, mesmo nas coisas simples, é tão importante quanto a
liberdade de pensamento. Tornou-se um senso comum desmerecer a liberdade de ação
apelidando-a de "liberdade econômica". Mas o conceito de liberdade de ação é muito mais
amplo do que o de liberdade econômica (o qual ela engloba).
E, o que é mais importante, é extremamente duvidoso que haja ações que possam ser
consideradas meramente "econômicas" e que as restrições à liberdade possam ficar
limitadas aos chamados aspectos "econômicos".
Considerações econômicas são apenas aquelas pelas quais conciliamos e ajustamos nossos
diferentes objetivos, nenhum dos quais, em última análise, é econômico (exceto os do
avarento ou do homem para o qual ganhar dinheiro se tornou um fim em si mesmo).
Os objetivos são abertos
O que dissemos até agora se aplica, em grande parte, não apenas ao uso dos meios para a
realização dos objetivos individuais, mas também a estes mesmos objetivos.
Uma sociedade é livre, entre outras razões, porque as aspirações dos indivíduos não são
limitadas, uma vez que o esforço consciente de alguns indivíduos pode gerar novos
objetivos, que posteriormente serão adotados pela maioria. Devemos reconhecer que
mesmo o que agora consideramos bom ou bonito pode mudar — se não de uma forma
perceptível que nos permita adotar uma posição relativista, pelo menos no sentido de que,
em muitos aspectos, não sabemos o que será bom ou bonito para outra geração.
Também não sabemos por que consideramos isto ou aquilo bom, nem quem está com a
razão quando há divergência acerca do que é bom ou não. Não somente em termos do seu
conhecimento, mas também em termos dos seus objetivos e valores, o homem é um produto
da civilização; em última análise, é a importância destas aspirações individuais para a
perpetuação do grupo ou da espécie que determinará se persistirão ou mudarão.
Evidentemente, é um erro acreditar que podemos tirar conclusões acerca da qualidade dos
nossos valores apenas porque compreendemos que são produto da evolução. Mas
dificilmente poderíamos duvidar que estes valores são criados e alterados pelas mesmas
forças evolutivas que produziram nossa inteligência. Podemos apenas saber que a decisão
final a respeito do que é bom ou ruim não caberá à sabedoria de indivíduos, mas à
decadência dos grupos que adotaram idéias "erradas".
Medidas de sucesso
É na busca dos objetivos a que o homem se propõe em determinado momento que podemos
comprovar se os instrumentos da civilização são adequados; os ineficazes serão
abandonados e os eficientes mantidos. Mas não se trata apenas do fato de que, com a
satisfação de necessidades antigas e com o aparecimento de novas oportunidades, surgem
constantemente novas finalidades. O sucesso e a perpetuação deste ou daquele indivíduo ou
grupo dependem tanto dos objetivos por eles perseguidos, dos valores que governam suas
ações, como dos instrumentos e da capacidade de que dispõem.
Em qualquer sociedade, certos grupos podem ascender ou declinar de acordo com as metas
que perseguem e os padrões de conduta que observam. E as metas do grupo que teve êxito
tenderão a ser adotadas pelos demais membros da sociedade.
Na melhor das hipóteses, podemos entender somente em parte a razão pela qual os valores
que defendemos ou as normas éticas que observamos contribuem para a perpetuação da
nossa sociedade. E nem podemos ter certeza de que, em condições de mudança constante,
todas as normas que, comprovadamente, contribuem para a consecução de um determinado
fim continuarão desempenhando esta função.
Embora se costume supor que todo padrão social estabelecido contribui, de certa forma,
para preservar a civilização, o único meio de confirmá-lo será averiguar se, concorrendo
com os padrões adotados por outros grupos ou indivíduos, ele continua a se mostrar
adequado.
A concorrência permite alternativas
A concorrência, na qual se baseia o processo de seleção, deve ser entendida no seu mais
amplo sentido. Ela implica não apenas a concorrência entre indivíduos como também a
concorrência entre grupos organizados e não organizados. Encará-la como algo que se
contrapõe a cooperação ou a organização seria interpretar incorretamente sua natureza.
Somente quando tais direitos exclusivos são conferidos na pressuposição de que certos
indivíduos ou grupos possuem conhecimento superior, o processo deixa de ser experimental
e as convicções que prevalecem em dado momento podem tornar-se um obstáculo ao
progresso do conhecimento.
Defender a liberdade não significa opor-se à organização — que constitui um dos meios
mais poderosos que a razão humana pode empregar —, mas opor-se a toda organização
exclusivista, privilegiada ou monopolística, ao emprego da coerção para impedir que outros
tentem apresentar melhores soluções.
E, se qualquer fato vier a contradizer as convicções nas quais está alicerçada a estrutura da
organização, isto só se tornará evidente se ela fracassar e for suplantada por outro tipo de
organização. A organização, por este motivo, poderá ser benéfica e eficiente enquanto for
voluntária e se der em uma esfera livre, e terá de se ajustar a circunstâncias que não foram
consideradas em sua concepção, ou então fracassar.
Vale a pena parar por um momento e analisar o que aconteceria se fosse empregado em
todas as ações somente aquilo que o consenso geral considerasse o conhecimento mais
avançado. Se fossem proibidas todas as tentativas que parecessem supérfluas à luz do
conhecimento aceito pela maioria, e se se indagasse apenas a respeito das coisas
consideradas significativas pela opinião dominante ou se realizassem apenas as experiências
ditadas por esta opinião, a humanidade chegaria talvez a um ponto em que seu
conhecimento permitiria prever as consequências de todas as ações comuns e evitar todas as
desilusões ou fracassos.
Então, aparentemente, o homem teria sujeitado seu ambiente à sua razão, pois somente
empreenderia aquelas tarefas cujos resultados fossem totalmente previsíveis. Poderíamos
imaginar que a civilização teria deixado de evoluir, não por se terem esgotado as
possibilidades de um crescimento futuro, mas porque o homem teria conseguido sujeitar tão
completamente todas as suas ações e o meio ambiente imediato ao seu nível de
conhecimento, que novos conhecimentos não teriam qualquer oportunidade de surgir.
O racionalista que deseja sujeitar tudo à razão humana encontra-se, assim, diante de um
verdadeiro dilema. O uso da razão visa ao controle e à possibilidade de previsão. Mas o
processo evolutivo da razão baseia-se na liberdade e na imprevisibilidade da ação humana.
Aqueles que exaltam os poderes da razão humana normalmente veem apenas um lado da
interação do pensamento e da conduta, na qual a razão atua na prática e, ao mesmo tempo, é
modificada por esta prática. Eles não percebem que, para haver progresso, o processo social
que possibilita a evolução da razão deve permanecer livre do seu controle.
Congelando o processo
Resta pouca dúvida de que o homem deve parte de seus maiores sucessos ao fato de não ter
sido capaz de controlar a vida social. Seu avanço contínuo provavelmente dependerá de sua
renúncia deliberada aos controles que agora estão em seu poder.
Artigo profundo e completo. E diria até irrefutável. Dos melhores deste site. Pena que será
pouco lido, pois é um artigo mais filosófico.
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Muito bom!!! Ler Hayek é uma coisa, compreender é outra bem diferente,
acompanhar as linhas de raciocínio do homi me fadiga o cerébro... xD
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Caro Jeferson,
Adote o meu sistema. Leia um pouc; talvez 1/6 do texto. Volte a reler
amanhã. E assim por diante. É de assimilação lenta. É como uma refeição
de extrema qualidade. A degustação do texto do Hayek é para ser feita em
pequenas porções.
Abraços
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Adelson Paulo 17/11/2015 18:26
"A Ética da Liberdade", de Murray Rothbard, foi um dos livros mais instigantes e
interessantes que já li. Partindo de princípios básicos e estruturado na lógica, constrói-se
todo um arcabouço ético e moral para nossas ações e decisões em sociedade. Em muitos
momentos Rothbard é extremamente radical, mas de uma radicalidade que provoca e
estimula nossa reflexão. E esta extrema radicalidade deságua em pacifismo e compreensão,
e não em violência ou intolerância.
Este artigo de Hayek reforça esta concepção libertária, agora em um plano mais político de
ação.
Parabéns ao Instituto Mises por fornecer tanta luz, em momentos de tanto obscurantismo.
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O economista da escola austríaca Steven Horwitz tem um ensaio em que ele aborda a
perspectiva de Hayek relativamente ao liberalismo:
www.gmu.edu/depts/rae/archives/VOL13_1_2000/horwitz.pdf
www.amazon.com/Hayeks-Modern-Family-Liberalism-Institutions/dp/1137448229/
ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1447791614&sr=1-1
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Prezado, seguindo sua dica li o artigo de Horwitz "From The Sensory Order to the
Liberal Order: Hayek's Non-rationalist Liberalism". E deparei-me com uma nova
descoberta: as incursões de Hayek na Psicologia! O artigo de Horwitz apresenta a
abordagem de Hayek sobre a natureza da mente humana e suas implicações na
economia e na sociedade, inclusive nos arcabouços jurídico e legal. Simplesmente
fantástico!
Me surpreendeu ainda mais as conexões com visões mais esotéricas sobre a
natureza do conhecimento humano, em particular a obra fantástica e intrigante (e
também polêmica) de Carlos Castaneda (o discípulo de Don Juan), depois abordada
por Deepak Chopra.
Estes caras eram mesmo gênios: Mises e Hayek!
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Abraço fraternal!
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Parece que o velho Hayek, com o passar da vida (ou desde sempre, não sei), foi
abandonando o idealismo kantiano e a vaidade inflada do racionalismo iluminista. bom pra
ele.
ainda que a razão humana seja intrinsecamente limitada e precária, como ele reconhece,
ainda assim ela é capaz de maravilhas, de coisas inesperadas, tanto mais encontre uma
circunstância favorável. a liberdade é o reconhecimento de que há algo excepcional,
inabarcável, inexpugnável na criatura humana, que lhe faz engenhosa e imprevisível (no
sentido do bem, sobretudo. a razão não é auto-suficiente, mas também não se esgota nas
coisas. não interessa defini-la (há uma aproximação com a concepção tomista? será?). basta
perceber que essa força se desdobra com mais intensidade quando encontra campo livre.
não obstante, o ser humano é um ser social inserido num contexto. a ordem política-cultural
importa. ela se configura num esquema de possibilidades que traduz a melhor (mais
adequada) compreensão da vida daquele grupo social, esquema que pode e deve
evoluir/ampliar-se pelo esforço conjunto e livre da razão inspirada. novas intuições sugerem
novos modos de vida que pedem, por sua vez, novas instituições. é a dialética da existência.
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Saudações, interessante que no artigo F.Hayek usa as palavras: fé, esperança, humildade,
etc., todas essas coisas giram em uma clave acima da racionalidade, algo parecido com a
necessidade de espiritualidade, quiçá religiosidade.
O senso de moralidade, diretamente atrelado à religiosidade, uma vez restituído volta o livre
comércio à sua condição normal de sempre, ou seja, a liberdade, assim como fomos
pensados por DEUS, a boa ideia que somos.
Tenho comigo que o sistema econômico abstraído dos valores morais é antagonismo per se,
quer dizer, o antagonismo gerado por uma impossibilidade.
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CHEGA DE IMPOSTO!
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Lendo Hayek neste artigo , mais uma vez me deparo com uma conclusão que creio ser
verdadeira, que Hayek ao menos em certa medida é um conservador, porém, como o termo
é um pouco estranho tanto para ele quanto para Mises, creio que "tradicionalista" seria
melhor.
Já que neste artigo e em outros artigos ele nota que a formação das instituições sociais ao
nosso redor é resultado não intencional (ordem espontânea), e que pelo teste do tempo,
sobreviveram e merecem ser mantidos pois são uma garantia de ordem e liberdade.
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verdade sobre tragedia mariana, não as doacoes, sim a justiça.Multinacional tem que arcar
com prejuizo, limpar o local e indenizar as vitimas.
https://www.youtube.com/watch?v=zjqLpVUuVvA
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não me importo
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***
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Li tanta coisa boa nesse artigo, obrigado misses... mas acho que esse parágrafo
merece ser repetido... um alerta do que está por vir...
"Resta pouca dúvida de que o homem deve parte de seus maiores sucessos ao fato
de não ter sido capaz de controlar a vida social. Seu avanço contínuo provavelmente
dependerá de sua renúncia deliberada aos controles que agora estão em seu poder."
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O texto afirma que o povo é ignorante e que o mais sábio dos governantes não deveria
governar, mas uma sabedoria difusa no meio social baseada na lógica de cada escolha.
Obviamente, o libertarianismo confunde as escolhas mais lógicas com as melhores escolhas.
Sem um padrão de moralidade, não há liberalismo que funcione. Infelizmente, os libertários
insistem em substituir a base moral valorativa pela base lógico-econômica como
sustentáculo da sociedade, o que pode levar o homem a fazer maus negócios, afinal, o bem é
um valor moral e não lógico. Não é à toa que o relativismo moral leva, necessariamente, ao
comunismo. Se todas as opiniões são iguais, somente o grupo mais coeso e mais forte se
sustentará, e essa coesão terá bases imorais, necessariamente. Libertarianismo e comunismo
é o caminho dos maus homens.
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Não apenas o texto não discorda disso, como este nem sequer é o tema. O tema é
controle e dirigismo, e não ética e moralidade. Você, além de mentiroso e
caluniador, é tambem analfabeto funcional.
Opa, esse ponto foi abordado explicitamente no artigo. O fato de você estar
repetindo exatamente o que foi abordado no artigo mostra que você nem sequer o
leu. Deu manota. Ficou à descoberto.
Essa foi tão completamente deslocada ao tema do artigo, que não há outra hipótese
senão a certeza de que você está sob o efeito de barbitúricos.
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É cada semi-analfa...
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Wanderson,
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Pessoas que se sentem confortáveis sendo tuteladas pelo Estado jamais compreenderão este
ensaio.
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OFF TOPIC:
Dada a natureza controversa do PIB(subtrair importações e considerar gastos
governamentais como positivos), a diminuição do PIB australiano de 2013 pra cá pode na
verdade significar algo bom? (Essa diminuição inclusive é usada por alguns sujeitos da
CPL, como Rian Lobato, para argumentar sobre supostas falhas do liberalismo).
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s=aunagdpy&v=201704031146u&d1=20070101&d2=20171231&h=300&w=600
Se isso é "crise do liberalismo", então eu quero viver numa crise dessas para
sempre.
P.S.: ainda estou em dúvidas se esse seu relato é sério. Eu sei que a esquerda é
burra, mas um relincho desses beira a ficção.
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***
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Esse artigo é um artigo do Hayek que foi retirado de seu livro The Constitution of
Liberty. No livro mesmo, esse artigo não dá um capítulo. Mas o livro The
Constitution of Liberty foi traduzido sim, sob o nome de Os Fundamentos da
Liberdade. Aqui está o link em pdf: portalconservador.com/livros/Friedrich-Hayek-
Os-Fundamentos-Da-Liberdade.pdf
Há vários livros ou artigos do Hayek que ainda não foram traduzidos, bem como
também há alguns livros do Mises que ainda não foram. Porém, quanto a Hayek, o
problema é que não existem editores publicando e vendendo a maioria de seus
livros, tais como o próprio Os Fundamentos da Liberdade.
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OFF
https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2017/05/16/como-e-se-aposentar-no-chile-o-1-
pais-a-privatizar-sua-previdencia.htm?cmpid=fb-uolnot
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A partir do momento em que o estado garante uma clientela cativa para essas
empresas, acabou a eficiência (e as taxas de administração serão altas). E é isso o
que acontece lá. O ramo de previdência privada não possui uma "livre
concorrência", todas cobram praticamente a mesma "taxa de administração", e além
disto cobram uma "taxa de carregamento" muito elevada.
Agora, apesar de tudo isso, um chileno que pagou a previdência ao menos consegue
se aposentar. Diferentemente do que já está ocorrendo neste exato momento no
Brasil (vide funcionários públicos estaduais do Rio).
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Beleza,
pelo que entendi no chile eles sao obrigados a botar ao menos 10%, sendo
q poderiam botar mais se quisessem, mas imagino que fique pelo minimo
msm. e ai? o cara se aposenta recebendo o equivalente a 690 reais por mes?
a solucao entao é liberar pra nao precisar destinar mais nada a previdencia,
e quando os caras se aposentarem morrerem de fome?
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"a solucao entao é liberar pra nao precisar destinar mais nada a
previdencia, e quando os caras se aposentarem morrerem de
fome? e cada um com seus problemas, é isso?"
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589
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Exatamente!!!!
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O intelecto agradece...
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www.mises.org.br/Article.aspx?id=2725
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A economia pretende ser, como a física que ela macaqueira, "livre de valores", mas há na
verdade uma coisa que todos os economistas destas escolas valorizam: liberdade. De fato, a
liberdade nestas teorias desloca tanto toda a ordem moral como todo o âmbito teleológico
para se tornar o Santo Graal, aquilo pelo que devemos constantemente buscar e em cujo
nome devemos sacrificar tudo.
O problema é que eles nunca definem efetivamente a liberdade. E a razão pela qual eles não
o fazem é óbvia: tal discussão acarretaria questões filosóficas, políticas, sociais e éticas
indesejadas que comprometeriam a natureza "desprovida de valores" da ciência. Melhor que
seja adotada como um pressuposto implícito, um que opera mais no nível emocional do que
no nível racional. Mas sem defini-la explicitamente, como saber que você a encontrou?
Apesar de eles não darem uma definição explícita, eles de fato dão uma implícita: Liberdade
é tudo que ocorre na ausência de coerção. Mas isso só desloca o problema, da definição de
liberdade para a definição de coerção. Novamente, a definição é implícita ao invés de
explícita, o que é metodologicamente suspeito. E a definição implícita que eles parecem
estar usando envolve violência aberta e regulação governamental. Em outras palavras,
regras comprometem a liberdade. Daí que o neoclassicismo tem suspeitado de regulação e o
austrianismo em particular tem sido claramente hostil.
Mas isso é simplesmente incorreto; liberdade e regras não são opostos, mas complementos.
Liberdade irrestrita, ou licenciosidade, não é liberdade em qualquer sentido substantivo, e
logo leva à perda de liberdade. O que causa isso é confundir liberdade com escolha livre.
Mas liberdade irrestrita de escolha não é o mesmo que liberdade, e é na verdade seu oposto.
Pensemos assim: Ao escolher seu método preferido de ingerir cocaína, você é livre para
escolher entre as formas de pó e de crack. Você pode comparar o preço e a utilidade
relativos de cada um, e tomar uma decisão racional e informada. Mas enquanto esta
obviamente representa uma escolha livre, ela não pode ser uma escolha de liberdade, já que
qualquer das escolhas leva à escravidão. A liberdade humana, para ser verdadeiramente
livre, necessita de limites, necessita de regras.
Da mesma maneira, os mercados não podem existir sem regras. Nós podemos comparar os
mercados a um jogo. Pense em um jogo de futebol sem regras. Ele simplesmente não
poderia existir. E as regras demandam árbitros. Se não houvesse homens em listras para
jogar a bandeira amarela, soprar o apito e parar o jogo quando alguém agarra uma máscara
facial, poucos ousariam entrar em campo; as taxas de mortalidade simplesmente seriam
muito altas. Regulações não acabam com o jogo, elas tornam o jogo possível. O mesmo é
verdadeiro com mercados: ninguém vai entrar em um mercado caótico.
Isso não impede que a regulação possa ser problemática. De fato, há dois erros que são
muito comuns: um é a captura regulatória, pela qual os atores mais fortes determinam as
regras para a exclusão de todos os outros, e a outra é a regulação por desconfiança, pela qual
todas as ações de um negócio são reguladas ao ponto de elevar os custos de transação a
níveis ineficientes e até mesmo inaceitáveis e impossíveis. Mas a questão adequada sobre
regulação não é quão muita ou quão pouca, mas se todas as partes interessadas estão
devidamente representadas no processo de tomada de decisão. Produtores, consumidores,
fornecedores, distribuidores, e o público geral deve ter um assento na mesa e voz no
resultado.
Deve ser notado que enfraquecer a autoridade pública legítima não resulta em mercados
"desregulados"; tal coisa simplesmente inexiste, mais do que um jogo de futebol não
poderia existir sem um livro de regras. Ao contrário, o que ocorre é que os atores mais
fortes em um mercado, os atores com mais poder ou mais informação, determinam as regras
para todas as outras partes, sejam produtores, consumidores, fornecedores, o público, etc.
Deve haver regras; quem deve estabelece-las sempre será uma questão política e prudencial.
Ausente um processo inclusive, as regras serão determinadas pelos poderosos para que as
partes mais fracas possam ser exploradas.
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Medaille já foi refutado faz tempo, até mesmo Marx refuta ele.
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Excelente artigo, abordou facetas que nunca tinha pensado antes sobre o alcance da
liberdade. Me fez pensar, numa comparação grosseira, dos primeiros filósofos gregos. De
todos os povos do passado, os gregos eram os únicos que não possuíam um "livro sagrado",
como a Torá dos judeus (ou hoje em dia a Bíblia cristã ou o Alcorão), os Vedas da Índia ou
o Tao te King Chinês. Isso permitiu aos gregos divagarem em seus pensamentos e
encontrarem os profundos ensinamentos com base na razão que nos legaram, e que
influenciam nossa existência até hoje. Assim, tal só foi possível justamente porque eles
tinham a liberdade no pensar, sem os limites impostos pelo "sagrado religioso", coisa que os
outros povos não tinham pois qualquer ensaio do raciocínio tinha de estar em conformidade
com as "sagradas escrituras". O texto aqui, em linhas gerais, diz isso, que sem a liberdade as
estimulantes descobertas tornam-se impossíveis de serem reveladas. Muito obrigado a
todos.
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Felipe 09/05/2020 23:49
"Ausente um processo inclusive, as regras serão determinadas pelos poderosos para que as
partes mais fracas possam ser exploradas."
E já não é assim?
Leia mais sobre ética libertária, isso pode ampliar seus horizontes.
www.mises.org.br/Article.aspx?id=237
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1624
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2278
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Que história é essa de "trocar liberdade por segurança" que eu já ouvi (inclusive por um
leitor daqui)? Liberdade é segurança e vice versa, segurança é liberdade! Eu não acredito
que a liberdade seja apenas mais um "ideal imaginário" como a igualdade dos marxistas
(que para ser concretizada, depende da liberdade), a honra dos cavaleiros, o patriotismo ou
qualquer outra coisa (inclusive o "melhor desempenho econômico" dos utilitaristas
ingênuos). Eu só penso em liberdade para salvar a minha pele das arbitrariedades de
terceiros, já que eu não posso garantir que sempre serão favoráveis a mim.
Veja um teatro da minha visão de liberdade, talvez o nome correto seja autonomia, mas,
para mim essa é a coisa mais importante:
Imaginem que a Terra foi criada por uma Divindade (não vou usar o Santo Nome em
vão).Suponhamos que a história seja verdadeira (como pode ser).
Essa Divindade, por vontade própria, criou a Terra, o homem e os outros seres vivos. Da
mesma espontaneidade que essa Divindade teve para criar, beneficiar, ajudar, igualar e dar
ela tem para destruir, castigar, oprimir, desigualar, tirar; e inclusive, por livre e espontânea
vontade, já anunciou a extinção de todas as criaturas que criou (Apocalipse por exemplo);
mas por livre e espontânea vontade ela pode,também, desistir de destruir e, até mesmo, nos
esquecer.
As criaturas não estão salvas das arbitrariedades dessa Divindade (do Apocalipse).As
criaturas não possuem nenhuma garantia de que essa Divindade será boa ou ruim (se você
olhar no Antigo Testamento)
As criaturas seriam mais livres se, por acaso, existisse um controle sobre essa
Divindade.Esse controle deveria destruí-la ou, pelo menos, evitar que as arbitrariedades
nocivas sejam realizadas (evitar o Apocalipse ou qualquer praga).Se o controle não existir,
as criaturas estariam pensando em liberdade ao pensar numa maneira de criar esse controle.
Quanto mais livre da Divindade, mais segura estão as criaturas e quanto mais seguras da
Divindade estão as criaturas, mais livres elas estão (pelo menos em relação à Divindade).
Troque "criatura" por indivíduo e troque "Divindade" por Estado ou maioria ou mais forte
ou forças da natureza (tecnologia liberta) ou mais científico ou politicamente mais correto
ou moralmente superior ou mais rico ou qualquer outra coisa que esteja relacionada ao
poder sobre a minha pessoa. Essa é a minha visão, focada na prudência que deve ser, ao
máximo, multiplicada no senso dos mais vulneráveis, ou seja, no senso de cada indivíduo
RESPONDER
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Boa tarde.
Eu apenas lembro ao leitor WMZ e tantos outros libertários, que confundem a Divindade
Criadora do Universo com governos ( totalitários ou não...), marxismo, comunismo,
fascismo, nazismo, etc., que oprimem o indivíduo tirando a sua ( nossa...), liberdade; que
essa "teoria" está extremamente equivocada.
Tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, Deus e Seu Filho, Jesus ( sendo
que este apenas reafirma os Ensinamentos do Pai e o maior diferencial Dele, Jesus, é abrir a
Salvação à todos que se converterem, não apenas e somente aos judeus...), há inúmeros
exemplos de livre arbítrio do ser humano, logo, não existe Destino ou algo parecido com
isso, nem ditadura, controle de Deus sobre as suas criaturas.
Todos são livres para fazerem o que quiserem, apenas arcarão com as consequências dos
seus atos, sejam estes bons ou ruins.
Tampouco Deus ou Jesus desaprovam a riqueza e/ou valorizam a pobreza ( algo que
comunistas pregam aos outros, mas fazem o contrário...), nem no AT, nem no NT.
Aliás, tem vários exemplos nas Sagradas Escrituras que dizem da importância de valorizar a
riqueza, aumentá-la. Isso fica muito claro na Parábola das Dez Moedas, onde um senhor dá
aos seus empregados dez moedas e vai viajar, ao voltar, cobra de cada um o lucro obtido e
aquele que não obteve lucro algum, é fortemente criticado pelo senhor dono das terras.
Esquerdistas amam lembrar ( embora eles nunca leram uma linha das Sagradas
Escrituras....), a passagem do Jovem Rico, onde Jesus fala para o jovem que diz querer
segui-Lo, mandando-o doar tudo que tem como regra para ser um discípulo. Nesse caso fica
claro que ninguém pode seguir Jesus na sua vida monástica, de dedicação total, preocupado
com as suas riquezas, se elas aumentam ou diminuem, mas não há uma critica ao lucro, à
livre iniciativa, a liberdade do indivíduo comum. Isso também fica claro quando Jesus
afirma ao soldado romano: " à César o que é de César, o meu Reino não é desse mundo...",
ou seja, poder dinheiro, etc., não é preocupação dos Céus, mas sim, dos homens, logo, todos
são livres em tudo, para o bem ou para o mal.
Mesmo no Livro do Apocalipse, como bem lembra o leitor, Constatação, é apenas lembrado
das consequências das nossas ações durante a vida, e não uma punição pré estabelecida pela
Divindade.
É importante ter a ciência que muitos líderes religiosos, infelizmente, interpretam de forma
pessoal ( e de acordo com interesses escusos....), as Sagradas Escrituras, daí nós vermos
"ensinamentos" que falam em destino pré definido, críticas à busca pela riqueza
( principalmente da parte da Teologia da Libertação, no caso dos Católicos....), ou da busca
pela prosperidade infinita estimulada por Deus ou a inexistência de livre arbítrio ( algo
comum nas pregações dos "pastores" Reformistas...).
Não se deve colocar no mesmo balaio: coerção, punição, supressão da liberdade, exaltação
da pobreza, crítica a riqueza, junto com Judaísmo e Cristianismo, pois são justamente essas
duas vertentes religiosas que mais estimularam a riqueza no Ocidente durante séculos.
Mesmo o Catolicismo, tão criticado por muitos por não estimular a riqueza, justamente fez o
contrário, pois padres Jesuítas entre outras Congregações, expandiram o comércio no
mundo, junto com reis, imperadores cristãos.
Querer comparar o Criador, através dos ensinamentos que temos sobre Ele, com ideologias,
governos, políticos, ministros de Tribunais, etc., é algo no mínimo sem base histórica e
muito parcial, para ficarmos apenas nisso.
Pessoas que almejam o controle da sociedade tendem a usar a religião como arma, seja em
defesa ou ataque, deturpando o que está nos ensinamentos respectivos.
Eu lembro do filme, O Livro de Eli, onde o personagem do ator Gary Oldman, que controla
ditatorialmente uma pequena cidade sobrevivente de uma guerra nuclear devastadora, quer
ter a Bíblia para usá-la, de forma errada, maldosa, almejando dominar, controlar a
população sobrevivente do lugar, onde ele inclusive, vende a pouca água potável existente.
Abraços.
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Livre arbítrio é a melhor ferramenta pra se viver, mas é necessário saber usar, visto
que a vida é abençoadamente inconstante.
Se a vida fosse um jogo em que soubéssemos tudo o que ocorreria, ela seria chata.
A inconstância da vida é o que nos traz o sabor, pois não saber o futuro cria aquela
tensão.
Não saber das coisas antecipadamente força o nosso crescimento, e com o tempo,
adquirir sabedoria, através das experiências de tentativa e erro.
Livre arbítrio é uma benção. E talvez saber de tudo facilmente se tornaria uma
maldição.
RESPONDER
Boa tarde amigos ! Sou um leigo em economia, entretanto me interessei pela filosofia do
Mises, caso alguém possa me auxiliar nos meus estudos sobre economia, ficarei grato. Se
um de vocês puderem me dar dicas de quais assuntos estudar e de como iniciar meus
estudos nesta ciência seria de enorme ajuda, pois não tenho um "norte" para seguir. Caso se
sintam bem em me ajudar favor me contatar pelo e-mail: ainudinho@gmail.com
Grato Kauê
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Mais fundamental ainda: como buscar ressarcimento sobre o prejuízo a mim causado por
alguém que me infectou? Como vou acioná-lo na justiça?
Como solucionar estas questões?
RESPONDER
"Ah, mas você está sendo sarcástico". Não, não estou. A quantidade de mortos por
homicídio e por acidente de trânsito é maior que a de mortos por covid, e isso nunca
impediu ninguém de sair na rua.
Se você sonha com um mundo perfeito e sem riscos, sinto informar que esse é um
sonho impossível.
Se você sonha com um mundo onde sempre será possível culpar os outros por
qualquer coisa ruim que aconteça, também é impossível (o que não impede os
advogados de tentar).
Viver implica correr riscos. Claro que em uma sociedade civilizada algumas
atitudes são tomadas para mitigar riscos quando possível e viável, mas isso só vai
até certo ponto.
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RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
Ex-microempresário,
Eu sei que a realidade é mais complexa
e nem tudo é tão preto no branco,
tampouco seria fácil comprovar
intenções.
Mas o que busco aqui é chegar num
consenso teórico, para depois tentar
colocar em prática.
RESPONDER
Aí cabe reparação.
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Piloto de
Fuga 21/05/2020
00:13
RESPONDER
Bomber 21/05/20
20 16:18
Mas o IMB é a
favor do
isolamento social,
não é?
Do jeito que
voces falam
parece que eles
são contra
RESPONDER
Leitor
Antigo 21/05/
2020 20:29
O IMB é a
favor de toda
e qualquer
ação que seja
voluntária e
mutuamente
consentida, e
contra
qualquer
medida
coerciva
estatal.
Logo, quem
quiser se
isolar,
perfeito.
Quem quiser
trabalhar,
perfeito.
Quem quiser
proibir o
outro de
trabalhar,
péssimo.
Quem quer
prender os
outros por
andarem na
rua, péssimo.
Quem quer
ficar sem
produzir, mas
receber
dinheiro
confiscado de
terceiros,
péssimo.
Não é difícil.
RESPONDER
Bomber
22/05/20
20 01:15
Mas a
Suécia
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pior taxa
de
mortalida
de por
covid
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sars nao eh HIV que vc pode apontar pra sua parceira sexual como culpada pela transmissao
e na hora da culpabilidade como vc pode dizer que alguem andando na rua eh mais culpado
que o governo que deixou portos e aeroportos sem nenhum tipo de monitoramento ? ou a
propria china , de onde veio o virus ? pq nao vai processar essa turma ?
ninguem eh obrigado a sair na rua, essa eh uma escolha que vc deve fazer , e como o outro
amigo ja explicou, existem diversos riscos envolvidos , se vc nao quer correr riscos fique
quietinho na sua propriedade ao inves de se arriscar num local publico
o mundo nao vai parar de girar pq algum anonimo na internet quer passear sem ser
incomodado
RESPONDER
Depois de ler um texto tão profundo e esclarecedor sobre liberdade, fiquei me perguntando,
como vocês, libertários, vêem esses projetos tão defendidos por brasileiros reacionários,
principalmente políticos, empresários ligados ao estado e suas benesses, "defensores de
ideologias de esquerda", enfim, projetos de regulação e controle das mídias sociais, controle
de armas...etc em especial agora, o whats'app.
Incrível que esses projetos venham de jovens políticos do RenovaBR, como Tabata Amaral
e Felipe Rigoni, apoiados também pela Fundação Lemann.
Nesse cenário, como reagem os libertários? Ou não reagem? Qual a postura de vocês
libertários, diante de toda essa ameaça e provável cerceamento de liberdade de expressão
em escala inimaginável até alguns meses atrás?
Gostaria muito que alguém respondesse.
RESPONDER
Milla,
é claro que abominamos toda e qualquer forma de censura estatal.
Basicamente isso que estão fazendo é na tentativa de calar vozes que não
compactuam com o coletivismo, progressismo, socialismo e demais ideologias
autoritárias dessa gente.
RESPONDER
"Se alguem vai e infecta o meu corpo, esse alguem deve me ressarcir."
De novo, se você conseguir provar a culpa.
"Se me infectar por imprudencia, como o nao uso de mascara, entao o ressarcimento deve
vir dobrado."
No nosso ordenamento jurídico, imprudencia é crime culposo, que é menos grave que crime
doloso.
Mas, de novo, você pode provar que foi infectado por alguém?
Ou você quer criar um sistema jurídico em que o seu desejo se transforma magicamente em
obrigação legal para os outros?
RESPONDER
O fato de Hayek ter sugerido a Tatcher que atacasse diretamente a Argentina ao inves de
manter a guerra na Falkland, não soa um pouco contraditorio para um liberal?
Argentina era uma agressora, porem atacar a Argentina implicaria não só matar civis, como
estender a dimensão da guerra.
Fonte:
www.margaretthatcher.org/document/117186
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