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Esfera argumentativa;
Objetiva persuadir o leitor, deixando clara a tese defendida;
Apresenta três partes internas: exposição do fato motivador,
interpretação do tema e opinião;
Verbos no presente e marcas da subjetividade (1a pessoa do singular);
Presença de título;
Dois parágrafos, pelo menos;
ARGUMENTOS
Causa e consequência
Exemplificação/fato;
Histórico
Autoridade/citação;
Estatístico/ provas concretas
Contextualização + tese
Argumentação – de preferência, dois tipos de argumentos;
Ponderação + refutação (usar conjunções de ressalva)
Conclusão – NADA DE INTERVENÇÃO
MODELOS ANALISADOS
Exemplo 1
A Necessidade das Diferenças
De acordo com a Teoria da Evolução, criada pelo cientista inglês Charles Darwin, o
que possibilita a formação do mundo como conhecemos hoje, foi a sobrevivência dos
mais aptos ao ambiente. A seleção se baseia na escolha das características mais úteis
e não nas diferenças. É do conhecimento geral que alguns governos totalitários
promoveram e promovem genocídios por considerarem determinadas raças inferiores.
Dessa forma, devemos nos conscientizar, de que somos todos iguais em espécie, mas
conviver com as diferenças, por difícil que pareça, nos enriquece como pessoas.
Nossos esforços devem ser voltados contra discriminações vis, como racismos e
perseguições religiosas, que apenas nos desqualificam como seres humanos.
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Exemplo 2
No que se refere ao celular, a proibição do seu uso em sala de aula é uma medida que
se harmoniza com o ambiente em que o estudante está. A sala de aula é um local de
aprendizagem, onde o discente deve se esforçar ao máximo para extrair do professor
os conhecimentos da matéria. Nesse contexto, o celular é um aparelho que só vem
dificultar a relação ensino-aprendizagem, visto que atrapalha não só quem atende,
mas todos os que estão ao seu redor.
Quanto ao boné, a restrição de seu uso em sala de aula se deve a uma questão de
educação e respeito pela figura do mestre. Deve-se ter em mente que o professor -
assim como os pais e as autoridades religiosas - merece todo o respeito no exercício
do seu ofício, que é o de transmitir conhecimentos. Do mesmo modo que é mal-
educado sentar-se à mesa com um chapéu na cabeça, assistir a uma aula usando um
boné também o é.
Por outro lado, alguns entendem que o Estado não poderia proibir os celulares e
bonés em sala de aula, visto que violaria o direito da pessoa de ir e vir com seus bens.
Entretanto, devemos ter em mente que não existe direito absoluto, todos são relativos.
E sempre que há um conflito entre eles, deve-se realizar uma ponderação de valores,
a fim de determinar qual prevalecerá. No caso em análise, o direito da coletividade
(alunos e professores) prevalece sobre o direito individual de usar o celular ou o boné
na sala de aula.
Desse modo, percebe-se que há razoabilidade nos objetivos pretendidos pela
proibição, visto que beneficia toda a comunidade acadêmica. Os estudantes devem se
conscientizar que escola é sinônimo de aprendizagem, e que todo esforço deve ser
feito para valorizar o processo de ensino e a figura do professor.
LEGENDA COM O SIGNIFICADO DAS CORES
Relato da polêmica
Ponto de vista em relação à polêmica (TESE)
Argumentação - Argumentos que sustentam o ponto de vista
Argumentos dos opositores
Conclusão
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PARA PRATICAR:
Entre os debates mais intensos que permeiam a sociedade atual, uma questão
que não pode ser colocada em segundo plano certamente é a descriminalização do
aborto. Os que defendem tal legalidade afirmam que, uma vez aprovada, a lei
priorizaria o acesso a métodos seguros de extração, em caso de gravidez indesejada,
com a justificativa se preservar a vida da mãe. Porém, o caminho mais coerente seria
incentivar a prevenção, ao invés de se alimentar a prática de um crime na mais
aceitável significação da palavra.
Vivemos em um mundo rodeado de informações, e as campanhas promovidas
pelos órgãos de saúde competentes, se não são ideais, também não permitem alegar-
se a falta de conhecimento a respeito do assunto. Por ano, são distribuídos milhões de
camisinhas e outros mecanismos capazes de evitar que o indesejado (quase sempre
inesperado) aconteça. Se, mesmo assim, o índice de adolescentes que dão a luz
cresce assustadoramente a cada ano, com a possibilidade de o aborto tornar-se legal,
isso aumentaria numa velocidade ainda maior.
Não sendo bem-sucedidas como deveriam, as estratégias de conscientização
para se prevenir a gravidez, como em qualquer outra campanha, devem evoluir; outros
meios devem ser criados. Podemos citar que algumas doenças foram erradicadas no
passado, por terem sido combatidas veementemente. Descriminalizar o aborto, além
de constituir uma motivação para o descompromisso com a vida, atesta a
incapacidade do Estado para resolver questões sérias e urgentes.
A atitude mais sensata é sempre eliminar o problema em sua origem, em
qualquer que seja a situação. Não podemos mais conceber, a essa altura, a
recorrência a mecanismos imediatistas para sanar algo que poderia ter sido suprimido
no passado. Os exemplos do insucesso estão em toda a parte: por não investirmos em
educação é que corremos atrás de bandido, vivemos inúmeras epidemias e, para
completar, ainda queremos permitir a castração de uma vida, antes mesmo de ser
concretizada.