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Disciplina de Filosofia
Maio de 2023
Beatriz Mendonça
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .................................................................................... p. 3
ARGUMENTOS E CONTRA-ARGUMENTOS ....................…......................... p. 4
CONCLUSÃO ...................................................................................... p. 6
BIBLIOGRAFIA ................................................................................... p. 7
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Introdução
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Ao longo deste ensaio filosófico será possível apresentar a minha
opinião em relação á igualdade e discriminação de género, assim como
argumentos que a fortaleçam e contra-argumentos, podendo por vezes
recorrer a ideias/exemplos de outros filósofos, a fim de compreender a
complexidade dos problemas sociais referidos anteriormente.
Argumentos e contra-argumentos
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Desde a segunda metade do século XX que assistimos a um
conjunto de importantes transformações nas sociedades industrializadas
com repercussões a diversos níveis, entre as quais a mudança do
comportamento dos homens e das mulheres nas esferas profissional e
familiar. Assim sendo, muitos dos estereótipos criados sofreram intensas
alterações ao nível da sua idealização. Atualmente não se justifica a
diferenciação ao nível da aquisição de emprego pela maior ocupação das
tarefas domésticas e familiares já que os homens também ajudam neste
processo, havendo, inclusive, as licenças de paternidade e de leis que
defendem as mulheres contra estas situações discriminatórias. Por outro
lado, será moralmente correto discriminar alguém pelo facto de estar
grávida? Não há dúvida que a resposta é não, uma vez que o ciclo da vida
é definido por: nascer, crescer, reproduzir e morrer, logo discriminando a
gravidez estaríamos a impedir a procriação dos seres humanos o que
claramente não faz sentido. Quanto à situação da disparidade salarial,
não existe uma aparente justificação lógica para a sua ocorrência,
especialmente quando se têm em atenção as situações referidas
anteriormente.
A falta de acesso a bens comuns de higiene pessoal de mulheres e
raparigas, durante o período menstrual, em países em desenvolvimento,
como o Nepal, ou até mesmo em países desenvolvidos, em regiões onde
produtos, como tampões ou pensos higiénicos, não alcançam. A vergonha
que sentem ao trazer consigo estes produtos diariamente uma vez por
mês e levá-los para a casa de banho sem que ninguém perceba. A
repugnância do sexo masculino perante uma conversa acerca deste
assunto. O acordar suja ou sujar-se (como demonstra a imagem acima)
durante o dia e ter de pedir ajuda com receio de se revoltarem ou de nos
desprezarem. Estes são todos casos nos quais a discriminação está
presente. Seria a menstruação algo que as mulheres deveriam ter
vergonha e repugnância? Obviamente que não, no entanto a sociedade
em que vivemos não consegue aceitar o ciclo menstrual de uma mulher
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como algo “normal” e acredito que seja sempre visto como algo sujo e
que “o melhor a fazer será não falar sobre”.
A minha opinião remete então por exemplo para a filosofia de John
Rawls e o véu da ignorância: imaginemos que é colocado na sua posição
original, coberto pelo véu da ignorância, isto é, não possui informações
acerca da sua nacionalidade, família, país, saúde e, acima de tudo, não
sabe qual será o seu género. Nesta situação, consentiria em viver numa
sociedade em que o género feminino fosse discriminado sabendo que a
probabilidade de pertencer a esse género era igual à probabilidade de não
pertencer? Provavelmente não. Ao colocar-nos na posição de diferentes
pessoas torna se assustador pensar nos direitos que não merecemos por
meros traços físicos ou até mesmo pelos direitos que temos que outros
não têm por esses mesmos traços.
Conclusão
Defender a igualdade de género não é algo que seguimos porque se
vê o progresso, mas sim porque se tem fé no equilíbrio entre os géneros.
Vivemos num mundo cheio de oportunidades, mas nem todas são
acessíveis a todas as pessoas. Infelizmente o mundo e a realidade em
que vivemos não foram projetados a pensar nas mulheres. Talvez um dia
alcancemos uma realidade onde homens e mulheres se vejam e se unem
como um só afim de encontrarem um equilíbrio.
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Bibliografia
https://filosofianaescola.com/politica/teoria-da-justica-de-rawls/
https://pin.it/6sxZuBY
https://pin.it/7emLhJB
https://ddesenvolvimento.com/portfolio/igualdade-de-genero/
https://www.ine.pt/scripts/wm_v_final/bloc-2d.html?lang=pt
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