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Ética consequencialista de Stuart Mill

A ética de Stuart Mill é uma ética consequencialista, visto que o valor moral da ação reside
nas consequências desta. Não podemos avaliar o valor moral da ação sem olhar para as
consequências da mesma. O único dever absoluto que existe é o dever de promover a maior
felicidade possível. O único VALOR absoluto é a felicidade entendida como prazer.
PRINCÍPIO DA UTILIDADE: exige que das nossas ações resulte a maior felicidade (prazer
e ausência de dor) possível para o maior número de pessoas. (Princípio da Maior Felicidade).
Quantidade e qualidade
8prazeres inferiores e superiores)
Ética teleológica: define o bem em função do fim a atingir. Se a felicidade do ser humano
for o fim a atingir, as ações são boa sempre que contribuem para que essa felicidade seja alcançada.
Hedonismo: o valor da ação é avaliado em função da quantidade de prazer que provoca.
A ética de Mill não é uma ética deontológica, porque as teorias deontológicas consideram
que agir moralmente é cumprir o dever por dever, adotando um imperativo categórico. A ética
consequencialista de Mill defende que agir oralmente é optar sempre por agir de forma a
proporcionar a felicidade para o maior número possível de pessoas.

Stuart Mill tem uma conceção qualitativa da felicidade. Ele classifica os prazeres como
inferiores ou superiores. Com isto, Mill quer dizer que existem prazeres melhores que outros.
Prazeres relacionados com valores espirituais (a verdade, a liberdade, o conhecimento, a arte) são
prazeres considerados superiores, visto que têm mais valor que os prazeres inferiores que se referem
mais a prazeres carnais.

Críticas:
 Justifica a prática de ações imorais. Exemplo da II Guerra Mundial: O Hitler mandou os
judeus trabalharem para que os alemães (que são mais pessoas) pudessem ter melhores
condições de vida.
 É demasiado imparcial. Não há distinção entre desconhecidos e família ou amigos. Se
seguíssemos sempre estas regras com tanta imparcialidade acabaríamos por afastar os que
nos são queridos e nos dão sentido à vida.
Ética, direito e política
John Rawls – justiça e equidade

igualdade ≠ equidade
igualdade: os recursos são fornecidos de igual forma a todos.
Equidade: dar a cada um de acordo com as suas necessidades

dois princípios na construção de uma sociedade justa:


• princípio da igual liberdade: todos devem ter as mesmas liberdades e direitos fundamentais

 a liberdade deve ser a maior possível e só encontra um limite onde começa a liberdade
dos outros
 essas liberdades são protegidas e garantidas pelas leis.

• Princípio das desigualdades toleráveis

 igualdade de oportunidades: é tolerável que alguns ocupem posições superiores a outros,


desde que todos tenham iguais condições de acesso às mesmas.
 Princípio da diferença: é    aceitável existirem diferenças na riqueza, desde que os menos
favorecidos tiverem oportunidades de reduzir essas desvantagens sociais;
De forma a garantir a imparcialidade, Rawls idealizou a POSIÇÃO ORIGINAL.
• Princípio da igualdade equitativa de oportunidades: todas as pessoas devem ter iguais
oportunidades no que toca a acesso a cargos sociais ou rofissionais.
• Princípio da diferença: admite que haja desigualdades entre as pessoas desde que reverta em
benefício dos mais desfavorecidos. As pessoas devem seguir a regra maximin (maximizar a
posição mínima-aumentar o salario mínimo)
véu da ignorância na posição original: os seres humanos seriam imparciais e não agiriam de forma a
favorecer-se.

Hierarquia dos princípios:


-princípio da liberdade
-princípio da igualdade de oportunidades
-princípio da diferenças
Críticas à teoria (Nozick)
• dependendo do trabalho e esforço, as pessoas merecem recompensas diferentes. Se há
pessoas que trabalham arduamente para receber o que merecem, porque é que eleas irão ter
que dar a quem não se esforça e não faz nada? Isso seria injusto!
• Como podemos garantir que as pessoas que recebem o nosso dinheiro vão fazer bom uso
deste?
• A igualdade de acesso a certos cargos sociais pode tornar-se perigosa na medida me que por
exemplo um cidadão sem conhecimento pode ser chefe de estado.
• Ninguém deveria ter direito a tirar propriedade privada aos outros. Isso viola direitos.

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