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John Rawls

A filosofia de Jonh Rawls é uma filosofia política, ao contrário da filosofia de Kant e de Stuart Mill
que são filosofias morais. A filosofia política de Rawls situa-se num plano mais político que moral,
mais no plano das leis, das regras que devemos cumprir no nosso dia a dia para conseguirmos ter
uma sociedade melhor, para conseguirmos viver melhor uns com os outros, independentemente da
moral que cada um possa ter.
A grande preocupação de Rawls e a critica ao utilitarismo:
“A justiça é virtude primeira das instituições sociais, tal como a verdade o é para os sistemas de
pensamento” na perspetiva de Rawls o objetivo último dos nossos trabalhos da nossa organização
social deve ser a justiça e por aqui já vemos como ele não pode estar de acordo com o utilitarismo,
pois o utilitarismo não considera que a justiça venha em primeiro lugar, considera que em primeiro
lugar vem a felicidade e que ás vezes para alcançarmos essa felicidade temos de ir pelo caminho da
injustiça, ou seja a felicidade vem em primeiro lugar, ao contrário do pensa Rawls que defende qua a
justiça vem em primeiro lugar. Rawls considera que a dignidade de cada um, a justiça é algo
inviolável independentemente de isso ser bom ou mau para a sociedade como um tudo.
A critica que Rawls faz ao utilitarismo no fundo é só uma que é a justiça não vir em primeiro lugar,
ele não aceita o princípio da felicidade geral em que nós vamos fazer um cálculo para saber se uma
ação foi boa ou má e se tem valor moral ou não, Rawls considera que a nossa relação com os outros
deve estar para lá desse calculo e deve dar prioridade á justiça e não a esta contabilidade.
Os dois conceitos principais:
-Noção de posição original e véu da ignorância
A posição inicial é algo puramente hipotético, ou seja, é uma ficção, vamos procurar colocar-nos
numa situação onde não sabemos nada de nós para decidirmos o que consideraríamos correcto fazer
independentemente da nossa posição. Esta posição original é no fundo o que seria uma posição antes
de nascermos. Nós tínhamos de ser capazes de nos abstrair do que conhecemos de nós da nossa
posição pessoal, social… para pensarmos naquilo que é justo fazer, ou seja, devemos colocar-nos
sobre um véu de ignorância que é no fundo esquecermo-nos daquilo que nós já sabemos de nós
próprios. E se nós conseguíssemos fazer isso teríamos condições de saber o que é mais justo de fazer.
No fundo estas duas posições constituem a perspetiva sobre imparcialidade de Rawls, ele defende
que antes de pensarmos que leis devemos implementar, devemos pensar antes de qualquer situação
definida antes de qualquer situação concreta para podermos decidir aquilo que é melhor ou pior que é
justo o que é injusto, independentemente da nossa circunstância pessoal.
Regra maximin
Rawls criou a regra maximin que significa a regra que vai maximizar o mínimo, e este é um
princípio muito importante para Rawls, maximizar o mínimo maximizar o mínimo de condições para
as pessoas e esse mínimo deve ser o maior possível. O básico que cada um tem seja o maior possível
para garantir condições de dignidade e de sobrevivência sem problemas.
A partir disto Jhon Rawls vai estabelecer os princípios da justiça, estes vão ser os princípios políticos
que ele vai estabelecer como fundamentais para uma sociedade. O primeiro princípio é o princípio de
igual liberdade e o segundo que se divide em dois princípios o de igualdade de oportunidades
(equidade) e o princípio da diferença, que nos diz que é admissível a desigualdade, desde que seja
para o benefício dos mais desfavorecidos. Estes são os 3 princípios que Rawls considera que nós
podemos todos estabelecer como sendo justos, se nós pensarmos neles a partir do véu de ignorância e
da posição inicial, quer dizer que na perspetiva dele se nós tivermos numa posição inicial é fácil de
vermos que estes são os 3 princípios que devem orientar a nossa vida política e social. A começar
pelo de igual liberdade que consiste em tentarmos procurar garantir o maior número possível de
liberdades básicas a todos, o mínimo de liberdades deve ser máximo de liberdades básicas possível
para todos, no fundo vamos maximizar o mínimo. Não quer dizer que todos vão ter a mesma
liberdade, mas a liberdade básica deve ser acessível a todos esse mínimo deve garantir os direitos
básicos das pessoas, na perspetiva este é o princípio mais importante, porque este princípio é o que
sustenta os outros princípios, o princípio de igualdade de oportunidades (equidade) e o princípio da
diferença e não podemos passar para estes se isso interferir no anterior, pois á uma hierarquia.
O princípio da igualdade de oportunidades, Rwals não se preocupa tanto com a igualdade, preocupa-
se com a equidade, com a igualdade de oportunidades que todos tenham as mesmas oportunidades,
no fundo, isto é, uma discriminação positiva para que todos tenham as mesmas oportunidades. Por
último vem o princípio da diferença que consiste eu estabelecer diferenças apenas para diminuir
outras desigualdades, que é garantir que os mais desfavorecidos ficam um pouco melhor e, portanto,
podemos promover em certas situações a desigualdade se essa desigualdade for para ajudar os mais
desfavorecidos.
As críticas a Rawls
As principais criticas a Rawls são de um filosofo chamado Robert nozick, a primeira critica que é “O
princípio da diferença viola a liberdade porque interfere na vida das pessoas e não permite que sejam
elas s decidir o que fazer com os seus bens”, nesta critica nozick está a querer dizer que o princípio
da diferença está a contradizer o da liberdade mas não está, porque Rawls fala em princípio da igual
liberdade não é só da liberdade é da igual liberdade, o que interessa a Rawls é maior liberdade
possível para todos, portanto não há contradição entre os princípios na perspetiva de Rawls na
perspetiva de Nozic é que há, por isso a critica que Nozic devia fazer era que o principio de igual
liberdade não é defender a verdadeira liberdade na visão de Nozic, mas na filosofia de Rawls não há
nenhuma contradição. As duas outras críticas partem de fundo comum, que é de acordo com o
princípio da diferença nós devemos sempre tomar medidas para beneficiar os mais desfavorecidos
independentemente da forma de como chegaram a essa situação, Nozic não concorda com isto, Nozic
considera que quando alguém esta numa situação de fragilidade a precisar de ajuda mas isso não foi
da sua responsabilidade, ele concorda que o estado ajude, mas Nozic não concorda que isso aconteça
se essa pessoa está numa situação frágil por sua culpa, porém também é possível ultrapassar esta
critica na medida em que o erro é uma coisa humana que ás vezes acontece e nós devemos dar uma
segunda oportunidade.

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