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A Teoria da Justiça de Rawls
Princípios da justiça
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A Teoria da Justiça de Rawls
1. Princípio da liberdade
A sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa
compatível com uma liberdade igual para todos os outros.
Ou seja, todos os cidadãos devem ter direito ao mais amplo sistema de
liberdades básicas (como, por exemplo, o direito de votar, ocupar um cargo
público, liberdade de consciência e de pensamento, direito à propriedade
privada, direito à proteção contra prisão arbitrária, etc.) e este sistema deve ser
semelhante para todos.
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A Teoria da Justiça de Rawls
2. Princípio da oportunidade justa
Tal situação não é, para Rawls, injusta, pois o que é necessário é garantir
que todos partem efetivamente de uma base igual. Isso consegue-se
com políticas sociais – por exemplo, bolsas de estudo, no caso da
educação – que permitam compensar aqueles que, por motivos
exteriores a si, têm menos recursos ou são socialmente desfavorecidos.
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3. Princípio da diferença
Este princípio diz respeito à distribuição justa da riqueza e tem
como pressuposto que essa distribuição deve ser equitativa.
A única razão para aceitar que alguns tenham mais é que isso
possa funcionar como compensação para os mais pobres.
No princípio anterior, notámos que as diferenças em riqueza são admissíveis se são
consequências de fatores como o mérito, o empenho e as escolhas pessoais.
No entanto, há outros fatores que geram desigualdades económicas,
mas que não são controlados pelo indivíduo, como os talentos pessoais
e as capacidades naturais (ex: grande talento criativo, força, beleza
física). Segundo Rawls, estas benesses da sorte saem aos humanos como
prémios da lotaria, que igualmente distribui caraterísticas desvantajosas
e, pela mesma razão, ninguém merece ser beneficiado nem
prejudicado por essa “lotaria”.
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3. Princípio da diferença (continuação)
Ainda que não seja possível anular as diferenças entre as pessoas, devemos
reduzi-las ao máximo, recorrendo para isso à redistribuição da riqueza,
segundo duas ideias contidas no princípio: (1) a ideia de que todos devem ter o
mesmo – salvo as diferenças legítimas – e (2) a ideia de que os menos
favorecidos, física ou inteletuamente, devem ser compensados por isso.
É claro que isto implica coagir (forçar) os mais abastados a pagarem mais
impostos para proveito dos menos afortunados. Isso é admissível para Rawls,
que reconhece que o direito à propriedade existe, mas não é absoluto.
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Regra maximin
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Porquê? Porque é esta a que garante o maior acesso aos bens sociais primários.
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Assim, conclui-se que Rawls....
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Uma objeção à Teoria da Justiça de Rawls
A crítica de Robert Nozick: a irrelevância do mérito