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Problema
O que é uma sociedade justa? Como viver numa sociedade justa?
Teoria da Justiça como equidade
O objetivo da teoria de Rawls é o de alcançar princípios de justiça através dos
quais se possam organizar as instituições do Estado de forma equitativamente
justa.
Defende que o tratamento social deve ser equitativo, ou seja, ponderado em
função das características e necessidades de cada um.
Liberalismo
Rawls é um liberal igualitário: defende que as liberdades básicas dos
indivíduos não podem ser sacrificadas em nome de princípios distributivos
Rawls como autor contratualista
As ideias de Rawls inserem-se na tradição do contrato social de Locke, Rosseau
e Kant.
Admite que todas as pessoas racionais são capazes de chegar a um acordo, um
contrato, que registe os princípios da justiça que devem reger uma sociedade.
Princípios da justiça
O filósofo parte do princípio que nem sempre somos imparciais ao determinarmos o
que é justo ou injusto. Assim, propõe um procedimento que nos permitirá atingir
uma sociedade justa.
Princípio da Igual Liberdade
O primeiro princípio estabelece que o Estado deve assegurar a todos os
indivíduos um conjunto de liberdades e direitos fundamentais (Liberdade
de expressão, religiosa, reunião, direito de voto,…)
Diz-nos que numa sociedade justa, todos os indivíduos devem beneficiar das
mesmas liberdades básicas. Este sistema de liberdades básicas tem de ser
compatível com um igual para todos os outros.
Rawls afirma que este princípio tem primazia sobre os restantes, ou seja, as
liberdades básicas dos indivíduos são inegociáveis, qualquer que seja a
situação. A liberdade não pode ser sacrificada em nome do bem-estar ou
felicidade da maioria.
Desta forma, o filósofo critica o utilitarismo visto que este princípio é
inviolável e, nem para o benefício do maior número de pessoas, pode ser
desrespeitado (contrariando, assim, o princípio da utilidade de Mill, que
estabelece a maximização da felicidade geral independentemente da forma
como a felicidade e os bens que a ela conduzem são distribuídos).
Equidade
Distribuição desigual dos bens básicos de forma a favorecer quem se encontra
numa pior situação por razões económicas, físicas ou intelectuais.
As desigualdades económicas seriam justificadas:
Se beneficiar todos os membros de uma sociedade, especialmente os menos
favorecidos
Se for condição necessária e suficiente para incentivar uma maior
produtividade
Michael Sandel
Defensor do comunitarismo: considera que o indivíduo se define pela sua
pertença a uma comunidade, ou seja, o indivíduo só é o que é em função
da comunidade onde se insere.
Segundo os comunitaristas, as desigualdades sociais colocam em causa o
Bem Comum e constituem fontes de injustiças, pelo que o Estado deve
interferir para as combater, redistribuindo bens essenciais de forma
igualitária pelos cidadãos.