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NATUREZA DOS
JUÍZOS MORAIS
JOÃO MIGUEL
Segundo o subjetivismo ambos os juízos morais são verdadeiros porque cada um está em
conformidade com os princípios em que cada um dos indivíduos acredita. Uma vez que João aceita o
princípio de que matar animais para os comer não é incorreto, o seu juízo é verdadeiro para ele.
Como Miguel tem como princípio moral pessoal que é errado matar animais para esse fim, o seu
juízo também é verdadeiro. Para o subjetivismo moral não tem sentido perguntar quem está
errado acerca da correção ou incorreção moral de matar animais para os comer.
SUBJETIVISMO MORAL
A resposta:
- Sim, os valores morais são relativos às opiniões e sentimentos das
pessoas / indivíduos que os defendem.
SUBJETIVISMO MORAL
• Ex: Se João acredita que X é correto e Miguel acredita que X não é correto,
segundo esta teoria ambos têm razão, visto que a validade de cada crença
depende dos sentimentos e crenças da pessoa que a defende.
SUBJETIVISMO MORAL
• Logo, não parece existir razão para criticarmos as opiniões uns dos
outros: são igualmente boas, não temos o direito de as julgar nem
o critério objetivo (ou neutro) para o fazer.
• A partir deste argumento e da sua explicação, delinearam-se três
aspetos que tornam o subjetivismo moral atraente: esta teoria
procura promover a liberdade, autonomia e tolerância das/entre
as pessoas.
SUBJETIVISMO MORAL – ARGUMENTOS
Por que razões é o subjetivismo moral atraente?
O relativismo cultural afirma que aqueles juízos são verdadeiros mas não em
todo o lado e para todas as pessoas. A verdade dos juízos morais é relativa ao
que cada sociedade aprova. Moralmente verdadeiro é o que cada sociedade – ou
a maioria dos seus membros - acredita ser verdadeiro. Moralmente verdadeiro é
igual a socialmente aprovado e moralmente errado é igual a socialmente
desaprovado.
RELATIVISMO MORAL CULTURAL
O relativismo moral afirma que não há verdades morais objetivas, ou seja, que
todas as verdades morais são relativas. Mas isso é transformar a proposição
“Nenhuma verdade moral é objetiva” numa verdade absoluta. Ora, isso significa
que nem tudo é relativo. Logo, dizer que todas as verdades morais são relativas é
falso. O relativismo refuta-se a si próprio. É a teoria segundo a qual tudo é
relativo exceto o próprio relativismo.
RELATIVISMO MORAL CULTURAL – OBJEÇÕES
É verdade ou pelo menos parece que não há acordo entre os seres humanos sobre
muitas questões morais. Mas também é verdade que a humanidade tem realizado
progressos no plano moral. A abolição da escravatura, o reconhecimento dos
direitos das mulheres, a condenação e a luta contra a discriminação racial
são exemplos. Falar de progresso moral parece implicar que haja um padrão
objetivo com o qual confrontamos as nossas ações. Se esse padrão objetivo não
existir não temos fundamento para dizer que em termos morais estamos melhor
agora do que antes. No passado, muitas sociedades praticaram a escravatura
mas atualmente quase nenhuma a considera moralmente admissível (logo,
verifica-se aqui que houve progresso moral).
RELATIVISMO MORAL CULTURAL – OBJEÇÕES
As duas proposições não se contradizem, não são incompatíveis. Não há, nesta
perspetiva, práticas morais em si mesas erradas. Se considerarmos que o relativismo
moral é correto, ninguém pode provar que sociedade tem razão numa disputa
moral. Não podemos dizer que uma está objetivamente errada e a outra certa.
Segundo o relativismo moral o modo como olhamos para as crenças e práticas de outras
culturas é habitualmente condicionado pelo nosso modo de ver. Ora, devemos evitar a
falsa e intolerante convicção de que o nosso modo de ver é a única forma de ver. Temos
de aceitar o que os membros de outras culturas pensam e fazem sem tentar corrigi-
los.
OBJETIVISMO MORAL
A tese central desta teoria é a de que há verdades morais universais e os juízos morais têm valor
de verdade e este em nada depende da perspetiva do sujeito que os profere.
• Para o objetivismo, um juízo moral tem de ser apoiado em boas razões que
são imparciais.
OBJETIVISMO MORAL
A. O teste abrangia em pormenor assuntos sem importância, ignorando os considerados importantes pelo
professor.
B. O teste abrangia assuntos não tratados nem nas aulas teóricas nem nas práticas.
C. O teste era demasiado extenso, nem os melhores alunos o poderiam realizar no tempo previsto.
O professor não apresenta argumentos para se defender e pode-se supor que a, b e c são verdadeiras.
Assim sendo, não terá o aluno provado que o teste foi injusto? Que mais poderíamos desejar a
título de prova?
Principais argumentos:
Uma ideia que não só não se verifica na prática, de acordo com o relativismo
cultural, como acaba por negar a responsabilidade que cada um de nós tem, tal
como defende Sartre: cada um tem de escolher por si próprio os seus valores,
uma vez que não existem respostas simples para as questões éticas.
OBJETIVISMO MORAL - OBJEÇÕES