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OBJEÇÃO 1: Mesmo que encontremos desacordo moral, o que se pode concluir daí? Não se
segue do facto de haver desacordo moral sobre um assunto que não haja uma verdade moral
objetiva sobre esse assunto. Por exemplo, suponhamos que estamos em desacordo acerca do
dia do nascimento de Barrak Obama. O simples facto de estarmos em desacordo não prova que
não haja uma verdade objetiva sobre o assunto. Isto é, não se segue que Barrak Obama não
tenha nascido numa certa data, ou pior, que não tenha nascido! Então, por que razão há de ser
diferente com os assuntos morais? O simples facto de as pessoas discordarem sobre assuntos
morais não prova por si só que não haja uma verdade moral objetiva.
OBJEÇÃO 2: Suponha que um relativista moral insiste em que o simples facto de haver
desacordo sobre a objetividade dos princípios morais prova que o objetivismo moral não pode
ser verdadeiro e que, consequentemente, não há verdades objetivas em ética. Ao dizer isto, o
relativista moral está a afirmar o princípio: “O desacordo sobre X implica que não há verdades
objetivas sobre X”. O problema é que isto nega a própria posição dos relativistas. É claro que
não há um acordo universal sobre a verdade do relativismo moral! Consequentemente, de
acordo com o próprio princípio do relativismo moral [que o desacordo sobre X implica que não
há verdades objetivas sobre X] segue-se que o relativismo moral não pode ser objetivamente
verdadeiro.
PROBLEMA: O Relativismo Moral Cultural proíbe tal ação porque ela requer a aceitação da
sociedade. É assim porque o que é moralmente correto é definido em relação às crenças e
práticas morais da sociedade. Portanto, quem quer que advogue uma reforma moral não só
está enganado como está moralmente errado! Mas isto é absurdo. Portanto o Relativismo
Moral é inaceitável.
Factos e valores
● Os juízos de facto têm claramente valor de verdade. E o seu valor de verdade é
independente das crenças ou gostos de quem os profere. Ou melhor: é independente
da perspectiva de qualquer sujeito.
● Os juízos de facto são totalmente descritivos. Quando são verdadeiros, limitam-se a
dizer-nos como as coisas são.
● Não é óbvio que os juízos de valor tenham valor de verdade. E, se são verdadeiros ou
falsos, talvez não o sejam independentemente das crenças ou gostos de quem os
profere. Talvez não o sejam independente da perspectiva de qualquer sujeito.
● Os juízos de valor são pelo menos parcialmente normativos. De certa forma
destinam-se a indicar-nos como devemos avaliar as coisas.
Subjetivismo moral
O subjetivismo moral é a teoria segundo a qual, embora existam factos morais, estes não são
objectivos. As afirmações acerca do bem e do mal, do que é certo e errado, embora sejam
proposições genuínas, são subjetivas: são verdadeiras ou falsas, mas não o são
independentemente dos sujeitos que as fazem. Segundo esta concepção, só existem opiniões
pessoais na ética e nunca verdades absolutas. A ética é um domínio em que cada um tem “a
sua verdade”, pois nele não existem factos objectivos. Para os subjetivistas os juízos morais
descrevem apenas os nossos sentimentos de aprovação e reprovação acerca das pessoas e
daquilo que elas fazem. O certo e o errado dependem, portanto, dos sentimentos de cada um.
Resumindo, o subjectivista pensa o seguinte:
Subjectivismo: Os juízos morais têm valor de verdade, mas o seu valor de verdade depende
da perspectiva do sujeito que faz o juízo. Há assim factos morais, mas estes são subjetivos,
pois só dizem respeito aos sentimentos de aprovação ou reprovação das pessoas.
O subjetivismo compromete-nos com uma educação moral que consiste apenas em ensinar
que devemos agir de acordo com os nossos sentimentos.