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O problema da natureza dos juízos de valor morais

ESPL/ Rosa Alice Rio


Haverá coisas objetivamente certas e outras erradas?
O PROBLEMA DA NATUREZA DOS JUÍZOS MORAIS
• O problema da natureza dos juízos morais pode ser formulado conforme se segue:
“Qual é a natureza dos juízos morais?”.

• Um juízo é uma operação mental através da qual atribuímos uma certa


propriedade, P, a um certo sujeito, S (este sujeito pode ser qualquer coisa:
uma pessoa, uma criatura, um objeto, um lugar, uma situação ou um
acontecimento).
• Os juízos de facto são puramente descritivos e informativos;
MPLO o seu valor de verdade é inteiramente independente das crenças, dos hábitos,
ortugal da sociedade e da cultura, dos gostos ou das preferências de quem os formula.
existe
a de
A verdade (ou falsidade) destes juízos depende da sua adequação à realidade
rte.
FILOSOFIA 10º ANO
O PROBLEMA DA NATUREZA DOS JUÍZOS MORAIS
• Os juízos de valor são (pelo menos em parte) normativos (ou prescritivos),
expressam uma determinada avaliação das coisas e a direção da adequação parte
do juízo para a realidade.

• Os juízos morais são juízos de valor que dizem respeito àquilo que
devemos ou não devemos fazer, ou seja, são juízos que envolvem
as noções de certo e errado, justo e injusto, louvável e censurável, etc.
EXEMPLOS
• A guerra é injusta.
• O racismo é moralmente
errado

FILOSOFIA 10º ANO


O PROBLEMA DA NATUREZA DOS JUÍZOS MORAIS
• Assim, o problema original acerca da natureza dos juízos morais pode ser
subdividido em três problemas mais simples:

1. Os juízos morais têm valor de verdade?

2. Em caso afirmativo, a sua verdade (ou falsidade) é independente de


qualquer perspetiva (isto é, é independente de quaisquer sujeitos ou
sociedade)?
3. Em caso negativo, de que perspetiva dependem? Do ponto do sujeito
que os formula ou do que uma sociedade aprova ou desaprova em
assuntos morais?

FILOSOFIA 10º ANO


COGNITIVISMO
• Os cognitivistas consideram que os juízos
morais também têm uma componente
descritiva, ou seja, quando formulamos
juízos morais (Por exemplo:a guerra é
injusta), fazemos a atribuição de
propriedades morais – como a coragem,
a justiça ou a bondade – às pessoas ou às
suas ações.

FILOSOFIA 10º ANO


COGNITIVISMO
De entre as teorias cognitivistas, destacam-se:

• o subjetivismo;

• o relativismo; e

• o objetivismo.

FILOSOFIA 10º ANO


O SUBJETIVISMO
Tese fundamental
O valor de verdade dos juízos morais é subjetiva –
depende dos sentimentos e preferências de cada sujeito.
a verdade ou falsidade
• O subjetivismo considera que os juízos de valor
Cada pessoa de um juízo depende
morais não são objetivamente verdadeiros nem
falsos.
tem a sua dos sentimentos
• Dito de outro modo, nos temas éticos não há lugar verdade, e preferências
para uma verdade objetiva e universal, face à qual ou seja, individuais: é subjetiva
se pudesse dizer que o juízo contrário é falso.
• Para o subjetivismo, em situações
de opiniões divergentes sobre
um determinado assunto moral
nenhuma opinião é melhor
do que outras.
Ninguém está errado
Vamos exemplificar:
1. Se uma pessoa disser «O aborto é moralmente errado»
2. Se outra pessoa disser «O aborto é moralmente aceitável».
Segundo o subjetivista o que dizer destes dois juízos morais?

Em 1, segundo o subjetivista a pessoa está dizer «Não gosto que o aborto seja permitido», ou seja, está
apenas a descrever que tem sentimentos negativos relativamente ao aborto. E, se estiver a ser sincera, o seu
juízo é verdadeiro. O juízo é verdadeiro se descrever um sentimento sincero. A verdade é a verdade do que
eu sinto.
Em 2 estaria, para o subjetivista, a descrever um sentimento de aprovação acerca do aborto. E o seu juízo
também será verdadeiro se descrever um sentimento sincero.

• Em suma, a cada indivíduo a sua verdade, de acordo com o que sente. Nenhuma verdade é melhor do que
outra.
SUBJETIVISMO
• Neste sentido, podemos dizer que o subjetivismo se caracteriza por defender que:

Quando
Quando
alguém
alguém
afirma
afirma
“x “x
é errado”
é errado”
está
está
simplesmente
simplesmente
a dizer
a dizer
“eu“eu
reprovo
reprovo
x”,x”, e quando
alguém afirma “x é correto” está simplesmente a
dizer “eu aprovo x”.

O certo e o errado; louvável e o censurável…


depende dos sentimentos e preferências de cada
sujeito, ou seja, do que cada um aprova ou
desaprova em termos morais.
FILOSOFIA 10º ANO
O ARGUMENTO DOS DESACORDOS
(1) Mesmo dentro de cada sociedade ou cultura existem amplos e profundos
desacordos no que diz respeito ao valor de verdade dos juízos morais (o bem e o
mal; o certo e o errado).

(2) Se, além das nossas preferências pessoais e subjetivas, houvesse um domínio de
factos morais ao qual pudéssemos apelar, então tais desacordos não teriam lugar.

(3) Logo, não há um domínio de factos morais além das nossas preferências pessoais
e subjetivas (não há verdades morais objetivas e universais).

(De 1 e 2, por Modus Tollens)

Objeção: o argumento é válido por modus Tollens, mas será sólido?


FILOSOFIA 10º ANO
Será o subjetivismo moral uma boa
perspetiva sobre o problema da
natureza dos juízos morais?

POSSÍVEIS OBJEÇÕES
(manual)

FILOSOFIA 10º ANO


VAMOS PENSAR….
Caso o subjetivismo moral seja verdadeiro ( a verdade (ou falsidade) dos juízos
morais depende dos sentimentos e preferências individuais. Não há verdades
morais objetivas e universais (únicas).
• Será o argumento dos desacordos apresentado pelos subjetivistas SÓLIDO?
• Poder-se-á censurar/ criticar ações claramente erradas como o assassínio,
infanticídio ou a pedofilia, a discriminação de género ou racial, entre
outros….?
• Faria sentido a existência de debates morais ou éticos sobre, por exemplo, o
aborto, a eutanásia, a pena de morte se estes assuntos dependem apenas do
que cada sujeito aprova ou desaprova nestas matérias?
• Se segundo o subjetivista moral, nunca podemos estar errados acerca do valor
de verdade dos juízos morais, então será que somos moralmente infalíveis? Em
caso afirmativo, como se justifica o facto de mudarmos de ideias quando
sentimos que estamos errados em relação a algum assunto moral?
• De acordo com os subjetivistas será que os nossos juízos morais correspondem
sempre às nossas preferências subjetivas?
Objeções ao Subjetivismo
Impede a censura de ações
claramente erradas
• Os defensores desta objeção Impossibilita a existência de debates
consideram que há comportamentos morais genuínos
claramente errados como o assassínio,
infanticídio ou a pedofilia, entre Os defensores desta objeção consideram que seria
outros, que não poderiam ser absurdo e inútil debater problemas morais, como por
criticados se o subjetivismo fosse exemplo, o aborto, a eutanásia, a pena de morte se
verdadeiro. estes assuntos fossem subjetivos.
• Concluem que o subjetivismo é
E, considerando que existem desacordos morais e que
inaceitável, pois consideram óbvio debater temas morais não é certamente insensato
que os assassinos e pedófilos e absurdo, concluem que o subjetivismo não é uma
prejudicam outras pessoas e que há, teoria correta.
por isso, razões fortes para os censurar.
OBJEÇÕES AO SUBJETIVISMO
Implica que somos moralmente infalíveis

• De acordo com o subjetivismo, cada um dos nossos juízos morais refere-se às nossas
preferências subjetivas e, por conseguinte, sempre que formulamos um juízo moral
sincero, estamos a fazer uma afirmação verdadeira acerca dessas preferências.

• Isto significa que, por mais estranho que um dado juízo moral nos pareça (seja ele “O
genocídio de milhares de judeus é correto” ou “Não há nada de errado em torturar
inocentes por prazer”), ele não poderá ser falso.

• Ora, isso implicaria que somos moralmente infalíveis, ou seja, que nunca podemos
estar errados acerca do valor de verdade dos juízos morais. Mas isso é simplesmente
absurdo! Portanto, o subjetivismo moral está errado.
FILOSOFIA 10º ANO
OBJEÇÕES AO SUBJETIVISMO
Nem sempre os nossos juízos morais correspondem às nossas preferências
subjetivas

• É possível que alguns dos nossos juízos morais não correspondam às nossas
preferências subjetivas ou pessoais, ao contrário do que defende o subjetivismo.

• Por exemplo, um namorado ciumento pode considerar que não há nada de


moralmente errado no facto de a sua namorada querer passar tempo com o seu ex-
namorado, embora isso não corresponda às suas preferências pessoais.

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O RELATIVISMO cultural
Tese fundamental
A verdade ou falsidade dos juízos morais depende do que cada sociedade aprova ou desprova
em assuntos morais: é culturalmente relativa.
Tal como o subjetivismo, o relativismo também considera que os juízos morais não são objetivamente
verdadeiros nem falsos. Não há verdades morais objetivas e universais.

Enquanto o subjetivismo afirma que a verdade ou falsidade dos juízos morais depende dos sentimentos e
preferências do indivíduo, o relativismo cultural afirma que depende do que a maioria das pessoas de
cada sociedade acredita ser moralmente correto (verdadeiro) ou incorreto (falso):
Se numa dada sociedade o infanticídio for considerado um mal, isso não significa que o infanticídio seja
em si mesmo errado; significa apenas que os códigos morais dessa sociedade o desaprovam.
O RELATIVISMO cultural
Não há culturas nem melhores nem piores: diferentes
O relativismo dá muita importância à diversidade cultural:
povos diferentes têm valores e costumes diferentes:
Daí que não se pode dizer que os valores de uma sociedade são
melhores ou piores do que os de outra.
• A mutilação genital feminina é moralmente certa.
• A mutilação genital feminina é moralmente errada.

Estes juízos são verdadeiros ou falsos?

Ambos são verdadeiros em algumas sociedades e falsos Os defensores


noutras, pois a prática da mutilação é aprovada pela do relativismo pensam
maioria das pessoas em algumas sociedades e reprovada que esta teoria favorece
pela maioria noutras sociedades. Não há um critério a tolerância
objetivo e universal de determinar que uma dessas
entre pessoas de sociedades
posições é preferível à outra, segundo o relativista. diferentes.
RELATIVISMO
• Assim, podemos considerar que, para um relativista:

Quando alguém afirma “x é errado” (A mutilação genital feminina é


moralmente errada) está simplesmente a dizer “a minha

sociedade reprova x”, e quando alguém afirma “x é correto” (A


mutilação genital feminina é moralmente certa) está simplesmente a

dizer “a minha sociedade aprova x”.

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O ARGUMENTO DA DIVERSIDADE CULTURAL
(1) Culturas diferentes têm códigos morais diferentes.

(2) Se culturas diferentes têm códigos morais diferentes, então não há uma verdade
moral objetiva, pois a verdade dos juízos morais é sempre relativa à cultura ou ao
código moral (ou conjunto de normas) adotado pelos membros dessa sociedade.

(3) Logo, não há uma verdade moral objetiva, pois a verdade dos juízos morais é
sempre relativa à cultura ou ao código moral (ou conjunto de normas) adotado pelos
membros dessa sociedade.

(De 1 e 2, por Modus Ponens)

FILOSOFIA 10º ANO


O RELATIVISMO cultural
Os defensores julgam assim a rejeição
do etnocentrismo
Para o relativismo, a moralidade varia em todas as
consideram que esta
sociedades, consoante os hábitos que cada sociedade
teoria favorece
aprova ou reprova.
a tolerância e o respeito
Por essa razão, o relativismo considera entre culturas de sociedades
incorreto que pessoas de uma sociedade diferentes.
critiquem/julguem os costumes de outras
sociedades.
Para o relativismo uma crítica desse género
é intolerante e etnocêntrica.
SERÁ O RELATIVISMO UMA BOA TEORIA SOBRE O PROBLEMA DA
NATUREZA DOS JUÍZOS MORAIS?

POSSÍVEIS OBJEÇÕES
OBJEÇÕES AO RELATIVISMO
O argumento da diversidade cultural não é sólido
• É fácil perceber que a premissa (2) do argumento da diversidade cultural é falsa. ( Se
culturas diferentes têm códigos morais diferentes, então não há uma verdade moral objetiva …)

• O facto de haver culturas com códigos morais diferentes não é uma condição
suficiente para que não haja uma verdade moral objetiva. Pode simplesmente dar-
se o caso de haver culturas com códigos morais errados.

• Analogamente, o facto de haver diferentes opiniões relativamente à existência de


extraterrestres não é uma condição suficiente para considerarmos que não há uma
verdade objetiva acerca desse assunto. Significa simplesmente que alguma dessas
FILOSOFIA 10º ANO
OBJEÇÕES AO RELATIVISMO
A maioria pode estar errada

• O facto de a maioria dos membros de uma sociedade estar disposta a aceitar uma
determinada opinião não nos permite concluir que ela é verdadeira.

• A maioria pode estar errada por ser ignorante acerca do assunto em questão.
Como vimos, concluir que uma opinião é verdadeira com base na sua popularidade é
incorrer na falácia ad populum.
• Ver exemplo: (na época dos Descobrimentos a maioria da população da Europa não via nada de
errado em escravizar os nativos africanos não os encaravam como seus semelhantes. Esta convicção
veio a revelar-se infundada. Logo, o apoio social não é uma condição suficiente que um juízo moral
seja verdadeiro)
FILOSOFIA 10º ANO
OBJEÇÕES AO RELATIVISMO
Não permite explicar o progresso moral das sociedades
• Se o relativismo fosse verdadeiro, a ideia de progresso moral não teria sentido –
por esta teoria entender que não é possível fazer juízos morais negativos acerca de
outras culturas. Todas as culturas estão corretas e não devemos julgar os seus
códigos morais.
• Porém, ao longo dos tempos houve progresso moral nas sociedades.
• Por exemplo, atualmente em Portugal estamos muito melhores no que diz respeito à
igualdade de género, à discriminação racial, aos direitos da criança, ao tratamento
dos animais não-humanos, abolição da escravatura, etc.
• Portanto, o relativismo é falso.

FILOSOFIA 10º ANO


O OBJETIVISMO ATENÇÃO
Tese : O valor de verdade de alguns juízos de valor morais é O objetivismo não considera que todos os
objetiva. juízos morais são objetivos.
Segundo o objetivismo moral, os juízos morais têm valor de Por exemplo, um objetivista pode
verdade e esse valor é independente de qualquer perspetiva, ou considerar que alguns juízos morais são
seja, alguns juízos morais são objetivamente verdadeiros (ou subjetivos e outros são culturalmente
objetivamente falsos). relativos.
Porém, esta teoria defende que
• um juízo moral será objetivamente verdadeiro, se puder
existem algumas verdades morais
ser justificado com boas razões ;
universais, como por exemplo:
• um juízo moral será objetivamente falso, se não puder
ser justificado com boas razões. • a mutilação genital feminina é errada;
• o racismo é errado;
Boas razões • a escravatura é errada.
• Torturar inocentes é errado
Razões racionais e imparciais que São juízos morais que podem ser
têm em conta aceites por qualquer pessoa,
todas as pessoas envolvidas, independentemente das preferências de
independentemente da região do cada um e da cultura a que pertence.
planeta onde vive.
OBJETIVISMO
• Pode dizer-se que para um objetivista:

Quando alguém afirma «algo é errado» (o racismo é errado) está a afirmar


«independentemente das nossas preferências pessoais ou convenções coletivas, há
boas razões racionais e imparciais para se reprovar algo» (o racismo)

Quando alguém afirma «algo é correto» está a afirmar «independentemente das


nossas preferências pessoais ou convenções coletivas, há boas razões para se aprovar
algo».

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ARGUMENTO DA IMPARCIALIDADE
(1) Se há juízos morais que são justificáveis de um ponto de vista imparcial, então há
juízos morais objetivamente verdadeiros (falsos).

(2) Há juízos morais que são justificáveis de um ponto de vista imparcial.

(3) Logo, há juízos morais objetivamente verdadeiros (falsos).


(De 1 e 2, por modus ponens)

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O OBJETIVISMO

Segundo o objetivismo há juízos morais objetivamente verdadeiros e


objetivamente falsos = há coisas objetivamente certas e objetivamente erradas

«É errado defender o racismo» é um exemplo possível


de um juízo moral objetivamente verdadeiro.

Há uma Declaração “intergaláctica” dos Direitos que


protegem cada ser humano, pelo facto de ser uma pessoa
e não somente ser pertencente a uma sociedade/cultura.
- A Declaração Universal dos Direitos Humanos -
que estabelece princípios, limites e um diálogo
transcultural, a fim da promoção do BEM-ESTAR, da PAZ
e da CONVIVÊNCIA SAUDÁVEL, entre todos os povos e
culturas.
Devemos tolerar o intolerável?
OBJEÇÕES AO OBJETIVISMO
O argumento dos desacordos
• Alguns autores encaram a ciência como modelo de objetividade e encaram o amplo
consenso no que diz respeito aos aspetos fundamentais da maioria das
investigações neste domínio como um forte indício a favor dessa objetividade.
Contudo, constatam que o mesmo não se verifica na ética.

• No que diz respeito a problemas éticos, o mais comum é haver um forte


desentendimento, mesmo entre especialistas.

• Daí concluem que a ética não pode ser objetiva.

FILOSOFIA 10º ANO


OBJEÇÕES AO OBJETIVISMO
O argumento da estranheza
• Outra objeção que o objetivismo enfrenta é o chamado «argumento da estranheza».

• Este argumento afirma o seguinte: o objetivismo pressupõe que propriedades morais, como a correção
ou incorreção, são propriedades reais e objetivas das coisas/ atos ou ações.

• Mas os críticos defendem que a correção ou incorreção apenas nos dão razões para agir desta ou daquela
maneira e não parece haver nada no mundo com essas características. Aquilo que nos leva a agir são
sempre as nossas preferências, valores e desejos, mas isso são aspetos subjetivos e não propriedades
objetivas das coisas.

• Por exemplo, o facto de que está um copo de água em cima da mesa não me dá, por si só, uma razão para
fazer seja o que for. É a minha sede que me faz ter vontade de pegar no copo e beber a água que se encontra
no seu interior.

• Logo, o objetivismo é falso.


FILOSOFIA 10º ANO

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