Você está na página 1de 14

2 EU

A DIMENSÃO BIOSSOCIOCULTURAL DA MENTE

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente

O modo como pensamos, sentimos e agimos resulta da


combinação de condicionamentos biológicos e da influência de
fatores sociais e culturais.
Os fatores biológicos, sociais e culturais não agem isolada e
separadamente sobre os nossos processos mentais.

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente

Dois processos cuja explicação é impossível se separarmos a


atuação de fatores biológicos e socioculturais são a sexualidade e a
alimentação.

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente: a alimentação

O fator biológico

A fome é um impulso biológico, e a comida é o diverso conjunto


de substâncias que, alimentando-nos, satisfazem ou reduzem esse
impulso ou necessidade.

Mas o que causa esse impulso?


O que acontece no corpo que nos faça sentir fome e o que provoca
a sensação de saciedade?

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente: a alimentação

O fator biológico

• O hipotálamo lateral é uma área do encéfalo que excita o impulso


da fome. Se for, em certas condições, ativado, fará com que o
organismo, embora cheio, continue a procurar comida. Uma lesão
nessa zona implica que se deixe de sentir a necessidade de
comer, correndo-se o risco de morrer de fome.
• O hipotálamo ventromedial é outra área que se julga funcionar
como centro da saciedade e inibidor da motivação alimentar. Se
for removido ou lesionado, acontece o fenómeno da hiperfagia –
come-se desmesuradamente, e o peso aumenta para o triplo.

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente: a alimentação

O fator sociocultural

• Mas uma coisa é a origem deste impulso e outra a forma como


o satisfazemos e em que condições é possível satisfazê-lo.

• Sabemos que não podemos comer tudo.


• Sabemos que há diferentes formas de confecionar os alimentos,
diferentes horários, diferentes quantidades a cada momento do
dia, conforme a educação cultural que recebemos.

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente: a alimentação

O fator sociocultural

• Aprendemos que a alimentação não tem uma base meramente


biológica.
• Podemos comer pelo prazer de celebrar um acontecimento, de
«socializar», etc. Muitas vezes, a deslocação a um bom
restaurante é uma forma de afirmar poder, êxito e de vincar
prestígio social e não de satisfazer uma carência biológica.

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente: a alimentação

• A alimentação é um ato que combina fatores de ordem


biológica e cultural. Pode resultar de necessidades biológicas,
mas também de necessidades sociais.

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente: a sexualidade

• O impulso sexual em cada indivíduo resulta de uma combinação


de influências internas (hormonais) e externas (sociais).

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente: a sexualidade

• O fator biológico

• O hipotálamo é a estrutura nervosa responsável pela excitação


dos mecanismos hormonais que desencadeiam o impulso
sexual.
• Este é determinado pelas hormonas, mensageiros químicos que
várias glândulas segregam e lançam na corrente sanguínea.

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente: a sexualidade

• O fator biológico

• A testosterona é considerada a hormona mais influente na


ativação do desejo sexual.
• Quer nos homens quer nas mulheres, a testosterona é a maior
influência no desencadeamento do impulso sexual. Uma descida
do nível de testosterona em ambos os sexos pode provocar um
declínio do desejo sexual, e no homem pode dificultar a obtenção
e a manutenção da ereção.

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente: a sexualidade

• O fator sociocultural

• O impulso sexual, sobretudo na sua fase inicial, é culturalmente


condicionado e a ele está ligado um conjunto de valores
(positivos e negativos).
• Aprendemos o que se considera sexualmente atraente (não são
as nossas hormonas que tornam alguém excitante) e fazemos do
sexo uma forma de realização individual e social.

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente: a sexualidade

• O fator sociocultural

• O que consideramos atraente e sexualmente estimulante é


fortemente influenciado pela cultura.
• Em certas culturas, a maior parte dos homens preferem mulheres
com determinado aspeto físico que seriam considerado pouco
atraente noutras latitudes. Na nossa própria cultura, o que
consideramos atraente depende muito da moda e do estilo de
cada tempo.

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015
2 A natureza biossociocultural da mente: a sexualidade

• O comportamento sexual humano – ao contrário do de que


quase todos os outros animais – resulta ou é função da
complexa interação entre fatores biológicos, sociais e culturais.

Psicologia B 12
Luís Rodrigues | Fernando Rua
© Plátano Editora, 2015

Você também pode gostar