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Este problema pode ser formulado conforme se segue: “Qual é a natureza dos
juízos morais?”.
(compreensão de juízo moral)
Definição
2- Se são crenças, serão elas objetivamente verdadeiras ou falsas? ( Relativismo: Não)
3- Se não são objetivamente verdadeiras nem falsas, então de que perspetiva depende a
sua verdade ou falsidade?( Relativismo: de cada sociedade)
Cognitivismo
Relativismo
Ano e filósofos referentes
Sociedade e definição
Assim podemos considerar que, para um relativista: Quando alguém afirma “x é
errado” está simplesmente a dizer “a minha sociedade reprova x”, e quando alguém
afirma “x é correto” está simplesmente a dizer “a minha sociedade aprova x”.
PESSOA 1- Relativismo
PESSOA 2- Estagiário
PESSOA 3- Estagiário
PESSOA 4- Objeções
PESSOA 5- Objeções
Guião:
2: (livro) “Iremos debruçar-nos sobre o problema da natureza dos juízos morais. Este problema
pode ser formulado conforme se segue: Qual é a natureza dos juízos morais? Para
compreender melhor este problema, temos de esclarecer a noção de juízo moral”.
(a pessoa 2 fecha o livro e faz um ar de confuso, dando a entender que não percebeu a parte
dos juízos morais)
2: Mas afinal o que é que é isto de juízo moral… mo moraaais… não estou é a perceber nada!
3: (Rindo-se) Mas essa é a parte mais fácil, eu posso explicar-te! Se começarmos por tentar
entender o que é um juízo chegamos facilmente à noção de juízo moral. Um juízo é uma
operação mental através da qual atribuímos um certo P a um dado S.
3: Exatamentee. Por exemplo, (diz apontando), quando digo: Esta mesa tem quatro pernas.
Estou a atribuir uma propriedade à mesa… logo efetuei um juízo, neste caso de facto, porque
me limitei a descrever o objeto que tenho à frente.
2: Então o juízo moral encaixa na categoria dos juízos de facto!?! Não me parece…
3: Nãooo. Os juízos morais fazem parte dos juízos de valor, sendo que a direção da adequação
destes parte do juízo para a realidade. Por sua vez, os juízos de moral dizem respeito àquilo
que devemos ou não devemos fazer.
2: Por exemplo, se eu disser que a escravatura é injusta, estou a abordar a noção de justo e
injusto…logooo acabei de formular um juízo moral.
3:Exatamente!
2: Eu sei que o problema que falaste no ínicio, o problema da natureza dos juízos morais, pode
ser divido em três perguntas filosóficas.
4: Se não são objetivamente verdadeiras nem falsas, então de que perspetiva depende a sua
verdade ou falsidade?
2: Quem és tu?
1: Eu sou o Relativismo, a tese que afirma, com efeito, que não existe verdade universal em
ética; existem apenas os vários códigos morais e nada mais. Além disso, o nosso próprio código
moral não tem um estatuto especial; é apenas um entre muitos.
3: Então podemos concluir que és a teoria que dá uma resposta afirmativa à pergunta “ Os
juízos morais são crenças?”, isto é, afirmas que estes correspondem a estados mentais com
conteúdo cognitivo, ou seja, faz sentido perguntarmos se são verdadeiros ou falsos!
4: Não! Isso é um desejo e a diferença é que neste caso, com essa proposição tu não pretendes
representar adequadamente a realidade, mas sim que essa tua vontade se realize.
1: Para um relativista, o significado dos termos que usamos para as propriedades morais, como
“certo” e “errado”, varia de contexto para contexto, pois resulta de uma construção social e
cultural.
2: Eu até acho que concordo contigo… Fui criado a achar que a moralidade é uma questão de
factos objetivos. Tal como a neve é branca,o infantícidio é errado. Concordo quando dizes que
as nossas atitudes variam de acordo com o espaço e o tempo.
3: As normas que me ensinaram são as normas da minha sociedade; outras sociedades têm
normas e perspetivas diferentes. Nada é objetivo, a moralidade é uma construção social. Tal
como iventam diferentes estilos de vestuário e alimentação, as comunidades também criam os
próprios códigos morais.
5: Por exemplo, em certos estados dos EUA, como o Alabama, Flórida, Texas, Arizona… ainda é
legal aplicar a pena de morte, ou seja, retirar a vida a um indivíduo passa a ser legal, quando
este é suspeito de ter cometido um crime considerado pelo poder/estado como
suficientemente grave e justo de ser punido de tal forma. No entanto, em países como
Portugal, esta punição foi abolida e a sociedade portuguesa reprova-a.
4: Outro exemplo que pode ser visto à luz do relativismo cultural está relacionado com a
poligamia. Existem culturas nas quais faz parte do estilo de vida que um homem tenha várias
esposas, como no Líbano, Líbia, Índia…
(2) Se culturas diferentes têm códigos morais diferentes, então não há uma verdade moral
objetiva, pois a verdade dos juízos morais é sempre relativa à cultura ou ao grupo social onde
estes são formulados, mais propriamente, ao código moral(ou conjunto de normas adotado)
pelos seus respetivos membros.
(3)Logo, não há uma verdade moral objetiva, pois a verdade dos juízos morais é sempre
relativa à cultura ou ao grupo social onde estes são formulados, mais propriamente ao código
moral(ou conjunto de normas) adotado pelos seus respetivos membros.
5: Há aí qualquer coisa que não bate certo. A segunda premissa do teu argumento é falsa, pois
o facto de haver culturas com códigos morais diferentes, não é uma condição suficiente para
que não haja uma verdade moral objetiva. Pode simplesmente dar-se o caso de haver culturas
com códigos morais errados. Para mim, a pena de morte nos EUA está totalmente errada, não
consigo perceber o que há de relativo nisso.
4: O facto de a maioria dos membros de uma sociedade estar disposta a aceitar uma
determinada opinião não nos permite concluir que ela é verdadeira. A maioria pode estar
errada, por ser ignorante acerca do assunto em questão. Tu achas mesmo que a Terra é plana
só porque afirmam tal coisa?
4: Ora aí está.
5: Se eu aceitasse essa tua ideia, isso implicaria que teríamos de tolerar culturas com
pressupostos morais condenáveis como a escravatura, perseguição religiosa, a discriminação
racial ou de género, etc… Achas isso correto? (pergunta ao 1)
1: Não mass…
4: E se eu te disser que a tua tese não deixa espaço para o pensamento crítico nem para a
melhoraria das sociedades?
O relativismo leva ao conformismo, pois acaba por conduzir a uma certa passividade perante
os valores de uma cultura… se a maioria aprova “x” eu terei de o aprovar também.