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1.

O problema da natureza dos juízos morais

Este problema pode ser formulado conforme se segue: “Qual é a natureza dos
juízos morais?”.
(compreensão de juízo moral)

Exemplo de juízo(s) de valor____________ prosseguir com a análise da


definição de juízos morais (exemplo e conceito)

PONTOS relacionados com o problema inicial

1- Os juízos morais são crenças? Não- “não cognitivistas” Sim- “cognitivistas”

Definição
2- Se são crenças, serão elas objetivamente verdadeiras ou falsas? ( Relativismo: Não)
3- Se não são objetivamente verdadeiras nem falsas, então de que perspetiva depende a
sua verdade ou falsidade?( Relativismo: de cada sociedade)

Cognitivismo

Pequena diferenciação entre esta ideia e o não cognitivismo

Relativismo
Ano e filósofos referentes
Sociedade e definição
Assim podemos considerar que, para um relativista: Quando alguém afirma “x é
errado” está simplesmente a dizer “a minha sociedade reprova x”, e quando alguém
afirma “x é correto” está simplesmente a dizer “a minha sociedade aprova x”.

(diálogo sobre a natureza da moralidade)

Argumento da diversidade cultural


As suas premissas e explicação

CRÍTICAS/ OBJEÇÕES AO RELATIVISMO- o argumento da diversidade cultural não é sólido


(relembrar a solidez dos argumentos) PESSOA 1

A maioria pode estar errada PESSOA 2

Impossibilita o progresso moral das sociedades PESSOA 3

Conduz ao conformismo PESSOA 4

PESSOA 1- Relativismo

PESSOA 2- Estagiário
PESSOA 3- Estagiário

PESSOA 4- Objeções

PESSOA 5- Objeções

Guião:

Os estagiários começam sentados no meio da sala, as objeções no ínicio começam a passar o


ppt e o relativismo fora da sala.

2: (livro) “Iremos debruçar-nos sobre o problema da natureza dos juízos morais. Este problema
pode ser formulado conforme se segue: Qual é a natureza dos juízos morais? Para
compreender melhor este problema, temos de esclarecer a noção de juízo moral”.

(a pessoa 2 fecha o livro e faz um ar de confuso, dando a entender que não percebeu a parte
dos juízos morais)

2: Mas afinal o que é que é isto de juízo moral… mo moraaais… não estou é a perceber nada!

3: (Rindo-se) Mas essa é a parte mais fácil, eu posso explicar-te! Se começarmos por tentar
entender o que é um juízo chegamos facilmente à noção de juízo moral. Um juízo é uma
operação mental através da qual atribuímos um certo P a um dado S.

2: Ahhh! P de propriedade e S de sujeito!

3: Exatamentee. Por exemplo, (diz apontando), quando digo: Esta mesa tem quatro pernas.
Estou a atribuir uma propriedade à mesa… logo efetuei um juízo, neste caso de facto, porque
me limitei a descrever o objeto que tenho à frente.

2: Então o juízo moral encaixa na categoria dos juízos de facto!?! Não me parece…

3: Nãooo. Os juízos morais fazem parte dos juízos de valor, sendo que a direção da adequação
destes parte do juízo para a realidade. Por sua vez, os juízos de moral dizem respeito àquilo
que devemos ou não devemos fazer.

2: Por exemplo, se eu disser que a escravatura é injusta, estou a abordar a noção de justo e
injusto…logooo acabei de formular um juízo moral.

3:Exatamente!

2: Eu sei que o problema que falaste no ínicio, o problema da natureza dos juízos morais, pode
ser divido em três perguntas filosóficas.

4: Os juízos morais são crenças?

5: Se são crenças, serão elas objetivamente verdadeiras ou falsas?

4: Se não são objetivamente verdadeiras nem falsas, então de que perspetiva depende a sua
verdade ou falsidade?

(Os dois estagiários começam a discutir sobre o assunto, em tom baixo)

(entra o 1 na sala e diz):

1: Depende de cada sociedade.

2: Quem és tu?
1: Eu sou o Relativismo, a tese que afirma, com efeito, que não existe verdade universal em
ética; existem apenas os vários códigos morais e nada mais. Além disso, o nosso próprio código
moral não tem um estatuto especial; é apenas um entre muitos.

3: Então podemos concluir que és a teoria que dá uma resposta afirmativa à pergunta “ Os
juízos morais são crenças?”, isto é, afirmas que estes correspondem a estados mentais com
conteúdo cognitivo, ou seja, faz sentido perguntarmos se são verdadeiros ou falsos!

5: Apetecia-me comer qualquer coisa… isto também é uma crença.

4: Não! Isso é um desejo e a diferença é que neste caso, com essa proposição tu não pretendes
representar adequadamente a realidade, mas sim que essa tua vontade se realize.

3: Por isso, és cognitivista.

1: Exato. Esta corrente de pensamento derivou das ideologias do subjetivismo da Antiguidade,


com o filósofo Protágoras de Abdera, havia uma escola filosófica que defendia esta visão. Já o
seu conceito foi enfatizado a partir de 1787, pelo filósofo alemão Immanuel Kant e mais tarde
desenvolvida por Franz Boas no séc. XX.

1: Para um relativista, o significado dos termos que usamos para as propriedades morais, como
“certo” e “errado”, varia de contexto para contexto, pois resulta de uma construção social e
cultural.

2: Eu até acho que concordo contigo… Fui criado a achar que a moralidade é uma questão de
factos objetivos. Tal como a neve é branca,o infantícidio é errado. Concordo quando dizes que
as nossas atitudes variam de acordo com o espaço e o tempo.

3: As normas que me ensinaram são as normas da minha sociedade; outras sociedades têm
normas e perspetivas diferentes. Nada é objetivo, a moralidade é uma construção social. Tal
como iventam diferentes estilos de vestuário e alimentação, as comunidades também criam os
próprios códigos morais.

5: Por exemplo, em certos estados dos EUA, como o Alabama, Flórida, Texas, Arizona… ainda é
legal aplicar a pena de morte, ou seja, retirar a vida a um indivíduo passa a ser legal, quando
este é suspeito de ter cometido um crime considerado pelo poder/estado como
suficientemente grave e justo de ser punido de tal forma. No entanto, em países como
Portugal, esta punição foi abolida e a sociedade portuguesa reprova-a.

4: Outro exemplo que pode ser visto à luz do relativismo cultural está relacionado com a
poligamia. Existem culturas nas quais faz parte do estilo de vida que um homem tenha várias
esposas, como no Líbano, Líbia, Índia…

1: Vejam o meu argumento principal, denominado por argumento da diversidade cultural:

(Este dá uma volta e o 2 começa a ler o argumento)

2: (1) Culturas diferentes têm códigos morais diferentes.

(2) Se culturas diferentes têm códigos morais diferentes, então não há uma verdade moral
objetiva, pois a verdade dos juízos morais é sempre relativa à cultura ou ao grupo social onde
estes são formulados, mais propriamente, ao código moral(ou conjunto de normas adotado)
pelos seus respetivos membros.
(3)Logo, não há uma verdade moral objetiva, pois a verdade dos juízos morais é sempre
relativa à cultura ou ao grupo social onde estes são formulados, mais propriamente ao código
moral(ou conjunto de normas) adotado pelos seus respetivos membros.

5: Há aí qualquer coisa que não bate certo. A segunda premissa do teu argumento é falsa, pois
o facto de haver culturas com códigos morais diferentes, não é uma condição suficiente para
que não haja uma verdade moral objetiva. Pode simplesmente dar-se o caso de haver culturas
com códigos morais errados. Para mim, a pena de morte nos EUA está totalmente errada, não
consigo perceber o que há de relativo nisso.

(o relativismo começa a tentar defender-se “mas… mas…”)

4: O facto de a maioria dos membros de uma sociedade estar disposta a aceitar uma
determinada opinião não nos permite concluir que ela é verdadeira. A maioria pode estar
errada, por ser ignorante acerca do assunto em questão. Tu achas mesmo que a Terra é plana
só porque afirmam tal coisa?

3: Claro que não!

4: Ora aí está.

5: Se eu aceitasse essa tua ideia, isso implicaria que teríamos de tolerar culturas com
pressupostos morais condenáveis como a escravatura, perseguição religiosa, a discriminação
racial ou de género, etc… Achas isso correto? (pergunta ao 1)

1: Não mass…

4: E se eu te disser que a tua tese não deixa espaço para o pensamento crítico nem para a
melhoraria das sociedades?

O relativismo leva ao conformismo, pois acaba por conduzir a uma certa passividade perante
os valores de uma cultura… se a maioria aprova “x” eu terei de o aprovar também.

3: Depois disto tudo, defendes o relativismo?

2: MMMMM tenho de pensar bem sobre o assunto

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