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Compreensão da experiência

valorativa
AXIOLOGIA

Ramo da Filosofia que estuda a Natureza


dos Valores.
• O que são valores?

• Qual a relação entre a ação humana e os


valores?

• Qual a diferença entre juízos de facto e juízos de


valor?

• Que tipo de valores existem?

• Quais as características dos valores?


VALORES: refletem preferências, uma rutura
com a indiferença.

Quando reconhecemos valor às coisas


(considerando-as boas, belas, justas ou
sagradas) inclinamo-nos a ter uma atitude
favorável em relação a elas, que se reflete nos
nossos atos, recomendações e escolhas.

HIERARQUIA DE VALORES – TÁBUA AXIOLÓGICA


Os valores refletem o que consideramos
importante na nossa vida – são critérios de
ação.

Os valores permitem-nos avaliar pessoas e


situações, e ajudam-nos a classificar as
coisas como boas ou más, o que é melhor
ou pior, desejável ou indesejável, benéfico
ou prejudicial.

Os valores dão-nos uma linha de rumo para


conduzirmos a nossa vida na direção do
que é importante.
-VALORES INTRÍNSECO

Quando algo tem valor por si.

Ex- Ética biocêntrica.

- VALOR INSTRUMENTAL.

Quando se reconhece valor a algo por ser


útil ou por ser um meio para alcançar algo
que é valioso em si.

Ex: Ética antropocêntrica.


VALORES E AÇÃO HUMANA- INTENÇÃO

- DESEJOS E CRENÇAS – Relação com o


problema do livre-arbítrio.
Os valores podem variar de sociedade para
sociedade, de época para época, de pessoa
para pessoa.

Os desacordos sobre questões morais como


o aborto, a eutanásia, etc., sugerem que os
juízos de valor podem ser diferentes dos
juízos de facto, cuja verdade não depende
do ponto de vista de cada um ou das suas
preferências.

Enquanto é objetivamente verdade que a


Terra é redonda, o mesmo poderá não ser o
caso com um juízo de valor como «abortar
é imoral».
O debate acerca da natureza dos juízos de
valor (sobre como poderemos distingui-los
dos juízos de facto) envolve dois aspetos
consensuais:

•os juízos de facto são completamente


descritivos, têm valor de verdade e são
objetivos;

(2) os juízos de valor são normativos (pelo


menos em parte).

Um juízo é descritivo quando diz como as


coisas supostamente são: a Terra gira em
volta do Sol. Um juízo é normativo quando
afirma como as coisas devem ser: o Ricardo
é honesto.
Os aspetos sobre os quais não há consenso
são:

(1)Serão os juízos de valor verdadeiros ou


falsos?

(1)Se os juízos de valor são verdadeiros ou


falsos, este valor de verdade é objetivo ou
subjetivo?
Os aspetos sobre os quais não há consenso
são:

Serão os juízos de valor verdadeiros ou


falsos?

Se os juízos de valor são verdadeiros ou


falsos, este valor de verdade é objetivo ou
subjetivo?
Uma verdade é objetiva quando se refere
às características do objeto e não depende
dos estados psicológicos da pessoa que faz
o juízo.

Uma verdade é subjetiva quando varia em


função dos estados psicológicos da pessoa
que faz o juízo (dos seus desejos e modo de
sentir).
- O problema dos critérios valorativos é o
problema de sabermos se existem critérios
objetivos para classificar os juízos de valor
como verdadeiros ou falsos ou se, pelo
contrário, esses critérios são subjetivos ou
relativos e, como tal, a verdade dos juízos
de valor depende das apreciações dos
sujeitos ou de convenções sociais.
- Este problema é importantíssimo em
todos os domínios (estética, religião, etc.)
mas assume maior importância no domínio
da moral: existem factos morais? Isto é,
quando é emitido um juízo de valor sobre
uma questão moral (a eutanásia, a
interrupção voluntária da gravidez, etc.) é
possível classificar esse juízo como
objetivamente verdadeiro ou falso? Ou
será que tudo depende da aprovação de
cada pessoa ou de cada sociedade?
Teorias acerca da questão dos critérios:

Emotivismo

Subjetivismo

Relativismo Cultural

Objetivismo
O emotivismo é a teoria que defende que os
juízos de valor exprimem sentimentos (de
agrado e desagrado), não sendo verdadeiros
nem falsos.

Não existem factos morais que possam ser


conhecidos; há apenas diferentes atitudes
que se traduzem em diferentes exclamações
emocionais.
Para o emotivismo:

■ «X é um bem» significa «Viva X!»

■ «X é um mal» significa «Abaixo X!»

A razão não desempenha qualquer papel


na formação ou na justificação dos juízos
morais.
O subjetivismo é uma teoria que defende
que há factos morais que os juízos de valor
descrevem, o que os torna verdadeiros ou
falsos.

Os factos morais não fazem parte do mundo


exterior, mas são constituídos por estados
psicológicos (sentimentos de agrado ou de
desagrado) que caracterizam o sujeito que
formula o juízo.
Para o subjetivismo:

■ «X é um bem» significa «Eu aprovo X»;

■ «X é um mal» significa «Eu desaprovo X».


ARGUMENTOS A FAVOR DO SUBJETIVISMO
ARGUMENTO DA LIBERDADE E TOLERÂNCIA
O subjetivismo torna possível a liberdade.

O subjetivista pode alegar que, se as


distinções entre o certo e o errado não
forem fruto dos sentimentos de cada pessoa,
então serão imposições exteriores que
limitam as possibilidades de ação de cada
indivíduo. Pressupõe, portanto, que agimos
livremente apenas quando damos voz
aos nossos sentimentos e agimos de acordo
com eles.
- O subjetivismo promove a tolerância entre
pessoas com convicções morais
diferentes.

Quando percebemos simultaneamente que


as distinções entre o certo e o errado
dependem dos sentimentos de cada pessoa,
e que os sentimentos de uma não são
melhores nem piores que os de outra,
tornamo-nos mais tolerantes, mais capazes
de aceitar como legítimas as opiniões e as
ações que vão contra as nossas preferências.
OBJEÇÕES AO SUBJETIVISMO
- Permite que qualquer juízo de valor seja
verdadeiro;

Se uma pessoa pensa que devemos torturar


inocentes, então para essa pessoa é
verdade que devemos torturar inocentes.
Se uma pessoa pensa que é errado ajudar
os outros, então para essa pessoa é
verdade que é errado ajudar os outros.
Assim, o subjetivismo parece fazer da
ética um domínio completamente
arbitrário. À luz desta teoria, nenhum
ponto de vista, por muito monstruoso ou
absurdo que seja, pode ser considerado
realmente errado ou pelo menos pior do
que pontos de vista alternativos.

Estaremos dispostos a aceitar isto?


-A educação moral resume-se a ensinar a
agir de acordo com as nossas crenças;.

Por exemplo, se educarmos as crianças de


acordo com a perspetiva subjetivista,
teremos de ensinar-lhes apenas a seguir os
seus sentimentos, a orientar-se em função
daquilo de que gostam e de que não gostam.
Teremos de lhes dizer que qualquer
comportamento que venham a ter é
aceitável, bastando para isso que esteja de
acordo com os seus sentimentos. Se uma
criança tiver um sentimento profundamente
negativo em relação à escola, provavelmente
pensará que não há mal algum em faltar às
aulas. E o subjetivista terá de aceitar que,
para ela, é verdade que não há mal algum
em faltar às aulas.
-Tira todo o sentido ao debate racional sobre
as questões morais;

-Para o subjetivista, as noções de certo e


errado, bem e mal, são criações dos
indivíduos que resultam apenas das suas
preferências, desejos ou sentimentos. Assim,
um subjetivista terá de acreditar que
qualquer tentativa de debater racionalmente
uma questão moral é perfeitamente inútil,
uma vez que não há qualquer verdade
independente dos sentimentos de cada
indivíduo que possa ser demonstrada
através do debate. Cada indivíduo limitar-se-
á a defender as posições que estiverem de
acordo com os seus sentimentos.

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