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Apresentação oral de Filosofia

O tema que eu escolhi apresentar é o problema da natureza dos juízos morais.


Como seres racionais que somos, todos temos opiniões. Ao exprimir essas opiniões estamos a
emitir juízos. Esses juízos podem ser juízos de facto ou juízes de valor tendo em conta a sua
abordagem.
Quando digo que “Há vida inteligente fora do planeta Terra” estou a emitir um juízo de facto,
isto é, tento descrever a realidade. Este tipo de juízos são objetivos e tem um valor lógico, ou
seja esta frase é uma proposição.
Quando digo que “a palavra de Deus é sagrada”, já estou a falar de um juízo de valor pois
envolve uma apreciação positiva ou negativa da realidade por exemplo, sobre o certo ou errado,
sobre o bem ou o mal e neste caso sobre o que consideramos sagrado ou profano. Estes juízos
podem ou não ter valor de verdade e tendo valor de verdade podem ser subjetivos ou
objetivos.
Os juízos de valor podem ser morais, estéticos ou religiosos. Nesta apresentação vou falar dos
juízos morais.
Se os juízos morais não tiverem valor de verdade, dizemos que são abordados por teorias não
cognitivistas como na frase “Quem me dera que ninguém tivesse de passar por isto”, pois como
aprendemos nas aulas, desejos não exprimem proposições.
Se os juízos morais tiverem valor de verdade podemos dizer que são abordados por teorias
cognitivistas. Se forem subjetivos podem ser considerados um Subjetivismo Moral ou
Relativismo Moral. Se forem objetivos são considerados um Objetivismo Moral.
Cada uma destas abordagens tem teses que defendem e consequentemente, argumentos e
objeções a favor ou contra elas.
O subjetivismo moral defende duas teses: os juízos morais têm valor de verdade como já disse
em cima e esse valor depende do estado mental do sujeito que o avalia.
Os seus argumentos a favor são o argumento do desacordo que quer dizer que cada pessoa
pode ter uma opinião diferente e o argumento da ausência de prova que diz que fala da
dificuldade em provar os juízos morais.
Objecções são Nenhum destes argumentos são sólidos, pois só por haver diferentes opiniões não quer
dizer que não haja verdades objetivas.
O relativismo Moral defende duas teses: tal como o subjetivismo os juízos morais têm valor de
verdade e esse valor é relativo aos diferentes códigos morais. É aí que está a diferença entre o
Subjetivismo e o Relativismo Moral.
Os argumentos a favor são o da diversidade cultural e o da tolerância. O primeiro argumento é
onde se baseia o relativismo moral: cada cultura tem opiniões diferentes dependendo de cada
código moral. No segundo argumento estamos a dizer que quem não aceita o relativismo é
intolerante.
Como objeções, podemos afirmar que os seus argumentos apresentam fragilidades e facilmente
encontrámos contraexemplos que refutem a sua solidez.
O objetivismo Moral defende duas teses: os juízos morais têm valor de verdade e esse valor é
objetivo, ou seja, não depende de cada pessoa nem de diferentes códigos morais.
Os argumentos que o sustentam são o da racionalidade, da imparcialidade e da
universalizabilidade.
As suas objeções vão de encontro direto contra estes argumentos.

Por fim vou dar um exemplo:


Exemplo: Os abortos são moralmente corretos
Tendo em conta o subjetivismo moral, este argumento pode ser verdadeiro ou não dependendo
de cada pessoa.
Tendo em conta o relativismo moral, este argumento pode ser verdadeiro ou não dependendo
dos diferentes códigos morais.
Tendo em conta o objetivismo moral, este argumento pode ser verdadeiro ou falso
independentemente das convicções de cada um ou de cada comunidade.

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