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Escola Básica e Secundária de S.

Sebastião, Mértola
Ano Letivo 2019/2020
Disciplina de Filosofia – 10º Ano Turmas A e B
Ficha Informativa e de exercícios - Docente Rui Nunes Kemp Silva – outubro de 2019
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«Concordo e cedo sempre que me falam de argumentos. Tenho prazer em ser vencido quando quem me vence é a Razão, seja qual for o
seu procurador». Fernando Pessoa

Problemas e disciplinas filosóficas - Exercícios

I - o que é um problema filosófico?

O que é um problema filosófico? É um problema conceptual que só se pode resolver mediante o uso do pensamento puro, da
argumentação e reflexão crítica - é um problema geral, abstrato, e é universal na medida em que interessa e é comum a todos os
seres humanos, referindo-se ao sentido e valor que as coisas têm para nós, apelando à autonomia pessoal de cada sujeito. Um
problema filosófico é aberto dado que pode ser resolvido segundo múltiplas perspetivas teóricas ou teses.
Identificar um problema filosófico significa indicá-lo ou nomeá-lo de modo simples, por exemplo, num texto filosófico: «Este
texto refere-se ao problema do livre-arbítrio». A formulação de um problema filosófico faz-se por meio de uma questão, embora
não seja obrigatório fazê-lo: podemos descrevê-lo nos termos que o definem.
Por exemplo, (a) «Será que somos livres ou determinados?»; (b) «O problema do livre-arbítrio é discutido na disciplina da
Metafísica e consiste em saber se os seres humanos são dotados de vontade livre ou se, pelo contrário, tudo no mundo acontece
segundo nexos de causa/efeito que eliminam a liberdade humana – tudo é determinado».
Outro aspeto, bem diferente, é tentar mostrar a relevância de um problema filosófico e que relação estabelece com outros
problemas filosóficos ou até com questões não filosóficas, como as questões científicas. Por exemplo, a relevância do problema
metafísico do livre-arbítrio pode explicar-se assim: é importante saber se somos livres ou determinados porque os seres humanos
acreditam que controlam totalmente as suas vidas, é uma das crenças mais básicas que estrutura a existência humana.
Também podemos mostrar a relação que o problema filosófico do livre-arbítrio tem com outros problemas: se respondermos
que não há liberdade e tudo é determinado, então o problema de saber o que é uma ação, e o que é uma ação responsável, deixa
de fazer sentido: ninguém seria responsável se não agisse livremente (os problemas da filosofia da ação não teriam fundamento
se a noção de agente livre desaparecesse). E quanto às leis do Direito e a existência de responsabilidade criminal? Se ninguém é
livre, ninguém é criminalmente responsável ou imputável pelos seus atos? Logo, que fundamento teria a existência de leis e de
tribunais? Do mesmo modo, o problema do livre-arbítrio relaciona-se com o problema do mal, que é tratado na filosofia da
religião. Uma das respostas clássicas para mostrar a origem do mal diz respeito às escolhas livres dos seres humanos: se o mal
existe no mundo, Deus não é o seu autor, mas a sua causa é o livre-arbítrio humano. Ora, se a resposta metafísica ao problema
do livre-arbítrio mostrar que os seres humanos não são livres, isso significa que a origem do mal está em Deus e, portanto, não
parece ser logicamente aceitável defender a existência de um Ser que é omnipotente e infinitamente bom e permite tanto mal e
sofrimento no mundo. Repare-se que ao defender uma dada tese estamos também a extrair consequências.
Os problemas filosóficos podem também articular-se com problemas científicos: o problema do livre-arbítrio pode relacionar-se
com a questão científica de saber qual é região cerebral pelo controlo da ação voluntária, ou com a questão científica de saber se
o mal humano é determinado por causas neurológicas (como os comportamentos de sociopatia ou psicopatia). Também se pode
articular o problema da existência de Deus com as investigações neurológicas em pessoas que sofrem crises epiléticas dos lobos
temporais, em concreto, para determinar se existe algo «disfuncional» no cérebro dessas pessoas que explica certas experiências
religiosas de êxtase místico (estado de prazer e arrebatamento intensos).
Os problemas filosóficos são formulados através de questões e estas são respondidas através daquilo que em filosofia se
chama «tese». Em filosofia debatem-se problemas pelo confronto de teses opostas na tentativa de descobrir qual delas é a
verdadeira ou a mais plausível. As teses são defendidas ou atacadas por meio de argumentos. Expressam-se por proposições e
estas só o são se forem frases declarativas com sentido (excluem-se outros tipos de frases) e que têm valor de verdade e
conteúdo epistémico/valor cognitivo (as proposições afirmam categoricamente algo acerca de algo e podem ser verdadeiras
ou falsas). Por exemplo: (a) - «Se todos devemos ser tolerantes, há que respeitar as diferenças culturais»; (b) - «Há crenças e
práticas culturais que são imorais e não merecem o nosso respeito (tolerância)».
Exercícios de revisão

1. A tese: «Todas crenças verdadeiras têm origem empírica» é estudada na disciplina de…

A. Filosofia da Arte.
B. Axiologia.
C. Metafísica.
D. Epistemologia.
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2. A tese: «O bem a promover no mundo é o bem-estar de todos os indivíduos afetados pelas nossas escolhas – e nada
mais se exige como norma ética de vida aos sujeitos racionais livres» é discutida no contexto da…

A. Metaética.
B. Ética Aplicada.
C. Ética Normativa.
D. Filosofia Política.

3. A tese agnóstica defende que «sobre realidades divinas transcendentes nada se sabe» e é investigada na disciplina…

A. Filosofia Moral ou Ética.


B. Filosofia Política.
C. Filosofia da Religião.
D. Axiologia.

4. A tese: «As inferências ou raciocínios válidos são fórmulas bem formadas a partir dos princípios da razão» é discutida no
âmbito…

A. Filosofia da Ação.
B. Epistemologia.
C. Filosofia da Ciência.
D. Lógica.
Exercícios de revisão II

1. Uma questão que se pode colocar no âmbito da filosofia consiste em verificar se o homem, enquanto ser capaz de agir, é
diferente em relação aos animais. Em que área da filosofia pode esta questão ser investigada? R:

2. Saber se o ouro possui em si mesmo propriedades que o tornam valioso, ou se certos objetos são valiosos independentemente
do que as pessoas pensam ou acreditam subjetivamente, é uma questão que se analisa no âmbito de uma disciplina filosófica.
Qual? R:

3. Tomar uma decisão fundamentada sobre se é legítimo aplicar ou não a eutanásia numa sociedade é uma questão que se
investiga numa disciplina específica da Filosofia. Qual é? R:

4. «Será que a fé exclui toda a racionalidade na relação do homem com o sagrado?» Esta questão é analisada na disciplina
filosófica da Ética. Concorda? Porquê? R:

5. «Será que temos liberdade ou todas as nossas acções não passam de uma mera ilusão?» Em que área da filosofia se estuda
esta questão? E por que razão esta questão filosófica é relevante? R:

6. «Os céticos defendem, radicalmente, que as nossas crenças nunca estão justificadas, e por isso devemos abandonar as
nossas pretensões ao conhecimento». Em que área da filosofia se estuda esta questão? E por que razão é uma questão
relevante? R:

7. Será aceitável desobedecer às leis de um Estado quando estas são vistas como injustas e danosas para a vida dos cidadãos?
Há algum fundamento aceitável para a desobediência civil? Este problema é tratado no âmbito de uma disciplina filosófica. Qual
é? R:

II - A dimensão discursiva do trabalho filosófico


(consultar as páginas 29 a 42 do livro de filosofia)

A filosofia é um debate crítico de ideias que se materializa num discurso argumentativo. Para filosofar é preciso saber testar as
ideias, crenças, opiniões que defendemos ou que pretendemos criticar. Existem instrumentos lógicos que nos ajudam a discutir
e avaliar os problemas, teorias e argumentos filosóficos. A lógica refere-se à dimensão discursiva, o discorrer da razão, do
«logos», é relativa ao estudo desses meios ou instrumentos lógicos, quer formal, quer informalmente.

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O pensamento humano é estruturado por uma lógica natural bivalente, quer dizer, o que pensamos ou é verdadeiro ou falso. A
lógica investiga as condições, as regras e princípios para fazermos um uso correto da razão. Existem três princípios lógicos que
garantem unidade e coerência ao pensamento:

– Princípio da Identidade: o que é, é; o que não é, não é – uma coisa é idêntica a si própria – ‘(p → p)’;
– Princípio da não-contradição: uma mesma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo; A não pode ser A e não-A
simultaneamente; uma proposição (e a sua negação) não pode ser verdadeira e falsa em simultâneo – ‘~(p ˄ ~p)’.
– Princípio do terceiro-excluído: o conteúdo proposicional do nosso pensamento é verdadeiro ou é falso, o terceiro valor é
excluído – ‘(p v ~p)’.
Qualquer infração a um destes princípios lógicos representa um uso incorreto e falacioso do pensamento, tornando-o incoerente
ou irracional. Uma falácia (ou paralogismo) é por isso mesmo um erro ou lapso lógico.
Acrescenta-se ainda um quarto princípio da razão de tipo metafísico e epistemológico, a saber, o princípio da razão suficiente,
e que estipula um modo de compreender o mundo: nada acontece no mundo que não tenha uma causa ou razão explicativa, ou
seja, nada acontece por acaso ou é fruto de processos aleatórios. É alvo de disputa filosófica afirmar a existência de tal princípio,
pois pressupõe implicitamente uma conceção determinista do universo.
Todo o pensamento começa com conceitos, relaciona-os entre si para formar juízos, e estes são, por sua vez, encadeados
em raciocínios. Os meios lógicos de que se serve a razão discursiva são três: conceitos (ou termos), juízos (ou proposições)
e raciocínios (ou argumentos).

Conceito = É uma representação simbólica mental geral e abstrata que define o que uma coisa é quanto ao seu significado, e
o que há de essencial num objeto. Representa porque «está no lugar da coisa ou objeto a que se refere», e indica as
características que são permanentes, imutáveis e comuns a toda uma classe de realidades da mesma espécie. Um conceito é
válido desde que não seja autocontraditório, quer dizer, é uma realidade mental possível de ser pensada, concebida com sentido.
Os conceitos não são verdadeiros nem falsos – são válidos ou inválidos, possíveis ou impossíveis, de serem pensados: um
conceito é um ser possível, uma entidade mental. Exemplos: «extraterrestre»; «círculo-quadrado»; «buraco negro»; «hipercubo»,
«livro», «computador», «Ser».
Os conceitos são o meio pelo qual criamos um reconhecimento básico do mundo, criamos conceitos por abstração da
experiência e estabelecemos uma ligação do seu significado geral e mental a uma palavra, evocando deste modo a ideia
associada. Mas os conceitos não são palavras, nem termos linguísticos – são entidades (seres) mentais. Há diferentes palavras
para o conceito ‘cão’: ‘chien’, ‘perro’, ‘dog’, e ‘inu’. Mas só há um conceito que é universal a todas as línguas. Os conceitos são o
princípio de todo o conhecimento, da própria filosofia, permitem-nos identificar e distinguir as coisas ou realidades do mundo na
experiência quotidiana. «Ver» é conhecer por meio de conceitos. Criar novos conhecimentos é imaginar novas redes conceptuais.
É muito discutível em filosofia a origem epistemológica dos nossos conceitos. Os termos são a expressão linguística dos
conceitos, o seu significado presente na linguagem - os conceitos são os entes ou seres mentais. As proposições são compostas
por conceitos. Por absurdo, o que seria um mundo visto sem a capacidade usar os nossos conceitos? O fenómeno da «visão
cega» («blindsight»), estudado na neurociência, dá-nos uma aproximação paradoxal a essa possibilidade: vemos mas não
vemos o real.
Os conceitos possuem duas características: a compreensão (ou significado) e a extensão (o universo dos seres ou realidades
que são abrangidas). Os conceitos mais amplos, ou mais gerais, têm maior extensão, pois aplicam-se a um número maior de
elementos. Os conceitos mais restritos ou menos gerais, têm menor extensão mas possuem maior compreensão. Por exemplo, os
termos «conhecimento» e «conhecimento filosófico» designam conceitos com extensão e compreensão diferentes. O termo
«conhecimento filosófico» tem menor extensão e maior compreensão do que o termo «conhecimento», pois este último refere-se
a todos os tipos de conhecimento. O termo «conhecimento filosófico» diz mais, possui um significado mais preciso e especifica o
tipo de conhecimento que pertence ao domínio da filosofia, diz-se por isso que é mais compreensivo.
Definir um conceito é dizer qual é o atributo ou predicado que o caracteriza e, por essa razão, é predicável a todos os seus
elementos. Os filósofos, quando argumentam, procuram boas definições para os conceitos que formulam. Há três condições para
obter uma boa definição: a definição deve convir apenas ao conceito a definir, não pode ser demasiado ampla (para não
abranger elementos que não pertencem à extensão do conceito), nem deve ser demasiado restrita (para não excluir nenhum dos
elementos abrangidos por essa extensão). Por último, a definição tem de ser mais clara do que o conceito a definir e não deve ser
formulada pela negativa (dizer que algo é o que é, é defini-lo; dizer que algo é, por aquilo que não é, não é dizer o que esse algo
é). Assim, das quatro definições de filosofia, só uma delas é correta. (1) A filosofia é uma atividade racional, argumentativa, radical
e crítica que debate exclusivamente questões filosóficas; (2) a filosofia é uma atividade filosofante; (3) a filosofia é uma forma de
conhecimento; (4) a filosofia é uma forma de conhecimento não científico e não empírico. Porquê?
Juízo ou proposição = é uma relação lógica entre ideias ou conceitos, expressa através de frases de tipo declarativo com
sentido (e só estas). A proposição é o pensamento que uma frase declarativa exprime literalmente, e esta pode ser verdadeira ou
falsa, consoante esteja de acordo ou não com a realidade empírica. Tanto o juízo como a proposição referem-se ao processo
lógico e mental de relação entre conceitos/ideias. Diferentes frases ou sentenças (preposições) linguísticas podem referir-se ao
mesmo conteúdo proposicional. O juízo é uma relação de atribuição de um predicado a um sujeito e pode ser analisado segundo

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duas propriedades: a quantidade e a qualidade. Pela quantidade os juízos podem ser universais (tipo A ou E), particulares (tipo I
ou O) e singulares; pela qualidade, podem ser afirmativos ou negativos. Também existem outras classes de proposições, as
condicionais, de tipo «Se P então Q»: «Se o ser humano é livre (P) então é responsável pelas suas ações (Q)».
Noção de tese = Em filosofia, uma tese é uma posição filosófica acerca de um dado problema ou questão, que é proposta para
provar que uma ideia é verdadeira ou falsa, e apela a razões ou argumentos, a favor ou contra essa ideia. As teses são as
respostas filosóficas para os problemas e são expressas através de proposições. A negação de uma tese é outra tese, chamada
antítese. As teses são formuladas pelos filósofos a propósito de um problema, como, por exemplo, o problema metafísico da
liberdade e do determinismo: «Se o determinismo é verdadeiro, então, não há liberdade». Mas, outro filósofo poderia
contrapor e sugerir outra tese oposta: «O determinismo é verdadeiro, mas existe liberdade». E outro filósofo poderia ainda
propor outra tese: «O determinismo não é verdadeiro e só existe liberdade». E outro podia também declarar: «Não há
liberdade nem determinismo – tudo é fatalmente irreversível». O que se faz em seguida é analisar criticamente os
argumentos avançados em suporte de cada uma das teses em confronto.
Argumento ou raciocínio = é um encadeamento lógico entre juízos ou proposições (as premissas) com o objetivo de afirmar
uma outra proposição que se chama conclusão. Os argumentos podem ser dedutivos, indutivos e analógicos. Um argumento
dedutivo é válido na seguinte condição: necessariamente, se as premissas são verdadeiras, e a forma lógica é correta, então a
conclusão é verdadeira. Um argumento é uma unidade lógica de encadeamento entre premissas e conclusão, uma relação de
suporte ou sustentação: não há argumento só com premissas (ou sem uma conclusão). O número de premissas dos argumentos
é finito. Argumentar é inferir, isto é, derivar uma (e única) conclusão a partir de um conjunto (finito) de premissas. Os argumentos
são válidos ou inválidos, ao passo que as proposições são verdadeiras ou falsas. Podemos dizer que uma premissa de um
argumento é verdadeira ou falsa, pois é uma proposição, ou até afirmar que uma conclusão é verdadeira ou falsa (pois é também
uma proposição).

«Todos os portugueses são europeus. Ora, João é português. Portanto, João é europeu».

Outro exemplo de argumento válido.

«Se a filosofia é uma atividade crítica, então o dogmatismo é uma tese errada sobre o valor do conhecimento. Ora, o
essencial da filosofia é a atividade crítica. Portanto, a tese dogmática sobre o valor do conhecimento é errada.»

Refutar = é o ato de mostrar, provar, que uma dada opinião, crença, tese, ou a conclusão de um dado argumento, é falsa.

Contraexemplo = é um processo de refutação de proposições ou juízos de tipo universal ou condicional, mostrando que são
falsas. Por exemplo, ao afirmar condicionalmente que «Só tem direitos quem tem deveres», podemos mostrar que a afirmação
é falsa por meio de um contra-exemplo: «um bebé ou uma criança recém-nascida não tem deveres, mas tem direitos», o que
refuta a proposição anterior, mostrando a sua falsidade.

Contra-argumento = é um processo de refutação em que se apresenta um argumento com o objetivo de derrotar e mostrar a
falsidade da conclusão de outro argumento, contestando igualmente a veracidade das premissas. Eis um exemplo de um contra-
argumento. Suponha-se que um filósofo apresenta este argumento em apoio da sua tese central: a imoralidade da pena de morte.

«Se a vida humana é um valor absoluto, então a pena de morte é imoral. Ora, a vida humana é um valor absoluto.
Portanto, a pena de morte é imoral.»

Um contra-argumento pode ser o seguinte:

«A vida humana é um valor absoluto, mas a pena de morte não é imoral. Ora, dado que a vida humana é um valor
absoluto, conclui-se que a pena de morte não é imoral.»

Explicação: nega-se a tese, embora se admita que a vida humana é um valor absoluto, isto é, da suposição de que a vida
humana é um valor absoluto não se segue a imoralidade da pena de morte.
Regra a reter: a negação de qualquer tese expressa em proposição condicional («Se S é P») faz-se sempre pela negação do
consequente («P»), ou seja, admite-se «S, mas não é facto que P», isto é, rejeita-se o consequente da tese.

A afirmação de uma tese filosófica pressupõe sempre uma consequência a partir de uma dada condição. Nega-se a tese pela
negação dessa consequência.
Outro exemplo. Suponha-se a seguinte tese: «Se Deus não existe, a vida não faz sentido». A negação da tese é: «Deus não
existe, mas a vida faz sentido».

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