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Filosofia

1ª SÉRIE
SEMANA 24

Olá estudante!

Esta semana vamos estudar na Aula Paraná de Filosofia sobre Formas de conhecimento. Para ajudar em seus
estudos, você está recebendo o resumo dos conteúdos. Relembrando que teremos 2 aulas e vamos tratar
sobre:

AULA: 47 Formas de conhecimento: Mitologia, Senso Comum e Filosofia


AULA: 48 Formas de Conhecimento: Ciência e Religião

Uma situação problemática ou um problema (questionamento) é o ponto de partida para que haja
qualquer tipo de conhecimento. Deste modo, o conhecimento é aquilo que resulta como resolução ou
resposta para um problema. Por exemplo, quando você está com fome isto é um problema. Já a forma de
resolução deste problema, a fome, depende das condições para saná-lo, pois se você está em casa sua
resposta será diferente do que se você estiver passeando em sua cidade. A teoria do conhecimento ou
Gnosiologia (do grego gnosis, "conhecimento", e logos, "discurso") é a matéria que em filosofia se volta para
compreender a natureza, formas, possibilidade e validez do conhecimento.
Com respeito a resposta que você emprega para sanar seus problemas, ela indica o tipo de
conhecimento que é empregado. Para que possamos entender, o problema de sua fome em sua casa
demanda um tipo de conhecimento para ser resolvido, o Senso comum. Porém, se sua questão for sobre as
causas da crise hídrica no Paraná, então terá que recorrer a outro tipo de conhecimento, a Ciência, neste
caso. Com isso, devemos compreender que os tipos de conhecimentos têm por base objeto específico para
ser conhecido por um sujeito que busca conhecer. Neste ponto, faz importante saber que o que permite que
possamos a refletir a respeito do conhecimento exige dar conta do aspecto do sujeito do conhecimento
(aquele que sabe que conhece) , do objeto do conhecimento (aquilo que se dá a conhecer) e principalmente
na compreensão de que o conhecimento em si é a relação entre este sujeito e o objeto.
Ao falarmos em tipos de conhecimento, destacamos mais especificamente: o conhecimento do
Senso Comum, Religioso, Mitológico, Filosófico, Científico. Com isso não significa que somente estes são
conhecimentos, mas significa que estes englobam, em sua maioria, as disciplinas que recorrentemente se
utilizam deles para darem respostas aos problemas que nos deparamos em nosso cotidiano.
De acordo com o pensador G. Vico, o senso comum é um julgamento sem qualquer reflexão,
comumente sentido por toda uma classe, todo um povo, toda uma nação, ou por todo o gênero humano.
Segundo Heidegger, nós nos movimentamos no nível de compreensão do senso comum à medida que nós
cremos em segurança no seio das diversas “verdades” da experiência da vida, da ação, da pesquisa, da criação
e da fé. O senso comum é um julgamento irrefletido, que, uma vez compartilhado por muitos homens no
âmbito da cultura como crença cotidiana, é tido como óbvio e permanece inquestionado. A filosofia, porém,
é um movimento radical de autonomia do homem baseado no exercício do pensamento, do questionamento.
Por isso, a filosofia se põe de maneira crítica frente às pretensões do senso comum.
O senso comum é a base fundadora para todos os demais conhecimentos. Enquanto saber ele
responde as questões de maneira prática ou pragmática. Contudo, no âmbito teórico são somente duas suas
condições de respostas: segundo o senso comum, “Algo é assim, porque sim” ou “Algo não é assim, porque
não”. Portanto, faz-se necessário outros tipos de conhecimentos que supram a necessidade humana em
conhecer, em propor soluções para seus problemas e, deste modo, organizar sistematicamente a realidade
que o lhe cerca. Assim, as questões que o senso comum não dá conta de explicar, são questionamentos que
necessitam o surgimento de outros tipos de conhecimentos.
O conhecimento mitológico é um conhecimento sistematizado, ou seja, que busca a superação do
senso comum. A mitologia para formular seu conhecimento necessita dois elementos ou critérios, a saber, a
Fantasia (o fantástico) e a Sensibilidade (o sensível). São características do conhecimento mítico: o sistema
de crenças, narrativa, atribuir explicações e tradição oral.
O conhecimento religioso na vivência da religiosidade busca, enquanto doutrina explicar a realidade
de acordo com o que embasa a fé. A palavra religião (do latim, religio) possui a noção de religar, sob este
sentido a fé e crença são meios pelos quais se busca uma religação ou ligação com o que se julga sagrado.
Enquanto concepções de verdades não-demonstráveis, porém, afirmadas e defendida, os dogmas (noção
que se diz verdadeira, porém sem demonstrar) são as principais teorias do conhecimento religioso.
Já o conhecimento filosófico: é aquele que almeja a busca pela verdade em um discurso que prime
pelos critérios da Racionalidade (o discurso lógico racional é o encadeamento válido das ideias, pela
Universalidade (explicação filosófica é generalística e pretende expor todas as situações possíveis sobre o
caso analisado), Objeto da filosofia é tudo, isto é, toda coisa pode ser investigada pela filosofia de modo
perguntante. Por fim, quanto a Finalidade (escopo) como qualquer conhecimento, a filosofia almeja e atinge
um ponto mais elevado do que aquilo que motivou o questionamento, porém a filosofia não está salva atingir
o escopo (cume) de seu conhecimento com outra questão.
Ao que se refere ao conhecimento científico, a ciência busca a sistematização e investigação sobre
todos os fenômenos naturais observáveis, seguindo os critérios da Experimentação (dados empíricos a
formar o conhecimento), da Metodologia ou método que é a palavra de ordem na ciência (um “passo a
passo” demonstrar o caminho seguido) da Lei ou teoria científica (criação de uma sentença geral que
submeta todos os fenômenos do gênero)
Quando você busca compreender o fenômeno do conhecimento, precisa entender que a ignorância
é o estado que nos encontramos quando não conhecemos algo. A intenção em saber resolver algum
problema (prático ou teórico) nos impulsiona a buscar conhecimento e superar a ignorância. Deste modo,
sob vários aspectos o ser humano almeja conhecer para não ficar refém da situação que ele não domina, pois
não conhece o que dela pode resultar.
Quanto solucionamos uma problemática (teórica ou prática), pensamos ter adquirido conhecimento
ou, podemos dizer que tomamos ciência 2 da situação. Desde modo, se possuímos conhecimento atribuímos
o valor de verdade ou verdadeiro a ele, mas se nos equivocamos dizemos que o conhecimento é falso, o que
significa dizer: não é conhecimento, mas opinião ou mesmo equívoco (erro).
Existem inúmeros tipos de conhecimento, no entanto, para fins de nossos propósitos, elencamos
cincos; são eles: Senso comum, Conhecimento Mitológico, Conhecimento Religioso, Conhecimento Científico
e Conhecimento Filosófico. Sem jamais esquecer que não há um saber superior ao outro, porém todos os
conhecimentos são diferentes entre si, dados os critérios que lhes são específicos.
Escola/Colégio:
Disciplina: Ano/Série:
Estudante:
LISTA DE EXERCÍCIOS
AULA – 47
1. De acordo com o pensador G. Vico, o senso comum é um julgamento sem qualquer reflexão, comumente
sentido por toda uma classe, todo um povo, toda uma nação, ou por todo o gênero humano. Segundo
Heidegger, nós nos movimentamos no nível de compreensão do senso comum à medida que nós cremos em
segurança no seio das diversas “verdades” da experiência da vida, da ação, da pesquisa, da criação e da fé.
M. Heidegger. Sobre a essência da verdade. São Paulo 1970, p. 18 (com adaptações).
A propósito dessas informações acerca do significado do senso comum, problematizado pela filosofia,
assinale a opção correta.
A) Enquanto o senso comum é um conhecimento seguro, a filosofia é um pensamento inseguro. Logo, a
filosofia deve ser rejeitada como perigosa para o homem do cotidiano.
B) O senso comum reflete, argumenta e justifica suas crenças.
C) O senso comum é convicção arraigada, crença partilhada com segurança pelos homens, na vida, na ação,
na pesquisa, na criação e na fé. A convicção é fundamental ao pensamento e, portanto, o senso comum se
identifica com o pensamento filosófico.
D) É com o senso comum que o homem enfrenta, no cotidiano, os seus problemas imediatos. O senso comum
antecede todo o filosofar. Devido a essa anterioridade e ao seu caráter de convicção inquestionada, ele deve
ser considerado como critério de julgamento, como princípio dirimente de todas as dúvidas teóricas.
E) O senso comum é um julgamento irrefletido, que, uma vez compartilhado por muitos homens no âmbito
da cultura como crença cotidiana, é tido como óbvio e permanece inquestionado. A filosofia, porém, é um
movimento radical de autonomia do homem baseado no exercício do pensamento, do questionamento. Por
isso, a filosofia se põe de maneira crítica frente às pretensões do senso comum.

2. De acordo com a aula 48, são características do conhecimento mítico:


A) Comprovação, experiências, narrativas e contos.
B) Sistema de crenças, narrativa, atribuir explicações e tradição oral.
C) Cultura, histórias, povo e soluções de problemas.
D) Tradição escrita, música, dança e teatro.
E) Sistema filosófico, reflexões, razão e lógica.

AULA – 48
3. Assinale a palavra que resume o conhecimento científico:
a) Dedicação
b) Esforço
c) Método
d) Disciplina
e) Amor

4. A base do conhecimento religioso é:


a) Sacerdotes
b) Dogmas
c) Escritura
d) Crença
e) Orações

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