Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- São raciocínios que parecem estar bem elaborados mas não o são realmente devido a erros de forma/estrutura lógica ou a um mau
uso intencional por parte de quem argumenta.
(a) – Paralogismo: erro involuntário que decorre de uma infração das regras e princípios lógicos.
(b) – Sofisma: erros provocados voluntariamente com a intenção de enganar outras pessoas.
AS FALÁCIAS SÃO ERROS DE ARGUMENTAÇÃO
Principais falácias
- Ad hominem ou ataque pessoal
- Derrapagem ou bola de neve
- Espantalho ou boneco de palha
- Ad baculum ou apelo à força
A falácia do ataque pessoal ou ad hominem tem por
objetivo atacar o caráter de uma pessoa para evitar discutir
seriamente as suas ideias.
O erro intencional é, mais uma vez, um modo de fuga à questão, evita-se debater seriamente a ideia ou
opinião de uma pessoa num debate, criando-se um “boneco de palha” ou “espantalho” cujo objetivo é
assustar ou provocar medo do auditório em relação a uma certa tese, opinião ou ideia.
O “espantalho” ou “boneco de palha” será assim mais fácil de refutar, evitando analisar de modo
honesto a posição ou opinião real da outra pessoa. A pessoa que recorre ao “espantalho” deseja obter
uma vitória fácil sobre o adversário, iludindo o auditório, quando, na realidade, só está a refutar um
argumento da sua própria autoria.
Falácia do espantalho ou boneco de palha
É uma estratégia retórica de baixo nível e que procura ridicularizar a tese/opinião do adversário para
desviar a atenção do que realmente é interessante: o debate e análise de razão a favor ou contra uma
certa tese/opinião.
Por vezes torna-se difícil num debate saber se há criação de um “espantalho” ou se se está a avançar
com uma crítica pertinente. Só há uma forma de desfazer a dúvida: pedir à outra parte esclarecimentos
sobre a sua opinião e análise de possíveis efeitos.
Na prática, falha-se o alvo, a questão pertinente a debater, para evitar discuti-la, ou porque não se
entendeu bem a opinião e os argumentos do nosso interlocutor (falha de compreensão das razões da
outra pessoa, o que é perfeitamente possível), ou porque se pretende alcançar uma ficção de vitória,
iludindo o auditório.
As pessoas num auditório podem ficar convencidas ilusoriamente da refutação por via do espantalho,
caso desconheçam esse tipo de manobra retórica falaciosa.
Falácia do espantalho ou boneco de palha
Note-se como se falha o alvo: não se ataca a ideia de A mas uma versão
simplista e enganadora criada ilusoriamente por B.
Falácia do espantalho ou boneco de palha
Mais um exemplo:
A – “A eutanásia é um direito moral que qualquer cidadão deve exercer de modo livre e
esclarecido; é um ato médico que só deve ser praticado em último recurso e depois de
ponderados todos os fatores que envolvem uma pessoa doente terminal em grande
sofrimento e sem qualquer esperança de cura.”