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As perguntas filosóficas têm um carácter existencial. Elas são uma constante na nossa vida. São
as questões primárias e essenciais, que colocamos todos os dias e desde sempre, muitas vezes
sem nos apercebermos de tal. São perguntas abrangentes e têm um carácter aberto e geral,
proporcionando respostas divergentes.
Não são questões de facto, como as das ciências, mas, tal como estas, também as suas
respostas aspiram à universalidade e à verdade. Se a primeira, a universalidade, é por vezes
alcançável, no sentido em que se dirige à razão, tornando-se comum a todos os seres humanos
de todos os lugares, épocas e culturas, a segunda, a verdade, dificilmente o é. A filosofia é, por
essência, a procura da verdade, de uma verdade que se constrói no processo de procura de
novas perspectivas, de novas leituras, e que permanece sempre em aberto, fruto da atitude
crítica característica desta área do saber.
É certo que a ciência e a filosofia se encontram ligadas pelas perguntas que fazem sobre a
realidade, são, no entanto, saberes muito distintos. O objeto da filosofia é o Todo, enquanto a
ciência tem objetos de estudo particulares, dando origem a diferentes ciências. O método da
filosofia é a argumentação; a filosofia apresenta argumentos que não podem ser defendidos
ou contrariados recorrendo a métodos empíricos de prova, daí que as respostas não sejam
passíveis de qualquer demonstração ou de qualquer experimentação laboratorial. Se a ciência
trata de evidências, a filosofia trata de vivências, por isso nas questões filosóficas, as respostas
não são únicas nem fechadas, dando antes origem a diversas teorias.
As questões filosóficas são importantes porque analisam e discutem crenças que aparecem em
situações do dia-a-dia, de forma a concluir se essas crenças são falsas ou não. Acabam por criar
o pensamento crítico das pessoas.
As ciências naturais podem recorrer a métodos científicos experimentais que permitem chegar
a leis gerais, mas a filosofia, dada a especificamente do seu objeto, não. Então, os métodos
usados na Filosofia só podem assentar no pensamento e na argumentação. Os filósofos o que
podem fazer é pensar e justificar de forma válida os seus raciocínios que não podem aspirar a
ser leis universais
Estética (filosofia da arte)- o que é o belo? O que define uma obra como uma obra de arte?
Filosofia social e política- Será possível uma sociedade justa? Haverá necessidade da existência
do Estado?
A lógica é a disciplina filosófica que estuda a distinção entre argumentos válidos e inválidos,
mediante a identificação das condições necessárias à operação que conduz da verdade de
certas crenças à verdade de outras. Ela dedica-se ao estudo das leis, princípios e regras a que
devem obdecer o pensamento e ao discurso para serem válidos.
É importante saber argumentar, tanto para defendermos nossas ideias como para criticar as
ideias de que discordamos. A parte da filosofia que estuda a argumentação chama-se Lógica.
Pode-se dizer que a lógica fornece instrumentos necessários para filosofar e também algumas
“ferramentas do ofício” filosófico.
- Caracteriza o conceito