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Filosofia

1. Conhecer a etimologia da palavra «Filosofia»


A palavra filosofia deriva das palavras gregas “philos”, que
significa amor, e “sophia” que quer dizer sabedoria. A origem
etimológica ajuda-nos a compreender o que é a filosofia: o amor
pela sabedoria, o desejo de saber, a atividade de busca
incessante do objeto amado.

2. Época e lugar onde surgiu a filosofia


A filosofia surgiu na Grécia antiga no séc. VI a.C.

3. O aparecimento da filosofia implicou a passagem


do pensamento mítico ao pensamento racional
Antes do aparecimento da Filosofia o mito era a explicação para
tudo quanto existia.
Um mito é uma narrativa de carácter simbólico, relacionada a
uma dada cultura. O mito procura explicar a realidade, os
principais acontecimentos da vida, os fenómenos naturais, a
origem do Mundo e do Homem por meio de deuses, semi-deuses
e heróis. A sua função é descrever, lembrar e interpretar todas as
origens, e causas que impuseram ao homem as suas condições
de vida e seus comportamentos.
A filosofia nasceu da vontade do homem entender melhor a
natureza, o mundo e os seus problemas. Os primeiros filósofos
não aceitaram este tipo de explicações e tentaram encontrar
uma explicação racional para todas as coisas. Historicamente a
filosofia inicia-se com Tales de Mileto. Ele foi o primeiro dos
filósofos pré-socráticos a procurarem explicações de todas as
coisas através de um princípio ou origem causal (arché)
diferentemente do que os mitos antes mostravam. Para Tales a
água era o princípio de tudo o que existe.
Assim, uma primeira resposta à pergunta “O que é Filosofia?”
poderia ser:
• A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas,
as ideias, os factos, as situações, os valores, os comportamentos
de nossa existência quotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-
los investigado e compreendido.
4. Caracterizar a atitude filosófica
A filosofia é uma atividade racional (usa a razão e o raciocínio),
fundamentadora (procura justificar questões) e crítica (examina
a realidade)
Uso crítico e construtivo da Problematização radical Autonomia
razão

Para a Filosofia, as nossas crenças e A Filosofia transforma as nossas A atitude filosófica é incompatível com a
opiniões não podem ser aceites crenças em problemas, ou seja, dependência em relação a qualquer
sem justificação. Temos de as coloca a questão “será isto orientação espiritual ou pseudociência1
defender com argumentos. Aqueles verdade?” e ao que a maioria pensa que é verdade.
argumentos com os quais não “Há boas razões para acreditar que Como diz Kant “Ousa pensar”.
estamos de acordo, devem ser isto é verdade?”
examinados e testados mediante
contra exemplos.

5. Espanto como característica fundamental da


filosofia
O espanto é considerado o ponto de partida para uma atitude filosófica. A
partir do espanto, o ser social deixa de ser indiferente à sua realidade, as
ações e os acontecimentos geram o espanto e impulsionam uma atitude
crítica, racional, contestadora e problematizadora.

6. Importância da critica, da dúvida, da interrogação e


da argumentação na filosofia
Crítica: significa examinar, do saber adquirido e dos limites do
conhecimento humano, combatendo as verdades estabelecidas e os
dogmas (ideias não sujeitas à crítica);
Dúvida: A dúvida na Filosofia é importante porque através dela
permitimo-nos questionarmos e refletirmos sobre os aspetos da vida. E
após esta reflexão conseguimos chegar a verdade absoluta. Apenas
chegamos à verdade quando nos questionamos de algo.
Interrogação: o questionamento filosófico como algo imanente à
experiência, sendo papel da filosofia debruçar-se sobre as questões
existentes sem tomar seu contexto por dado, mas, procurando a origem e
o sentido de tais interrogações e de suas possíveis respostas.
Argumentação: Argumentar é apresentar “razões”, justificações,
argumentos a favor de uma tese que pretendemos fazer aceitar por
alguém. E, por isso, argumentar é entrar em diálogo com alguém a quem
pretendemos convencer.
Quando argumentamos, estamos a apresentar aos outros as “razões” por
que pensamos o que pensamos e estamos a convidá-los a discutir as
nossas razões.

7. Carácter critico e argumentativo


A filosofia é uma atividade crítica que examina as nossas ideias mais
básicas (acerca da natureza da realidade, do conhecimento, e do valor)
recorrendo fundamentalmente ao pensamento. Assim, para encontrar
respostas aos problemas de que se ocupam, os filósofos recorrem,
sobretudo, à discussão crítica e à argumentação.

8. A filosófica é um estudo conceptual ou à priori


A filosofia é um estudo conceptual ou a priori:
• Pois, as experiências, as informações, e as metodogias empíricas não
permitem resolver por si mesmas os diversos problemas da filosofia
• Por isso, em filosofia é necessário recorrer ao pensamento, à reflexão
crítica de ideias, à cuidadosa análise de razões, à discussão argumentativa
A filosofia é um estudo à priori, ou seja, independente da experiência

9. Respostas dadas aos problemas filosóficos


raramente são consensuais
As questões filosóficas, são questões abertas, ou seja, têm várias
perspetivas de solução.

10. “Alegoria da Caverna”


A caverna é o mundo e das ilusões em que vivemos. As sombras
significam as aparências, as ilusões, a ignorância, as crenças, os ideais
que nos são ensinados e não questionados. Os prisioneiros somos nós,
que vivemos nos preconceitos, nas crenças e no quotidiano. A saída da
caverna é a entrada para o outro mundo, ou seja, o mundo real. O sol
aqui significa o conhecimento. O prisioneiro que é solto, foi alguém
que se foi questionando sobre aquilo que o rodeava e aquilo que lhe
tinha sido incutido.

11. Disciplinas
Gnosiologia ou teoria do conhecimento: conhecimento em geral
Epistemologia: conhecimento cientifico
Metafisica: aspetos gerais da sociedade sobe a existência
Ex. O que é a realidade?
Ontologia: questão do ser, o que é aquilo que é
Lógica ou filosofia da linguagem: problemática sobre formas de
raciocínio
Antropologia: o que é o ser humano
Axiologia: valores
Ética: princípios da ação livre
Estética: belo e a arte
Ex. o que é a beleza?
Filosofia da religião: religião
Filosofia social e política: formas de organização do poder e da
sociedade

Senso comum: Forma mais elementar de conhecimento


(conhecimento comum a todos os homens)

15. Elementos Centrais da filosofia

Problemas: são o ponto de partida da prática filosófica


Tese: posição defendida sobre o tema
Teorias: respostas aos problemas
Argumentos: razões apresentadas para fundamentar a tese

Proposições, é o conteúdo expresso numa frase declarativa, e tem de


ter valor de verdade. ( verdadeira ou falsa)

Quanto à sua quantidade:


Universais: quando o respetivo sujeito é tomado
universalmente. Ex. todos os alunos são inteligentes; Nenhum jovem é
inteligente;
Particulares: quando o sujeito é tomado particularmente. Ex.
Alguns jovens são criativos

Quanto à qualidade:
Afirmativas: quando o atributo é afirmado acerca
do sujeito;
Negativas: quando o atributo é negado acerca do
sujeito;

Tipos de proposição:
A- Universal afirmativa
E- Universal negativa
I- Particular afirmativa
O- Particular negativa

Quantificador- determina a extensão (particular ou universal) do


sujeito.
Sujeito- aquilo do qual se nega ou afirma algo
Cópula (verbo ser)- o elemento de ligação entre o sujeito e o
predicado
Predicado- A qualidade ou característica que se afirma pertencer ao
sujeito

Exemplo:
Todos os alunos são inteligentes
Todos os alunos- sujeito
São- cópula
Inteligentes- predicado

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