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Valores

Podem ser definidos como: razões para agir; motivações; desejos, finalidades ou ambições;
objetos de deliberação; preferências ou necessidades.

São de natureza variada, cada qualidade e conceito usado para definir ou escolher um
curso de ação individual ou coletivo pode ser definido como valor.

Cada ser humano, em diferentes momentos da vida, articula, mesmo insconscientemente


uma hierarquização de prioridades, que constitui o seu sistema sistema de valores.

Tipicamente, a cada valor positivo, corresponde um anti-valor, privação ou ausência do


mesmo.

Podem ser qualidades intrínsecas ao sujeito valorador ou relações a objetos.


Também se podem referir a qualidades abstratas, ou mesmo sentimentos.

Convém compreender a historicidade dos valores, e a sua adequabilidade aos desafios de


cada época. Quais serão os valores adequados para o nosso século e era?

Exemplos:

● Força, coragem, honra (corresponderá a um anti-valor como a fraqueza, covardia e


desonra); podem adquirir a forma de um justo meio.

● Empatia, Simpatia, sociabilidade, solicitude, ponderação

● Riqueza, sorte, fortuna

● Prazeres (particulares ou em geral, do corpo ou da mente), Interesses, Dinheiro,


Poder

● Justiça, Igualdade, Mérito, Liberdade, Privacidade, Vida

● Autenticidade, Responsabilidade

● Virtude, Decência, Modéstia Humildade

● Conhecimento, Sabedoria, criatividade

● Independência, Eficácia ou eficiência, capacidade


Teses e Argumentos em relação à natureza dos valores (pode cada um ser atualizado, desenvolvido ou
expandido)

Pro Contra

Emotivismo

Neste sentido, os juízos de valor não possuem valor Extremada variação nos valores, na intensidade e
de verdade - são expressões diretas de uma reação formas;
face aos acontecimentos morais;
ausência de permanência de estabilidade e de
não existe conteúdo cognitivo na expressão de juízos constância externa ao próprio sentimento ou reação
morais. emotiva

Subjetivismo

Os valores morais são válidos no contexto de uma o subjetivismo dos valores é aparente;
experiência individual;
o individualismo dos valores conduz ao isolamento
os valores não são transmitidos de pessoa para do indivíduo face aos outros - alienação moderna,
pessoa; tecnológica.

valorização do individualismo.
Exs. Existencialismo

Relativismo

os valores morais são válidos no contexto de um grupo desacordo entre as culturas;

são válidos ou verdadeiros enquanto pertencentes à dificuldades na integração entre culturas diferentes;
cultura que os vê expressar; valorização da tradição;
exclusão ou supressão dos que não pertencem ou
são de natureza interpessoal; aderem ao grupo;

os indivíduos são influenciados muitas vezes para paroquialismo etnocentrismo


além da sua consciência e vontade

Objetivismo

os valores morais possuem valor intrínseco (próprio , incapacidade de generalizar os valores. desacordo
integrado, faz parte) e absoluto, são independentes da sobre os valores universais.
subjetividade e intersubjetividade.
incapacidade de realizar o universalismo, por
racionalidade dos valores, resistências ou interesses localizados.
existência de valores universais e intemporalidade dos
valores

Realismo axiológico

https://www.youtube.com/watch?v=0UQdlu_spyk
https://www.youtube.com/watch?v=B7aeFVTvTtM
Argumentos a favor do objetivismo dos valores:
1. Argumento da Universalidade:

● Os valores morais básicos, como justiça, honestidade e compaixão, parecem


ser universais, presentes em todas as culturas e sociedades.
● Se os valores fossem apenas subjetivos, não haveria essa convergência
global em torno de princípios éticos básicos.

2. Argumento da Concordância:

● As pessoas frequentemente concordam em questões morais, mesmo com


diferentes origens e crenças.
● Essa concordância sugere que existe uma base objetiva para a moralidade,
transcendendo as preferências individuais.

3. Argumento da Objetividade dos Fatos Morais:

● Semelhante a fatos científicos, os fatos morais podem ser verdadeiros ou


falsos, independentemente da crença individual.
● Por exemplo, a tortura é intrinsecamente errada, independentemente de
quem a pratique ou acredite.

4. Argumento da Lei Natural:

● A lei natural, como concebida por filósofos como John Locke, propõe que a
moral deriva da natureza humana e da ordem natural.
● Essa perspectiva defende a existência de valores universais e objetivos,
baseados na natureza do ser humano.

5. Argumento da Incongruência:

● O subjetivismo moral pode levar a situações incongruentes, como negar a


culpa de um assassino por ter seguido seus próprios valores.
● A objetividade dos valores fornece uma base mais sólida para a justiça e a
responsabilidade moral.

6. Argumento da Argumentação Moral:

● Se a moral fosse apenas subjetiva, seria impossível ter argumentos morais


consistentes e convincentes.
● A objetividade dos valores permite defender princípios éticos de forma
racional e universal.

7. Argumento da Religião:
● Muitas religiões baseiam-se em valores absolutos e objetivos, revelados por
Deus ou uma divindade.
● Para os crentes, a moral não depende da opinião humana, mas sim de uma
fonte transcendente.

É importante destacar que o objetivismo dos valores é uma teoria complexa e


controversa, com diferentes vertentes e críticas:

● O subjetivismo moral, o relativismo cultural e o niilismo moral são algumas


das principais contraposições ao objetivismo.
● O debate sobre a natureza da moralidade é um tema central na filosofia e
continua a ser explorado por filósofos e pensadores de diversas áreas.

Para aprofundar o seu conhecimento sobre o tema, recomendo a leitura de


obras de filósofos como:

● Platão: defensor da teoria das Formas, que inclui a Forma do Bem como
valor objetivo e universal.
● Immanuel Kant: propõe a ideia de imperativos categóricos, princípios morais
absolutos que se aplicam a todos os seres racionais.
● John Stuart Mill: argumenta a favor do utilitarismo, que defende a ação que
gera o maior bem para o maior número de pessoas.

Argumentos contra o objetivismo dos valores:


1. Argumento da Dissonância Moral:

● Apesar da aparente universalidade de alguns valores, existem grandes


discordâncias em questões morais entre culturas e sociedades.
● A escravidão, a pena de morte e o aborto são exemplos de práticas que
geram debates acalorados e revelam diferentes concepções de moralidade.

2. Argumento da Influência Cultural:

● Os valores que as pessoas defendem são frequentemente moldados pela


cultura, educação e contexto social em que vivem.
● Isso sugere que a moralidade é construída socialmente, não existindo de
forma independente da subjetividade humana.

3. Argumento da Emoção:

● Os valores morais muitas vezes se baseiam em emoções e sentimentos,


como compaixão, raiva e indignação.
● Essa base subjetiva torna difícil defender a objetividade dos valores, pois as
emoções variam entre pessoas e culturas.
4. Argumento da Incompreensível:

● Se os valores fossem objetivos, como fatos científicos, deveríamos ser


capazes de compreendê-los com clareza e precisão.
● No entanto, a moralidade frequentemente é complexa e ambígua, com
diferentes interpretações e debates intermináveis sobre o que é certo ou
errado.

5. Argumento do Relativismo Cultural:

● O relativismo cultural defende que a moral é relativa a cada cultura, não


existindo um padrão universal de certo e errado.
● Essa perspectiva argumenta que a moral é uma construção social que varia
de acordo com os costumes, crenças e valores de cada grupo social.

6. Argumento do Niilismo Moral:

● O niilismo moral nega a existência de qualquer valor objetivo, defendendo


que a moral é uma mera ilusão ou convenção social.
● Essa visão radical questiona a própria ideia de certo e errado, abrindo espaço
para o questionamento de todas as normas e regras morais.

É importante salientar que o debate sobre a objetividade dos valores é


complexo e multifacetado, com diferentes nuances e argumentos:

● O objetivismo moral também possui diversas vertentes que tentam responder


às críticas e defender a existência de valores universais.
● A busca por uma compreensão profunda da moralidade é um processo
contínuo que exige análise crítica e ponderação das diferentes perspectivas
existentes.

Para aprofundar o seu conhecimento sobre o tema, recomendo a leitura de


obras de filósofos como:

● David Hume: argumenta que a moral se baseia em sentimentos e emoções,


não em princípios racionais ou objetivos.
● Friedrich Nietzsche: critica a moral tradicional e propõe uma nova moral
baseada na vontade de poder e na superação de valores decadentes.
● Richard Wollheim: defende uma teoria do objetivismo moral que reconhece
a influência das emoções e da cultura na formação dos valores.
Pirâmides/hierarquias de valores:

maslow,
scheler

sagrado

hemisfério direito- os valores do intelecto hemisfério esquerdo- os


valores inferiores aos valores superiores ao serviço
serviço do superior dos inferiores

Valores da vitalidade

Valores de uso útil e do prazer sensual


Para ler mais:

https://pt.slideshare.net/InesTeixeiraDuarte/filosofia-10-ano-os-valores

https://criticanarede.com/hjgensleremotivismo.html

http://jornaldefilosofia-diriodeaula.blogspot.com/search/label/O%20problema%20da%20subj
etividade%20e%20objetividade%20dos%20valores

http://jornaldefilosofia-diriodeaula.blogspot.com/2014/01/blog-post_14.html

http://www.paginasdefilosofia.net/a-objetividade-dos-valores/

https://criticanarede.com/subjvalores.html

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