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SE7ECENTROTECNOLOGGICO

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SE7ECENTROTECNOLOGGICO
EIXO TECNOLÓGICO

Disciplina:
Ética, Cidadania e Direitos Humanos
O MUNDO DOS VALORES

● O “jeitinho” brasileiro: Transgressões graves

● “Se ele pode, eu também posso”

● É válido matar, mentir, roubar, explorar o trabalho


alheio?

● Valoração: Ações podem ser justas ou injustas, boas


ou más, certas ou erradas

● Mas, o que é valor?


MAS, O QUE É VALOR?
• Juízo de fato (ou de realidade):
● Esta caneta é azul.
● Maria saiu por aquela porta.

• Juízo de valor:
● Esta caneta é melhor que aquela.
● Maria não deveria sair antes do final da aula.

VALOR

Pode ser entendido por tudo aquilo que a pessoa acredita como
certo, que o orienta no convívio em sociedade.
O QUE SÃO VALORES?
• Não existe valor em si, enquanto coisa, o valor é
sempre uma relação
Valor

Sujeito que Objeto


Afetividade
valora valorado
CARACTERÍSTICAS DO VALOR

• Não-indiferença;

• Experiência humana;

• Práxis;

• Dever ser.
VALORES MORAIS

•Derivam da Cultura ou a Cultura deriva deles?

•Qual a melhor forma de viver?

•Variam conforme a época e o lugar. São


portanto relativos?

Diferentes X Necessidade
Conteúdos Formal
• As regras morais • Quando as regras
visam o bem da ficam sem sentido,
comunidade como como alterá-las?
um todo?
• Status quo
• Mas quem define Intolerância e
se elas são negação do
válidas ou não? pensamento
diferente
• Ideologia x Senso
comum
PRÁXIS

⚫ Moral Constituída ⚫ Moral Constituinte

Valores Crítica aos


Herdados valores
O SUJEITO MORAL

•Além de relativos ao lugar e ao


tempo, são também
subjetivos?

•Se cada indivíduo pudesse


definir sua própria moral, como
seria o mundo?
O SUJEITO MORAL

O sujeito moral ou ético, isto é, a pessoa, só pode existir se


preencher as seguintes condições, conforme Chauí (2003):

● Ser consciente de si e dos outros, isto é, ser capaz de


reflexão e de reconhecer a existência dos outros como
sujeitos éticos iguais a ele.

● Ser dotado de vontade, isto é, de capacidade para


controlar e orientar desejos, impulsos, tendências,
sentimentos (para que estejam em conformidade com a
consciência) e de capacidade para deliberar e decidir entre
as diversas alternativas possíveis.
O SUJEITO MORAL
● Ser responsável, isto é, reconhecer-se como autor da
ação, avaliar os efeitos e consequências dela sobre si e
sobre os outros, assumi-la bem como às suas
consequências, respondendo por elas.

● Ser livre, isto é, ser capaz de oferecer-se como causa


interna de seus sentimentos, atitudes e ações, por não
estar submetido a poderes externos que o forcem e o
constranjam a sentir, a querer e a fazer alguma coisa. A
liberdade não é tanto para escolher entre alternativas
possíveis, mas o poder para autodeterminar-se, dando a si
mesmo as regras de conduta.
MORAL
Segundo Cotrim (2002) a Moral é o conjunto de normas, princípios e
costumes que orientam o comportamento humano, tendo como base
os valores próprios a uma dada comunidade ou grupo social.

Como as comunidades ou grupos sociais são distintos entre si, tanto


no espaço (região geográfica) quanto no tempo (época), os valores
também podem ser distintos dando origem a códigos morais
diferentes. Assim, a moral é mutável e está diretamente relacionada
com práticas culturais. Exemplo: o homem ter mais de uma esposa é
moral em algumas sociedades, mas em outras não.
MORAL

Quando falamos de normas, estamos falando de valores morais. A


palavra moral vem do latim mos (singular) e mores (plural), que
significa costumes. Moral é o conjunto de hábitos e costumes,
efetivamente vivenciados por um grupo humano.

Nas culturas dos grupos humanos estão presentes hábitos e


costumes considerados válidos porque bons; bons porque justos;
justos porque contribuem para a realização das pessoas.
PROGRESSO MORAL

Mudança moral não é necessariamente progresso moral.

Para haver progresso:

Ampliação da esfera moral - Ações não pela força legal,


constrangimento social ou imposição religiosa

Caráter consciente e livre da ação – Compromisso livremente


assumido

Grau de articulação entre interesses coletivos e pessoais – O


desenvolvimento de cada um não pode ocorrer à revelia dos outros
CONCEPÇÕES ÉTICAS
Como vimos, agir moralmente é agir de acordo com o bem.
O sujeito moral, portanto, para agir bem, precisa se fazer
questões mais teóricas e abstratas:

● Em que consiste o bem?


● Qual é o fundamento da ação moral?
● Qual é a natureza do dever?

Quando há consenso e aceitação dos costumes e valores morais


estabelecidos, não há necessidade de muita discussão sobre eles.
Quando surgem questionamentos sobre a validade de determinados
valores ou costumes, surge a necessidade de fundamentar
teoricamente estes valores vividos de uma forma prática.
ÉTICA - CONCEITOS

Teoria que realiza a reflexão crítica sobre a


experiência moral e que tem por fim discutir
as noções e princípios que fundamentam a
conduta moral

Segundo Cordi (2003, p.62), “ética é uma reflexão


sistemática sobre o comportamento moral. Ela investiga,
analisa e explica a moral de uma determinada sociedade”.
ÉTICA - CONCEITOS
Ética vem do termo grego: ethos, que significa modo de ser, caráter. É
definida como um conjunto das práticas morais de uma determinada
sociedade, ou, como os princípios que dão rumo a estas práticas.

A ética, então, pode ser o regimento, a lei do que seja ato moral, o
controle de qualidade da moral. Daí os códigos de ética que servem
para as diferentes micro-sociedades dentro do sistema maior.

A ética define-se como o conhecimento, a teoria ou a ciência do


comportamento moral. É através da ética que compreendemos,
explicamos, justificamos, analisamos, criticamos e, se assim
quisermos, aprimoramos a moral da sociedade. A ética, em última
análise, é a definidora dos valores e juízos que norteiam a moral.
ÉTICA - VISÃO HISTÓRICA
● Surge na Grécia antiga

● Os sofistas rejeitaram os fundamentos religiosos da moral em


favor das convenções sociais

● Sócrates buscava fundamentar a moral na natureza humana

● Platão reforçava o paradigma do Bem para nortear as ações


morais

● Para Aristóteles todas as atividades humanas aspiram a algum


bem, e o maior é a felicidade (alcançada pela razão)

● Para os hedonistas (hedoné – prazer) o bem é o prazer


ÉTICA - VISÃO HISTÓRICA

● Epicuro dizia que os prazeres do corpo são causa de ansiedade e


sofrimento

● O estoicismo defendia que o homem feliz é aquele que elimina as


paixões e aceita o seu destino

● Para os filósofos medievais a felicidade se encontra na vida


dedicada a Deus. O homem moral é o homem temente a Deus

● Na era moderna a moral pode se desvincular do religioso, é


possível um ateu ser moral, já que os valores se encontram no
próprio homem
ÉTICA - VISÃO HISTÓRICA
Iluminismo - Para Kant, a ação moral é autônoma, pois o homem é o único
ser capaz de se determinar segundo leis que a própria razão estabelece.

A moral iluminista é racional laica (não-religiosa), acentua o caráter pessoal


da liberdade do indivíduo e o seu direito de contestação. É uma moral
universalista.
O pensamento de Nietzsche se orienta no sentido de recuperar as forças
inconscientes, vitais e instintivas subjugadas pela razão durante séculos.

A moral cristã é a moral do rebanho, geradora de sentimento de culpa e


ressentimentos, e fundada na aceitação do sofrimento, da renúncia, do
altruísmo, da piedade, típicos da moral dos fracos. Por isso Nietzsche
defende a transmutação de todos os valores
A QUESTÃO MORAL HOJE
• Muitos são os problemas a • Para recuperar a ética é preciso não
serem enfrentados pelo se esquecer da dimensão
homem contemporâneo: planetária da sociedade
• O espontaneísmo contemporânea quando todos os
• O individualismo pontos da terra, essa “aldeia global”
• O relativismo moral se acham ligados
• O narcisismo hedonista
• A recusa da razão • A generosidade da moral planetária
dominadora. supõe a garantia de pluralidade
dos estilos de vida e a aceitação
• A questão que se coloca das diferenças sem que se
hoje é a da superação dos sucumba à tentação de dominar o
empecilhos que dificultam a outro por considerar a diferença um
existência de uma vida moral sinal de inferioridade.
autêntica.
ÉTICA PROFISSIONAL

A ética é condição essencial para o exercício de qualquer


profissão. Segundo Sá (1996, p,92), cada conjunto de profissões
deve seguir uma ordem de conduta que permita a evolução
harmônica do trabalho de todos, a partir da conduta de cada um,
através de uma tutela no trabalho que conduza a regulação do
individualismo perante o coletivo.

Ter uma conduta ética é saber construir relações de qualidade com


colegas, chefes e subordinados, contribuir para bom
funcionamento das rotinas de trabalho e para a formação de uma
imagem positiva da instituição perante os públicos de interesse,
como acionistas, clientes e a sociedade em geral.
ÉTICA PROFISSIONAL
Segundo Santos (1997, p. 15), a ética profissional é
a reflexão sobre a atividade produtiva, para dali
extrair o conjunto excelente de ações, relativas ao
modo de produção. Atividade produtiva tem hábitos e
costumes próprios; têm acordos que seguram a
produção de justiça mínima do decorrer de seu
exercício e constituem, ambos, o objeto da ética
profissional.

Camargo (1991, p. 31) afirma que a ética profissional


é a aplicação da ética geral no campo das atividades
profissionais; a pessoa tem que ser imbuída de
certos princípios ou valores próprios do ser humano
para vivê-los nas atividades de trabalho.
DEONTOLOGIA E DICEOLOGIA
A deontologia diz respeito aos “deveres específicos do agir humano
no campo profissional”, e a diceologia, trata do “estudo dos direitos
que a pessoa tem ao exercer suas atividades” (CAMARGO, 1999, p.
32).

Diceologia é a teoria dos direitos.


Deontologia é a teoria dos deveres.

Algumas vezes, a deontologia aparece institucionalizada em códigos


de conduta, códigos de princípios, mas geralmente, nos chamados
códigos de ética profissional.
DEONTOLOGIA E DICEOLOGIA
A deontologia é um tratado dos deveres e da moral. É uma teoria
sobre as escolhas dos indivíduos, o que é moralmente necessário e
serve para nortear o que realmente deve ser feito.

O termo deontologia foi criado no ano de 1834, pelo filósofo inglês


Jeremy Bentham, para falar sobre o ramo da ética em que o objeto
de estudo é o fundamento do dever e das normas. A deontologia é
ainda conhecida como "Teoria do Dever".
O QUE NÃO É CONSIDERADO ÉTICA
PROFISSIONAL?
● Falar demais;
● Falar mal de outras pessoas;
● Viver mal-humorado;
● Não ter higiene pessoal;
● Não respeitar os demais;
● Ser egoísta;
● Brincar demais;
● Vestir-se de forma inadequada;
● Falta de pontualidade.
CÓDIGO DE ÉTICA
Os códigos de ética estruturam e sistematizam as exigências éticas
de todos os profissionais no tríplice: de orientação, disciplina e de
fiscalização.
Códigos de ética fazem parte do sistema de valores que orientam o
comportamento das pessoas, grupos, e das organizações e seus
administradores.
Para Sá (1996, p. 136), quando a consciência profissional se
estruturam em trígono, formado pelos amores à profissão, à classe
e à sociedade, nada existe a temer quanto aos sucesso da conduta
humana; o dever passa então a ser um simples decorrência das
convicções plantadas nas áreas recônditas do ser, ali, depositadas
pela informações educacionais.
OBRIGAÇÃO E LIBERDADE

Ato moral

Obrigação ⚫ Liberdade
A LIBERDADE
A LIBERDADE
● O homem é um ser livre?

● Determinismo biológico, cultural, psicológico – Tudo tem


uma causa, o homem conhecendo-a ou não

● Consciência dos determinismos Ação transformadora


Projeto de ação – Deixa de ser passivo e passa a ser
atuante

● O homem é capaz de reconhecer as forças que agem


sobre ele, o que torna possível o exercício da vontade,
presente em sua ação transformadora sobre a natureza
A LIBERDADE
• Heteronomia – Hetero – outro. Nomia – normas.

• Autonomia – Auto – Eu. Nomia – normas.

• Liberdade ética – Sujeito moral capaz de decidir


com autonomia a respeito de como deve
conduzir sua vida.

• Kant – Liberdade consiste na obediência às leis


que o próprio sujeito moral se impõe.

• Sartre – O homem está condenado a ser livre.


A LIBERDADE
● A liberdade não é dada, mas resulta de um projeto de ação
● Os descaminhos da liberdade ocorrem quando ela é
sufocada à revelia do sujeito (escravidão, prisão injusta,
exploração do trabalho) ou quando o homem abdica dela por
comodismo, medo ou insegurança
● Cabe à reflexão filosófica o olhar atento para denunciar os
atos de prepotência bem como a ação silenciosa da
alienação e da ideologia
DEMOCRACIA
DEMOCRACIA

O ideal de uma sociedade verdadeiramente democrática é que


ela seja uma democracia formal e substancial.

O aspecto formal da democracia consiste no conjunto das


instituições características deste regime:
● O voto secreto e universal;
● A autonomia dos poderes;
● Pluripartidarismo;
● Representatividade;
● Ordem jurídica constituída;
● Liberdade de pensamento e expressão.
DEMOCRACIA
A democracia substancial diz respeito não aos meios, mas aos fins
que são alcançados, aos resultados do processo. Dentre estes
valores se destaca a efetiva – e não apenas ideal - igualdade
jurídica, social e econômica.
a) Democracia econômica: justa distribuição de renda, iguais
oportunidades de trabalho, contratos livres, sindicatos fortes

b) Democracia social: ninguém pode ser discriminado e todos devem ter


possibilidade de acesso aos bens materiais como moradia, alimentação e
saúde e aos bens culturais em todos os níveis: educação,
profissionalização, lazer, arte.

c) Democracia jurídica: supõe o estado de direito, o respeito à


constituição, a autonomia do poder judiciário

d) Democracia política: o coração da democracia está no reconhecimento


do valor da coisa pública, separada dos interesses particulares.
Neste sentido, há a exigência da institucionalização do
poder, quem ocupa o poder o faz enquanto representante do
povo, e, como tal, não é proprietário do poder mas ocupa um
“lugar vazio” um espaço que será assumido também por outras
pessoas garantindo a rotatividade do poder.
O SURGIMENTO DO CONCEITO DE
CIDADANIA
• O conceito de cidadania aparece na Grécia antiga, na experiência social
da Polis.
• Segundo Aristóteles, o Homem é essencialmente um animal político
(zoopolitycon) e seu campo natural de atuação seria as próprias
dimensões e limites da cidade-Estado.
• Somente os homens nascidos na polis exerciam esse direito. Mulheres,
escravos e estrangeiros eram politicamente marginalizados.
• Apesar da expansão civilizatória dos gregos pelo Mediterrâneo, o
conceito e a prática da cidadania permaneceram na dimensão limitada
da polis.
CIDADANIA EM ROMA
• Em Roma o conceito de cidadania também foi cultivado
inicialmente na Civita, porém sofreu uma revolução pragmática
ampliando suas dimensões para os limites territoriais do Império.

• Estrangeiros livres, contribuintes de impostos e submetidos às


leis possuíam cidadania romana.

• Um exemplo clássico disso foi o apóstolo Paulo, que se valeu


dessa prerrogativa para trafegar no império e pregar o
Evangelho, uma concepção de cidadania universal religiosa que
seria institucionalizada pela Igreja Católica.
A UTILIZAÇÃO DO CONCEITO DE CIDADANIA
ROMANA EM OUTROS MOMENTOS DA
HISTÓRIA
• Na Idade Média só existia a cidadania utópica do céu e do
batismo (catolicismo) como possibilidade de inclusão social.

• Na modernidade capitalista o conceito ressurge nas cidades


europeias durante a Renascença , mas logo a ideia passa a ser
reprimida pelo clero e a nobreza, detentores dos privilégios
estamentais.

• A Inglaterra vitoriana adotou esse modelo nos séculos 19 e 20


para combater a escravidão e propagar o liberalismo industrial.
CIDADE UNIVERSAL

• Na baixa Idade Moderna, entre os séculos 17 e 18,


respectivamente na Inglaterra (1640), Estados Unidos (1776) e
França (1789) surge, por força do racionalismo empírico, da
Revolução Industrial e do Iluminismo, o conceito do Cidadão
Universal.

• Este é fruto do contrato social e da ideia de igualdade perante a


lei. Porém esse é o famoso cidadão de papel, ou seja, a lei
existe mas quase sempre não é cumprida por interferência das
diferenças sociais. Teoricamente somos todos iguais perante a
lei, mas socialmente diferentes.
O BRASIL E A CONQUISTA DA
CIDADANIA
• As primeiras tentativas de cidadania surgiram nesse contexto
mercantil-colonial, com as chamadas rebeliões nativistas (Quilombo
dos Palmares, Emboabas, Mascates, Beckman, Amador Bueno, Vila
Rica) e depois emancipacionistas (Inconfidentes, Alfaiates) , todas
largamente reprimidas pelo poder absoluto e colonialista.

• Já no Império os principais movimentos de cidadanias ficaram por


conta das rebeliões regenciais, que não aceitavam os abusos do
poder central e a indefinição do Estado monárquico após a
independência.

• Somente na república é que o conceito se materializa em forma de lei


l, porém entra também na longa rota de conquistas em busca da
cidadania real.
AS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS E O
CONCEITO DE CIDADANIA
AS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS E
O CONCEITO DE CIDADANIA
• Constituição de 1891 - A primeira constituição republicana é
responsável pela implementação do voto universal. Uma
conquista cidadã limitada pois foram excluídos os analfabetos, as
mulheres e os militares de baixa patente.

• Constituição de 1934 - A constituição defendida por Vargas


implantou o voto feminino, o voto secreto, as leis trabalhistas e o
ensino primário público.

• Constituição de 1937 - Fruto do Estado Novo de Getúlio,


representou um retrocesso no processo democrático,
restringindo direitos civis e políticos dos cidadãos.

• Constituição de 1967 - Organizada durante a Ditadura Militar,


legitimava o regime político, e por conseguinte, restringia os
direitos políticos e civis dos cidadãos
CONSTITUIÇÃO DE 1988

• Conhecido como Constituição Cidadã;


• Restabeleceu eleições diretas para os cargos
de presidente da República, governadores de
estados e prefeitos municipais;
• Definiu o mandato presidencial de 5 anos;
• Estabeleceu o direito de voto para os
analfabetos;
• Definiu o voto facultativo para os jovens de 16
a 18 anos de idade;
• Sistema pluripartidário;
• Colocou fim a censura aos meios de
comunicação, obras de arte, músicas, filmes,
teatro, etc.
CIDADÃO DO MUNDO
• No Mundo Contemporâneo esse conceito universal – meio utópico,
meio legal - das narrativas jurídicas liberais vêm se tornando
gradualmente uma realidade social na maioria dos países, efeito da
globalização da economia e dos intensos fluxos migratórios em todo
o planeta.

• Surge a partir da década de 1990, com o fim da Guerra Fria, a ideia


do Cidadão do Mundo.

• As principais decisões mundiais não mais tomadas na ONU, mas no


Fórum Mundial Econômico e também no Fórum Social Mundial,
defensores da cidadania plena e da politização dos conceitos de
responsabilidade social de sustentabilidade.

• Cultura plural, política correta, economia sustentável, empresa


responsável e cidadã são algumas das principais ideias agregadas
ao conceito tradicional e cidadania.
A LUTA PELOS DIREITOS CIVIS DO
CIDADÃO

• Iluminismo;
• Cidadão Universal;
• Revolução Francesa;
• Declaração de Direitos do Homem e
do cidadão (1789).
PRINCIPAIS PONTOS DA DECLARAÇÃO
DE DIREITOS DO HOMEM E DO
CIDADÃO (1789)
● Os homens nascem livres e permanecem iguais perante uma lei, como
distinções fundadas em serviços sociais não podem senão sobre a
utilidade comum.
● O princípio fundamental de toda autonomia reside essencialmente na
nação; nenhuma corporação, softwares antigos Indivíduos pode exercer
autoridade que ela não emane expressamente.
● A lei é a expressão de vontade geral; todos os cidadãos têm o direito de
concorrer pessoalmente ou pelos seus representantes para a sua
formação; deve ser a mesma para todos, seja os protegendo, seja ela os
punindo.
● Todos os cidadãos sendo iguais aos seus olhos, são igualmente
admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos,
segundo as respectivas capacidades e sem outras distinções que não
sejam as das suas virtudes e as dos seus talentos.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
DIREITOS HUMANOS (1948)

I. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e


direitos.

II. Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as


liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de
qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião,
opinião política ou de qualquer outra natureza, origem
nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra
condição.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
DIREITOS HUMANOS (1948)
Elencou um conjunto de direitos que todo ser humano deveria ter
acesso a fim de gozar de uma vida livre e digna. São eles: direito à
vida, liberdade, segurança pessoal, propriedade, votar e ser eleito,
trabalho, lazer, saúde, alimentação, habitação, seguridade social,
educação, cultura, etc.

São os chamados direitos civis, políticos, econômicos, sociais e


culturais que influenciaram a elaboração de diversas Constituições
e a legislação de vários países.
CONCEITO DE CIDADANIA – GERAÇÕES
DE DIREITOS

Ideia de participação integral na comunidade/ sociedade. Ser


cidadão. “Homens e mulheres livres, imbuídos de direitos e
protegidos por uma lei comum”
Composta de 3 elementos = (civil, política e social)
Evolução histórica (direitos civis – século XVIII, direitos políticos -
século XIX e direitos sociais – século XX).
No início os direitos civis e políticos não estavam incluídos nos
direitos de cidadania (mulheres, indigentes).
CONCEITO DE CIDADANIA –
GERAÇÕES DE DIREITOS
• A cidadania se desenvolveu pelo enriquecimento do conjunto de
direitos que as pessoas eram capazes de gozar;

• Direitos políticos da cidadania estavam repletos de ameaça


potencial ao sistema capitalista. Incorporação progressiva dos
direitos sociais ao status de cidadania. Social democracia e lutas
por reconhecimento e redistribuição;

• Processo Dinâmico;

• Novos direitos;

• Novos movimentos.
SISTEMA UNIVERSAL DE PROTEÇÃO
DOS DHS
● Tratados internacionais (Cançado Trindade “espinha dorsal do
sistema universal de proteção dos Dhs”)

● Mecanismos convencionais;
● Comitês de Tratados;
● Comitê de Direitos Humanos;
● Comitê contra a tortura;
● Comitê sobre a eliminação de todas as formas de discriminação
racial;
● Comitê sobre os direitos da criança;
● Comitê sobre a eliminação de todas as formas de discriminação
contra a mulher;
● Comitê dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Direitos Humanos
Discriminação
DISTINÇÃO ENTRE
DISCRIMINAÇÃO / PRECONCEITO

• Discriminação Preconceito posto em ação

Noção pré-concebida em
• Preconceito que as pessoas classificam
alguém ou algo antes de
conhecer
DISCRIMINAÇÃO
DIRETA / INDIRETA

• Sempre que uma


pessoa é sujeita a Direta
tratamento menos
favorável devido às suas
características

• Critério que coloca


indivíduos numa
situação de Indireta
desvantagem por causa
das suas
particularidades
FORMAS GERAIS DE
DISCRIMINAÇÃO
Etaísmo

Homofobia

Religiosa
Classismo
CLASSISMO

• Discriminação de
indivíduos ou grupo de
indivíduos com base na
sua classe social
• Beneficia as classes
privilegiadas

crescente desigualdade de
riqueza e rendimento
ETAÍSMO

• Discriminação contra
pessoas ou grupos de
pessoas baseado na idade

Empresas encorajam à Demitem trabalhadores mais


adesão aos planos de velhos e/ou experientes
demissão voluntária
Embora sejam bem
qualificados em termos de
educação e experiência
HOMOFOBIA

Medo e desprezo

pelos homossexuais

Repulsa face às

Relações afetivas e
sexuais entre pessoas
do mesmo sexo
DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA

Discriminação com base na

Religião ou crença

Perseguição religiosa
representa o caso extremo
de discriminação religiosa

Prisões ilegais, espancamentos,


torturas, execuções
injustificadas, negação de
direitos
CASOS REAIS
MOVIMENTOS
DISCRIMINATÓRIOS

Supremacia Branca

Ku Klux Klan
Neonazismo
SUPREMACIA BRANCA

Pessoas
brancas são
superiores aos
outros grupos
raciais

Holocausto Invenção dos


Judeus
KU KLUX KLAN

Fundada em 1865
Imigração de
pessoas
“racialmente não
puras”

Violência
extrema
atos de assassinato,
terrorismo, linchamento
e incêndios criminosos
Hoje 3 mil homens
NEONAZISMO
MOVIMENTOS
ANTI-DISCRIMINATÓRIOS

Feminismo
Abolicionismo

Movimento dos Direitos Civis


ABOLICIONISMO

Abolição da escravatura
e do comércio de Visou
escravos

A 25 de
Fevereiro de
1869 foi
declarada a
Portugal é
considerado pioneiro
abolição total
no abolicionismo da escravidão
no império
português
MOVIMENTO DOS DIREITOS
CIVIS

1954 entre 1980

reverendo Martin
Liderança Luther King

ações de protesto
pacíficas
igualdade na educação e
no direito de voto
FEMINISMO

Meta:

Direitos iguais e uma


vivência humana livre de
padrões opressores
baseados em normas de
gênero.

Mulher Frágil
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

O Estatuto da Pessoa com Deficiência regula os aspectos de


inclusão do deficiente como um todo, descrevendo seus direitos
fundamentais, bem como prevê crimes e infrações administrativas
cometidas contra os deficientes ou seus direitos.
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem


direito à igualdade de oportunidades com
as demais pessoas e não sofrerá
Art. 7º É dever de todos
nenhuma espécie de discriminação.
comunicar à autoridade
§ 1º Considera-se discriminação em
competente qualquer forma
razão da deficiência toda forma de
de ameaça ou de violação
distinção, restrição ou exclusão, por ação
aos direitos da pessoa com
ou omissão, que tenha o propósito ou o
efeito de prejudicar, impedir ou anular o deficiência.
reconhecimento ou o exercício dos
direitos e das liberdades fundamentais
de pessoa com deficiência, incluindo a
recusa de adaptações razoáveis e de
fornecimento de tecnologias assistivas.
Combater a discriminação de pessoas com
deficiência é dever da sociedade.
Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa
com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à
vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à
alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho,
à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à
acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação,
à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao
respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros
decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de
outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico.
21/9 – DIA NACIONAL DE LUTA DA
PESSOA COM DEFICIÊNCIA
A data foi instituída pela Lei nº 11.133/2005, com o objetivo de
conscientizar a população de que as pessoas com deficiência
devem ter seus direitos respeitados.
Pessoa com deficiência é a que possui limitação ou incapacidade
para o desempenho de atividades e requer atenção integral que
compreenda ações de promoção, prevenção, assistência,
reabilitação e manutenção da saúde.
EU TENHO UM SONHO…
“Estou feliz por juntar-me a vós, hoje, o dia que ficará para a
história como o da maior manifestação pela liberdade nos
anais da nossa nação.
Seria fatal não levar a sério a urgência do momento.

Digo-vos hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e
das frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um
sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Sonho que um dia esta nação levantar-se-á e viverá o
verdadeiro significado do seu credo: “Consideramos estas
verdades como evidentes em si mesmas: todos os homens
são criados iguais”.
Martin Luther King, 1967
REFERÊNCIAS
CANDAU, Vera Maria, et al. Oficinas Pedagógicas de Direitos Humanos. Petrópolis: Vozes,
1995.
SROUR, Robert Henry. Ética Empresarial. São Paulo: Campus, 2013.

CHAUÍ, Marilena de Souza. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2003. CORDI,
Cassiano. Para filosofar. 4. ed. São Paulo: Scipione, 2003.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos de filosofia: história e grandes temas. 15. ed. São Paulo, 2002.

DE LIBERAL, M. M. C. (org.). Um olhar sobre ética e cidadania (v. 1). (Coleção Reflexão
Acadêmica). São Paulo: Mackenzie, 2002.

FILHO, Clóvis de Barros; CORTELLA, Mário Sérgio. Ética e vergonha na cara! São Paulo:
Papiros, 2014.

NOVAES, Carlos Eduardo; LOBO, César. Cidadania para principiantes: a história dos direitos
do homem. São Paulo: Ática, 2004.

PONCHIROLLI, Osmar. Ética e Responsabilidade Social Empresarial. 3 ed. Curitiba, 2010.

https://www.significados.com.br/deontologia/

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